O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu chamar os governadores de todo o país para discutir o tema da segurança pública na próxima semana. A previsão, de acordo com fontes, é de que a reunião ocorra na quinta-feira (31), no Palácio do Planalto, em Brasília. Entre os temas que devem ser analisados pelas autoridades, estão a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Segurança Pública, elaborada inicialmente pelo Ministério da Justiça, e crimes ocorridos no Brasil.
O Palácio do Planalto quer convidar todos os governadores. Os convites devem ser feitos ao longo dos próximos dias. Não há, por enquanto, horário para o encontro. Na reunião, Lula quer apresentar a ideia da PEC da Segurança Pública, formulada pelo ministro Ricardo Lewandowski. Na prática, a matéria quer criar um SUS (Sistema Único de Saúde) para a área.
Atualmente, está em vigor o SUSP (Sistema Único de Segurança Pública), que lida com recursos escassos. O modelo estabeleceu o Plano Nacional de Segurança Pública para integrar as diversas forças, principalmente em relação à troca de dados de inteligência. Com a PEC, o governo espera criar um fundo com o objetivo de reequipar as polícias.
O governo Lula quer um modelo de polícia ostensiva, com atuação em todo o país. Nesse sentido, o texto pretende ampliar a competência da Polícia Federal, sobretudo em ações contra milícias, crimes ambientais e narcotráfico. Além disso, a PEC quer alargar as atividades feitas pela Polícia Rodoviária Federal, com fiscalização em hidrovias e ferrovias, por exemplo.
Envio ao Congresso Nacional
No último dia 17, Lula afirmou que deve enviar a PEC ao Congresso Nacional até o fim deste ano. O presidente argumentou que a competência da União no tema é basicamente o repasse de recursos aos estados e municípios e defendeu uma coordenação nacional na área. A declaração foi dada em uma entrevista a uma rádio de Salvador (BA).
“Eu não quero que seja apresentada como proposta dele [o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski]. Eu quero reunir os 27 governadores para criar uma política de segurança pública que envolva a cidade, o estado e a União. Qual o papel de cada um nisso? Os estados não abrem mão do controle da polícia, e a Polícia Federal não pode entrar nisso, só quando o estado pede. Então a nossa contribuição termina sendo a de repassar dinheiro, e nós não queremos isso”, disse Lula.
“Nós queremos construir uma política de segurança que envolva estado, município e União. Em que a gente possa defender o papel da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, da Guarda Municipal, participando junto com as polícias estaduais. Mas nós precisamos ter uma coordenação nacional”, completou.
Crimes
Para além da PEC da segurança pública, Lula quer debater com os governadores saídas práticas para os crimes registrados no país. Um deles ocorreu em Novo Hamburgo (RS). Na noite de terça (22), Édson Fernando Crippa, de 45 anos, manteve a família em cárcere privado por mais de 10 horas e matou seu pai e seu irmão e o policial militar Everton Kirsch Júnior. Pelas redes sociais, o presidente lamentou a tragédia e criticou a política de liberação de armas para a sociedade civil.
“O trágico episódio ocorreu após denúncias de maus-tratos contra um casal de idosos na casa do atirador, que possuía quatro armas registradas em seu nome. Isso não pode ser normalizado: a distribuição indiscriminada de armamentos na sociedade, com grande parte deles caindo nas mãos do crime, é inaceitável”, escreveu Lula.
Outro caso ocorreu na última quinta-feira (24), uma operação da Polícia Militar do Rio de Janeiro, no Complexo de Israel, terminou com três inocentes mortos e outras três pessoas feridas. A ação resultou apenas na prisão de um suspeito. Centenas de motoristas e passageiros ficaram em meio ao fogo cruzado e precisaram se abrigar nas muretas que dividem as pistas da avenida Brasil. A via expressa precisou ser interditada por cerca de duas horas.
R7
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelou a ida à COP-16 (Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade), em Cali, na Colômbia. O petista embarcaria para o país vizinho na próxima terça-feira (29), mas, por recomendação médica, não vai mais à conferência. Lula caiu no banheiro do Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência da República, enquanto cortava as unhas do pé, no último sábado (19), e teve de levar cinco pontos na nuca.
