Mai 09, 2025
Arimatea

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A democracia brasileira está "em declínio", de acordo com um relatório internacional publicado nesta segunda-feira (22) pela organização International IDEA, com sede em Estocolmo.

O país também foi o que mais perdeu atributos democráticos em um ano, levados principalmente por conta da pandemia, protestos antidemocráticos, escândalos de corrupção e ameaças às instituições.

O relatório "The Global State Of Democracy 2021" (Estado da democracia global), também colocou os Estados Unidos, pela primeira vez, na lista das nações que enfrentam retrocessos na sua democracia.

Pandemia, corrupção e ameaças às instituições
Segundo o documento, no Brasil, país que desde 2016 aparece no levantamento das democracias em declínio, a situação foi afetada principalmente por:

  • a gestão da pandemia
  • escândalos de corrupção
  • protestos antidemocráticos
  • ameaças às instituições democráticas

"A gestão da pandemia foi tomada por escândalos de corrupção e protestos, enquanto o presidente Jair Bolsonaro menosprezava a crise sanitária", diz o relatório.

O documento cita nominalmente o presidente brasileiro, e diz que Bolsonaro "testou abertamente as instituições democráticas" ao questionar a lisura das eleições e dizer que não iria respeitar mais decisões do Supremo Federal Tribunal (STF).

Além do Brasil, a lista das democracias em retrocesso também inclui Índia, Filipinas, Polônia, Hungria e Eslovênia. Os EUA apareceram pela primeira vez por conta da "deterioração durante a segunda metade do mandato do ex-presidente Donald Trump".

O retrocesso americano
Embora os EUA continuem sendo "uma democracia de alto nível", o retrocesso americano está relacionado com a redução dos indicadores de "liberdades civis e de controles do governo", disse Alexander Hudson, um dos coautores do estudo, em entrevista à agência de notícias AFP.

"Classificamos os Estados Unidos como 'em declínio' pela primeira vez este ano, mas nossos dados sugerem que o episódio da deterioração começou pelo menos em 2019", destacou Hudson.

A International IDEA cita especialmente a "guinada histórica" dos questionamentos em relação aos resultados das eleições presidenciais de novembro de 2020 por Donald Trump e "a redução das investigações do Congresso sobre a ação do presidente entre 2018 e 2020".

Três categorias diferentes
A organização internacional acompanha cerca de 160 países há pelo menos 50 anos e classifica as nações em três categorias diferentes:

  • democracia (onde entram também as "em declínio")
  • regimes híbridos
  • regimes autoritários

Mais de um quarto da população mundial vive agora em democracias em retrocesso e seriam cerca de 70% se forem somados os regimes autoritários ou "híbridos", com uma tendência à degradação democrática contínua desde 2016.

O número de países onde a democracia é considerada em retrocesso quase dobrou em uma década e chega já a sete. Pelo quinto ano consecutivo, em 2020, o número de países que se dirigem para o autoritarismo superou o de países em fase de democratização.

Mianmar, Afeganistão, Mali
Mianmar recuará do nível de democracia para o de regime autoritário, enquanto o Afeganistão e o Mali passarão do nível de regimes híbridos ao de regimes autoritários. A Zâmbia, agora classificada como democracia, é o único país que mudou positivamente de categoria este ano.

Para 2021, a pontuação provisória da International IDEA registra 98 democracias, o número mais baixo em vários anos, 20 regimes "híbridos", entre eles Rússia, Marrocos e Turquia, e 47 regimes autoritários, entre os quais estão China, Arábia Saudita, Etiópia e Irã.

g1
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A Áustria iniciou seu quarto lockdown nacional nesta segunda-feira (22) para tentar conter a Covid-19.

Dezenas de milhares de pessoas, muitas delas apoiadoras da extrema-direita, protestaram em Viena contra a retomada de restrições à circulação.

O governo anunciou que tornará a vacinação obrigatória a partir de 1º de fevereiro. Há um movimento antivacina significativo no país, estimulado pelo Partido da Liberdade de extrema-direita, o terceiro maior do Parlamento austríaco. Cerca de 66% da população da Áustria está totalmente vacinada contra a Covid-19, uma das taxas mais baixas da Europa Ocidental.

