Novembro 27, 2024
Arimatea

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou nesta quarta-feira (18) a taxa Selic em 0,25 ponto percentual. A Selic — a taxa básica de juros da economia — subiu para 10,75%. É o primeiro aumento de juros desde agosto de 2022 e o primeiro deste mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O placar da reunião do Copom foi unânime. Ou seja, todos os nove diretores votaram pelo aumento da Selic, mesmo os 4 diretores indicados por por Lula.

O Copom justificou que vem percebendo, no cenário interno, risco para alta da inflação.

"Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho tem apresentado dinamismo maior do que o esperado, o que levou a uma reavaliação do hiato para o campo positivo. A inflação medida pelo IPCA cheio assim como medidas de inflação subjacente se situaram acima da meta para a inflação nas divulgações mais recentes", afirmou o Copom em comunicado.

O Copom também disse que o aumento da Selic desta quarta inicia um "ciclo".

"O ritmo de ajustes futuros na taxa de juros e a magnitude total do ciclo ora iniciado serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerão da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos", completou.

Após a decisão do Copom, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que não se surpreendeu com a subida dos juros.

A expectativa do mercado é de que a taxa continue subindo até atingir 11,50% ao ano em janeiro — com um crescimento de 1 ponto percentual ao todo.

Os analistas também estimam que, a partir de julho do ano que vem, a taxa começará a recuar, terminando 2025 em 10,50% ao ano.

Indicação de novo presidente
O aumento de juros acontece após a indicação do economista Gabriel Galípolo, atualmente diretor de Política Monetária da instituição, para o comando do BC a partir de 2025. Ele ainda terá de ser sabatinado e aprovado pelo Senado para poder tomar posse.

Lula desaprova o patamar alto dos juros reais brasileiros na comparação com o resto do mundo, alegando que eles freiam o crescimento da economia.

O presidente já fez várias críticas ao atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, indicado por Bolsonaro, que fica até o fim deste ano no cargo.

Com a autonomia da instituição aprovada, os diretores e presidente do BC têm mandato fixo. Desse modo, não podem mais ser demitidos pelo presidente da República.

"Um presidente do Banco Central [Campos Neto] que não demonstra nenhuma capacidade de autonomia, que tem lado político e que, na minha opinião, trabalha muito mais para prejudicar o país do que para ajudar o país. Não tem explicação a taxa de juros do jeito que está", afirmou Lula em julho, após os maiores bancos do país projetarem interrupção do processo de corte dos juros

Em agosto, porém, o presidente da República afirmou que não tem problema Galípolo, indicado por ele posteriormente para a Presidência do BC, falar em aumento dos juros — pois ele seria uma pessoa "competentíssima", um "brasileiro que gosta do Brasil".

Deflação em agosto e sistema de metas
O mercado acredita que o BC deve subir os juros nesta semana apesar de a inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ter caído, ou seja, terem registrado uma deflação, de 0,02% em agosto.

Pelo sistema de metas, que serve de referência para a atuação do BC, entretanto, o Copom deve nivelar a taxa de juros para atingir as metas fixadas para os próximos anos, e não tendo por base a inflação passada.

  • A meta central de inflação é de 3% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano.
  • A partir de 2025, e a meta passou a ser contínua em 3%, podendo oscilar entre 1,5% e 4,5% sem que seja descumprida (sempre considerando o cenário em 12 meses).

As decisões sobre a taxa de juros demoram de seis a 18 meses para terem impacto pleno na economia. Com isso, o BC já está mirando, neste momento, na inflação, no acumulado de doze meses, até março de 2026.

E as projeções do BC e do mercado estão, no jargão técnico, "desancoradas" das metas de inflação fixadas para o futuro, e subindo.

  • Na semana passada, os analistas dos bancos estimaram um IPCA de 4,35% para 2024, de 3,95% para 2025 e de 3,61% para 2026 — acima do objetivo central de 3%, mas dentro do limite de até 4,5%.
  • No fim de junho, o Banco Central projetou uma inflação de 4,2% para 2024, de 3,6% para 2025 e de 3,2% para 2026, também acima da meta central e dentro do intervalo de tolerância.

