A Comissão de Agricultura e Reforma agrária (CRA) reúne-se na quinta-feira (16), às 8h, para definição dos trabalhos iniciais do colegiado neste ano.
Na última quarta (8), a senadora Soraya Thronicke (União-MS) e o senador Efraim Filho (União-PB) foram eleitos, por aclamação, para a presidência e a vice-presidência da comissão.
Na ocasião, Soraya prometeu pautar os trabalhos da CRA na busca da harmonia entre agronegócio e meio ambiente, e defendeu ainda o enfrentamento da questão fundiária.
A senadora já havia presidido a CRA no biênio 2019-2021, período marcado pela pandemia de covid-19 e, consequentemente, pela suspensão das atividades das comissões.
À CRA compete opinar sobre proposições pertinentes aos seguintes temas: direito agrário; planejamento, acompanhamento e execução da política agrícola e fundiária; agricultura, pecuária e abastecimento; agricultura familiar e segurança alimentar; silvicultura, aquicultura e pesca; comercialização e fiscalização de produtos e insumos, inspeção e fiscalização de alimentos, vigilância e defesa sanitária animal e vegetal; irrigação e drenagem; uso e conservação do solo na agricultura; utilização e conservação, na agricultura, dos recursos hídricos e genéticos; extensão rural; e organização do ensino rural, entre outros temas.
A reunião será realizada na sala 13 da ala Alexandre Costa.
Agência Senado
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma manifestação em que pede que a Corte suspenda a decisão que afastou do cargo o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).
Ibaneis foi afastado por ordem do ministro Alexandre de Moraes, em 9 de janeiro, um dia após os atos extremistas ocorridos nas sedes dos Três Poderes, em Brasília. O afastamento determinado pelo período de 90 dias e vence em 9 de abril.
Na manifestação, o subprocurador-geral Carlos Frederico Santos afirma que os elementos reunidos até o momento da apuração não permitem concluir que o retorno de Ibaneis Rocha ao cargo de governador impeça a coleta de provas, obstrua as investigações em andamento, ponha em risco a ordem pública ou a aplicação da lei penal.
"Portanto, atualmente, não estão preenchidos os requisitos da medida cautelar de afastamento da função pública, sem embargo da futura análise a respeito da existência ou não de provas para a responsabilização penal, quando terminada a colheita dos elementos de convicção para formação da opinio delicti", afirmou o procurador.
"Os desprezíveis ataques à Democracia e às Instituições Republicanas serão responsabilizados, assim como os financiadores, instigadores e os anteriores e atuais agentes públicos coniventes e criminosos, que continuam na ilícita conduta da prática de atos", disse Alexandre de Moraes.
Para Moraes, a omissão das autoridades públicas, "além de potencialmente criminosa, é estarrecedora, pois, neste caso, os atos se revelam como verdadeira tragédia anunciada".
R7
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai lançar em abril o novo Programa de Aceleramento do Crescimento (PAC), que foi considerado um fiasco. O novo projeto de obras será composto de investimentos federais, concessões e um incentivo a novos projetos de parceria público-privada (PPP).
O programa foi lançado por Lula em 2007. De acordo com painel informativo do Tribunal de Contas da União (TCU), o total de obras relativas ao PAC é de 5.794. Destas, 2.760 estão paralisadas — 47,62%.
O valor total dos contratos vigentes, ainda segundo o órgão, é de R$ 62 bilhões, sendo R$ 14 bilhões de recursos investidos pela União.
Maranhão é o estado com o maior número de obras paralisadas: 377. Na sequência, vêm Pará (301), Bahia (292) e Minas Gerais (265). Segundo o TCU, educação é a área mais atingida, com 2.240 canteiros parados. Na sequência, vêm saneamento (269) e transportes (68).
Para além das obras paralisadas, o programa foi alvo de operações e também de polêmicas. Conheça, abaixo, algumas delas:
• Maior refinaria de petróleo
Entre as obras do PAC estava o que seria a maior refinaria de petróleo do mundo, a Premium 1, no Maranhão, ao custo de R$ 41 bilhões, que posteriormente foi descartada pela Petrobras. Na época, a medida causou revolta entre governadores, como Camilo Santana (na ocasião no comando do Ceará e hoje ministro da Educação).
• Trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro
O PAC também prometeu entregar o trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro, cuja previsão de entrega eram os Jogos Olímpicos de 2016. A ideia acabou abandonada. Recentemente, uma empresa recebeu autorização para construir a linha.
• Hidrelétricas
Dentro do programa, estavam obras de grandes hidrelétricas na Amazônia. A construção atrasou e elas foram concluídas anos depois. Belo Monte, por exemplo, entrou em operação apenas no final de 2019, seis anos após ter sido licitada ao custo de R$ 25,8 bilhões.
• PAC Favelas
Num dos processos que envolvem Sérgio Cabral (MDB), ex-governador do Rio de Janeiro, o Ministério Público Federal (MPF) apontou corrupção e lavagem de dinheiro com o uso de obras do governo do estado que receberam recursos federais a partir de 2007. A força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro identificou fraudes sobre as obras de urbanização em Manguinhos, na capital fluminense (PAC Favelas).
Especialista
Em artigo publicado no blog do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), o economista Paulo Lins criticou a falta de cumprimento das metas de investimento do programa.
"As críticas ao programa chamam mais atenção que os seus méritos. A ideia de que o gasto público seria o motor do crescimento econômico levou a uma crise fiscal e a uma aceleração da inflação. Esses desequilíbrios fiscais e monetários explicam em parte a crise em que estamos hoje. Além disso, o PAC possui problemas claros e que dificultam o cumprimento das metas de investimento", diz.
No texto, o especialista lembra que o quarto balanço do PAC, divulgado pelo governo em 2017, mostra que o programa tinha executado, até o final de 2016, 53,1% do montante total esperado para o período de 2015 a 2018.
"Porém, só 34,9% das ações foram concluídas, tendo sido direcionados 7,3% à logística, 44,8% à energia e 47,8% ao setor social e urbano."
R7
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O Supremo Tribunal Federal formou nesta sexta-feira (10) maioria de votos para enviar ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) queixa-crime do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por difamação.
O caso envolve postagem feita por Bolsonaro afirmando que Randolfe teria ligação com supostas irregularidades envolvendo a compra da vacina contra a Covid sem licitação.
Na época, o ex-presidente afirmou que Randolfe só apoiou a criação da CPI porque suas tratativas fracassaram.
Com o fim do mandato e a perda do foro privilegiado por Bolsonaro, o ministro Luiz Edson Fachin determinou o envio do caso para o TJDFT.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) recorreu e defendeu o arquivamento do caso. A PGR argumentou que já tinha se manifestado pela rejeição da queixa-crime e, portanto, não caberia análise pela primeira instância.
Relator do caso, Fachin discordou. O ministro afirmou que é prematuro encerrar a investigação e que há elementos para abertura de ação penal.
“Compreendi que a queixa-crime apresentada reúne todos os elementos exigidos a instauração da ação penal, sendo muito prematura qualquer afirmação acerca da atipicidade da conduta ou outra condição que implique em reconhecer a ausência de justa causa”, escreveu o ministro.
O voto de Fachin foi seguido por Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.
O ministro André Mendonça divergiu e votou para rejeitar a queixa-crime. “Não se vislumbra, no presente caso, minimamente, o dolo específico necessário à configuração do delito de difamação atribuído ao ex-presidente da República, tratando-se, em verdade, de disputa política própria do ambiente democrático”, disse.
g1
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O Ministério Público Junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU) recorreu, nesta sexta-feira (10), da decisão que permitiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permaneça como fiel depositário de presentes recebidos da Arábia Saudita. O órgão pede que Bolsonaro seja obrigado a devolver os objetos em até cinco dias.
Na quinta-feira (9), o ministro do TCU Augusto Nardes permitiu que as joias que estão na posse do ex-presidente permaneçam com ele. No entanto, a decisão cautelar proíbe que Bolsonaro use, disponha ou venda os itens. O recurso é endereçado ao próprio ministro Augusto Nardes e pede que ele reconsidere a determinação anterior.
