O ex-ministro da Justiça Sergio Moro disse no programa Conversa com Bial que está pronto para ser candidato à Presidência da República em 2022.
O programa foi ao ar na noite de terça para esta quarta-feira (17). Moro deu a declaração ao ser questionado pelo apresentador, Pedro Bial, se está preparado para a candidatura.
"Estou pronto para liderar esse projeto, e construindo um projeto consistente com o povo brasileiro. Se o povo brasileiro tiver essa confiança, o projeto segue adiante", afirmou o ex-ministro.
Moro se filiou na semana passada ao Podemos. No discurso, ele não lançou a pré-candidatura, mas falou em projetos para o país e criticou o governo atual e governos anteriores.
No evento de filiação ao Podemos, sem citar nomes, Moro lembrou de escândalos de corrupção, entre eles o do "mensalão", que atingiu o PT, e o das "rachadinhas", que envolve a família do presidente Jair Bolsonaro.
O ex-ministro também é ex-juiz. Ele ganhou notoriedade nacional como o juiz da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba durante a Operação Lava Jato, que investigou um esquema de corrupção e desvio de recursos públicos envolvendo a Petrobras e políticos, e que levou à condenação mais de uma centena de pessoas.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha foram presos no âmbito da operação.
Em junho deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou que Moro agiu com parcialidade ao condenar Lula e anulou a decisão.
Na entrevista a Bial, Moro disse ainda que um dos integrantes de sua equipe será o economista Celso Pastore.
"O problema é que esse projeto ainda está sendo construído e a partir do momento em que se revelam nomes, as pessoas ficam sob uma pressão terrível. Eu vou revelar um, e vou pedir escusas para não revelar outros: no nível macroeconômico quem tem me ajudado é um economista de renome, um dos melhores nomes do país, alguém que eu conheço há muito tempo, que é o Affonso Celso Pastore", informou Moro.
g1
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O ministro da Educação, Milton Ribeiro, negou, na tarde desta terça-feira (16), que haja interferência ideológica na elaboração do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) deste ano. A prova, que é um dos principais meios de acesso às universidades públicas no país, começa a ser aplicada no domingo (21) e tem a segunda etapa marcada para o domingo seguinte (28).
Nesta segunda-feira (15), durante agenda em Dubai, nos Emirados Árabes, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a prova "começa agora a ter a cara do governo". O titular do MEC (Ministério da Educação) negou a afirmação do mandatário, alegando que não há interferência na elaboração da prova. “Não há problema de interferência no Inep nem no Enem. Está tudo encaminhado para as provas se realizarem normalmente”, disse Ribeiro após reunião no Ministério da Justiça.
Nas últimas semanas, o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) sofreu com uma debandada de quase 40 servidores. Pelo menos 28 pessoas que exerciam funções de liderança dentro do órgão e entregaram os cargos estavam diretamente envolvidas com a realização do Enem. Em carta, os funcionários alegaram falta de gestão na autarquia ligada ao MEC, "assédio moral e pressão ideológica”.
Apesar da crise deflagrada pela renúncia coletiva dos servidores, a reunião desta terça no Ministério da Justiça, que contou com a presença de Ribeiro, de Anderson Torres, titular da Justiça, e do presidente do Inep, Danilo Dupas, tratou apenas da segurança durante a realização da prova.
Ingerência ideológica
Desde que assumiu o governo, Bolsonaro e seus aliados têm tentado ter maior ingerência ideológica no exame, que obedece a critérios técnicos para avaliar os estudantes do ensino médio no país. O Inep, responsável pela elaboração e organização da prova, está em seu quinto presidente desde 2019. O próprio MEC está sob o comando do terceiro ministro desde o começo da gestão de Bolsonaro.
Já em 2019, primeiro ano do governo, o Inep teve uma “comissão ideológica”, que foi nomeada para avaliar questões da prova e barrou 66 perguntas. Em outubro deste ano, após uma proposta do Inep de criar uma comissão para a revisão ideológica das questões, o Ministério Público Federal, por meio da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, encaminhou ao órgão uma recomendação de que o “tribunal ideológico” (como o caso ficou conhecido) não fosse adiante. O MEC já havia tentado algo semelhante por meio de uma portaria de fevereiro, que acabou revogada.