"O Copom volta a se reunir em setembro após semanas de intensa volatilidade e com fundamentos que justificam o início de um ciclo de alta de juros.", informou o Itaú, em comunicado. A instituição projeta um aumento de 1,5 ponto percentual nos juros nos próximos meses.

Para o Itaú, os fatores que pressionam a inflação e justificam alta dos juros são:

  1. o real seguiu pressionado, ou seja, o dólar continuou alto, próximo das máximas recentes;
  2. as contínuas incertezas sobre os rumos das contas públicas, com dificuldades do governo em equilibrar suas contas;
  3. os dados mais recentes de atividade indicam que a economia se encontra mais aquecida do que o BC esperava na última reunião;
  4. as expectativas de inflação seguem desancoradas (acima das metas fixadas).

O BC defende que sua atuação é técnica, com o objetivo de conter o crescimento da inflação.

Para a instituição, a alta nos preços causa prejuízos, principalmente, à população mais pobre, abocanhando proporcionalmente uma parte maior de sua renda, além de desorganizar a economia e de prejudicar o planejamento das empresas.

"O custo de combater a inflação é muito alto para a sociedade, e tem impactos duros no curto prazo. Mas o custo de não combater é muito mais alto e tem impactos muito mais nocivos a médio e longo prazo. Então, nosso trabalho é fazer essa convergência [para as metas de inflação] com o mínimo custo possível [em termos de impacto na atividade]" , afirmou o presidente do BC, Roberto Campos Neto, no ano passado.

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Kamala Harris venceu o debate da semana passada contra Donald Trump, mas o desempenho ainda não lhe garantiu vantagem sobre o adversário nas intenções de voto. Ainda assim, a democrata lidera a corrida eleitoral na Pensilvânia, estado que pode definir o resultado das eleições dos Estados Unidos, em 5 de novembro.

As conclusões são de uma nova pesquisa de intenção de voto do jornal "The New York Times" e do Siena College, divulgada nesta quinta-feira (19).

Segundo a pesquisa, Kamala Harris e Donald Trump estão empatados, com 47% das intenções de voto cada um.

No entanto, a democrata, afirma a pesquisa, lidera as intenções de voto nos estados-chave — aqueles em que a maioria dos votos varia para um partido ou outro de acordo com as eleições. Na Pensilvânia, um dos estados-chave e onde a votação pode definir o resultado final do pleito, Kamala Harris lidera a corrida, com 50% das intenções de voto, conrta 46% de Trump.

O The New York Times e o Siena College ouviram 2,437 residentes dos Estados Unidos entre os dias 11 e 16 de setembro. O debate foi realizado na noite de 10 de setembro.

Os eleitores também foram questionados sobre quem achavam ter vencido o debate, e 67% dos entrevistados acharam que a performance da democrata foi bem melhor que a de seu adversário.

Na média, outras pesquisas realizadas nos EUA após o debate mostram que houve um pequeno aumento de vantagem de Kamala Harris sobre Donald Trump após o debate. Um levantamento feito pela agência de notícias Reuters e pelo instituto de pesquisas Ipsos nos dois dias seguintes ao enfrentamento mostrou uma vantagem de cinco pontos percentuais de Kamala sobre Trump.

A diferença foi um ponto percentual maior que a registrada no levantamento anterior da Reuters e do Instituto Ipsos, no fim de agosto.

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O Botafogo atacou muito mais, acertou a trave, mas o São Paulo conseguiu resistir e sobreviver no confronto. Ao fim dos primeiros 90 minutos da disputa pela vaga na semifinal da Conmebol Libertadores, empate em 0 a 0, nesta quarta-feira, no Estádio Nilton Santos. O jogo de volta será no dia 25, no Morumbis.

Como fica?
Com o empate no jogo de ida, não há vantagem para o segundo jogo. Quem vencer no Morumbis fica com a vaga na semifinal. Se houver novo empate, a disputa vai para as cobranças de pênalti.