No documento, o subprocurador-geral junto ao TCU, Lucas Furtado, pede ainda que armas recebidas por Bolsonaro como presente dos sauditas sejam incluídas no processo da Corte que apura irregularidades no recebimento de presentes pelo ex-mandatário.
Segundo revelado pelo site "Metrópoles" e confirmado pelo colunista do g1 Octavio Guedes, a comitiva de Bolsonaro declarou um fuzil e uma pistola recebidos em viagem ao país, em 2019.
O documento solicita que, caso o ex-presidente não devolva os presentes no prazo estipulado, a Casa Civil "adote as providências necessárias à retenção da remuneração a que faz jus o Sr. Jair Messias Bolsonaro a título de ex-presidente da República".
Para o subprocurador Lucas Furtado, por conta do valor dos presentes, que segundo o MPTCU podem se aproximar de meio milhão de reais, os itens devem ser incorporados ao patrimônio da União, e não podem permanecer com Bolsonaro.
"Avalio que permitir que o ex-presidente seja o guardião desse valioso acervo, ainda que como fiel depositário, com todo respeito, configura uma opção temerária e que não resguarda adequadamente o interesse público e o patrimônio da União", afirma.
Ainda de acordo com Furtado, os itens "podem ser objeto material de possíveis crimes" e, por isso, precisam passar por perícia.
"Sendo, pois, prova material de supostos crimes, é imprescindível que estejam sob o escrutínio da autoridade policial, para fins periciais, e não na posse do investigado", diz.
Presentes sauditas
O conjunto de joias que está em poder de Bolsonaro é composto por:
Esse pacote chegou ao Brasil em outubro de 2021, na comitiva oficial do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que representou o governo em viagem à Arábia Saudita. Foi o governo saudita que deu as joias para a comitiva brasileira.
Bento Albuquerque e assessores passaram pela alfândega do Aeroporto de Guarulhos sem declarar que estavam com os itens, o que contraria a lei.
O pacote que está em poder de Bolsonaro driblou a fiscalização. Só que agentes da Receita, no dia do desembarque, revistaram a mochila de um assessor de Albuquerque e conseguiram encontrar outro pacote.
O conjunto encontrado pela Receita, que também não foi declarado pela comitiva, contém joias no valor de R$ 16,5 milhões. Para os fiscais no aeroporto, Albuquerque afirmou que os itens iriam para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Um entendimento do TCU, firmado em 2016, estabeleceu que presentes recebidos pelo governo brasileiro são patrimônio da União, não dos governantes. A única exceção são os itens "personalíssimos", como roupas e comida. Joias não são consideradas itens personalíssimos.
g1
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Está em análise no Senado o Projeto de Lei (PL) 661/2023, que cria regras para a indicação de cidadãos brasileiros aos cargos de presidente e diretor de instituições financeiras das quais o Brasil faça parte junto a um ou mais países. De acordo com a proposta, os indicados serão sabatinados pelos senadores e terão que ser aprovados pelo Senado para poderem assumir a função.
O autor do projeto, o senador Rogério Marinho (PL-RN), lembra que o Senado já é responsável por autorizar operações externas de natureza financeira. Ele quer que o Senado avalie se a pessoa indicada tem as aptidões necessárias para o cargo.
O projeto determina que o indicado deverá ser idôneo, com reputação ilibada, notória capacidade em assuntos econômicos e financeiros e mais de dez anos de experiência.
A nomeação somente ocorrerá após arguição pública do indicado e aprovação prévia do Senado, por voto favorável da maioria absoluta em votação secreta. Se não tiver os votos necessários, a pessoa não assume. Substituições ou reconduções também terão de passar pelo Senado.
O senador ressalta que atualmente o Senado já é responsável por aprovar indicados para o Tribunal de Contas da União (TCU), para o Banco Central e até o procurador-geral da República, além de ministros para o Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça, embaixadores, e indicados para as agências reguladoras, entre outros. Na avaliação do senador, o mesmo tem que ocorrer com os nacionais indicados para bancos bilaterais ou multilaterais em que o Brasil seja membro fundador ou tenha capital subscrito.
“Deve-se analisar o espectro amplo das aptidões para o exercício do cargo, algo que apenas o equilíbrio e a harmonia entre os Poderes permitem concretizar”, afirma o autor.
