Novembro 28, 2024
Arimatea

Arimatea

A Polícia Federal (PF) está investigando indícios de sabotagem de serviços prestados e sistemas internos do Ministério da Educação. O ministro Abraham Weintraub anunciou hoje (8), em entrevista coletiva, que a pasta tem sofrido ataques cibernéticos há algumas semanas e que isso tem prejudicado alguns produtos oferecidos pelo portal na Internet.

“Não estamos acusando ninguém, mas há indícios fortes de sabotagem que nos levaram a acionar a Polícia Federal. Não é nosso papel investigar”, explicou Weintraub. Segundo ele, a população não será prejudicada pelos ataques. “Qualquer serviço que for suspenso terá prazo ampliado”, assegurou.

O Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) são os principais afetados pelo problema. Segundo técnicos do Ministério, os dois serviços estão intermitentes desde a última segunda-feira (5). Outro produto afetado é o Sistema Presença, utilizado para o pagamento dos benefícios do Bolsa Família. O MEC ainda detectou prejuízos no funcionamento do principal sistema de negócios da pasta, conhecido como SiMEC.

De acordo com a equipe da pasta, técnicos estão trabalhando para reestabelecer todo o funcionamento o mais rapidamente, mas não há prazo para que os serviços estejam totalmente normalizados.

Força de Segurança
Esta semana foi autorizada a presença do uso da Força Nacional de Segurança Pública nas imediações do prédio onde funciona o Ministério da Educação - o Bloco L da Esplanada dos Ministérios - nos dias 7, 12 e 13 de agosto.

De acordo com o texto publicado no Diário Oficial da União, o prazo do apoio ainda poderá ser prorrogado se o MEC considerar necessário e apresentar um pedido oficial.

Em maio, o mesmo reforço de segurança foi garantido ao ministério para evitar prejuízos estruturais com os protestos de estudantes pelo fim do contingenciamento de verbas de universidades públicas. No período, a União Nacional dos Estudantes (UNE) anunciou manifestações em pelo menos 150 cidades.

Contingenciamento
Durante a coletiva, Abraham Weintraub foi questionado sobre possíveis cortes de recursos para algumas áreas atendidas pela pasta. Ele reafirmou que não haverá cortes e sim contingenciamento de verbas. A medida significa bloqueio de orçamento por um período para assegurar o equilíbrio de contas.

“Estamos administrando uma situação de crise estabelecida pelo governo passado”, afirmou.

Agência Brasil
Portal Santo André em Foco

A Paraíba tem duas universidades entre as 50 melhores do Brasil no World University Rankings 2019-2020, divulgado no dia 5 deste mês, pelo Center for World University Rankings. O ranking conta com 2 mil instituições de ensino superior de todo o mundo, sendo 52 do Brasil.

A Universidade Federal (UFPB) da Paraíba ocupa a 27ª posição no país, de acordo com a classificação, e a 5ª na região Nordeste. No ranking internacional, a instituição está na posição número 1.188, com uma nota 69,2, em uma escala que vai até 100.

Já a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) ocupa a 46ª colocação no Brasil, a 8ª no Nordeste e a 1.758ª na classificação internacional, com nota 66,7.

Em relação à performance das pesquisas, para a qual também foi elaborado um ranking internacional, a UFPB ocupa a posição número 1.138, enquanto a UFCG está na 1.699.

Para desenvolver o ranking, conforme o Centro, foram avaliados fatores como a qualidade do ensino; a empregabilidade dos ex-alunos; a quantidade de acadêmicos que ganharam prêmios e medalhas internacionais; e o total de trabalhos de pesquisa realizados.

Além disso, são considerados o número de pesquisas publicadas em revistas de “primeira linha” e influentes, assim como o número de trabalhos altamente citados.

O primeiro lugar geral foi ocupado pela Universidade de Harvard, pelo oitavo ano consecutivo. No Brasil, a primeira posição foi ocupada pela Universidade de São Paulo.

G1 PB
Portal Santo André em Foco

Um forte tufão deve atingir Taiwan nesta quinta-feira (8), trazendo o risco de deslizamentos de terra e elevação do nível do mar, disseram meteorologistas, horas após um terremoto de magnitude 6 abalar a ilha.

O tufão Lekima, classificado como um fenômeno do nível mais alto pelo Departamento Meteorológico de Taiwan, deve se aproximar da costa nordeste da ilha na noite desta quinta. Ele estava se movendo pelo oceano na direção norte-noroeste a 15 km/h, disseram autoridades meteorológicas.