R7
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A Rússia confirmou nesta terça-feira (16) que realizou um teste de armas visando um satélite russo não utilizado, e acusou os Estados Unidos de hipocrisia por sua declaração condenando o exercício, de acordo com a agência de notícias RIA.
Autoridades norte-americanas disseram que o teste conduzido pela Rússia na segunda-feira gerou um campo de destroços na órbita baixa da Terra que colocou em perigo a Estação Espacial Internacional e representará um perigo às atividades espaciais por anos.
O Ministério da Defesa da Rússia disse que os destroços do teste não representaram e não representarão nenhuma ameaça às estações espaciais e satélites em órbita, contradizendo os comentários dos EUA, segundo a agência de notícias Interfax.
Entenda a polêmica
A Rússia destruiu um de seus satélites durante o teste de um míssil espacial e gerou cerca de 1.500 destroços, segundo as autoridades norte-americanas.
Os Estados Unidos acusaram o governo russo de terem ameaçado a segurança dos astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).
De acordo com os americanos, a operação provocou uma nuvem de detritos que teria colocado em risco os sete astronautas a bordo da ISS. Os sete tiveram que se refugiar temporariamente em suas naves para se prepararem para uma eventual saída de emergência.
Os fragmentos também representariam um risco para milhares de outros satélites em órbita, dos quais dependem muitas atividades da Terra, como as telecomunicações ou serviços de geolocalização.
A Otan denuncia irresponsabilidade
Mesmo assim, o chefe da Otan (aliança militar dos países do Atlântico Norte), Jens Stoltenberg, denunciou em Bruxelas o que classificou de “ato irresponsável”. O diretor da aliança insistiu que a destruição do satélite também gerou abundante "lixo, o que representa um risco para a atividade civil no espaço".
Stoltenberg lembrou que parte importante das capacidades da Otan depende das suas ferramentas de satélite, incluindo "comunicações, navegação e alertas antecipados". Ele garantiu, no entanto, que a Aliança Atlântica não pretende "militarizar o espaço". O chefe da organização observou ainda que a situação "é motivo de preocupação, porque mostra que a Rússia está desenvolvendo novos sistemas de armas que podem derrubar satélites". Desta forma, acrescentou, este país "pode destruir capacidades espaciais importantes para a infraestrutura básica na Terra".
Militarização do espaço
O episódio chama a atenção para o risco de uma militarização do espaço. Este é um dos poucos campos em que os governos dos Estados Unidos e da Rússia ainda mantêm uma cooperação relativamente estável depois da Guerra Fria, apesar de suas muitas divergências.
Reuters
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O Senado do Chile iniciou nesta terça-feira (16) uma sessão que decidirá a eventual destituição do presidente Sebastián Piñera pelo caso revelado no "Pandora Papers" sobre a polêmica venda de uma mineradora em operação realizada no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas.
Aprovada na semana passada na Câmara dos Deputados, a acusação promovida pela oposição de centro e de esquerda não conta, porém, com os 29 votos necessários no Senado para a destituição do presidente. Se votassem em bloco a favor da remoção de Piñera, chegariam a apenas 24.
Esta é a segunda tentativa de destituição do presidente do Chile, que assumiu o cargo em março de 2018 e que, após a crise social de 2019, não conseguiu se recuperar de um dos períodos mais difíceis em 31 anos de democracia.
A Câmara Alta estabeleceu para esta terça uma sessão especial no Parlamento para tratar dos termos em que a mineradora Dominga foi vendida por uma empresa de seus filhos em 2010, revelados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês), conhecido como "Pandoras Papers".
A sessão de hoje deve durar mais de 10 horas.
"Viemos com a convicção de ter um debate profundo e sério, para que a corrupção seja levada a sério. Não pode continuar a ser minimizada, ou naturalizada", pediu um dos deputados acusadores, Leonardo Soto, do Partido Socialista.
O senador Manuel José Ossandón, do partido de direita da coalizão governista Renovação Nacional, garantiu que será um "dia de estudo, de reflexão, de escuta de quem acusa e também de quem defende, mas tem de votar com consciência", alertou.
Se o Senado rejeitar a acusação, ela não terá efeito sobre o presidente.
Na semana passada, a Câmara dos Deputados realizou uma sessão histórica, na qual o deputado socialista Jaime Naranjo leu 1.300 páginas de argumentos por quase 15 horas à espera dos votos necessários para processar a denúncia contra Piñera. Acabou sendo aprovada após quase 24 horas.