Agenda
Antes do jogo de volta pelas quartas de final da Libertadores no dia 25, os dois times voltam a campo no fim de semana pelo Campeonato Brasileiro. No sábado, o Botafogo tem o clássico com o Fluminense, no Maracanã. Domingo, o São Paulo recebe o Internacional.

Pressão
O Botafogo foi avassalador no primeiro tempo e acuou o São Paulo em seu campo de defesa. O time criou uma série de grandes oportunidades, mas as desperdiçou. Em uma delas, Savarino acertou o travessão do gol defendido por Rafael. Luiz Henrique e Igor Jesus também estiveram muito perto de abrir o placar no Nilton Santos, mas pecaram nas finalizações. O São Paulo apostou em uma formação com três zagueiros e nos contra-ataques para surpreender, mas apenas William Gomes conseguiu ter alguns bons momentos, mas nada que levasse perigo ao gol de John.

Mudanças cruciais
O segundo tempo começou da mesma forma, com o Botafogo demonstrando a mesma intensidade. A situação só começou a melhorar para o São Paulo com a entrada de Wellington Rato no lugar de Rafinha, acabando com o sistema de três zagueiros, colocando Alan Franco como lateral-direito. Pouco depois, Luiz Henrique foi substituído por Tiquinho, e o Botafogo se perdeu por alguns minutos, dando as primeiras boas oportunidades ao São Paulo. Em uma delas, Calleri recebeu cruzamento de Michel Araujo e, livre, dentro da área, chutou por cima do gol de John. O Botafogo ainda continuou com maior volume até o fim do jogo, teve outros bons lances com Almada e Matheus Martins, mas não conseguiu vencer o goleiro Rafael.

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O Fluminense abriu vantagem nas quartas de final da Conmebol Libertadores. Aos 42 minutos do segundo tempo, na reta final de um jogo de poucas chances no Maracanã, Lima cabeceou certeiro após cruzamento de Keno para estufar as redes do Atlético-MG e marcar o único gol da partida.

PRIMEIRO TEMPO
A decisão entre Fluminense e Atlético-MG começou morna. Os primeiros 45 minutos de jogo no Maracanã tiveram poucas chances e equilíbrio entre os lados. Hulk forçou Fábio a trabalhar na sobra de um chutão de Alan Franco, e o Fluminense desperdiçou boa chance na reta final: Arias recebeu lançamento certeiro de Thiago Santos, mas não havia ninguém na área para finalizar. Thiago Silva passou parte da etapa mancando.

SEGUNDO TEMPO
Antônio Carlos entrou na vaga de Thiago Silva, que deixou o gramado com dores no intervalo. O Atlético-MG voltou melhor e controlou a partida no início da etapa, mas o Fluminense conseguiu equilibrar o panorama. O jogo não teve tantas chances reais de gol, até que Mano Menezes fez três modificações que influenciaram diretamente no resultado: Marcelo, Keno e Lima. O lateral passou para Keno ir à linha de fundo e cruzar para o camisa 45, que subiu e cabeceou no fundo das redes de Everson.

OLHO NO CAPITÃO
O zagueiro Thiago Silva foi substituído no intervalo do jogo no Maracanã. O camisa 3 sentiu dores no calcanhar do pé esquerdo aos 34 minutos de jogo, mas aguentou terminar o primeiro tempo. No gol de Lima, o zagueiro do Fluminense - que vai completar 40 anos no domingo - se emocionou no banco de reservas.

E AGORA?
O Fluminense carrega a vantagem do empate para o duelo na Arena MRV, na próxima quarta-feira, em Belo Horizonte (MG). O Atlético-MG precisa vencer por dois gols de diferença para avançar à semifinal da Libertadores. Uma vitória do Galo por um gol leva a decisão aos pênaltis. Antes disso, pelo Brasileirão, o Tricolor encara o Botafogo, no sábado. Já no domingo, o Atlético recebe o Bragantino.

