Pelo menos 103 brinquedos foram apreendidos pela Secretaria Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor, o Procon, em João Pessoa, durante uma operação em alusão ao Dia das Crianças. Ao longo da fiscalização, ocorrida entre o último dia 4 e esta sexta-feira (7), três estabelecimentos foram autuados.
Segundo o Procon, os brinquedos foram recolhidos por apresentarem irregularidades como a falta do Selo de Qualidade do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e a falta de indicativo de idade.
“A ausência das informações específicas como finalidade e indicação de idade questiona a procedência do produto e deixa os pais sem ter como avaliar se o produto é realmente seguro”, explicou o secretário do Procon-JP, Rougger Guerra.
Entre os objetos recolhidos estão bonecos, animais de plástico e silicone, além de boias de braço infantil.
Os estabelecimentos autuados têm um prazo de 10 dias a contar da data do recebimento da autuação, para apresentar defesa junto ao Procon-JP.
g1 PB
Portal Santo André em Foco
Mykhailo Podolyak, assessor do presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, criticou nesta sexta-feira a concessão do Prêmio Nobel da Paz para ativistas da Rússia e de Belarus, que foram vencedores juntamente com o ucraniano Centro para Liberdades Civis.
"O comitê do Nobel entende de forma interessante a palavra paz, se concede o Prêmio Nobel de forma conjunta a representantes de dois países que atacaram um terceiro", escreveu um dos porta-vozes do chefe de Estado, em postagem no Twitter.
O ativista bielorrusso Ales Bialiatski, diretor da ONG Vesna, e a organização de defesa dos direitos humanos Memorial, da Rússia, também foram anunciados hoje como vencedores do Nobel.
"Nem as organizações russas, nem as bielorrussas foram capazes de organizar uma resistência à guerra", disse Podolyak, que concluiu que o resultado do prêmio é "incrível", em tom crítico.
A diretora da organização ucraniana vencedora do Nobel, Oleksandra Matviychuk, comemorou a premiação, em mensagem que cobra da ONU reforma da própria estrutura e expulsão da Rússia.
"Fico feliz que o Centro para Liberdades Civis, que dirijo, tenha recebido o Prêmio Nobel, junto com nossos amigos e parceiros da Memorial e da Vesna", escreveu a ativista no Facebook.
EFE
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quinta-feira (6) que o mundo está sob a ameaça de um "Armagedom" nuclear pela primeira vez desde a Guerra Fria. "Não enfrentamos um possível Armagedom desde Kennedy e a crise dos mísseis" de Cuba, em 1962, disse Biden em um evento de arrecadação de fundos do Partido Democrata em Nova York.
O presidente russo, Vladimir Putin, "não está brincando" quando ameaça usar armas nucleares para continuar sua invasão da Ucrânia, segundo o presidente americano.
Biden fez comentários inusitadamente fortes sobre os riscos representados pelas ameaças nucleares de Putin enquanto falava com apoiadores democratas na casa de James Murdoch, filho do magnata da mídia Rupert Murdoch, em Manhattan.
Biden fez referência ao desafio nuclear que a então União Soviética iniciou, ao instalar mísseis em Cuba, próximo ao território dos Estados Unidos. "Pela primeira vez desde a crise dos mísseis cubanos, temos uma ameaça direta do uso de armas nucleares, se de fato as coisas continuarem do jeito que estão."
Putin fez ameaças veladas sobre o uso de armas nucleares ao considerar que as opções russas estão esgotadas para conter a forte resistência de Kiev, que tem o apoio do Ocidente.
Especialistas acreditam que ataques táticos com armas relativamente pequenas são possíveis. Mas Biden alertou que mesmo um ataque tático em uma área limitada pode desencadear um conflito maior.
"Temos lá um cara que conheço muito bem", disse Biden, referindo-se a Putin. O mandatário russo "não está brincando quando fala sobre o uso potencial de armas nucleares táticas, armas químicas ou biológicas, porque seu Exército é, digamos, significativamente menos capaz".
"No entanto, não acho que exista a possibilidade de uso fácil de uma arma tática nuclear sem resultar em um Armagedom", alertou Biden.
"Estou tentando descobrir qual é a saída de Putin. Onde pode encontrar uma saída? Numa posição em que não só perderia prestígio, mas um poder significativo na Rússia?", acrescentou.
AFP
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"Deus colocou você no poder": com essas palavras, o patriarca Kirill, líder da igreja Ortodoxa da Rússia, parabenizou Vladimir Putin pelo seu 70º aniversário nesta sexta-feira (7), marcado por uma onda de elogios apesar do isolamento internacional da Rússia e dos reveses militares na Ucrânia.