Piñera é acusado de violar o princípio da probidade e o direito de viver em um ambiente livre de poluição e de ter comprometido a honra da nação.
Segundo investigação dos veículos chilenos CIPER e LaBot, que participaram dos "Pandora Papers", os filhos de Piñera venderam a mineradora Dominga para o empresário Carlos Alberto Delano - amigo íntimo do presidente - por US$ 152 milhões.
A operação, que ocorreu durante o primeiro governo de Piñera (2010-2014), foi realizada principalmente nas Ilhas Virgens.
O pagamento deveria ser feito em três parcelas. Uma cláusula polêmica condicionou o último pagamento ao "não estabelecimento de uma área de proteção ambiental sobre a área de atuação da mineradora, conforme reivindicado por grupos ambientalistas".
Uma vez que Piñera assumiu o poder, esta área, que engloba um verdadeiro tesouro natural na costa do Pacífico, não foi considerada uma zona de proteção, conforme recomendado por sua antecessora Michelle Bachelet (2006-2010).
A oposição tem maioria no Senado com 24 cadeiras, mas os 19 votos do partido no poder, que votariam contra a destituição de Piñera, são suficientes para impedir o processo.
A sessão se divide em duas partes.
Primeiramente, falam os três deputados designados para apresentar a denúncia ao Senado - que exerce a função de júri. Depois, falará a defesa. Após as réplicas, haverá uma pausa, e uma nova sessão será aberta no período da tarde para cada senador discutir seu voto por 15 minutos.
France Presse
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A cidade de Nova York vai fazer uma festa de réveillon neste ano, mas só as pessoas totalmente vacinadas poderão ir ao local onde o evento vai acontecer, a praça de Times Square, disse nesta terça-feira (16) o prefeito Bill de Blasio.
Aqueles que não puderem dar provas de que estão vacinados precisarão mostrar um teste negativo para coronavírus feito nas 72 horas anteriores à festa e precisarão usar máscaras.
Segundo a prefeitura, as regras foram anunciadas no meio de novembro para que as pessoas tenham tempo para se adaptar.
Atividades ao ar livre estão liberadas para pessoas não vacinadas na cidade. O prefeito disse que um evento como a festa de Ano Novo, que reúne muita gente em um só lugar e atrai pessoas do mundo todo, requer mais atenção.
Festa em outras grandes cidades do mundo
Outras grandes cidades onde há tradicionais festas de Ano Novo houve mudanças nos eventos. Em Londres não haverá queima de fogos de artifício. Em Amsterdã a festa de réveillon foi cancelada.
A cidade de Munique também cancelou eventos de fim de ano.
No Brasil
Em julho, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou que a prefeitura deve liberar a realização da festa de réveillon e do Carnaval 2022 na cidade.
A Prefeitura do Rio tem planos para fazer a festa em 13 palcos espalhados pela cidade. No entanto, a prefeitura afirmou que as comemorações do réveillon estão condicionadas ao cenário epidemiológico da pandemia na cidade.
Em Salvador, a festa corre o risco de não acontecer pelo segundo ano consecutivo: o prefeito Bruno Reis falou que o município encontra dificuldade para conseguir contratos com patrocinadores.
g1
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (16) que o governo avalia conceder reajuste para "todos" os servidores públicos se a chamada PEC dos Precatórios for aprovada pelo Congresso Nacional.
Bolsonaro está no Bahrein, no Oriente Médio, e deu a declaração em entrevista coletiva à imprensa.
Enviada pelo governo em agosto, a PEC dos Precatórios parcela o pagamento das dívidas da União reconhecidas pela Justiça. O texto já passou pela Câmara dos Deputados e ainda depende de aprovação do Senado. O governo afirma que, se aprovada, a PEC abrirá espaço de R$ 91,6 bilhões no orçamento.
"Eu conversei com [o ministro] Paulo Guedes. Em passando a PEC dos Precatórios, tem que ter algum espaço para dar algum reajuste. Não é o que eles merecem, mas é o que podemos dar. [...] Todos os servidores federais, sem exceção. Concurso público: apenas o essencial", afirmou Bolsonaro.
A colunista do g1 Ana Flor informou que, ao fazer a declaração, Bolsonaro ignora os alertas que tem recebido da área técnica do governo há pelo menos três meses.