CLIMA QUENTE
O jogo no Maracanã foi marcado por dois momentos de cobrança entre companheiros. Primeiro, Hulk e Scarpa discutiram na saída para o intervalo por um passe não dado pelo meia. Depois, já no segundo tempo, foi a vez de Ganso cobrar Thiago Santos.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta quarta-feira (18) a lei que atualiza a Lei Geral do Turismo e permite que recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) sejam usados para conceder crédito a empresas aéreas.

O projeto foi aprovado em definitivo pela Câmara no final de agosto. Na ocasião, o Ministério de Portos e Aeroportos estimou que o fundo financiará cerca de R$ 5 bilhões para fortalecer as empresas aéreas em operação regular no país.

  • O FNAC é um fundo que reúne, entre outros recursos, valores de contrapartida à União nas outorgas de infraestrutura aeroportuária. O dinheiro deve ser aplicado na aviação civil e no incremento do turismo.

O texto aprovado pelo Congresso cria um Comitê Gestor dentro do Ministério de Portos e Aeroportos, que ficará responsável por gerir o fundo e definir os limites anuais para os empréstimos. As competências e composição do comitê ainda serão regulamentadas por decreto do governo.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES) será o agente financeiro do FNAC no financiamento dos empréstimos, mas poderá também habilitar outros agentes financeiros, públicos ou privados.

Além do empréstimo para as atividades regulares das companhias aéreas, o texto aprovado permite que os recursos do FNAC sejam utilizados para subsidiar a compra de querosene de aviação em aeroportos localizados na Amazônia Legal.

O projeto também autorizou o uso do dinheiro do FNAC no custeio e desenvolvimento de projetos de produção de combustíveis renováveis de aviação.

Turismo
A atualização da Lei Geral do Turismo, segundo o governo, tenta atrair mais investimentos para o setor.

Conforme o governo, prestadores turísticos deverão estar registrados no Cadastur, sistema do Ministério do Turismo de cadastro de pessoas físicas e jurídicas que atuam no setor de turismo. A medida visa reprimir golpes.

A nova lei permite que produtores rurais e agricultores familiares sejam inscritos como prestadores de serviços turísticos sem perda os status de produtor rural.

No mesmo evento em que Lula sancionou a nova lei, o governo firmou acordo com a ONU Turismo, braço das Nações Unidos para incentivar turismo responsável, acessível e sustentável.

O acordo prevê a instalação de escritório da ONU Turismo no Rio de Janeiro e a determinação de contribuição financeira do Brasil para a entidade.

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O segundo suspeito de participar do sequestro de um empresário do ramo da avicultura em Campina Grande e exigir a quantia de R$ 50 milhões pelo resgate foi preso nesta terça-feira (17). O sequestro foi divulgado pela Polícia Civil neste domingo (15), quando o primeiro suspeito do sequestro foi identificado e preso pela Delegacia de Roubos e Furtos.

De acordo com a Polícia Civil, o suspeito é um homem de 54 anos, dono do cativeiro no qual o empresário foi mantido durante aproximadamente 20 horas. Segundo a delegada Elizabeth Beckman, a equipe de investigação da delegacia, juntamente com a Seccional de Esperança, conseguiu chegar até o suspeito através de um direcionamento dado pela vítima, que após ter sido resgatada, contou que o local onde havia sido mantida em cativeiro estaria entre as áreas de Lagoa Seca e Esperança.

A polícia localizou uma propriedade rural em Lagoa Seca na tarde desta terça-feira (17), onde a vítima foi levada pela polícia e confirmou ter sido o lugar onde foi mantida em cativeiro. O dono do local foi identificado e preso pela Polícia Civil como sendo o segundo suspeito de participar do sequestro.

Ainda conforme dito pela delegada Elizabeth Beckman, a investigação da polícia concluiu que o dono do cativeiro teria uma ligação de mais de dez anos com o primeiro suspeito do sequestro a ser preso pela polícia, que é dono de uma empresa de manutenção de armas. O segundo suspeito, que tem uma licença para colecionamento de armas de fogo, tem duas armas registradas em seu nome.