É a segunda viagem internacional que o petista cancela por conta do acidente doméstico. Ele iria a Kazan, na Rússia, para a 16ª Cúpula dos Brics no dia seguinte à queda. Com a ausência do presidente no evento, a delegação brasileira foi chefiada pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Lula discursou na cúpula por videoconferência.
O presidente repetiu os exames de imagem da cabeça nesta sexta-feira (25). O boletim médico destacou que o quadro de saúde é “estável” e autorizou o retorno às atividades de trabalho em Brasília (DF). Após despachar quatro dias do Alvorada, Lula voltou ao Palácio do Planalto nesta sexta (25), para a assinatura do acordo de reparação pelo rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG).
Outras viagens internacionais
Ainda neste ano, em novembro, o presidente também iria a Lima, no Peru, para participar da reunião de líderes econômicos da Apec (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico). No mesmo mês, Lula se deslocaria para Baku, no Azerbaijão, para a COP29 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas). O R7 apurou, no entanto, que a ida de Lula a esses eventos ainda não está definida.
R7
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (25) que o acordo para reparação de danos da tragédia em Mariana (MG) serve como uma "lição" para mineradoras de que sairia mais "barato" evitar a "desgraça" do que pagar as indenizações.
As mineradoras Vale, BHP e Samarco, e autoridades federais e estaduais assinaram nesta sexta um novo compromisso para compensação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, na cidade do interior de Minas Gerais.
O acordo, homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pelo Tribunal Regional Federal da 6ª Região e pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, prevê medidas reparatórias e compensatórias estimadas em R$ 170 bilhões.
"Essa lição, que as mineradoras estão tendo, de que ficaria muito mais barato ter evitado a desgraça espero que sirva de lição para outras centenas de lixo que as empresas jogam em represas nem sempre tão bem preparadas ou modernas, para evitar essa desgraça. Importante que essa lição fique desse acordo", afirmou.
"Ficaria muito mais barato ter evitado o que aconteceu. Infinitamente mais barato. Certamente, não custaria R$ 20 bilhões evitar a desgraça que aconteceu", acrescentou o presidente durante cerimônia no Palácio do Planalto.
O novo pacto renegocia um acordo firmado originalmente em 2016 pelas mineradoras, que foi avaliado como insuficiente para “assegurar os direitos dos atingidos a uma reparação justa e satisfatória” e para garantir a recuperação ambiental de áreas atingidas pelo desastre.
A barragem de Fundão rompeu em 5 de novembro de 2015. Cerca de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração destruíram comunidades, contaminaram o Rio Doce e afluentes e chegaram ao Oceano Atlântico, no Espírito Santo.
Ao todo, 49 municípios foram atingidos — direta ou indiretamente — e 19 pessoas morreram.
'Irresponsabilidade' e 'ganância', aponta Lula
No pronunciamento, Lula disse que a tragédia não foi evitada "por irresponsabilidade e ganância" das empresas envolvidas na tragédia e destacou que o episódio não teve relação com "questões climáticas".
"As questões climáticas estão acontecendo. Mas o que aconteceu em Mariana não foi uma questão climática. Foi uma questão de irresponsabilidade pura com o povo da região", afirmou.
Entenda os termos do novo acordo
O novo acordo estabelece que as mineradoras repassarão R$ 100 bilhões à União e aos governos de Minas Gerais e do Espírito Santo.
O montante será pago em parcelas anuais ao longo de 20 anos. Com esses recursos, os governos deverão implementar iniciativas de reparação ambiental e social.
Entram nesse rol de ações, reassentamentos, programas de indenizações aos atingidos, recuperação da bacia do Rio Doce e projetos de infraestrutura nas áreas afetadas.
O governo federal afirma que, com os repasses e o acordo para que as ações sejam feitas pelos próprios governos, espera “maior efetividade das medidas de reparação”.
A maior parte dos recursos será aplicada em ações voltadas diretamente para a reparação de danos de atingidos pelo desastre (R$ 39,3 bilhões). Entre os investimentos previstos nesse eixo, estão:
Investimentos em infraestrutura, como saneamento e rodovias, deverão somar R$ 15,29 bilhões; e as ações de recuperação ambiental, R$ 16,13 bilhões.