O Lekima conduzia ventos máximos de 227 km/h enquanto se aproximava de Taiwan, informou o departamento.

O departamento emitiu alertas de vento e chuva para a maior parte da capital, Taipé, a cidade portuária de Keelung e outros condados do norte. Também foi emitido um alerta para os marinheiros das costas sul e leste.

Terremoto
Um terremoto de magnitude 6 atingiu a costa nordeste de Taiwan mais cedo nesta quinta-feira, provocando alertas de deslizamentos de terra. O departamento meteorológico prevê chuvas de até 900 milímetros nas montanhas do norte da ilha.

"Um terremoto ocorreu quando fazíamos preparativos para o tufão, o que é um evento raro", disse o premiê Su Tseng-chang em um centro nacional de emergência, pedindo às autoridades que permaneçam em alerta quando a tempestade se aproximar.
O terremoto cortou a energia de mais de 10 mil edifícios e uma mulher foi morta por um guarda-roupa caindo. Um vídeo mostra vários gatos assustados no momento do tremor.

Mais de 1.500 pessoas foram transferidas por questões de segurança, a maioria delas turistas em ilhas ao largo da costa leste, enquanto tropas foram mobilizadas em algumas áreas em meio a temores de inundações.

A tempestade seguirá em direção à China, aproximando-se da cidade de Xangai, no leste do país, no final de semana, informou o departamento meteorológico.

Tufões são frequentes em Taiwan, na China, nas Filipinas e no Japão durante a segunda metade do ano, fortalecendo-se com as águas quentes do Oceano Pacífico ou do Mar do Sul da China antes de perderem a força na terra.

O tufão Morakot devastou a ilha em 2009, matando quase 700 pessoas, a maioria em deslizamentos de terra.

Reuters
Portal Santo André em Foco

Grupos armados têm disputado o controle de uma região no nordeste da Colômbia chamada Catatumbo, e isso implica abusos contra os moradores da região e também contra venezuelanos que foram para lá para fugir da crise em seu país de origem, de acordo com um relatório publicado pela ONG Human Rights Watch na quarta (8).

Há relatos de assassinatos, desaparecimentos, violência sexual, recrutamento de crianças como soldados e expulsões por três grupos armados diferentes.
Disputam o território o Exército de Libertação Nacional (ELN), o Exército Popular de Libertação (EPL) e um grupo que emergiu de remanescentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Os venezuelanos que chegaram à Colômbia se viram no meio desse conflito, afirma José Miguel Vivanco, diretor da ONG. Ao menos 25 mil venezuelanos estão entre eles, de acordo com a ONU. As crianças dos imigrantes da Venezuela têm sido recrutadas como soldados.

O governo do país não tem conseguido proteger os moradores da região.

Mais de 40 mil pessoas em Catatumbo foram expulsas de suas residências desde 2017, de acordo com estatísticas oficiais. Os grupos armados as acusam de colaborar com seus rivais ou com o governo. Os que se recusam a aderir a uma das milícias também precisam fugir.

Nove ativistas de direitos humanos foram assassinados. No total, 109 civis morreram vítimas da violência dos grupos em 2018.

Crianças de até 12 anos foram forçadas a aderir aos grupos armados. Parte das famílias emigrou para que seus filhos não fossem recrutados.
Os grupos também têm instalado bombas terrestres em áreas rurais –morreram 4, e 65 ficaram feridas com elas.

A Justiça da Colômbia não tem atuado na mesma velocidade. Entre fevereiro de 2017 e abril de 2019, havia 770 casos de assassinatos ou tentativas de homicídios, e 61 condenações.

O auxílio aos que foram forçados a ir embora de suas casas é insuficiente, de acordo com a ONG. Centenas de pessoas moram em abrigos temporários. Alguns deles não têm móveis nem água encanada.

G1
Portal Santo André em Foco

Políticos alemães do Partido Social Democrata (SPD) e do Partido Verde propuseram nesta quarta-feira (7) aumentar o imposto sobre a carne para proteger o clima e melhorar o bem-estar dos animais confinados.

A proposta prevê que o Imposto sobre o Valor Agregado (IVA) da carne passe dos atuais 7%, taxa reduzida cobrada na maioria dos alimentos no país, para 19%. A carne mais cara poderia, em teoria, reduzir o consumo deste produto, uma vez que alguns deixariam de comprar a proteína animal para economizar.