Além do mandado de prisão representado pela Delegacia de Roubos e Furtos, o segundo suspeito de ter participado do sequestro foi autuado em flagrante por ocultação de armas de fogo, uma vez que a polícia, durante um mandado de busca e apreensão, encontrou duas armas não estavam registradas no endereço da residência dele.

Segundo o advogado do dono do cativeiro, Alípio Neto, o suspeito admite ser dono da propriedade, mas nega ter participado do sequestro e alega que o local teria sido alugado para outras pessoas há cerca de quatro meses, sem que ele tivesse qualquer conhecimento de que seria usado como cativeiro.

O primeiro suspeito preso pela polícia passou por audiência de custódia nesta terça-feira (17) e foi encaminhado durante a manhã desta quarta-feira (18) para um presídio da cidade de Campina Grande. As investigações da Polícia Civil continuam para que os demais envolvidos no sequestro sejam identificados. A vítima não sofreu ferimentos graves e se encontra em segurança ao lado da família.

g1 PB
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O candidato de oposição Edmundo González revelou pela primeira vez nesta quarta-feira (18) detalhes de sua saída da Venezuela, ocorrida no início do mês. Segundo ele, o regime de Nicolás Maduro o submeteu a coação, chantagem e pressão para assinar um documento para deixar o país.

O opositor disse foi visitado por membros do governo Maduro na embaixada espanhola em Caracas, onde estava escondido em meio às perseguições, que deram um ultimato para ele. Depois disso, González pediu asilo político na Espanha, onde está atualmente. Quando chegou ao país europeu, González disse que deixou a Venezuela para evitar um conflito.

"Vou contar a verdade sobre minha saída da Venezuela. (...) O presidente da Assembleia Nacional e a vice-presidente me apresentaram um documento para permitir minha saída do país. Em outras palavras, ou eu assinava ou sofria as consequências. Foram horas muito tensas de coação, chantagem e pressões", disse González.

O opositor afirmou ainda que o governo venezuelano “sempre recorre a jogo sujo, chantagem e manipulação”, e considerou ser mais útil permanecer livre, mesmo que fora do país, do que ser preso e impossibilitado de lutar pelo resultado divulgado pela oposição, que deu vitória a González.

A publicação das atas eleitorais em um site foi motivo para o Ministério Público abrir investigação contra o candidato da oposição e pedir mandado de prisão contra ele. (Leia mais abaixo)

González disse também que o documento assinado por ele, produzido sob coação, "está viciado e tem nulidade absoluta, devido a um grave vício no consentimento".

O presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez, rebateu a fala de González e o chamou de mentiroso.

"As únicas coisas que a gente leva para o túmulo são o bom nome e a palavra (...) você está me coagindo para que eu o obrigue, estou disposto a mostrar conversas com Edmundo González (...) se você não desmentir o que acabou de dizer, vou mostrar as gravações e mais coisas", afirmou Rodríguez.

No primeiro pronunciamento após González deixar o país, Maduro falou do opositor em tom de despedida, desejou a ele "sorte em sua nova etapa da vida" e disse que agora "o país está tranquilo". O presidente venezuelano acrescentou que ele participou pessoalmente das negociações para González deixar o país.

Perseguição após eleições
A Venezuela vive um impasse desde a eleição presidencial, ocorrida em 28 de julho. O Conselho Nacional Eleitoral venezuelano declarou o presidente Nicolás Maduro vencedor da eleição, em resultado contestado pela oposição e pela comunidade internacional por falta de transparência --as atas eleitorais, que comprovariam o resultado, não foram publicadas até o momento.

Dias depois, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) referendou o resultado anunciado pelo CNE e proibiu a divulgação das atas. Tanto o TSJ quanto o CNE são alinhados ao governo Maduro.

Edmundo González foi o candidato da oposição na eleição e enfrentou Maduro nas urnas. A oposição, liderada por María Corina Machado, garante que González ele venceu o pleito com ampla vantagem, com base em cerca de 80% das atas impressas pelas urnas eletrônicas e publicadas em um site.