As ruas de Viena ficaram tranquilas nesta segunda-feira. Os cafés ficaram vazios, e a maioria das lojas permaneceu fechada.

Restaurantes, cafés, bares, teatros, comércios não-essenciais e cabeleireiros não poderão abrir as portas durante 10 dias, e talvez até durante 20, diz o governo.

Os mercados natalinos, um grande chamariz de turistas que tinham acabado de abrir, também precisam fechar. Os teleféricos de esquiadores ficarão abertos, mas só para os vacinados.

Os hotéis fecharão para turistas que ainda não estão hospedados.

"É uma situação na qual temos que reagir agora", disse o ministro da Saúde, Wolfgang Mueckstein, à ORF TV na noite de domingo. "Um lockdown, um método relativamente duro, uma marreta, é a única opção para diminuir os números (de infecções) aqui."

Situação na Alemanha
A líder da Alemanha, Angela Merkel, disse nesta segunda-feira (22) que as atuais restrições no país não são suficientes diante da situação dramática provocada pelo surto de infecções de Covid-19, de acordo com fontes de seu partido.

Com a atual evolução e os recordes diários de casos, a situação será pior do que tudo o que vimos até agora, afirmou a chefe de Governo durante um encontro de dirigentes de seu partido, a conservadora União Democrata Cristã (CDU), segundo uma fonte que acompanhou o encontro.

Protestos de sábado
Cerca de 40 mil pessoas protestaram na capital austríaca no sábado, e somente seis foram presas.

No entanto, na Bélgica e na Holanda protestos contra a reativação de restrições para impedir uma nova disseminação da Covid-19 se tornaram violentos.

Os mercados de ações começaram a semana com uma postura cautelosa depois de registrarem uma segunda queda semanal consecutiva, e o euro passou apuros nas mãos de negociadores que pesam os riscos de novos lockdowns.

"O problema na Europa é a disseminação da Covid-19, que significa que mais lockdowns e outras restrições de saúde em parte contra os não-vacinados devem aumentar rapidamente nas próximas duas semanas", disse Sebastian Galy, estrategista da Société Générale.

"Isto, por sua vez, deve ter um impacto negativo em alguns serviços e impactar negativamente o crescimento."

Eslováquia também entra em lockdown
A Eslováquia também começou um confinamento nesta segunda-feira, mas é só para pessoas não vacinadas, informou o ministério da Saúde. As pessoas não vacinadas serão proibidas de entrar em lojas que não sejam consideradas essenciais, como supermercados ou farmácias, mesmo com um teste de coronavírus negativo.

"Recorremos a um confinamento vigoroso dos não vacinados, porque temos de protegê-los", disse o primeiro-ministro Eduard Heger à emissora pública RTVS.

A Eslováquia tem atualmente a quarta maior taxa de infecção do mundo, com 917 novos casos de Covid-19 por 100 mil habitantes nos últimos sete dias, de acordo com cálculos da AFP, atrás de Eslovênia, Áustria e a vizinha República Tcheca.

g1
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Novas informações sobre o teste com a arma hipersônica que a China fez em julho foram revelados pelo jornal “Financial Times” no domingo (22).

A China fez os testes em julho, mas só em outubro a informação foi tornada pública pelo "Financial Times". Os Estados Unidos reconheceram os avanços chineses.

De acordo com os novos detalhes publicados pelo jornal, a China conseguiu desenvolver duas armas hipersônicas:

  • Uma delas é um míssil que pode ser manobrado e é impulsionado por um motor;
  • A outra é um veículo que plana e atinge uma velocidade equivalente a cinco vezes a velocidade do som; essa aeronave pode levar ogivas nucleares e também disparar mísseis.

Essa segunda aeronave tem uma tecnologia que nenhum outro país conseguiu desenvolver.

No teste militar, o veículo hipersônico que plana chegou a disparar um míssil no Mar do Sul da China, segundo fontes ouvidas pelo "Financial Times".

Os especialistas dos EUA tentam entender como a China desenvolveu essa tecnologia. Eles também discutem qual é o propósito do projétil —uma parte acredita que se trata de um projétil para disparar um míssil a partir do ar, e outros pensam que é um sistema de defesa que destrói mísseis no ar.