"Eu sou a favor do fim da redução do IVA para a carne para gerar um maior bem-estar animal", afirmou Friedrich Ostendorf, porta-voz da política agrícola dos verdes.

A proposta foi pleiteada por outros integrantes da legenda.

Alguns integrantes do partido argumentaram que pesquisas mostram que o setor pecuário é responsável por cerca de 14,5% das emissões globais de gases de efeito estufa. Ao produzirem metano e outros gases, os animais impulsionam as mudanças climáticas. O volume destas emissões é comparável a todos gerados por carros, aviões, navios e outros transportes.

Na primeira metade de 2019, os abatedouros na Alemanha mataram 29,4 milhões de porcos, vacas, ovelhas, cabras e cavalos, afirmou o Escritório Federal de Estatísticas.

Os legisladores propuseram ainda usar os fundos adicionais arrecadados com aumento do imposto para melhorar o bem-estar dos animais confinado no país, em um momento em que a indústria da carne está sob crescente crítica pela forma como trata os animais.

O porta-voz para a Agricultura da União Democrata Cristã (CDU), Albert Stegemann, disse estar aberto aos planos. "Tal imposto pode ser uma proposta construtiva. Porém, as receitas fiscais adicionais devem ser usadas para apoiar os criadores de gado para ajudá-los a se reestruturar", afirmou Stegemann, que faz parte do partido da chanceler federal Angela Merkel.

Já a ministra da Agricultura, Julia Klöckner, afirmou que as propostas mostraram a importância de apoiar os pecuaristas em meio ao declínio do consumo de carne, mas que não era necessário aumentar o IVA sobre a carne para isso. Ela sublinhou que os agricultores não devem sofrer as consequências dos esforços do governo.

Apesar de defendida por políticos do Partido Verde, o líder da legenda, Robert Habeck, não apoiou a medida por considerá-la pouco ambiciosa. Habeck sugeriu uma reforma completa do sistema de IVA para lidar com as preocupações ambientais.

O consumo de carne passou por um crescente escrutínio durante a última década, com dietas sem carne, como o vegetarianismo e o veganismo, ganhando força em todo o mundo.
Os cientistas afirmam que a indústria da carne é uma das maiores emissoras de CO², um dos principais causadores do aquecimento global. Eles pedem medidas ousadas voltadas a diminuir o consumo da proteína animal para combater as mudanças climáticas.

Os partidos de oposição, incluindo as legendas A Esquerda e o populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD), rejeitaram a proposta.

Deutsche Welle
Portal Santo André em Foco

O presidente Nicolás Maduro anunciou na quarta-feira (7) que a delegação chavista não vai participar das reuniões com a oposição venezuelana mediadas pela Noruega. A rodada dos diálogos estava prevista para acontecer nesta quinta (8) e sexta-feira (9) na ilha caribenha de Barbados. O chefe de Estado venezuelano tomou esta drástica decisão em represália às recentes sanções ordenadas por Washington para congelar todos os ativos da Venezuela nos Estados Unidos.

As reuniões entre ambos os grupos deste polarizado país começaram há cerca de dois meses e são mantidas em sigilo. A próxima rodada estava prevista para acontecer entre hoje e amanhã. No entanto, algumas horas antes, quando a delegação opositora já estava em Barbados, o chavismo anunciou a interrupção das conversas.

Por meio de um comunicado oficial, o governo de Maduro informou que “a Venezuela se dispõe a revisar os mecanismos desse processo para que sua continuação seja realmente efetiva e harmônica com os interesses do nosso povo”.

Nicolás Maduro participou na noite de quarta-feira (7) do programa de TV de Diosdado Cabello, o segundo homem forte do chavismo, e afirmou que será ativada uma contraofensiva aos Estados Unidos por meio da Assembleia Constituinte, também chamada de Assembleia Chavista. Segundo o presidente, “justiça será feita”.

“Querem brigar? Vamos brigar! Já chega!”, disse Maduro. O chefe de Estado convocou para este sábado (10) um protesto mundial contra a decisão de Washington. Desde 2014 pelo menos 105 pessoas e cerca de 60 entidades ligadas ao chavismo foram sancionadas pelos Estados Unidos.