A ONU apontou a veracidade das atas divulgadas pela oposição. Por outro lado, o Ministério Público venezuelano, também alinhado a Maduro, disse que as atas são falsas e abriu investigação contra a oposição. Após González faltar a intimações do MP para prestar depoimento, um mandado de prisão foi expedido contra o opositor.

Temendo ser preso pelo regime Maduro, González estava escondido há mais de um mês e era considerado foragido. Em uma carta enviada ao Ministério Público ele afirmou que não ia se apresentar, pois considera que o processo contra ele não tem fundamento legal.

Investigação contra González
Edmundo González é investigado por crimes como usurpação de funções da autoridade eleitoral, falsificação de documentos oficiais, incitação de atividades ilegais, sabotagem de sistemas e associação criminosa.

Segundo o MP, o pedido de prisão foi apresentado após González ignorar três intimações para prestar depoimento. O órgão é aliado do presidente Nicolás Maduro e controlado por chavistas.

O procurador-geral Tarek Saab afirmou que as intimações tinham como objetivo colher o depoimento de González sobre a publicação de atas impressas das urnas eleitorais em um site.

A líder da oposição, María Corina Machado, também está sendo investigada pelo Ministério Público. Na quinta-feira (5) ela se responsabilizou pela publicação das atas eleitorais em um site.

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Um dia após milhares de pagers do Hezbollah explodirem, vários "walkie-talkies" do grupo extremista também foram detonados nesta quarta-feira (18), em Beirute e no sul do Líbano. Segundo o Ministério da Saúde libanês, 14 pessoas morreram e 450 ficaram feridas. Já são 26 mortes decorrentes de explosões de dispositivos eletrônicos desde a terça.

Criados na Segunda Guerra Mundial, os "walkie-talkies" são dispositivos de troca de mensagens de voz entre si via ondas de rádio.

A agência de notícias Associated Press afirmou que vários sistemas de energia solar de casas em Beirute também explodiram e que alguns "walkie-talkies" foram detonados durante funerais de vítimas do ataque aos pagers na terça-feira.

Houve relatos de dezenas de pequenas explosões pela capital libanesa, e várias imagens feitas pela cidade nesta manhã mostram focos de incêndio e "walkie-talkies" detonados. (Veja abaixo)

O caso, o segundo similar em 24 horas, aumentou as tensões na região e repercutiu na Organização das Nações Unidas (ONU). O secretário-geral da ONU, Antonio Gueterres, condenou o uso de "objetos civis" como arma de guerra, e o governo libanês pediu uma reunião no Conselho de Segurança, que será realizada na sexta-feira (20).

Líbano, Irã e Hezbollah acusaram Israel, que ainda não havia se manifestado até a última atualização desta reportagem. Após o caso, no entanto, o Ministério da Defesa de Israel afirmou que o foco da guerra está mudando para o norte do país (que faz fronteira com o Líbano, onde o Hezbollah atua) e que vai concentrar tropas na região.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, fez um pronunciamento após as explosões de "walkie-talkies". Sem mencionar nem o caso nem a explosão dos pagers, ele afirmou que vai garantir que moradores do norte de Israel realocados por conta dos conflitos com o Hezbollah, voltariam para casa.

"Eu já disse isso antes, nós retornaremos os cidadãos do norte para suas casas em segurança e é exatamente isso que faremos", disse.

Fontes do governo libanês disseram à agência Reuters que os dispositivos atingidos nesta quarta também foram adquiridos há cinco meses, na mesma época em que o grupo comprou os pagers --que explodiram na terça, em um ataque coordenado que matou 12 pessoas e feriu quase 3.000.

Os pagers — dispositivos de recebimento de mensagem por texto usados nas décadas de 1980 e 1990, antes de os celulares existirem — eram usados pelo grupo extremista como forma de comunicação para evitar rastreamento por Israel, já que, ao contrário de celulares, os pagers não têm GPS.