Os EUA se preocupam porque o segundo tipo de arma hipersônica pode circular o Polo Sul, e os americanos construíram seu sistema de defesa pensando em ameaças que viriam pelo Polo Norte.

Esse novo sistema daria à China mais opções para atingir alvos nos EUA.

Durante a Guerra Fria, os russos chegaram a tentar desenvolver um sistema parecido, mas era mais primitivo.

EUA dizem que teriam dificuldade para se defender
Em outubro, Mark Milley, chefe do Estado-Maior dos EUA, afirmou em uma entrevista que a China está fazendo avanços significativos em sistemas de armas hipersônicas, dos quais seria difícil para os Estados Unidos se defenderem.

"O que vimos foi um evento muito significativo de um teste de um sistema de armas hipersônico. E isso é muito preocupante", disse Milley à emissora de televisão Bloomberg.

Ele também mencionou as comparações feitas com as primeiras vitórias da União Soviética na corrida espacial durante a Guerra Fria. "Não sei se é um momento [como o lançamento do] Sputnik, mas acho que está muito próximo disso", disse o general.

A União Soviética lançou o satélite Sputnik em 1957, o que surpreendeu os EUA e gerou temores de que eles estivessem ficando para trás tecnologicamente em uma corrida armamentista cada vez mais acelerada.

g1
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Um motorista invadiu um desfile de Natal em Waukesha, no estado de Wisconsin, com um veículo SUV em alta velocidade e atropelou dezenas de pessoas neste domingo (21) nos Estados Unidos. Cinco pessoas morreram e 40 ficaram feridas, incluindo crianças que agitavam pompons, um grupo de idosas e um padre.

A polícia diz que um agente disparou contra o veículo na tentativa de impedir a carnificina e uma "pessoa de interesse" foi detida, mas ainda não informou se o incidente tem relação com terrorismo.

O hospital infantil de Wisconsin disse ter recebido 15 pacientes até as 20h, sem o registro de mortes até então. O centro médico Aurora disse que estava cuidando de 13 pacientes, incluindo 3 em estado crítico. Já o Hospital Froedtert confirmou ter recebido feridos, mas não informou quantos.

"Podemos confirmar que cinco pessoas morreram e 40 estão feridas. No entanto, esses números podem mudar à medida que coletamos mais informações", disse a polícia do condado de Waukesha em um comunicado.

O atropelamento
Policiais afirmaram que o carro rompeu barricadas que cercavam o desfile anual na cidade de Waukesha, no subúrbio de Milwaukee, pouco depois das 16h30 (horário local, 19h30 em Brasília).

Imagens mostram pessoas assistindo ao desfile quando o SUV passa em alta velocidade. Segundo testemunhas, o motorista avançou contra o desfile atrás de uma banda escolar e também acertou um grupo de idosos.

"O SUV veio a toda velocidade. Então comecei a escutar pessoas gritando”, contou Belen Santamaria, de 39 anos, que estava assistindo ao desfile a partir da calçada.

Outro espectador, Angelito Tenorio, disse ter visto o SUV acelerando "e então escutamos um barulho alto e choros e gritos ensurdecedores de pessoas que foram atingidas".

Grupo de dança atingido
Uma mulher disse a uma emissora local que o carro atingiu um grupo de dança de meninas entre 9 e 15 anos de idade e contou que a primeira reação foi de silêncio, seguida de gritos, correria e ajuda aos feridos.

Vídeos publicados nas redes sociais mostram pequenos grupos ao redor de meninas com pompons brancos espalhadas pelo chão.

"Havia pompons e sapatos e chocolate quente derramado por toda parte. Tive que ir de um corpo esmagado para o outro para encontrar minha filha", relatou Corey Montiho a um jornal local. "Minha esposa e minhas duas filhas quase foram atingidas. Por favor, rezem por todos".

O grupo "Vovós Dançarinas" de Milwaukee confirmou que algumas de suas integrantes foram atingidas. Um padre, vários fieis e alunos da Igreja Católica de Waukesha estão entre os feridos, segundo a porta-voz da arquidiocese de Milwaukee, Sandra Peterson.