Oposição reage
Stalin González, o segundo vice-presidente da Assembleia Nacional, enviou um comunicado por parte da oposição criticando a decisão do chavismo de interromper as mediações. González, que participa das negociações, fez uma publicação direto de Barbados em uma rede social dizendo que eles continuarão “trabalhando em todos os patamares” e que o governo de Maduro “teme a possibilidade de uma verdadeira mudança política no país”.

A decisão de Maduro de suspender o diálogo com a oposição pegou muitos de surpresa. Sobretudo porque na terça-feira (6) o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, havia garantido que o chavismo não se levantaria da mesa de diálogos. Já o conselheiro de Segurança dos Estados Unidos, John Bolton, garantiu que o tempo das negociações já passou, ressaltando que os diálogos são apenas uma “velha prática para ganhar tempo e continuar no poder”.

Suíça sanciona autoridades
Na quarta-feira (7), a Suíça anunciou sanções diretas a pelo menos 18 autoridades do chavismo, como a vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, o presidente do Tribunal Supremo de Justiça, Maikel Moreno, o presidente da Assembleia Constituinte, Diosdado Cabello, o procurador geral Tarek Wilian Saab, entre outros. Além disso, Brasília, por meio do Ministério das Relações Exteriores e do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em breve divulgará uma lista com nomes do alto escalão do chavismo que serão proibidos de entrar no Brasil.

O chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, enfatizou, ao participar da Conferência Internacional pela Democracia na Venezuela, realizada na terça-feira (6) na capital peruana, que “quem defende a liberdade e a dignidade humanas só tem uma opção: fora Maduro”. No entanto, apesar das fortes críticas ao governo venezuelano, a União Europeia declarou estar contra a “aplicação extraterritorial de medidas restritivas” como as impostas pelos Estados Unidos por causa da crise vivida na Venezuela.

Fake News
O presidente Nicolás Maduro garante que a punição terá consequências diretas no abastecimento de alimentos e de remédios, os pontos fracos da sociedade venezuelana, que por anos sofre com a escassez. No entanto, a maioria dos produtos importados vem de variados países – e não dos Estados Unidos.

O autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó, cujo governo é apoiado por Washington, afirma que as sanções não terão consequências diretas na importação de alimentos e de remédios. John Bolton garantiu que o bloqueio é “contra o regime madurista e não contra os venezuelanos”.

Já a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, divulgou nas redes sociais, na tarde de terça-feira, que estava retido no Canal do Panamá um barco com cerca de 25 mil toneladas de soja para a produção de comida. Segundo ela, a proibição à passagem da embarcação teria sido causada pelo bloqueio imposto pelos Estados Unidos.

No entanto, a administração do Canal do Panamá, também por meio das redes sociais, desmentiu a vice-presidente informando que nenhum navio estava detido. Essa travessia, que conecta os oceanos Atlântico e Pacífico, é uma das mais importantes passagens de embarcações do mundo.

RFI
Portal Santo André em Foco

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional aprovou nesta quarta-feira (7), com atraso, o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020. Entre os pontos aprovados pelos integrantes do colegiado estão o reajuste do salário mínimo, a partir do ano que vem, para R$ 1.040 e a reserva de R$ 3,7 bilhões para o fundo eleitoral das eleições municipais de 2020.

Para ter validade, o texto da LDO ainda tem de ser submetido à votação em uma sessão conjunta da Câmara e do Senado. Se for aprovado, será encaminhado ao Palácio do Planalto para sanção ou veto do presidente Jair Bolsonaro.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias deveria ter sido aprovada antes do recesso de julho, conforme prevê a Constituição. Porém, como ainda não haviam apreciado o texto, os congressistas saíraem férias informais, o chamado "recesso branco".

Após duas semanas de folga, deputados e senadores retornaram aos trabalhos no parlamento na última terça-feira (6).

Salário mínimo de R$ 1.040
O relator da LDO na Comissão Mista de Orçamento, deputado Cacá Leão (PP-BA), manteve a previsão do governo de que o salário mínimo seja reajustado, a partir de janeiro do ano que vem, em 4,2%, passando dos atuais R$ 998 para R$ 1.040. O valor será pago nos contracheques de fevereiro.

O percentual de 4,2% que será aplicado ao salário mínimo no próximo ano corresponde à previsão de inflação para este ano do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Por se tratar de uma estimativa, é possível que ocorra, até o fim do ano, alguma variação no valor de R$ 1.040 previsto na LDO para o salário mínimo de 2020.