Em sua mensagem, Kirill, aliado de Putin e defensor da guerra na Ucrânia, elogiou o presidente de seu país pela "transformação da imagem da Rússia, pelo fortalecimento de sua soberania e capacidades defensivas e pela defesa dos interesses nacionais".
Ele também lhe deseja "força física e moral por muitos anos" e pediu uma oração pela saúde do presidente russo, no poder há mais de vinte anos.
"Deus colocou você no poder para realizar uma missão de especial importância e grande responsabilidade para o país e seu povo", disse o patriarca de 75 anos.
"Você adquiriu a reputação de um líder nacional, fiel à sua pátria e que a ama sinceramente e lhe dá todas as suas forças", disse Kiril, referindo-se ao presidente russo.
"Que suas forças não se esgotem e que a ajuda de Deus seja grande para você", concluiu.
O patriarca Kirill, líder dos ortodoxos russos desde 2009, colocou sua Igreja a serviço do poder de Vladimir Putin e também apoia a ofensiva russa na Ucrânia.
Ambos compartilham a ambição de uma Rússia conservadora e concordam em denunciar o "declínio" moral do Ocidente, devido à promoção do movimento LGBTQIA+.
Outras autoridades russas desejaram feliz aniversário ao presidente russo nesta sexta-feira, como o checheno Ramzan Kadirov, que parabenizou o "líder de um povo inteiro" e "uma das personalidades mais influentes e excepcionais do nosso tempo".
O presidente da câmara baixa do Parlamento, Viacheslav Volodin, publicou um retrato do presidente russo, com a frase "se há Putin, há Rússia".
France Presse
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Um torcedor morreu durante confronto entre policiais e torcedores de Boca Juniors e Gimnasia y Esgrima, válido pelo Campeonato Argentino de futebol, na noite desta quinta-feira (6).
O gás lacrimogêneo usado pelas forças de segurança para conter a invasão ao estádio Juan Carmelo Zerillo, em La Plata, suspendeu a partida aos 9 minutos.
Durante a confusão, um torcedor sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu a caminho do hospital.
"Confirmo que há uma pessoa morta. Essa pessoa morreu de parada cardíaca", disse Sergio Berni, ministro da Segurança da província de Buenos Aires.
O torcedor foi identificado no hospital San Martín de La Plata como César Regueiro, de 57 anos.
Um cinegrafista foi ferido por balas de borracha e dezenas de outros torcedores também tiveram que ser levados para hospitais devido ao efeito dos gases, segundo relatos da imprensa local.
De acordo com a mídia argentina, a confusão começou após a superlotação do estádio. Muita gente foi impedida de assistir ao jogo. Torcedores tentaram forçar a entrada e a polícia reagiu com bombas de gás e disparou balas de borracha.
O gás se espalhou pela arquibancada e pelo campo de jogo, provocando mais correria dentro do estádio.
A Associação Argentina de Futebol (AFA) emitiu um comunicado no qual "repudia veementemente os fatos publicamente conhecidos que ocorreram hoje nas proximidades do estádio Gimnasia y Esgrima La Plata" e expressou "seu compromisso de continuar trabalhando para erradicar essa classe de episódios que mancha o festival de futebol".
g1
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O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), voltou a criticar nesta sexta-feira (7) os institutos de pesquisa do país. "Errando 14%", disse o chefe do Executivo, sem dar mais detalhes. A declaração ocorreu durante conversa com jornalistas no Palácio da Alvorada.
Na sequência, Bolsonaro criticou novamente decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Me proibindo de fazer live aqui dentro. O que eu gasto com isso? Gasto centavos, reais, com energia elétrica, talvez uns R$ 10. Quando saio [da Alvorada], vão 40 seguranças, no mínimo, uns 10 carros blindados, o gasto é enorme", falou.
A declaração do presidente se refere à proibição de promover transmissões ao vivo de campanha dos palácios do Planalto e da Alvorada. A medida foi determinada pelo corregedor-Geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, e depois referendada pelo plenário da corte.
O ministro refutou os argumentos da defesa de Bolsonaro de que a proibição violaria a privacidade do presidente. Gonçalves assinalou que a medida trata "da destinação do bem público para a prática de ato de propaganda explícita, com pedido de votos para si e terceiros, veiculados por canais oficiais do candidato registrados no TSE."