Reação das autoridades
As escolas de Waukesha, uma cidade de 72 mil habitantes a cerca de 170 km ao norte de Chicago, permanecerão fechadas nesta segunda-feira (22), disse o chefe de polícia de Waukesha, Dan Thompson.

"O que ocorreu em Waukesha hoje é repugnante", disse o procurador-geral Josh Kaul. "Tenho toda a confiança de que os responsáveis serão levados à Justiça".

O governador de Wisconsin, Tony Evers, disse que ele e sua esposa estavam "rezando por Waukesha e por todas as crianças, famílias e membros da comunidade afetados por esse ato sem sentido".

A Casa Branca disse que "está monitorando de perto a situação em Waukesha, e nossos sentimentos estão com todos que foram impactados por esse terrível incidente". "Contatamos autoridades estaduais e locais para oferecer qualquer apoio e assistência necessários".

O desfile de Natal em Waukesha é realizado todos os anos no domingo antes do Dia de Ação de Graças, com patrocínio da Câmara de Comércio da cidade. A 59ª edição do evento tinha como tema "conforto e alegria".

g1
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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) abriu nesta segunda-feira (22) o sexto teste público de segurança das urnas eletrônicas que serão usadas nas eleições de 2022.

Ao todo, 26 investigadores vão colocar em prática 29 planos de ataque aos equipamentos e sistemas para tentar encontrar eventuais fragilidades. Segundo o TSE, esse número de inscritos é recorde.

O teste vai durar até a próxima sexta-feira (26).

Na abertura do teste, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, afirmou que o teste é o segundo momento do processo eleitoral.

"O primeiro é a abertura do código-fonte, que é tornar o programa acessível às entidades habilitadas. Uma das questões que vamos discutir com a comissão de transparência é progressivamente abrir o código-fonte para toda a sociedade", afirmou.

Segundo Barroso, o teste é uma parceria para melhorar o sistema eleitoral. "É nós procurarmos aprimorar os sistemas mediante ataques de pessoas físicas, hackers do bem, que queiram tentar vulnerar as diferentes camadas do sistema. Essas pessoas estão nos ajudando a melhorar o sistema", explicou.

O TSE colocou à disposição dos participantes computadores, urnas, impressoras, ferramentas e insumos no terceiro andar do edifício-sede da Corte Eleitoral, em Brasília.

A estrutura de apoio foi montada em espaço exclusivo, com entrada controlada, monitorado por câmeras.

Teste das urnas
O teste deste ano ocorre em meio a críticas do presidente Jair Bolsonaro ao sistema eletrônico de votação.

Ao longo desta semana, os investigadores atuarão:

  • individualmente;
  • em duplas;
  • trios;
  • grupos.

O objetivo é tentar "quebrar" as barreiras de segurança do processo eletrônico de votação, identificando eventuais falhas ou vulnerabilidades. O objetivo é que sejam corrigidas a tempo da próxima eleição.

Os investigadores terão acesso aos componentes internos e externos do sistema da urna, os empregados para a geração de mídias, votação, apuração, transmissão e recebimento de arquivos.

Abertura dos códigos-fonte
Em outubro, antes de apresentar os planos de ataque, os participantes examinaram os códigos-fonte da urna eletrônica e do sistema eletrônico de votação para elaborar as estratégias que usarão durante o evento.

Na ocasião, o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Julio Valente, afirmou que "não existe a possibilidade de um sistema alienígena ser colocado no processo e ser executado pelas urnas".

"As urnas eletrônicas brasileiras possuem um mecanismo de segurança, um hardware, que verifica os sistemas que estão instalados. Se não forem os sistemas lacrados, a urna imediatamente se autodesliga", afirmou.

"Ou seja, as urnas brasileiras possuem mecanismo que garante que somente os sistemas lacrados a partir do desenvolvimento, acompanhado e inspecionado, possam ser executados nelas", completou.

Além da abertura dos códigos-fonte, os investigadores conheceram o funcionamento de componentes da urna eletrônica em apresentação realizada por técnicos da Secretaria de Tecnologia da Informação do tribunal.