Os 49 municípios atingidos pelo desastre terão direito a repasses financeiros, que vão totalizar R$ 6,1 bilhões.
Além desse dinheiro repassado aos governos, as mineradoras ainda terão de investir — diretamente — R$ 32 bilhões para finalizar ações de reparação já iniciadas, como o reassentamento das comunidades mineiras de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, e outras medidas de recuperação ambiental.
O acordo prevê, ainda, que as mineradoras deverão implementar um sistema de indenização para atingidos que não conseguiram comprovar documentalmente os danos sofridos. A estimativa é que 300 mil pessoas sejam beneficiadas, com os seguintes benefícios:
"Nós iremos agregar e dar as condições de pagamento para mais de 300 mil pessoas que, ao longo de nove anos, não conseguiram receber o seu direito à reparação devida pela tragédia", disse o advogado-geral da União, Jorge Messias.
As empresas também deverão indenizar pessoas que ficaram sem acesso à água potável em decorrência do rompimento da barragem — o chamado "dano água". Segundo a Advocacia-Geral da União (AGU), 20 mil moradores terão direito a R$ 13 mil por esses danos.
Todos esses recursos se somarão a R$ 38 bilhões que já foram aplicados pelas empresas, por meio da Fundação Renova, como medidas reparatórias e compensatórias.
O governador Romeu Zema afirmou que a Fundação Renova, criada em 2016 como parte do primeiro acordo de compensação firmado pelas mineradoras, será extinta após a homologação judicial do novo pacto.
A Renova é a entidade atualmente responsável pelas medidas de reparação de danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão.
Segundo Zema, a empresa Samarco “ficará responsável por dinamizar” as novas ações definidas no documento.
A AGU informou que o dinheiro que será repassado ao governo federal não entrará no orçamento-geral da União, logo, não ficará sujeito a eventuais bloqueios realizados por conta de regras fiscais.
A gestão do recurso será feita pelo BNDES por meio de um fundo privado. Minas Gerais e Espírito Santo terão mecanismos próprios para gerir os recursos.
g1
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O programa Gás Para Todos (PL 3.335/24) deve aumentar a demanda por gás liquefeito de petróleo (GLP) no Brasil em 2025. A iniciativa, desenvolvida pelo Ministério de Minas e Energia (MME) em conjunto com o Ministério da Fazenda, visa garantir acesso a tecnologias limpas de cozimento para mais de 20 milhões de famílias.
As projeções foram divulgadas pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), nesta quinta-feira (24/10), em boletim bimestral sobre combustíveis. Segundo o documento, o consumo do gás de cozinha pode chegar a 7,7 milhões de toneladas no próximo ano, com um crescimento de 1% em relação a 2024.
“O combate à pobreza energética é uma das grandes bandeiras do governo Lula, e o Gás Para Todos chega para combater uma vertente muito perversa dessa pobreza, que atinge principalmente crianças e mulheres. Estamos garantindo segurança alimentar e qualidade de vida para milhões de brasileiros e brasileiras, e vamos continuar avançando nas pautas que representem o bem-estar social do nosso povo”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Além do crescimento do GLP, o boletim indica que a demanda por biodiesel deve aumentar 10% em 2025, alcançando 10,1 bilhões de litros. Esse aumento será impulsionado pela elevação da mistura do biocombustível ao diesel mineral, que passará de 14% para 15% a partir de março do próximo ano, conforme aprovado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
O documento "Perspectivas para o Mercado Brasileiro de Combustíveis no Curto Prazo" é uma publicação bimestral da EPE que apresenta projeções de vendas mensais dos principais derivados de petróleo e biocombustíveis pelas distribuidoras no Brasil. O estudo reúne informações e oferece suporte à tomada de decisões dos agentes do setor de energia. Acesse o boletim completo aqui .
Agência Gov
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Em agosto, as ferrovias brasileiras registraram o maior volume de cargas transportadas dos últimos seis anos. Os dados do Panorama Transportes da Infra S.A., publicado na quinta-feira (24/10), mostram que o setor atingiu a marca com 52,47 milhões de toneladas úteis, resultado 9,6% superior ao de agosto de 2023.