O Hezbollah, grupo extremista fundado no Líbano, tem atacado o norte de Israel desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023. Assim como o Hamas, o Hezbollah é financiado pelo Irã. Nas últimas semanas, as tensões entre o grupo extremista e Israel aumentaram, após um ataque do grupo a cidades israelenses no norte.

Explosão de pagers
As explosões dos pagers na terça-feira (17) ocorreram em um intervalo de cerca de uma hora em locais como lojas, praças e supermercados. Doze pessoas, entre elas uma menina de 4 anos, morreram, e cerca de 3.000 ficaram feridas.

O governo do Líbano e o Hezbollah acusaram Israel de ter implantado explosivos dentro dos pagers, antes mesmo de que os aparelhos fossem comprados pelo grupo extremista.

Israel não se pronunciou, e os EUA negaram terem tido qualquer participação no ataque. Mas a imprensa norte-americana afirmou, com base em fontes de diferentes governos, que o Mossad, o serviço de inteligência de Israel, foi quem planejou e executou o ataque.

Segundo o jornal "The New York Times", a suspeita é que Israel implantou explosivos em um lote de pagers encomendado pelo Hezbollah. Os explosivos foram implantados em um chip, eram indetectáveis e tinham um algoritmo específico para serem ativados, segundo disse nesta quarta a TV libanesa Al Mayadeen.

A publicação afirmou, em reportagem na terça, que uma carga explosiva com menos de 50 gramas foi colocada próxima à bateria, junto a uma espécie de interruptor. Isso possibilitaria que os pagers fossem detonados remotamente.

Os equipamentos haviam sido importados ao Líbano da Gold Apollo, fabricante de pagers com sede em Taiwan. A Gold Apollo, no entanto, informou que os aparelhos foram fabricados por uma empresa sediada em Budapeste. Os pagers foram produzidos pela BAC Consulting KFT, sediada na capital da Hungria.

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O Hezbollah disse ter atacado o norte de Israel nesta quarta-feira (18) na primeira retaliação à explosão de pagers do grupo extremista na terça-feira (17).

Segundo o grupo extremista, os ataques, feitos com lançamento de foguetes, atingiram posições de artilharia israelenses, mas não disse se houve vítimas. Israel ainda não havia se pronunciado sobre o lançamento dos foguetes.

O Hezbollah e o governo do Líbano acusaram Israel de estar por trás dos ataques aos pagers, dispositivos de mensagem utilizados pelo grupo extremista e que explodiram quase simultaneamente na tarde de terça, matando 12 pessoas e ferindo mais de 2.700.

Israel não se pronunciou sobre o caso, mas também nesta quarta, a agência de notícias Associated Presso afirmou, com base em fontes dos Estados Unidos, que o governo israelenese avisou Washington sobre a explosão.

Na terça-feira, os pagers — dispositivos de recebimento de mensagens prévios à popularizar de celulares — explodiram de forma quase simultânea, matando 12 pessoas, entre elas uma menina de 9 anos, e ferindo mais de 2.700. Os aparelhos eram usados pelos integrantes do grupo extremista como forma de comunicação para evitar rastreamento por Israel, já que, ao contrário de celulares, os pagers não têm GPS.

O governo do Líbano e o Hezbollah acusaram Israel de ter implantado explosivos dentro dos pagers, antes mesmo de que os aparelhos fossem comprados pelo grupo extremista.

Na terça-feira, os EUA negaram terem tido qualquer participação no ataque. Também nesta terça, a imprensa norte-americana afirmou, com base em fontes de diferentes governos, que o Mossad, o serviço de inteligência de Israel, foi quem planejou e executou o ataque.

Os pagers foram detonados quando membros do Hezbollah estavam em locais públicos, como lojas e mercados. Ainda de acordo com a imprensa dos EUA, a operação ocorreu antes do planejado pelo Mossad porque o Hezbollah descobriu o plano.

Os pagers que explodiram emitiram um alerta antes da explosão, imitando o barulho que fazem ao receber uma mensagem real. Na sequência, foram detonados.