Uma urna eletrônica foi desmontada para mostrar toda a arquitetura do equipamento, incluindo as interfaces disponíveis, as tecnologias empregadas e os componentes do hardware e dos softwares.

Programas em avaliação
Neste ano, a Justiça Eleitoral aumentou o escopo dos programas que poderão ser avaliados pelos investigadores:

  • sistema de apoio à auditoria de funcionamento das urnas no dia da votação;
  • sistema de apoio à auditoria de funcionamento das urnas eletrônicas em condições normais de uso;
  • Verificador Pré/Pós-Eleição;
  • Verificador de Integridade e Autenticidade de sistemas eleitorais (utilizado para a verificação de resumos digitais e assinatura digital nas urnas eletrônicas).

Outra novidade é a possibilidade de extensão do teste por mais um dia após o prazo final se for constatada a necessidade de dar continuidade a algum plano de teste devido ao seu potencial de contribuição para o alcance dos objetivos.

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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (22) que não houve interferência no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), mas que "ainda teve questão de ideologia na prova". Na última semana, ele declarou que o exame "teria a cara do governo".

Na primeira prova, realizada no último domingo (21), os participantes responderam a perguntas de linguagens, ciências humanas e literatura e produziram uma redação. Entre os assuntos das questões foram abordados meio ambiente, população indígena e temas sociais. Também foram selecionados um trecho da canção Admirável Gado Novo, de Zé Ramalho, e uma charge do cartunista Henfil.

Em sua conversa com os apoiadores na saída do Alvorada, Bolsonaro também afirmou que, se ele e o ministro Milton Ribeiro pudessem interferir, "nenhuma questão destas cairia na prova".

O presidente contou que a prova passa por mudanças. "Você é obrigado a aproveitar banco de dados de anos anteriores, você é obrigado a aproveitar isso aí. Agora, dá para mudar? Já está mudando. Vocês não viram mais a linguagem de tal tipo de gente, com tal perfil. Não existe isso aí", disse.

A declaração de Bolsonaro reforçou o que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, havia dito na noite de domingo, após o encerramento do exame. Ribeiro negou interferência do governo no conteúdo da prova e declarou que "talvez, se tivesse interferência, pode ser até, hipoteticamente, que algumas perguntas nem estivessem ali. Não houve nenhuma interferência em escolha de perguntas".

A edição do Enem deste ano foi marcada por polêmicas que começaram com a saída de 37 funcionários do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) e acusações de interferência ideológica do governo nas provas.

O exame foi realizado no último domingo (21) com 90 questões de linguagens, ciências humanas e literatura, além da redação. No próximo domingo (28), os participantes responderão a 90 perguntas de matemática e ciências da natureza (física, química e biologia).

R7
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O presidente Jair Bolsonaro indicou o nome do ministro Raimundo Carreiro, do Tribunal de Contas da União (TCU), para ser o embaixador do Brasil em Lisboa.

Pela lei, Carreiro só seria obrigado a se aposentar em 2023, quando completaria 75 anos. Agora, a vaga dele vai ficar aberta no TCU, e Bolsonaro busca emplacar um aliado.

O presidente sabe que será preciso negociar. A vaga aberta é de indicação do Senado (parte dos ministros é indicada pelo Poder Executivo e parte pelo Congresso).

Um dos nomes defendido por Bolsonaro para a vaga de Carreiro é o do senador Fernando Bezerra (MDB-PE), líder do governo no Senado.

Outro que também agrada ao Palácio do Planalto é o senador Marcos Rogério (DEM-RO), defensor do governo na CPI da Covid.

Mas há outros senadores no páreo. O preferido do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para a vaga no TCU é o senador Antonio Anastasia (PSD-MG).

O nome da senadora Kátia Abreu (PP-TO) surge como uma candidatura independente.

A nomeação para o TCU coloca frente a frente Bolsonaro e Pacheco. O senador foi eleito para a presidência da Casa, em fevereiro, com o apoio do presidente da República. Mas ambos se afastaram ao longo do ano.

Relator
Carreiro é o relator no TCU de todos os processos que envolvem a Presidência da República e os ministérios palacianos.