Segundo os técnicos, mesmo com a eventual aprovação da PEC, não haverá espaço no orçamento para bancar o reajuste. Isso porque uma parte será destinada ao pagamento do Auxílio Brasil, programa social que substitui o Bolsa Família.
Visita ao Bahrein
A visita ao Bahrein faz parte de uma viagem de Bolsonaro a três países do Oriente Médio. O presidente já passou pelos Emirados Árabes Unidos e também irá ao Catar.
Nesta terça, em Manama, Bolsonaro:
O objetivo da viagem de Bolsonaro ao Oriente Médio é fortalecer as relações do Brasil com países da região do Golfo Pérsico, grandes produtores de petróleo e possuem fundos soberanos de investimentos.
g1
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou nesta segunda-feira (15) no parlamento europeu, que tem sede na Bélgica.
Ele participou da conferência de alto nível da América Latina, promovida pelo bloco social-democrata do parlamento. Em sua fala, o ex-presidente defendeu políticas de inclusão social.
"A verdade é que não é possível sermos felizes enquanto milhões de crianças ao redor do mundo vão dormir esta noite com fome, e acordarão amanhã sem saber se terão o que comer", declarou.
De acordo com o ex-presidente, a preservação do meio ambiente, um dos temas mais debatidos pela comunidade internacional, passa pela redução da desigualdade econômica.
"A luta pela preservação do meio ambiente para mim é indissociável da luta contra a pobreza e por um mundo menos desigual e mais justo", disse.
Lula também afirmou que as forças políticas progressistas de todo o mundo devem se unir para derrotar a extrema direita.
"O mundo precisa de democracia, de paz e não de guerra, precisa de livros e não de armas", disse o ex-presidente.
Chapa com Alckmin
Antes do evento, Lula foi questionado por jornalistas sobre ter o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin como um possível candidato a vice em sua chapa presidencial. Os dois foram rivais na disputa à Presidência em 2006, Lula pelo PT e, Alckmin, pelo PSDB.
Lula disse que não havia nada que tivesse acontecido entre ele e Alckmin que não pudesse ser reconciliado. O ex-presidente afirmou ainda que tem uma "extraordinária" relação de respeito com o ex-governador.
"Eu tenho uma extraordinária relação de respeito com Alckmin, eu fui presidente quando ele foi governador, nós conversamos muito. Não há nada que aconteceu entre eu e Alckmin que não possa ser reconciliado", afirmou o ex-presidente.
g1
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Os beneficiários do Auxílio Brasil podem consultar a disponibilidade do benefício e o valor das parcelas pelo aplicativo Caixa Tem, utilizado para movimentação da conta poupança digital da Caixa.
Criado ano passado para o pagamento do auxílio emergencial durante a pandemia de covid-19 e estendido a outros programas sociais, o aplicativo ganhou a nova função com o início da operacionalização do Auxílio Brasil, que começa amanhã (17).
Pelo Caixa Tem, é possível pagar boletos e contas, como água e telefone; fazer compras pela internet e pelas maquininhas em diversos estabelecimentos comerciais, com o cartão de débito virtual e QR Code; transferir recursos para outras contas; e sacar valores em espécie nas casas lotéricas, sem o uso de cartão.
A Caixa ainda disponibiliza aos beneficiários do programa o aplicativo próprio do Auxílio Brasil, onde também é possível consultar o benefício e as parcelas, o calendário de pagamento e informações sobre o programa. Segundo Guimarães, para quem possui o aplicativo do Bolsa Família, ele será atualizado automaticamente para o do Auxílio Brasil.
Pagamento
O banco inicia amanhã o pagamento novo programa social que substituirá o Bolsa Família e tem como alvos as famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza. São 14,5 milhões de famílias que receberão um valor médio de R$ 217,18 em novembro. A Agência Brasil elaborou um guia de perguntas e respostas sobre o Auxílio Brasil.
Em caso de dúvidas, a central telefônica 111 da Caixa funciona de segunda a domingo, das 7h às 22h. Além disso, o beneficiário pode consultar o site caixa.gov.br/auxiliobrasil.
A partir de 23 de novembro, as agências da Caixa também retomam os horários de atendimento pré-pandemia de covid-19, entre 10h e 16h, pelo horário de Brasília. A depender do fuso da localidade, os horários podem variar. Até lá, as agências funcionam das 8h às 13h, pelo fuso oficial de Brasília.
