Novas informações sobre o teste com a arma hipersônica que a China fez em julho foram revelados pelo jornal “Financial Times” no domingo (22).
A China fez os testes em julho, mas só em outubro a informação foi tornada pública pelo "Financial Times". Os Estados Unidos reconheceram os avanços chineses.
De acordo com os novos detalhes publicados pelo jornal, a China conseguiu desenvolver duas armas hipersônicas:
Essa segunda aeronave tem uma tecnologia que nenhum outro país conseguiu desenvolver.
No teste militar, o veículo hipersônico que plana chegou a disparar um míssil no Mar do Sul da China, segundo fontes ouvidas pelo "Financial Times".
Os especialistas dos EUA tentam entender como a China desenvolveu essa tecnologia. Eles também discutem qual é o propósito do projétil —uma parte acredita que se trata de um projétil para disparar um míssil a partir do ar, e outros pensam que é um sistema de defesa que destrói mísseis no ar.
Os EUA se preocupam porque o segundo tipo de arma hipersônica pode circular o Polo Sul, e os americanos construíram seu sistema de defesa pensando em ameaças que viriam pelo Polo Norte.
Esse novo sistema daria à China mais opções para atingir alvos nos EUA.
Durante a Guerra Fria, os russos chegaram a tentar desenvolver um sistema parecido, mas era mais primitivo.
EUA dizem que teriam dificuldade para se defender
Em outubro, Mark Milley, chefe do Estado-Maior dos EUA, afirmou em uma entrevista que a China está fazendo avanços significativos em sistemas de armas hipersônicas, dos quais seria difícil para os Estados Unidos se defenderem.
"O que vimos foi um evento muito significativo de um teste de um sistema de armas hipersônico. E isso é muito preocupante", disse Milley à emissora de televisão Bloomberg.
Ele também mencionou as comparações feitas com as primeiras vitórias da União Soviética na corrida espacial durante a Guerra Fria. "Não sei se é um momento [como o lançamento do] Sputnik, mas acho que está muito próximo disso", disse o general.
A União Soviética lançou o satélite Sputnik em 1957, o que surpreendeu os EUA e gerou temores de que eles estivessem ficando para trás tecnologicamente em uma corrida armamentista cada vez mais acelerada.
g1
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