Mesmo sendo a primeira vez que o salário mínimo deve ficar acima de R$ 1 mil, caso a LDO venha a ser aprovada conforme os termos propostos pelo governo Bolsonaro não haverá reajuste real, ou seja, acima da variação da inflação deste ano.

O valor do salário mínimo impacta os gastos públicos. De acordo com cálculos oficiais do governo, o aumento de R$ 1 para o salário mínimo implica despesa extra de, no mínimo, R$ 300 milhões aos cofres públicos.

Entre 2011 e 2019, vigorou proposta adotada pela então presidente Dilma Rousseff – aprovada pelo Congresso – de política de reajustes pela inflação (do ano anterior) e variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.

No entanto, como o PIB foi negativo em 2015 e 2016, nem sempre o salário mínimo subiu acima da inflação nos últimos anos.

A área econômica do governo Bolsonaro informou que ainda não foi fechada a política de reajuste do salário mínimo para os próximos anos. Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, isso será definido até o fim de 2019.

"A gente manteve correção feita pela inflação. Todos nós gostaríamos de poder fazer esse aumento e de acrescentar outros valores, mas atendendo ao pleito do governo, e ao que diz a Constituição, acabamos mantendo esse valor", declarou o relator Cacá Leão, justificando o fato de não ter sido aplicado reajuste real ao salário mínimo de 2020.

Fundo eleitoral
Apesar disso, o relator fez algumas alterações no projeto encaminhado pela área econômica do governo federal. Uma delas diz respeito ao fundo eleitoral, que pode mais que dobrar o valor dos recursos a serem gasto nas eleições municipais do ano que vem.

O texto contempla autorização para R$ 2 bilhões a mais em gastos, na comparação com as eleições de 2018. A previsão é que até R$ 3,7 bilhões possam ser destinados ao fundo eleitoral. No ano passado, 35 partidos receberam R$ 1,7 bilhão.

"Isso não quer dizer que será alocado a totalidade [dos R$ 3,7 bilhões]. O valor vai ser discutido mais na frente, durante a discussão da lei orçamentária anual. Estamos colocando esse teto. Momento adequado de se fazer isso é na LOA [lei orçamentária anual]", declarou Cacá Leão.

Reajustes de servidores
Outra mudança na proposta do governo está relacionada com os reajustes de servidores - que passaram a ser autorizados. O texto original não previa reajustes para servidores públicos em 2020, com exceção de militares.

Em seu relatório, Cacá Leão afirmou não ser contrário ao reajuste das remunerações dos militares, "até porque visam a mera recomposição de perdas decorrentes da desvalorização monetária ao longo dos anos, de tal modo a manter o poder de compra".

E acrescenta: "todavia acreditamos que deve haver outras categorias civis que sofrem do mesmo problema, portanto decidimos por excluir a vedação de reajuste a pessoal civil da União que deve ser analisado caso a caso na tramitação do Orçamento Geral da União para 2020".

A proposta da LDO da área econômica prevê que os gastos com servidores públicos avancem de R$ 326 bilhões, em 2019, ou 4,46% do Produto Interno Bruto (PIB), para R$ 338,1 bilhões em 2020 (4,29% do PIB). Eventuais aumentos para servidores públicos podem elevar mais esses gastos - classificados como obrigatórios - e pressionar para baixo outras despesas dos ministérios.

PIB e meta fiscal
O projeto da LDO aprovado nesta quarta-feira manteve em 2,7% a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano - valor que está bem acima da última estimativa do mercado financeiro, feita na semana passada, de que a economia terá um crescimento mais modesto, de 2,1%, em 2020.

De acordo com o relator da LDO, Cacá Leão, o mercado financeiro não considera, nessa previsão menor de alta do PIB em 2020, a aprovação da reforma da previdência (cujo texto base foi aprovado em segundo turno pela Câmara) e da reforma tributária (que ainda será analisada), além do efeito de privatizações.

"A gente acredita que, sendo aprovadas essas medidas, a gente vai conseguir igualar esse percentual [2,7% de crescimento para o PIB no próximo ano]", declarou ele. Esse valor, porém, ainda pode ser alterado na proposta de orçamento federal, a ser encaminhada pelo governo federal até o fim de agosto.