As datas de pagamento do Auxílio Brasil seguirão o modelo do Bolsa Família, que pagava os beneficiários nos dez últimos dias úteis do mês, com base no dígito final do Número de Inscrição Social (NIS). O calendário foi divulgado pela Caixa na semana passada e, neste primeiro mês, será de 17 a 30 de novembro.
No mês que vem, em função das festas de fim de ano, o pagamento foi antecipado e acontecerá de 10 a 23 de dezembro.
Os cartões e senhas utilizados para saque do Bolsa Família continuarão válidos e poderão ser utilizados para o recebimento do Auxílio Brasil nas agências, lotéricas e correspondentes. As famílias que recebem o Bolsa Família pelo aplicativo Caixa Tem, em conta poupança digital, receberão o Auxílio Brasil na mesma modalidade de pagamento e poderão continuar movimentando seu benefício pelo aplicativo.
“O pagamento do Bolsa Família é feito há mais de 15 anos pela Caixa. Durante o auxílio emergencial, nós fizemos esse mesmo racional de pagamento. Todos recebem no calendário que já existia, com a possibilidade de pagamento pelo aplicativo Caixa Tem. Isso se mantém do mesmo modo, sem necessidade de recadastramento”, explicou o presidente da Caixa, em evento virtual sobre a operacionalização do Auxílio Brasil.
Guimarães reforçou que o banco exercerá apenas o papel de agente operador e pagador do benefício, disponibilizando os valores concedidos pelo Ministério da Cidadania às famílias beneficiadas. Para isso, será utilizado o mesmo cadastro do Bolsa Família, de pessoas inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).
“A Caixa é o agente pagador. Nós não realizamos essa avaliação, quem realiza a avaliação do cadastro é o Ministério da Cidadania, via DataPrev, e nós recebemos todo mês a base de pessoas que receberão o benefício. Nós já recebemos para o Auxílio Brasil e amanhã, normalmente, começa o pagamento”, disse.
CadÚnico
Principal ferramenta do governo para incluir famílias de baixa renda em programas sociais, o CadÚnico também será usado para garantir o acesso ao Auxílio Brasil. Todos os meses, o Ministério da Cidadania selecionará novos beneficiários para o programa, desde que os dados estejam atualizados.
Agência Brasil
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O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse hoje (16) que diante de um cenário de piora “quantitativa e qualitativa” da inflação, a autoridade monetária do país terá um trabalho difícil e desafiador, em um cenário de alta nos preços de alimentos, combustíveis e de energia.
Na avaliação de Campos Neto, além do problema de inflação interna, o Brasil está “importando inflação de outros países, o que torna o ambiente ainda mais desafiador”. Ele ressaltou que para contornar essa situação, será necessário, ao Brasil, buscar o equilíbrio fiscal, além de “passar a mensagem de que o país tem condições de ter um crescimento sustentável mais alto”. As declarações foram dadas no IX Fórum Jurídico de Lisboa, em Lisboa.
O presidente do BC disse que, em parte, a inflação que vem sendo registrada em diversos países está relacionada à “maior injeção fiscal da história mundial”, medida adotada com o objetivo de amenizar os efeitos da pandemia na economia.
Campos Neto disse que, com a pandemia, o cenário mundial ficou diferente do que se imaginava, “com uma rápida e volátil mudança de cenários, em termos de crescimento e de perspectiva de inflação”. Governos ficaram “em pânico”, sem saber, até então, a real dimensão do problema.
Diante da situação, segundo Campos Neto, foi feita “a maior injeção fiscal da história mundial, de US$ 9 trilhões, segundo informou na semana passada o FMI [Fundo Monetário Internacional], sendo que US$ 4,5 trilhões foram em transferências diretas. Pensando que o PIB mundial está entre US$ 84 [trilhões] e 85 trilhões, estamos falando de 10% de injeção fiscal em um espaço de tempo relativamente pequeno. Algo que nunca tínhamos visto”.
Na visão do presidente do BC, como consequência essas transferências resultaram em aumento no consumo de bens em várias localidades. “Vemos uma correlação disso com o aumento de preços nos países que tiveram mais ajuda. Em um primeiro momento, com a alimentação em domicílio subindo muito”.