CPI das Pesquisas
Nesta terça-feira (4), o senador Marcos do Val (Podemos-ES) protocolou requerimento de instalação de CPI para apurar os sistemas das pesquisas eleitorais de intenção de voto pelas principais empresas e institutos do país. Segundo o senador, o objetivo da comissão será analisar a causa das discrepâncias entre os resultados das pesquisas e os das urnas, observadas em 2 de outubro.
O requerimento tem número de assinaturas suficiente para a criação do grupo. Segundo o senador que elaborou o documento, 27 parlamentares apoiaram e outros ainda devem assinar o pedido. O próximo passo, agora, é entregar o documento ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD).
Na Câmara dos Deputados, o presidente Arthur Lira (PP-AL) afirmou na manhã desta quinta-feira (6) que pretende pautar na próxima semana o projeto de lei que trata da atuação de institutos de pesquisa e pune essas empresas por eventuais erros na previsão dos resultados das eleições.
"Hoje, pesquisa perdeu credibilidade. A gente não pode usar a mesma metodologia e ter resultados tão díspares", disse Lira em entrevista no Palácio da Alvorada, onde se reuniu com o presidente da República e parlamentares reeleitos da base aliada.
R7
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A União pagou R$ 685,47 milhões em dívidas atrasadas de estados em setembro, segundo o Relatório de Garantias Honradas pela União em Operações de Crédito e Recuperação de Contragarantias, divulgado hoje (7) pelo Tesouro Nacional.
Do total, R$ 244,82 milhões são débitos não quitados pelo estado do Rio de Janeiro; R$ 209,94 milhões do Rio Grande do Sul; R$ 77,99 milhões de Goiás; R$ 69,25 milhões do Piauí; R$ 52,38 milhões do Maranhão; R$ 25,87 milhões de Alagoas; e R$ 5,21 milhões do Rio Grande do Norte.
Neste ano, já são R$ 6,68 bilhões de dívidas de entes subnacionais honradas pela União. Os que tiveram os maiores valores honrados foram os estados do Rio de Janeiro (R$ 2,26 bilhões), Minas Gerais (R$ 1,97 bilhão) e Goiás (R$ 1,05 bilhão).
Desde 2016, a União realizou o pagamento de R$ 48,60 bilhões em dívidas garantidas.
Além do relatório mensal, o Tesouro Nacional também disponibiliza os dados no Painel de Garantias Honradas. As garantias representam os ativos oferecidos pela União – representada pelo Tesouro Nacional - para cobrir eventuais calotes em empréstimos e financiamentos dos estados, municípios e outras entidades com bancos nacionais ou instituições estrangeiras, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Como garantidor das operações, a União é comunicada pelos credores de que não houve a quitação de determinada parcela do contrato.
Caso o ente não cumpra suas obrigações no prazo estipulado, o Tesouro compensa os calotes, mas desconta o valor coberto com bloqueios de repasses federais ordinários, além de impedir novos financiamentos. Há casos, entretanto, de bloqueio na execução das contragarantias a partir da adoção de regime de recuperação fiscal ou por meio de decisões judiciais que suspenderam a execução.
Em 2022, a União recuperou R$ 192,51 milhões em contragarantias. O valor é referente a dívidas pagas do estado de Minas Gerais (R$ 163,16 milhões) e do Rio Grande do Norte (R$ 29,35 milhões). Desde 2016, o montante recuperado é de R$ 5,58 bilhões.
Dívidas garantidas
No último Relatório Quadrimestral de Operações de Crédito Garantidas, divulgado em setembro, o Tesouro informou que o saldo total devedor das garantias concedidas pela União a operações de crédito é de R$ 280,57 bilhões. O estado de São Paulo é a unidade da Federação com maior saldo devedor, R$ 37,55 bilhões.
Os estados concentram 77,8% das operações garantidas, com saldo devedor de R$ 218,30 bilhões. Em seguida, estão os municípios e os bancos federais, com 10,4% (R$ 29,21 bilhões) e 7,1% (R$ 20 bilhões), respectivamente, do saldo devedor. As entidades controladas, como empresas de água e energia, detêm 2,7% (R$ 7,47 bilhões) e as estatais federais, 2% (R$ 5,58 bilhões).
Agência Brasil
Portal Santo André em Foco
A produção de veículos teve alta de 19,3% em setembro na comparação com o mesmo mês de 2021, com a fabricação de 207,8 mil unidades, segundo balanço divulgado hoje (7) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). No acumulado dos nove primeiros meses do ano, foi registrado um crescimento de 6,3% em relação ao período de janeiro a setembro do ano passado, com a produção de 1,75 milhão de veículos.
