O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), voltou a criticar nesta sexta-feira (7) os institutos de pesquisa do país. "Errando 14%", disse o chefe do Executivo, sem dar mais detalhes. A declaração ocorreu durante conversa com jornalistas no Palácio da Alvorada.
Na sequência, Bolsonaro criticou novamente decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Me proibindo de fazer live aqui dentro. O que eu gasto com isso? Gasto centavos, reais, com energia elétrica, talvez uns R$ 10. Quando saio [da Alvorada], vão 40 seguranças, no mínimo, uns 10 carros blindados, o gasto é enorme", falou.
A declaração do presidente se refere à proibição de promover transmissões ao vivo de campanha dos palácios do Planalto e da Alvorada. A medida foi determinada pelo corregedor-Geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, e depois referendada pelo plenário da corte.
O ministro refutou os argumentos da defesa de Bolsonaro de que a proibição violaria a privacidade do presidente. Gonçalves assinalou que a medida trata "da destinação do bem público para a prática de ato de propaganda explícita, com pedido de votos para si e terceiros, veiculados por canais oficiais do candidato registrados no TSE."
CPI das Pesquisas
Nesta terça-feira (4), o senador Marcos do Val (Podemos-ES) protocolou requerimento de instalação de CPI para apurar os sistemas das pesquisas eleitorais de intenção de voto pelas principais empresas e institutos do país. Segundo o senador, o objetivo da comissão será analisar a causa das discrepâncias entre os resultados das pesquisas e os das urnas, observadas em 2 de outubro.
O requerimento tem número de assinaturas suficiente para a criação do grupo. Segundo o senador que elaborou o documento, 27 parlamentares apoiaram e outros ainda devem assinar o pedido. O próximo passo, agora, é entregar o documento ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD).
Na Câmara dos Deputados, o presidente Arthur Lira (PP-AL) afirmou na manhã desta quinta-feira (6) que pretende pautar na próxima semana o projeto de lei que trata da atuação de institutos de pesquisa e pune essas empresas por eventuais erros na previsão dos resultados das eleições.
"Hoje, pesquisa perdeu credibilidade. A gente não pode usar a mesma metodologia e ter resultados tão díspares", disse Lira em entrevista no Palácio da Alvorada, onde se reuniu com o presidente da República e parlamentares reeleitos da base aliada.
R7
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