“Aí, os bancos centrais criaram uma tese de que isso era um aumento temporário, porque, quando a economia reabrisse, as pessoas voltariam a trabalhar e, assim, voltariam a consumir serviços, deixando de consumir bens, o que resultaria queda nos preços de bens. Segundo essa tese, a reabertura mundial, após a pandemia, reequilibraria essas forças e faria com que a inflação caísse rapidamente”, disse.
Essa expectativa, segundo Campos, acabou não se concretizando, uma vez que ela partia da premissa de que haveria uma “ruptura de oferta” maior do que a que foi registrada, e que “as pessoas que estavam em casa não estariam produzindo”, o que acarretaria em queda na oferta de bens.
“Essa tese foi bastante divulgada. Hoje vemos que, em parte ou quase na totalidade, essa tese não é verdade”, disse o presidente da autoridade monetária brasileira. “Também existia uma tese de que a logística tinha sofrido uma ruptura porque as pessoas estavam em casa. Na verdade, quando olhamos em retrospectiva, vemos que isso também não é verdade”.
Deslocamento de demanda
Segundo Campos Neto, o que aconteceu foi “um grande deslocamento de demanda” porque os governos colocaram muito dinheiro na mão das pessoas em um período muito rápido. “Demorou para os bancos centrais entenderem o efeito combinado desse conjunto de ajudas, de US$ 9 trilhões”, acrescentou ao comentar que a previsão atual é de que esse deslocamento persista.
‘Correlacionado a esse fator, vem um outro tema, ligado a esse deslocamento de demanda. A gente imaginava que o consumo de energia elétrica em casa ia crescer mais do que fora de casa, e isso não aconteceu. O que aconteceu foi o contrário, porque produzir bens gasta muito mais energia do que produzir serviços. Temos aí, também, um deslocamento grande da demanda de energia que não foi acompanhado de aumento na oferta de energia”, complementou.
Impacto nos preços
Na avaliação do presidente do BC, a comunidade econômica demorou para entender o impacto que os programas fiscais teriam nos preços. “Imaginou-se que isso se equilibraria quando a economia reabrisse e que haveria mais investimentos nos itens onde haveria escassez. Nenhuma das duas coisas aconteceu da forma esperada”, resumiu.
Ainda segundo Campos, o impacto nos preços da energia elétrica e dos combustíveis foi maior do que o esperado em 2021. “Foi na verdade o maior [impacto] dos últimos 20 anos, adicionado ao choque de alimentos registrado no ano anterior”, disse.
Diante desse cenário, Campos Neto disse que o BC então iniciou processo de aumento de juros. “O número de inflação acelerou e teve piora tanto quantitativa como qualitativa em todos os aspectos. É muito importante sermos realistas para entendermos o quão disseminada está a inflação e o quão difícil será o trabalho do BC nesse ponto. Temos percebido, mais recentemente, uma revisão de inflação para cima e de crescimento para baixo em 2022”.
Commodities
O presidente do BC apontou alguns dos motivos que não possibilitaram, ao Brasil, se beneficiar da alta dos preços das commodities. “Geralmente, quando commodities sobem, a moeda brasileira aprecia, porque o Brasil é exportador de commodities. Então o preço da moeda local absorveria a alta externa”, disse.
“Só que dessa vez isso não aconteceu. Tivemos aumento do preço de commodities com desvalorização da moeda. Isso aconteceu porque os termos de troca, que é essa relação, foram acompanhados de aumento do nível de dívida emitida”, explicou ao associar essa dívida às medidas de combate aos efeitos da pandemia na economia do país.
Agência Brasil
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Uma pesquisa da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), feita em todo o país, mostrou que 62,5% dos 1,2 mil associados farão promoções em seus pontos de venda durante a Black Friday (sexta-feira preta), no fim de novembro, enquanto 18,8% dos lojistas gostariam de participar da data, porém, não conseguirão devido ao aumento de custos que pressionam os preços e as margens de venda.
Os que admitiram que não vão participar são 12,5% e os que apostarão apenas em promoções via internet em plataformas de e-commerce são 6,2%.
Mesmo assim, a expectativa da Alshop com relação à data é positiva, podendo superar os números de 2020 em 5%. “Sabemos que o varejo tem se erguido aos poucos, e mesmo diante da alta dos preços, em conversas com outros empresários, há muito mais otimismo para essa nova fase”, disse o diretor institucional da Alshop, Luis Augusto Ildefonso.