A previsão de crescimento do PIB tem relação direta com os valor das receitas estimadas para 2020. Caso a economia não apresente uma retomada de uma taxa maior de crescimento no próximo ano - em linha com os 2,7% de alta do PIB aprovados na LDO - a área econômica do governo pode ser obrigada a efetuar um bloqueio grande de gastos no começo do ano que vem.

No começo de 2019, por, exemplo, o Ministério da Economia anunciou um bloqueio de R$ 29,7 bilhões para atingir as metas fiscais pré-determinadas. Para o próximo ano, foi fixada uma meta de déficit primário (despesas maiores do que receitas, sem contar os gastos com juros da dívida pública) de até R$ 124,1 bilhões para o governo federal.

Recursos para Educação
O relatório aprovado pela Comissão Mista de Orçamento também incluiu como ressalva, nos gastos que não podem ser objeto de bloqueios orçamentários nos próximos anos, as "despesas com as ações vinculadas à função Educação".

Com isso, esses gastos serão preservados e não poderão ser contingenciados no próximo ano, o que, por outro lado, também dificultará a execução orçamentária em 2020, tendo em vista os limites impostos pelo teto de gastos e pela meta fiscal.

Em 2019, o governo efetuou o bloqueio de R$ 5,8 bilhões nos gastos com Educação em março - o que motivou protestos populares em mais de 200 cidades no dia 15 de maio. Mais recentemente, no fim de julho, o governo anunciou um contingenciamento adicional de R$ 350 milhões, que pode afetar a compra, produção e distribuição de livros didáticos.

G1
Portal Santo André em Foco

O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, disse nesta quinta-feira (8) que a liberação de R$ 500 do saldo de cada conta do FGTS neste ano foi "bônus" dado ao trabalhador, mas que o saque-aniversário dos recursos – que será liberado a partir de 2020 – vai aumentar a produtividade do brasileiro.

Quem optar pelo saque-aniversário não poderá mais sacar a totalidade dos recursos do fundo em caso em caso de demissão sem justa causa. "Isso é um incentivo muito grande para o trabalhador continuar na empresa", afirmou.

Segundo o secretário, "pesquisas mostravam que os arranjos no mercado de trabalho estavam gerando grande rotatividade e fazendo com que o trabalhador perdesse parte da experiência dentro da empresa".

O secretário disse que o saque-aniversário corrige uma distorção na alocação de recursos do país. Segundo ele, havia um "excesso" de R$ 40 bilhões no FGTS enquanto trabalhadores com dívidas pequenas pagavam juros sem poder ter acesso esse dinheiro. "Estamos devolvendo o dinheiro ao trabalhador", afirmou.

Em resposta aos que defendiam que os recursos do fundo fossem destinados a um sistema de capitalização para a aposentadoria, em vez de sacados a cada ano, Sachsida afirmou: "Nosso governo é liberal, estamos ampliando o direito de escolha do trabalhador". E completou: "Acho que quem melhor sabe o que fazer com seu dinheiro é o trabalhador".

'Quinhentão'
Sachsida falou em evento realizado pelo banco BTG Pactual, em São Paulo. Durante o painel, o moderador se confundiu e disse que o saque autorizado este ano seria de R$ 5 mil. O secretário corrigiu. "É 'quinhentão'. Eu gostaria que fosse R$ 5 mil, mas não teve jeito, não".

"Essa medida vai ter um impacto muito mais forte do que muitos estão prevendo. Claro que é uma medida de curto prazo, mas é uma medida de curto prazo importante", afirmou.

De acordo com ele, um recorte por estado permite dimensionar o impacto da liberação desses recursos. Em São Paulo, serão R$ 15,5 bilhões para 28 milhões de trabalhadores, 62% da população do estado, disse.

O secretário disse ainda que a possibilidade de dar o FGTS como garantia em empréstimos vai "revolucionar" o mercado de crédito e que a Caixa já está elaborando produtos nessa modalidade.

"É uma chance de levar crédito barato para toda a população", afirmou. "Vamos replicar para o consignado privado o sucesso do consignado público. Potencial desse mercado: R$ 100 bilhões em 3 ou 4 anos".

G1
Portal Santo André em Foco

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ficou em 0,19% em julho, segundo divulgou nesta quinta-feira (8) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da aceleração em relação ao mês anterior (0,01%), trata-se da menor taxa para julho desde 2014, quando ficou em 0,01%.