Os equipamentos haviam sido importados ao Líbano da Gold Apollo, fabricante de pagers com sede em Taiwan. A Gold Apollo, no entanto, informou que os aparelhos foram fabricados por uma empresa sediada em Budapeste. Os pagers foram produzidos pela BAC Consulting KFT, sediada na capital da Hungria.

Segundo o jornal "The New York Times", a suspeita é que Israel implantou os explosivos em um lote de pagers encomendado pelo Hezbollah. A publicação afirmou, em reportagem na terça, que uma carga explosiva com menos de 50 gramas foi colocada próxima à bateria, junto a uma espécie de interruptor. Isso possibilitaria que os pagers fossem detonados remotamente.

Por volta das 15h30, pelo horário local (9h30, em Brasília), os equipamentos receberam uma mensagem que parecia ter vindo da liderança do Hezbollah. A mensagem "falsa", no entanto, ativou os explosivos.

Testemunhas ouvidas pela agência de notícias Reuters afirmaram que várias pessoas sofreram ferimentos na cabeça, nas mãos ou na região da cintura. O fato de o pager ter tocado antes da explosão pode ter induzido os usuários a se aproximarem ou manusearem os equipamentos.

Ainda segundo o The New York Times, o Hezbollah havia encomendado mais de 3 mil pagers da Gold Apollo. Os equipamentos foram distribuídos para membros do grupo extremista no Líbano, além de aliados no Irã e na Síria.

O ataque
A onda de explosões durou cerca de uma hora. Entre os mortos, estão uma menina e dois integrantes do Hezbollah, segundo o grupo xiita.

Imagens das câmeras de segurança de um supermercado em Beirute registraram o momento de duas dessas explosões: uma de um homem que pagava suas compras no caixa e outra perto de uma bancada de frutas.

O embaixador do Irã no Líbano, Mojtaba Amani, foi um dos feridos pelas explosões. Segundo a embaixada, Amani sofreu ferimentos leves.

A Cruz Vermelha Libanesa diz que mais de 50 ambulâncias e 300 equipes médicas de emergência foram enviadas para ajudar no socorro às vítimas.

Após as explosões desta terça, o governo libanês pediu que todos os cidadãos que possuem pagers joguem os dispositivos fora imediatamente, segundo a agência de notícias estatal do Irã Irna.

Um representante do Hezbollah, que falou à agência de notícias Reuters sob condição de anonimato, afirmou que a detonação dos pagers foi a "maior falha de segurança" a qual o grupo foi submetido desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023.

Os pagers foram um meio de comunicação móvel desenvolvido nas décadas de 1950 e 1960 que se popularizou durante as décadas de 1980 e 1990, antes do crescimento do uso de celulares.

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A Petrobras alcançou a marca inédita de um milhão de acionistas individuais na bolsa brasileira. Em cinco anos, houve um crescimento de 170% do número de pessoas que têm ações da companhia.

Além disso, atualmente o percentual de investidor pessoa física no capital social da companhia é maior que o dos investidores institucionais brasileiros. Esse fato demonstra o crescimento do mercado de capitais no Brasil, que vem se democratizando cada vez mais, e a Petrobras está acompanhando esse crescimento.

“O aumento do número de acionistas se soma a uma série de boas notícias que a companhia vem obtendo no mercado e reflete a confiança dos investidores no potencial da companhia e na geração de valor de seus projetos e resultados”, informa a empresa.

No ano, o retorno ao acionista preferencial da companhia (valorização + dividendos) é de 11,4%, ao passo em que o petróleo do tipo Brent, referência no mercado internacional, se desvalorizou 4,1% e o índice Ibovespa valorizou 0.6%. Além disso, 12 dos 16 grandes bancos (75%) que cobrem a Petrobras recomendam a compra das ações da companhia.

Investidores Individuais
Investidores individuais são pessoas físicas ou jurídicas que investem seu próprio dinheiro em determinados ativos, como ações de empresas listadas na bolsa. Já os investidores institucionais são organizações, como fundos de investimentos, fundos de pensão, bancos ou seguradoras que investem em nome de terceiros.

Agência Brasil
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