O presidente Jair Bolsonaro comentou nesta sexta-feira (23/7) sobre a indicação do advogado-geral da União, André Mendonça, para o Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar do nome de Mendonça enfrentar forte resistência no Senado, o mandatário disse que acredita que terá "sucesso" com a aprovação. Ele negou ainda que estivesse "misturando política, justiça e religião". O advogado-geral é pastor da Igreja Presbiteriana.
"Da minha parte sempre tem o critério técnico. O André Mendonça preenche em tudo no tocante ao conhecimento da questão jurídica no Brasil. Se você aplicar uma prova para ele agora, escrita, duvido que a nota dele não seja, no mínimo, 9,5. Agora, eu queria somar a isso, a questão de ser evangélico. Falei que indicaria um "terrivelmente evangélico" para o Supremo. Não estou misturando política, justiça e religião. Mas acredito eu, como sou cristão, que o perfil adequado nesse momento seria esse, além de eu cumprir o compromisso de campanha", relatou, em entrevista à Rádio Grande FM.
O chefe do Executivo disse que tem trabalhado junto a parlamentares para que a indicação seja aprovada. Além disso, o próprio André Mendonça tem feito peregrinação pelos corredores do Senado para vencer resistências a seu nome.
"Agora, no fundo, quem pode botar o André dentro do Supremo não sou eu. É a sabatina que é feita no Senado. E nós temos trabalhado junto a senadores para aprovar o nome dele. Acredito que tenhamos sucesso na indicação do André. É uma pessoa equilibrada, jovem, né?, pouco mais de 40 anos de idade, terá uma sobrevida muito grande dentro do Supremo", acrescentou.
Oração nas sessões da corte
Bolsonaro também relatou que, caso aprovado, Mendonça iniciará as sessões no STF com uma oração. "Na primeira sessão, você comece com uma oração. Obviamente, ele gostou muito dessa sugestão minha e de imediato acolheu. Agora, o conhecimento jurídico é enorme. É uma pessoa conciliadora, que não vai partir para o radicalismo, no meu entender, teremos junto com Kássio Nunes, um muito bom ministro do Supremo", concluiu.
Apesar disso, parlamentares têm apontado falta de articulação do Palácio do Planalto no Senado para que Mendonça seja aprovado pelos senadores e relatado que o governo tem deixado essa movimentação por conta do próprio AGU. Há alguns meses, ele percebia uma movimentação maior para defender a indicação do que o que ocorre agora.
Correio Braziliense
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