No acumulado dos oito primeiros meses de 2024, a alta já chega a 4,96% e representa um total de 254,14 milhões de toneladas úteis até o momento.
No setor aéreo, as cargas pagas movimentadas tiveram alta de 12% em relação a agosto de 2023, com 120,8 milhões de quilos em 2024, a variação anual desse setor acumulou alta de 9,1%.
Outro destaque do mês é a movimentação de combustíveis e derivados pelo transporte rodoviário. O crescimento em agosto ultrapassou a marca de 12%, com 7,7 milhões de metros cúbicos transportados. No ano, o valor chega 54,4 milhões de metros cúbicos, 10,2% a mais do que no mesmo período de 2023.
Além dos crescimentos em volume de cargas transportadas, o setor de transportes gerou 13.663 admissões formais em agosto de 2024, com destaque para com 11.567 novas contratações de profissionais que atuam no transporte rodoviário de cargas.
Investimentos
Nos oito primeiros meses de 2024, o Governo Federal investiu R$ 99,7 milhões em ferrovias, 22,6% acima do realizado em 2023. Desse total, R$ 75,26 milhões foram aplicados pela Infra S.A. nas obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, na Bahia. O resultado é 12,43% superior ao investido no empreendimento em 2023.
Atualmente, a empresa atua na construção de um trecho de 137 quilômetros de extensão, entre municípios baianos de Caetité e Bom Jesus da Lapa. O valor total dos investimentos previstos nessa etapa é de R$ 365 milhões.
Os investimentos federais no setor rodoviário, aeroviário e aquaviário também registraram altas de 9,8%, 67,2% e 28%, respectivamente.
Agência Gov
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Um homem de 35 anos foi executado dentro de casa na madrugada desta sexta-feira (25), no município de Bayeux, na Grande João Pessoa. Homens armados invadiram o imóvel e efetuaram ao menos 15 disparos.
A vítima foi identificada por Anderson da Silva Franca, que trabalhava como soldador. Ele era casado e tinha dois filhos. A família não soube informar o que poderia ter causado o crime.
Anderson não tinha histórico policial e seus familiares o descreveram como um "trabalhador", sem envolvimento com ilegalidades.
A Polícia Civil da Paraíba foi acionada e realizou uma perícia no local para tentar elucidar algumas questões.
Nenhum suspeito foi preso ou mesmo identificado.
g1 PB
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Duas pessoas morreram no norte de Israel nesta sexta-feira (25) atingidas por foguetes lançados do território libanês.
O ataque ocorreru em Majd al-Krum, cidade no norte de Israel, segundo a imprensa local. Mais cedo, o Hezbollah afirmou ter lançado mísseis e foguetes que tinham como alvo Karmiel, cidade ao lado de Majd al-Krum.
Esta não é a primeira vez que cidadãos israelenses morrem por conta de ataques do Hezbollah desde o início da guerra entre Israel e o grupo extremista no Líbano. No fim de semana, o grupo extremista enviou uma série de drones ao norte de Israel, e uma pessoa morreu.
Um dos drones alvejou a residência privada do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Netanyahu e sua família não estavam em casa no momento do ataque, segundo informou o governo na ocasião. Depois, o premiê disse que ataque foi tentativa de assassiná-lo, o que ele chamou de um "erro".
Israel disse que os disparos feitos pelo drone atingiram a janela do quarto do premiê. O Hezbollah reivindicou o ataque.
Fechamento de fronteiras
Duas fronteiras entre o Líbano e Síria foram fechadas nesta sexta-feira (25) depois de Israel bombardear as passagens, segundo o governo libanês.
As passagens fechadas ficam no leste do Líbano e tem sido uma das principais vias de escape de parte da população libanesa que deixou o país após o início dos bombardeios israelenses no país.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 200 mil moradores de diferentes regiões do Líbano já cruzaram a fronteira com a Síria desde o início dos ataques.
O ministro dos transportes do Líbano, Ali Hamieh, disse nesta sexta que as passagens de Al-Qaa, no leste, foram fechadas após um ataque israelense nesta manhã no lado sírio da travessia.