Com o resultado, o índice acumula alta de 2,42% em 7 meses. Em 12 meses, recuou para 3,22%, ante os 3,37% registrados em junho, permanecendo bem abaixo da meta de 4,25% definida pelo governo para o ano, o que deve reforçar as apostas de novos cortes na taxa básica de juros, atualmente em 6% ao ano – o menor valor da série histórica.

Queda nos preços de vestuário e combustíveis
O grupo de alimentação e bebidas, que tem o maior peso na composição do indicador, ficou praticamente estável na passagem de junho para julho. A alimentação no domicílio teve queda de 0,06%, enquanto a alimentação fora apresentou alta de 0,15%. Entre os produtos que ficaram mais barato, destaque para tomate (-11,28%), feijão-carioca (-8,86%), hortaliças (-4,98%) e batata-inglesa (-3,68%).

Segundo o IBGE, a queda dos preços de vestuário (-0,52%), transportes (-0,17%) e saúde e cuidados pessoais (-0,20%) ajudaram a segurar a inflação no mês.

"A queda [dos preços] em vestuário é explicada pelas promoções por conta das trocas de coleções. Já o transportes foi puxado pela queda nos preços dos combustíveis (-2,79%), principalmente da gasolina (-2,80%), que teve o maior impacto negativo na composição do índice, de -0,12 pontos percentuais", afirmou o gerente da pesquisa.

Segundo o IBGE, a gasolina recuou 2,80%, em média, em julho no país. Já os preços do etanol e do diesel caíram 3,13% e 1,76%, respectivamente.

Baixa demanda segura alta de preços
Segundo Gonçalves, há uma pressão negativa da baixa demanda em relação aos serviços, o que tem segurado a alta de preços. A inflação de serviço ficou em 0,46% em julho, ante 0,34% em junho.

"Ainda há muita informalidade no mercado de trabalho e um contingente muito grande de desempregados. Como a renda dessa informalidade é muito incerta, as famílias acabam, priorizando alimentação, habitação e transporte. Então, para os serviços acaba não sobrando nada", destacou.

Veja a inflação de junho por grupos pesquisados e o impacto de cada um no índice geral:

  • Alimentação e Bebidas: 0,01% (0 ponto percentual)
  • Habitação: 1,20% (0,19 p.p.)
  • Artigos de Residência: 0,29% (0,1 p.p.)
  • Vestuário: -0,52% (-0,03 p.p.)
  • Transportes: -0,17% (-0,03 p.p.)
  • Saúde e Cuidados Pessoais: -0,20% (-0,02 p.p.)
  • Despesas Pessoais: 0,44% (0,05 p.p.)
  • Educação: 0,04% (0 p.p.)
  • Comunicação: 0,57% (0,02 p.p.)

Conta de luz foi a vilã da inflação de julho
Entre os itens que mais pesaram na inflação de julho, destaque para energia elétrica. Somente este item teve impacto de 0,17 ponto percentual no índice geral.

As contas de luz ficaram em média 4,48% mais caras para o consumidor em julho, impactadas pela mudança tarifária, já que passou a ser cobrada a Bandeira Amarela, que aumenta a conta em R$ 1,50 a cada 100 kWh.

"A energia representou praticamente toda a inflação do mês", destacou o gerente da pesquisa.

Segundo o IBGE, se não fosse a energia elétrica, o IPCA de julho ficaria muito próximo da estabilidade, uma vez outros grupamentos importantes, como alimentação, transportes e saúde e cuidados pessoais, tiveram estabilidade ou queda.

No grupo Transportes, os destaques foram as altas das passagens aéreas (18,63%) e das tarifas de ônibus interestadual (5,21%).

Já a alta do grupo "despesas pessoais" (0,44%) foi pressionada pelos itens excursão (4,43%) e empregado doméstico (0,24%).

O IBGE calcula a inflação oficial com base na cesta de consumo das famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos, abrangendo dez regiões metropolitanas, além dos municípios de Aracaju, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Rio Branco e São Luís.

Perspectivas e meta de inflação
A meta central de inflação deste ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância varia de 2,75% a 5,75%. A meta é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic), que foi reduzida na última reunião do Copom para 6% ao ano.

Os analistas das instituições financeiras continuam projetando para o ano uma inflação abaixo do centro da meta central do governo, com uma taxa de 3,80% em 2019.