As vendas tiveram elevação de 25,1% em setembro na comparação com o mesmo mês do ano passado, com 194 mil emplacamentos. No acumulado de janeiro a setembro, foram comercializadas 1,5 milhão de unidades, queda de 4,7% em relação ao mesmo período de 2021.
Para o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, apesar da queda nas vendas em comparação com o ano passado, os resultados são positivos. Entre os indicadores que ele destaca está a venda média de 9,2 mil veículos por dia em setembro. “A média diária nos anima bastante, mostra um crescimento constante do mercado”, enfatizou.
Automóveis
As vendas de automóveis e veículos comerciais leves tiveram alta de 29,1% em setembro em relação ao mesmo mês do ano passado, com o emplacamento de 156,4 mil unidades. No acumulado dos três primeiros trimestres do ano, a comercialização do segmento tem retração de 6,8%, com 1,21 milhão de emplacamentos.
Segundo Márcio Leite, o setor ainda sofre com as dificuldades em conseguir componentes, como os semicondutores. Na avaliação dele, essa situação só deve ser normalizada no segundo semestre de 2023. Mesmo com as dificuldades, o presidente da Anfavea espera que os fabricantes consigam vender até o final do ano 2,14 milhões de veículos. “[Isso tem sido possível devido a] criatividade das nossas áreas industriais, de logística, eles realmente tiveram menos horas de sono, o esforço é maior, mas a gente tem conseguido atingir um resultado satisfatório”, ressaltou.
Exportações
As exportações tiveram alta de 20,7% em setembro, com a venda de 28,5 mil veículos para o exterior. De janeiro a setembro, a alta é de 31,2% em relação ao mesmo período de 2021, com a exportação de 363,5 mil unidades. Apesar do resultado positivo em relação ao ano passado, as vendas para o exterior ainda enfrentam problemas, na comparação com agosto, o resultado de setembro representa uma queda de 39%.
De acordo com Leite, as exportações vêm sofrendo com atrasos no sistema de transporte marítimo. “Isso acontece pela própria retomada, até que tenha-se um arranjo da cadeia de suprimentos e logística mundial nós ainda temos algumas situações pontuais que acabam impactando em alguns meses”, disse.
Além disso, as montadoras brasileiras têm tido, segundo ele, dificuldade com as restrições burocráticas na Argentina, principal destino dos veículos brasileiros vendidos para outros países. “De fato percebe-se, sim, uma redução das exportações para a Argentina principalmente em função da restrição de liberação de licenças para exportação”, destacou.
Emprego
A quantidade de pessoas empregadas na indústria de veículos cresceu 1,6% em setembro em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando 104,6 mil trabalhadores.
Agência Brasil
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A vegetação florestal e a vegetação campestre no Brasil sofreram as maiores perdas de áreas entre 2000 e 2020, enquanto pastagem com manejo, área agrícola e silvicultura apresentaram os maiores acréscimos.
A pesquisa Contas Econômicas Ambientais da Terra: Contabilidade Física (Brasil 2000/2020), divulgada hoje (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que 64,7% das mudanças ocorridas foram sobre a vegetação nativa, regressão decorrente, especialmente, do avanço da pastagem com manejo e da lavoura.
“Evidencia-se que, desde 2000, as classes com maior participação no total de conversões foram as de vegetação florestal (40,4%), vegetação campestre (24,3%) e mosaico de ocupações em área florestal (19,2%). Ao considerar apenas as classes de vegetação nativa, nota-se que mais da metade das conversões que ocorreram no país no período estudado foram sobre vegetação florestal e campestre (64,7%)”, diz o estudo.
De 2000 a 2020, a vegetação campestre do país teve redução 10,6% (192,5 mil quilômetros quadrados) enquanto a vegetação florestal diminuiu 7,9% (320,7 mil km²). Somados, esses dois tipos de cobertura perderam 513,1 mil (quilômetros quadrados) km² entre 2000 e 2020, o equivalente a 6% do território do país.
No mesmo período (2000/2020), a área da silvicultura no país cresceu 71,4% (36 mil km²), a área agrícola aumentou 50,1% (229,9 mil km²) e a de pastagem com manejo, 27,9% (247 mil km²).