Hamieh disse à agência de notícias Reuters que o ataque aéreo deixou a travessia "inutilizável".
No início de outubro, outros bombardeios israelenses também desativaram a travessia de Masnaa, também no leste do Líbano. Com isso, apenas uma fronteira entre os dois países, no norte Líbano, está funcionando, ainda de acordo com o ministro libanês.
"Os ataques nas travessias de fronteira são uma grande preocupação", disse a porta-voz da agência da ONU para refugiados (Acnur), Rula Amin. "Eles estão bloqueando o caminho para a segurança de pessoas que fogem do conflito."
As Forças Armadas de Israel oconfirmaram o ataque e alegaram que o alvo era "um local de infraestrutura terrorista do Hezbollah na passagem da fronteira".
"A organização terrorista Hezbollah explora a passagem civil de Jousieh, que está sob o controle do regime sírio e é operada pela segurança militar síria, para transferir armas usadas pelo grupo para realizar inúmeras operações terroristas contra civis e tropas israelenses", disse o Exército de Israel em comunicado.
g1
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O Equador ampliará os cortes de energia elétrica de oito para 14 horas por dia a partir desta sexta-feira (25) devido à pior seca que o país enfrenta em seis décadas, a medida mais severa adotada desde o início do ano, anunciou a ministra de Minas e Energia, Inés Manzano.
"Tomamos a dolorosa, mas responsável, decisão de modificar o plano de racionamento, aumentando de oito para 14 horas diárias", afirmou a ministra em um vídeo publicado nas redes sociais.
Ela acrescentou que o programa de apagões será examinado no domingo.
Devido à seca, que este ano reduziu os reservatórios das hidrelétricas que cobrem 70% da demanda nacional de energia a índices mínimos históricos, o país adotou racionamentos periódicos de até 13 horas por dia, como aconteceu em abril.
Na segunda-feira, a atual fase de cortes, que já dura um mês, foi reduzida de 10 para oito horas diárias e deveria ser reajustada para seis horas a partir da próxima segunda-feira, antes de cair para quatro horas na primeira semana de novembro.
"Enfrentamos uma crise dinâmica e sem precedentes que nos obriga a uma adaptação a cenários de mudança", disse Manzano, antes de acrescentar que "tomamos esta decisão dura com base na difícil situação climática".
O Equador, com 17 milhões de habitantes, precisa de 4.600 MW e enfrenta um déficit de 1.600 MW.
"Toda a América do Sul enfrenta uma seca sem precedentes e o Equador não é exceção. Vários países têm cortes de energia elétrica e todos vimos com espanto as imagens do rio Amazonas seco", disse a ministra.
A confederação empresarial afirma que as perdas provocadas pelos apagões chegam a US$ 12 milhões (R$ 67,9 milhões) por cada hora de interrupção.
A ministra da Energia destacou que o "principal problema", que provoca o racionamento, é a vazão reduzida "em limites históricos" para a operação das hidrelétricas de Mazar (sul andino) e Coca Codo Sinclair (na Amazônia), as mais importantes do país.
Ela disse que o governo "compreende a situação que vivem os equatorianos", que há vários anos também enfrentam uma crise de segurança devido à violência dos grupos de narcotraficantes vinculados a cartéis internacionais como o de Sinaloa.
O Equador, localizado entre o Peru e a Colômbia, os maiores produtores mundiais de cocaína, virou uma das nações mais violentas da região.
Os homicídios subiram de seis para cada 100 mil habitantes em 2018 para o recorde de 47 para cada 100 mil pessoas em 2023, segundo dados oficiais.
Entre janeiro e outubro desde ano, as apreensões de drogas bateram um novo recorde, de 232 toneladas, contra 219 toneladas em 2023.
Há uma semana, o presidente Daniel Noboa anunciou que o governo pretende incorporar quase 1.600 MW ao sistema nacional de energia, entre novembro e o primeiro trimestre de 2025, através da geração térmica e da operação de outra central hidrelétrica.
Com a crise hídrica e seus efeitos, 20 das 24 províncias equatorianas estão em alerta vermelho.