Um desses processos investiga gastos no cartão corporativo da Presidência.

Se Pacheco derrotar o Palácio do Planalto, o cenário no TCU passa a preocupar Bolsonaro.

g1
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O aumento no custo dos insumos da construção civil e a queda no poder de compra das famílias impactaram os números do mercado imobiliário no país e as vendas de imóveis novos tiveram queda de 9,5% no terceiro trimestre deste ano, frente ao mesmo período do ano passado. Em relação ao segundo trimestre de 2021, a queda foi de 11,2%.

Os dados são da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) que apresentou hoje (22) os Indicadores Imobiliários Nacionais, estudo que traz informações sobre lançamentos, vendas, oferta final, preço, além da participação do programa Casa Verde e Amarela no setor. A pesquisa foi realizada em 162 cidade, sendo 20 capitais.

No acumulado do ano, entretanto, houve aumento de 22,6% nas vendas, se comparado com o período de janeiro a setembro de 2020. “O primeiro semestre já nos deu um gás e o ano vai fechar bom, mas o terceiro trimestre mostra queda muito forte nas vendas”, disse o presidente da CBIC, José Carlos Martins, durante coletiva virtual para apresentar os dados.

Segundo ele, a inflação de materiais e máquinas, pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), já passa de 30% no período de pandemia e os custos não foram repassados totalmente aos compradores, ou seja, ainda há margem para aumento no preço dos imóveis.

Ele explica que a falta de poder aquisitivo das famílias está segurando esse aumento, já que a inflação geral já chega a 10%, “mas não quer dizer que não vá acontecer mais na frente”.

"A grande esperança é que temos o contínuo interesse na aquisição, as famílias estão querendo imóveis, elas continuam com apetite”, destacou.

Apesar dos bons números no acumulado do ano, Martins alerta que os custos dos insumos podem continuar afetando o setor, consequentemente na geração de empregos. “O emprego de hoje é a venda de ontem. Vamos fechar o ano com contratação de 360 mil a 400 mil novos empregos porque vendemos muito bem nos primeiros nove meses”, disse. “O emprego de amanhã depende da venda de hoje e ela caiu quase 10%, então temos que ter muito cuidado para não termos uma situação delicada no próximo ano”, ressaltou.

Em relação aos lançamentos, houve crescimento de 13,6% no terceiro trimestre de 2021 em relação ao mesmo período de 2020. Em comparação ao trimestre anterior, o aumento foi de 7%. No acumulado do ano, a alta foi de 37,6% nos lançamentos, frente ao resultado de janeiro a setembro do ano passado.

Segundo a CBIC, muitos empreendedores seguraram os lançamentos no ano passado em razão da pandemia e, com a melhora na situação sanitária, estão retomando os negócios. Com isso, o setor está chegando a um equilíbrio entre o volume de lançamentos e vendas.

Casa Verde e Amarela
Com o aumento do custo de produção e da inflação que afeta o poder de compra das famílias, o presidente da CBIC cita ainda a queda da participação no setor do Casa Verde e Amarela, programa do governo que subsidia a compra da casa própria por famílias de baixa renda. O programa, que chegou a representar quase 60% dos lançamentos e vendas no setor, hoje ocupa a faixa de 40% dos lançamentos e 47% das vendas nas cidades pesquisadas.

“O que é um paradoxo”, disse o presidente da CBIC. “[Na faixa de renda] onde está 90% do déficit habitacional, você tem uma redução de participação de mercado”, destacou. Inclusive, o impacto foi maior nas regiões Norte e Nordeste.

Houve queda no programa tanto em lançamentos quanto em vendas, se comparado ao segundo trimestre de 2021 e também ao terceiro trimestre de 2020, bem como nos lançamentos no acumulado dos nove meses do ano, frente ao mesmo período de 2020. As reduções variaram de 10,7% a 19,9%. Apenas nas vendas acumuladas de janeiro a setembro houve crescimento, de 10,4%, em relação ao acumulado do período no ano passado.