Rogério Marinho cita como exemplo em seu projeto o chamado Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), criado pelo Brics, grupo de nações formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Segundo ele, o banco do Brics tem projetos aprovados de US$ 32 bilhões nas áreas de saneamento, energia limpa e infraestrutura.
Agência Senado
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A Rússia disse nesta sexta-feira (10) que ainda está em contato com os Estados Unidos sobre seu último tratado de armas nucleares, apesar de ter suspendido a participação nele no mês passado, e que tem poucas perspectivas de voltar ao acordo.
Segundo a agência de notícias RIA, o vice-ministro das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov, afirmou não ter expectativas de um progresso significativo nos contatos entre Moscou e Washington sobre o tratado New Start.
O acordo de 2010 limita o número de ogivas nucleares estratégicas que cada lado pode ter. O presidente Vladimir Putin anunciou no mês passado que Moscou suspenderia o tratado, acusando os EUA de tentar infligir uma "derrota estratégica" à Rússia na Ucrânia.
"Uma oportunidade hipotética para retornar a todo esse assunto só pode surgir quando e se Washington reconsiderar seu curso de escalada destrutiva em relação à Federação Russa, que em todos os aspectos é inaceitável e destrutivo para o que você pode chamar de resquícios de nossas relações entre Moscou e Washington", disse Ryabkov à agência.
A Rússia afirmou que seguirá os limites numéricos do tratado para ogivas, mas Ryabkov descartou a retomada das inspeções mútuas previstas no tratado, dizendo que isso é "impossível".
O New Start é o único pacto de armas nucleares remanescente entre os dois países, sucessor de uma série de acordos que datam da década de 1970 que interromperam a corrida armamentista da Guerra Fria entre os EUA e a União Soviética.
Analistas de segurança dizem que o colapso do acordo, ou o fracasso em renová-lo quando expirar em 2026, aumentará os riscos nucleares em um momento de maior confronto entre os dois países na guerra da Rússia na Ucrânia.
Reuters
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O Ministério das Relações Exteriores informou, nesta sexta-feira (10), que o Brasil convidou o Paraguai e o Uruguai a integrarem o G20 de forma temporária.
O grupo reúne as 20 maiores economias do mundo, e o Brasil voltará a presidi-lo a partir de dezembro deste ano – o país já comandou o G20 em 2008.
A presidência do grupo é rotativa, ou seja, cada país integrante comanda o G20 por um determinado período (a presidência do Brasil vai de dezembro deste ano a novembro de 2024).
"No espírito de promover perspectiva mais representativa dos países em desenvolvimento, em particular dos parceiros do Mercosul, em foros internacionais, o Brasil convidou o Paraguai e o Uruguai a participarem do G20 durante a presidência brasileira em 2024", informou o Itamaraty.
Ao lado de Brasil e Argentina, o Paraguai e o Uruguai integram o Mercosul. E os dois países comandarão o bloco econômico em 2024 – também em formato de presidência rotativa.
O presidente Lula tem defendido o que chama de "renovação" do Mercosul e chegou a viajar ao Uruguai, em janeiro deste ano, para evitar que o país fechasse diretamente um acordo com a China sem que a negociação envolvesse o bloco.
Paralelamente, o Mercosul negocia, desde 1999, um acordo comercial com a União Europeia e, nesta semana, os chamados "negociadores-chefes" do acordo se reuniram em Buenos Aires, na Argentina. Segundo o governo brasileiro, as negociações serão "intensificadas" a partir de agora.
Brasil no comando do G20
Em 2009, quando o Brasil presidia o G20, o grupo se reuniu em São Paulo.
Em discurso, o então presidente Lula cobrou dos países a adoção de medidas de preservação do emprego e da renda a fim de evitar o aumento da pobreza – o mundo enfrentava uma crise econômica causada pela recessão nos Estados Unidos.
Na ocasião, Lula também criticou quem contestava a presença do Estado na economia, mas recorria ao poder público justamente para evitar o colapso do sistema financeiro.