A seca também provocou quase 3.600 incêndios florestais, com impacto no abastecimento de água potável e problemas na produção agrícola e nas telecomunicações.
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Uma moradora de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, mas que vivia na Itália, foi encontrada morta na noite desta quinta-feira (24) na Casciana Terme, na província de Pisa, na região da Toscana, a cerca de 3 horas da capital Roma.
Flávia Mello Agonigi, de 54 anos, estava desaparecida desde o dia 12 de outubro. Kristian Emanuele Nannetti, um italiano de 34 anos, foi preso suspeito de ter matado a brasileira, informou a polícia italiana. Ele vai responder por assassinato e ocultação de cadáver.
Segundo a agência de notícias Ansa, Flávia Mello tinha cidadania italiana e vivia atualmente em Pontedera, também na região da Toscana.
Ela foi vista pela última vez reunida com amigos em um bar, na mesma região do sumiço, de acordo com a imprensa italiana. A partir daí, o caso passou a ser investigado pela polícia local.
O carro de Flávia havia sido localizado onde ela foi vista pela última vez, e nesta quinta o corpo da brasileira foi localizado na cisterna do porão de uma casa na mesma cidade.
De acordo com a Ansa, a casa onde estava os restos mortais da brasileira foi descoberta após os agentes encontrarem o veículo da vítima estacionado e fechado.
Os investigadores afirmam que a mulher estaria morta há mais de dez dias. A polícia não informou a quem pertencia nem quem estava usando o imóvel.
O homem vai responder por assassinato e ocultação de cadáver.
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A menos de duas semanas da eleição nos Estados Unidos, Kamala Harris e Donald Trump estão em uma "situação rara de empate": ambos aparecem com 48% de intenção de voto cada, segundo pesquisa de intenção de voto do jornal "The New York Times" e do Siena College divulgada nesta sexta-feira (25).
A votação ocorrerá em 5 de novembro.
O resultado "é uma evidência de um eleitorado que está tanto polarizado quanto paralisado", segundo o The New York Times. "O eleitorado raramente pareceu tão igualmente dividido".
Desde que Kamala Harris assumiu a candidatura democrata após a desistência do presidente Joe Biden, ela e Trump apareceram em situação de empate técnico na maioria das pesquisas de intenção de voto, mas até o momento não haviam pontuado de forma exata, como ocorreu desta vez.
Ao revelar as porcentagens, o jornal também chamou o eleitorado de "impossivelmente e inabalavelmente dividido", o que afirmou ser uma má notícia para Kamala. Isso por que, em eleições recentes, os democratas mantinham vantagem na intenção de voto ao longo da corrida -- mesmo que o resultado das urnas fosse para o lado republicano.
A pesquisa New York Times/Siena College entrevistou 2.516 eleitores em todo os EUA entre 20 e 23 de outubro. A margem de erro é de cerca de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Também nesta sexta, uma pesquisa da Reuters/Ipsos mostrou que Trump e Kamala abocanharam dois eleitorados tradicionais dos partidos alheios: o republicano cresceu entre os homens latinos, enquanto a democrata, entre mulheres brancas.
Segundo o "The New York Times", os democratas esperavam que a vice-presidente dos EUA construísse uma liderança sólida tendo estados-chave como Michigan, Pensilvânia e Wisconsin ao seu lado. No entanto, pesquisas de intenção de voto nos seis estados mais importantes da eleição (incluindo Carolina do Norte, Arizona, Geórgia e Nevada) mostra embates equilibrados.
Nas últimas semanas, Trump e Kamala têm intensificado os eventos eleitorais nos estados-chave: Trump distribuiu lanches em um McDonald's da Pensilvânia no último final de semana, enquanto Kamala "colou" em artistas para animar eleitores --teve até o ex-presidente Barack Obama, que tem a acompanhado em eventos, cantando música do Eminem em comício em Detroit, no Michigan.
Nos últimos dias, Kamala mudou sua retórica de campanha e passou a fazer ataques mais intensos contra Trump, chamando-o de fascista. Trump, por sua vez, recebeu nova acusação de assédio sexual por uma modelo.
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