Segundo Martins, o impacto do aumento dos insumos é maior nos imóveis populares. “O preço dos imóveis não cabe no orçamento das famílias. A inflação corrói a renda delas, o bem fica mais caro e elas ficam duplamente prejudicadas na aquisição”, disse. “Isso não acontece com imóveis de maior valor. A família pode optar por um imóvel menor, ir para uma localização não tão nobre, há opções, o que não acontece com imóvel para renda menor”, explicou.

Da mesma maneira, outros mercados suportam o aumento do preço das unidades e as construtoras têm mais margens para fazer adequações e viabilizar os lançamentos dos projetos.

Além disso, havia dúvida dos empreendedores sobre os subsídios do governo ao programa. Segundo a CBIC, a resposta do governo federal para adequação do programa habitacional, com adequação da curva de descontos e o aumento dos limites máximos de preço, deverá surtir efeito a partir do quarto trimestre de 2021.

Intenção de compra
O estudo da CBIC apresentou, ainda, números sobre a intenção de compra de imóveis da população. De acordo com o levantamento, a intenção caiu 7% no terceiro trimestre, em relação ao trimestre anterior e 39% dos entrevistados demonstraram interesse em adquirir um imóvel no prazo de até três anos.

Antes da pandemia de covid-19, a intenção de compra estava em 43% e chegou a cair para 20% no pior momento da crise sanitária, em abril do ano passado.

Entre os fatores que podem afetar a decisão de compra, o aumento inflação foi apontado por 45% dos entrevistados, seguido pelo cenário político complicado (31%) e a preocupação com o desemprego (24%). O aumento das taxas de juros, o baixo crescimento econômico do país e a pandemia de covid-19 também foram razões citadas pelas 1,2 mil pessoas entrevistadas.

A pesquisa é co-realizada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em parceria com a Brain Inteligência Estratégica.

Agência Brasil
Portal Santo André em Foco

A produção industrial ficou estável em outubro, informou hoje (22) a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Este é o segundo mês consecutivo de estabilidade na produção, após quatro meses de alta. Os dados, que constam do boletim Sondagem Industrial, elaborado pela confederação, mostram que em outubro, o índice de evolução da produção ficou em 50,1 pontos, ante os 50 registrados em setembro.

Os números refletem o desempenho de pequenas, médias e grandes empresas que atuam na indústria em geral, na indústria extrativista e na de transformação. O resultado também mostra que, no mês passado, a utilização da capacidade instalada das indústrias caiu um ponto percentual ao registrado em setembro, ficando em 71%. O resultado é menor do que o registrado em outubro de 2020, quando a utilização da capacidade industrial ficou em 74%.

De acordo com a CNI, a redução é explicada em parte devido a influência da recuperação da atividade industrial no último trimestre do ano passado e a necessidade de recomposição de estoques. Por isso, a entidade vê o resultado de 2021 como positivo, pois está acima da média dos mesmos meses de 2011 a 2019, quando ficou em 70,4%.

Já o indicador de utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual registrou 45,4 pontos em outubro. O resultado representa a terceira queda consecutiva do indicador.

“Apesar de estar abaixo da linha divisória de 50 pontos, que indica que a utilização da capacidade instalada está menor que a usual para o mês, o índice se encontra acima da média histórica de 42,6 pontos. Na comparação com outubro de 2020, o índice apresenta redução de 5,7 pontos”, informou a CNI.

A CNI disse ainda que em outubro, os estoques aumentaram e atingiram o nível planejado pelas empresas. Com isso, o índice de evolução do nível de estoques ficou em 50,5 pontos, cinco pontos acima do registrado em outubro de 2020.

“O índice de nível de estoque efetivo em relação ao planejado registrou 50 pontos em outubro, o que significa que o estoque efetivo atingiu exatamente o nível planejado pelas empresas. O resultado rompeu a sequência de meses nos quais os estoques efetivos estavam abaixo do planejado, o que vinha acontecendo desde dezembro de 2019. Na comparação com outubro de 2020, momento crítico da falta de estoques no ano passado, o índice mostra aumento de 6,7 pontos”, diz o boletim.