Para 2020, o mercado financeiro manteve a estimativa de inflação em 3,90%. No próximo ano, a meta central de inflação é de 4% e terá sido oficialmente cumprida se o IPCA oscilar entre 2,5% e 5,5%.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC indicou, por meio da ata da reunião realizada na semana passada, que a taxa Selic pode recuar novamente nos próximos meses. O mercado financeiro acredita que o BC continuará reduzindo os juros nos próximos meses. A expectativa dos analistas, ouvidos em pesquisa realizada pela instituição na semana passada, é de que a taxa Selic recue para 5,5% ao ano em setembro, e para 5,25% ao ano em dezembro.

Para agosto, o IBGE adiantou que a energia elétrica tende a voltar a pressionar a inflação, já que neste mês entrou em vigou a bandeira vermelha patamar 1, cuja tarifa é de R$ 4 a cada 100 kWh consumido. Por outro lado, o gás de botijão teve redução de 8,17% nas refinarias.

Todavia, o gerente da pesquisa ressalvou que ainda não se pode afirmar que haverá alta na inflação em agosto. “Os alimentos terão uma safra muito boa. Então, como eles têm um peso muito forte no índice, pode trazer uma contenção na taxa”, ponderou Gonçalves.

Inflação por capitais
Regionalmente, seis das 16 regiões pesquisadas pelo IBGE registraram deflação em junho. A região metropolitana de Porto Alegre (0,54%) apresentou a maior variação, seguida pelo Rio de Janeiro (0,30%) e São Paulo (0,28%). O menor índice foi em Goiânia (-0,22%) e em Rio Branco (-0,21%).

Veja todos os índices regionais:

  • Porto Alegre: 0,54%
  • Rio de Janeiro: 0,30%
  • São Paulo: 0,28%
  • Belo Horizonte: 0,23%
  • Brasília: 0,22%
  • Recife: 0,19%
  • Aracaju: 0,13%
  • Vitória: 0,04%
  • Curitiba: 0,04%
  • Belém: 0,03%
  • Campo Grande: -0,01%
  • Salvador:-0,14%
  • Fortaleza: -0,15%
  • São Luís: -0,16%
  • Rio Branco: -0,21%
  • Goiânia: -0,22%

INPC em julho foi de 0,10%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado como referência para os reajustes salariais, ficou em 0,10% em junho, acima da taxa de 0,01% de junho. O acumulado do ano está em 2,55% e o dos últimos doze meses foi para 3,16%, contra 3,31% nos 12 meses imediatamente anteriores.

G1
Portal Santo André em Foco

O dólar opera queda em nesta quinta-feira (8), com o sentimento de risco se estabilizando após dados comerciais chineses fortes e os esforços da China para reduzir a queda no valor do iuan, encorajando investidores a comprar moedas mais arriscadas.

Às 13h35, o dólar tinha queda de 1,121%, a R$ 3,9266.

Na quarta-feira, a moeda teve alta de 0,5%, e fechou o dia a R$ 3,9746, depois de quase alcançar os R$ 4.

Dados mostraram que as exportações de julho na China cresceram 3,3% em relação ao ano anterior, enquanto analistas esperavam uma queda de 2%. Autoridades chinesas também fixaram o valor diário do iuan em um nível mais firme do que muitos esperavam, mesmo abaixo do nível de 7 por dólar pela primeira vez desde a crise financeira global.

"Os comentários recentes de autoridades chinesas sugeriram que eles querem estabilizar sua moeda, caso contrário uma queda acentuada no iuan pode alimentar saídas de capital", disse à Reuters Manuel Oliveri, estrategista de câmbio do Credit Agricole.

"O outro fator que ajuda o sentimento de risco é a crescente série de afrouxamento por bancos centrais mundiais." Esta semana, a Nova Zelândia juntou-se à Índia e à Tailândia e cortou sua taxa de juros, em meio a expectativas crescentes do mercado de que outros grandes bancos centrais também se juntem ao grupo e afrouxem ainda mais sua política monetária.

De fato, as expectativas do mercado para mais um corte de 0,25 ponto percentual pelo Federal Reserve em setembro permanece firmemente precificada nos mercados de títulos, apesar de uma recuperação nos mercados globais nesta quinta-feira.

G1
Portal Santo André em Foco

© 2019 Portal Santo André em Foco - Todos os Direitos Reservados.

Please publish modules in offcanvas position.