Segundo ele, mesmo com a alta do dólar e o aumento de custos indiretos, os consumidores podem visitar as lojas esperando descontos significativos. “Os descontos não serão tão generosos como nos anos anteriores, mas com certeza farão a diferença para o consumidor que está em busca de smartphones, eletrodomésticos ou até outros produtos que já estejam no radar. O importante é aproveitar a data e pesquisar para encontrar bons descontos”, afirmou.
Limite de descontos
A Federação do Comércio (Fecomercio) de São Paulo alertou para o fato de que a preparação para a data requer atenção dos lojistas na hora de identificar o limite de descontos para atrair os consumidores sem comprometer o fluxo de caixa, ainda mais diante de um cenário de incertezas econômicas e com indicadores de consumo deteriorados (desemprego em alta, inflação, deterioração da renda e crédito mais caro). Por outro lado, alguns pontos críticos devem ser analisados quanto à Black Friday deste ano.
“A oferta mais escassa de bens duráveis, como eletroeletrônicos e eletrodomésticos, poderá ter impacto nas vendas, considerando que os insumos necessários para a fabricação destes produtos estão com preços mais altos. Além disso, o crescimento mundial da demanda e a falta de componentes eletrônicos poderão comprometer a oferta de determinados produtos”, disse a entidade.
Segundo a Fecomercio, com a retomada econômica, houve crescimento significativo da demanda, atingindo a logística de transportes, com o número de contêineres, navios e aviões não aumentando para dar conta dos pedidos que já estavam atrasados por causa das medidas restritivas para controle da pandemia e das novas encomendas mundiais simultaneamente, elevando o preço dos fretes e os prazos para a exportação e a importação de produtos. A alta do dólar é outro componente a ser considerando, aumentando o custo dos produtos.
“Em razão de todos estes problemas, os lojistas já trabalham com estoques mais baixos para atender os clientes neste fim de ano. Um dos grandes desafios será realizar promoções que sejam interessantes para os consumidores, considerando o aumento dos custos, sem comprometer as finanças do negócio”, informou a Fecomercio.
Para a entidade, o ponto de atenção para os lojistas na Black Friday deste ano é colocar o consumidor no centro das estratégias do negócio, proporcionando a melhor experiência de compra, desde o primeiro contato até o pós-venda.
Guia ajuda lojistas
Dados da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), baseados em um levantamento da consultoria Neotrust/Compre&Confie, mostram que, no ano passado, mesmo com as medidas de distanciamento social mais rígidas e os efeitos mais intensos da crise econômica desencadeada pelo novo coronavírus, as vendas na Black Friday cresceram mais de 30% em relação a 2019 e alcançaram R$ 5,1 bilhões.
Por conta desses números e para impulsionar as vendas este ano, a entidade elaborou um guia para ajudar os lojistas a buscarem alternativas para alavancar as vendas. Em primeiro lugar a associação orienta para aproveitar o alcance das redes sociais. “Muitos empreendedores, especialmente aqueles que têm apenas um negócio físico, ainda não conseguem enxergar a real necessidade de usar as redes sociais a seu favor. Além de abrir uma conta da empresa, vale a pena considerar a ideia de investir em anúncios para impactar mais usuários com as suas ofertas”, salientou a ACSP.
Outra dica é oferecer descontos reais, já que o período é um sucesso de vendas, mas também desperta a desconfiança com relação aos descontos. “Isso porque, nas últimas edições, muitas empresas aumentaram os preços às vésperas do evento para, no dia da campanha, anunciar reduções maiores nos preços. O lembrete é o de que conquistar a confiança do público em uma data como esta pode fidelizar clientes para o ano todo”.
É importante controlar o estoque e o caixa para definir a estratégia de marketing e de precificação, não esquecendo de avaliar o estoque e verificar com os fornecedores se os contratos de compra serão cumpridos ou se podem sofrer atrasos.
“Outro ponto de atenção é garantir que o treinamento da equipe esteja em dia para que não haja falhas no processo. As respostas aos clientes no WhatsApp, e-mail, redes sociais e todo o suporte pós-venda devem ser cordiais e transmitir credibilidade para o público”, sugeriu a ACSP.
Agência Brasil
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