Emprego
No que diz respeito ao emprego, a CNI destaca que houve crescimento do emprego industrial, mas em ritmo bem mais moderado que nos meses anteriores. Em outubro, o índice de evolução do número de empregados alcançou 50,4 pontos, o que representa uma queda de 1,7 ponto na comparação com o mês anterior.

O índice varia de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam que o número de empregados cresceu na comparação com o mês anterior e valores abaixo de 50, que o número de empregados caiu. Como o índice ficou acima dos 50 pontos, indica que há alta do emprego frente ao mês anterior, mas que criação de vagas está mais restrita.

Confiança do empresário
O boletim mostra ainda que a confiança do empresariado diminuiu, com recuo na projeção das expectativas para o mês de novembro. A percepção reflete os resultados dos indicadores relacionados à expectativa de demanda, de quantidade exportada, de compras de matérias-primas e de número de empregados apresentando.

O índice de expectativa de demanda recuou 2,7 pontos em outubro, na comparação com novembro, atingindo 54,4 pontos. O índice de expectativa de exportação registrou 53 pontos, o que representa uma queda de 0,5 ponto em relação a novembro.

Já o índice de número de empregados sofreu diminuição de 1,3 ponto, alcançando 51,2 pontos em novembro. O índice de expectativa de compras de matérias-primas foi de 52,9 pontos, o que representa um recuo de 1,9 ponto na comparação dos meses de outubro e novembro. Esse resultado foi 5,1 pontos menor do que o registrado em novembro do ano anterior, quando o índice ficou em 58 pontos.

Agência Brasil
Portal Santo André em Foco

Após quatro meses consecutivos de alta e estabilidade em outubro, o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apresentou retração em novembro.

Com queda mensal de 0,9%, o indicador registrou 73,4 pontos, permanecendo abaixo do nível de satisfação, de 100 pontos. Apesar disso, o nível é o maior da série desde março de 2021 (73,8 pontos) e melhor do que o registrado em novembro de 2020 (69,8). Na comparação anual, o indicador apresentou elevação de 5,1%, mantendo a tendência positiva dos meses anteriores.

Entre os itens avaliados pela pesquisa, Emprego Atual se destacou como a única taxa positiva mensal, com crescimento de 0,2% e de 6,2%, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Segundo a CNC, acompanhando essa recuperação, o patamar atingido pelo item (92,2 pontos) o manteve como o maior indicador do levantamento em novembro, sendo também o maior nível desde maio de 2020 (101,7 pontos).

Mesmo com a melhora da percepção do mercado de trabalho, as famílias mostraram atenção no que se refere ao consumo. O item Acesso ao Crédito obteve a segunda queda consecutiva, de 2,3%, apresentando a maior taxa negativa do mês.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, avaliou que esse recuo foi influenciado pela trajetória de alta dos juros, iniciada pelo Banco Central para conter o aumento dos preços. “Os números demonstram que as incertezas econômicas e políticas estão sendo incorporadas pelos consumidores”, disse, em nota.

Além da redução do poder de compra, o encarecimento do crédito também afetou o item Perspectiva de Consumo, que manteve o resultado negativo do mês anterior, registrando queda de 1,5%. A economista responsável pela pesquisa, Catarina Carneiro da Silva, explicou que isso ocorre porque o crédito é um artifício utilizado pelos consumidores para aumentar suas rendas e tentar manter o padrão de consumo.

“A incerteza quanto ao tempo necessário para abrandar o processo inflacionário e o nível que os juros devem alcançar para conseguir o objetivo já estão influenciando no momento de consumir e gerando maior cautela”, afirmou a economista.

Destaques das regiões brasileiras
Na edição de novembro, o estudo apresentou destaques por região do país. Segundo os recortes, o Norte apresentou queda na variação anual na maioria dos indicadores, sendo o de Momento para Compra de Duráveis (+13,9%) a única exceção. O item, por outro lado, foi o único a registrar queda na região Sudeste (-16,7%).

Na comparação com 2020, as outras regiões também tiveram retração em apenas um dos itens avaliados. Sul e Centro-Oeste encolheram 6,3% e 6,9%, respectivamente, em Acesso ao Crédito. Já no Nordeste, Perspectiva Profissional teve o resultado mais negativo, com queda de 3%.

Agência Brasil
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