As mudanças mais intensas ocorreram nas bordas da Amazônia, no Matopiba, no sul do Rio Grande do Sul e na área que vai do oeste paulista ao leste de Mato Grosso do Sul e Goiás. O Matopiba é uma região de grande crescimento no cultivo de grãos, cujo nome é a combinação das siglas dos estados que têm cidades na região: Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
Segundo o IBGE, a diferença entre os anos de 2000 e de 2020 indica que importantes conversões de uso para atividade agrícola ocorreram na chamada fronteira agrícola do Brasil. Em diferentes regiões do país, mas em especial no bioma Cerrado, novas áreas foram convertidas em cultivo, muitas delas derivadas de pastagens, em geral com algum grau de degradação.
“Essas áreas tiveram seu uso convertido sob influência das condições de clima, solo e relevo favoráveis considerando-se as possibilidades de expansão da atividade agrícola com o uso de máquinas e à existência de uma infraestrutura de escoamento da produção (rodovias, ferrovias, portos, hidrovias). Em alguns casos, o preço da terra também é apontado como fator de atração”, informa a pesquisa.
A gerente de contas ambientais do IBGE, Ivone Batista, disse que, de modo geral, os pesquisadores observaram o percurso de mudanças de vegetação nativa para pastagem com manejo e, algum tempo depois, essa pastagem é convertida para agricultura. Ela destacou, entretanto, que essa dinâmica não é homogênea no território nacional, pois, muitas vezes, a vegetação nativa é derrubada para dar lugar a lavouras diretamente, a exemplo do que ocorre no cerrado.
“A dinâmica econômica é que movimenta as áreas e muda a paisagem, mas a custa de perda de áreas nativas”, disse Ivone.
De acordo com a pesquisa, as áreas agrícolas têm destaque especialmente nos estados de Mato Grosso (18,1%), São Paulo (14,9%), do Rio Grande do Sul (14,3%) e Paraná (10,5%) com os maiores percentuais de terras nessa classe, em relação ao total Brasil.
As lavouras tiveram crescimento também no Maranhão (2,8%), Tocantins (4,4%), Piauí (3,8%) e Bahia (2,7%), que integram o Matopiba, de 2000 a 2020.
O Pará foi a unidade da federação com a maior expansão de pastagem com manejo: 87,8 mil km²; e com maior redução de vegetação natural, 123,2 mil km².
De 2018 a 2020, 70 mil km² do país sofreram alguma mudança de cobertura e uso da terra, correspondendo a 0,7% do território nacional, ou uma área equivalente à de Alagoas e do Rio de Janeiro. O dado consta da publicação Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra do Brasil (2018-2020) também divulgada nesta sexta-feira.
Neste período (2018/2020), as principais conversões foram de pastagem com manejo para área agrícola (14,9 mil km²), de mosaico de ocupações em área florestal para pastagem com manejo (12,3 mil km²) e de vegetação florestal para mosaico de ocupações em área florestal (11,8 mil km²).
Agência Brasil
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O comércio varejista brasileiro recuou 0,1% na passagem de julho para agosto deste ano. Esse é o terceiro resultado negativo do setor, que tem uma perda de 0,8% na média móvel trimestral. Os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) foram divulgados hoje (7), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado de 12 meses, o varejo teve perda de 1,4%. Por outro lado, o setor apresentou altas de 1,6% na comparação com agosto de 2021 e de 0,5% no acumulado do ano.
A queda de julho para agosto foi puxada por três das oito atividades pesquisadas pelo IBGE: equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,4%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,2%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,3%).
Por outro lado, cinco atividades tiveram crescimento: tecidos, vestuário e calçados (13%), combustíveis e lubrificantes (3,6%), livros, jornais, revistas e papelaria (2,1%), móveis e eletrodomésticos (1%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,2%).
A receita nominal recuou 0,3% na comparação com julho, mas cresceu 14,7% em relação a agosto de 2021, 15,7% no acumulado do ano e 13,1% no acumulado de 12 meses.
Varejo ampliado
No comércio varejista ampliado, que inclui as vendas de veículos e peças e os materiais de construção, caiu 0,6% de julho para agosto. Os veículos, motos, partes e peças cresceram 4,8%, enquanto os materiais de construção recuaram 0,8%.
O varejo ampliado também apresentou quedas na média móvel trimestral (-1,1%), na comparação com agosto de 2021 (-0,7%), no acumulado no ano (-0,8%) e nos últimos 12 meses (-2%).
A receita nominal caiu 0,3% ante julho, mas subiu 12,4% na comparação com agosto de 2021, 14,3% no acumulado do ano e 12,8% no acumulado de 12 meses.
Agência Brasil
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