"Esta é uma crise global, e ela exige soluções globais. Este é o momento de formular propostas para uma mudança substantiva na arquitetura financeira mundial", cobrou Lula à época.
g1
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Um juiz no Peru estendeu a prisão preventiva do ex-presidente Pedro Castillo para 36 meses, de 18 meses, na quinta-feira, após a deposição do ex-líder e prisão por uma tentativa ilegal de dissolver o Congresso em dezembro.
A decisão de detenção de três anos está relacionada a acusações de crime organizado, tráfico de influência e cumplicidade em conluio cometido durante os turbulentos 17 meses de Castillo no cargo.
O mandato do presidente esquerdista foi marcado por uma rotatividade sem precedentes entre ministros do governo e brigas internas quase constantes com um Congresso dominado por parlamentares conservadores.
“Eu enfaticamente e categoricamente nego ser o líder ou parte de uma rede criminosa”, disse Castillo em uma audiência virtual.
O tribunal também condenou a três anos de prisão preventiva Juan Silva, ex-ministro dos Transportes de Castillo, que está foragido desde o ano passado.
O ex-ministro da Habitação de Castillo, Geiner Alvarado, que também atuou como chefe de transporte após a saída de Silva, permanecerá em liberdade no momento, decidiu o tribunal. Os promotores disseram que vão apelar dessa decisão.
O ex-presidente e seus dois ministros são acusados de envolvimento em esquema de propina relacionado à construção de uma ponte, bem como na compra de combustível para a petrolífera estatal Petroperu .
Castillo também permanece sob investigação por acusações de rebelião e conspiração em relação aos eventos que levaram à sua deposição em 7 de dezembro.
Desde então, protestos em todo o país estouraram, deixando dezenas de mortos e centenas de feridos.
As demandas dos manifestantes incluem a libertação de Castillo da prisão, a renúncia de sua sucessora, a presidente Dina Boluarte, bem como eleições antecipadas e a criação de uma nova constituição.
Reuters
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O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e arquivou uma investigação contra o senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Segundo a Polícia Federal, não há provas de que o parlamentar recebeu propina em um suposto esquema de corrupção envolvendo contratos da Transpetro, subsidiária da Petrobras (veja detalhes abaixo). Fachin concluiu que as provas produzidas na apuração não confirmam os relatos de delatores.
"No caso, de acordo com o órgão acusatório, o acervo indiciário não corrobora os supostos fatos delituosos atribuídos aos investigados em declarações prestadas em acordo de colaboração premiada, depoimentos que não detêm a natureza jurídica de prova, mas, como consabido, mero instrumento para sua obtenção", afirmou Fachin.
"Em tal panorama, revelou-se insuficiente as declarações prestadas por agentes colaboradores, mesmo quando confrontada com as diligências implementadas em sede policial, para confirmar, ainda que em caráter precário, o envolvimento dos investigados na hipótese sustentada neste inquérito", completou.
O ministro também pontuou que a investigação não explorou outras linhas que poderiam ajudar a confirmar o que foi apresentado pelos delatores.
"Ao lado desse aspecto, a investigação se ressente de outras linhas não exploradas que possam contribuir eficazmente na produção de evidências confirmatórias dos fatos acima sumariados. Em consequência, ao menos nos pontos analisados pela Procuradoria-Geral da República no âmbito de supervisão desta Suprema Corte, resulta inviável prosseguir no caminho investigativo", ponderou.
"Desse modo, à míngua de outras medidas investigativas que, não levadas a efeito no decorrer do período de tramitação deste caderno apuratório, poderiam elucidar os fatos investigados, o arquivamento é medida que se amolda às garantias constitucionais dos investigados, com a ressalva do art. 18 do Código de Processo Penal", completou, citando o artigo da legislação processual que permite a reabertura do caso se surgirem novas provas.
Histórico
O inquérito, aberto em 2020 em desdobramento da operação Lava Jato, investigou crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
As apurações partiram das delações de Sergio Machado (ex-presidente da Transpetro), Paulo Roberto Costa (ex-Petrobras), Luiz Fernando Maramaldo e Felipe Parente.
Em fevereiro deste ano, ao informar o fim das apurações, a delegada da PF Lorena Nascimento disse que as investigações não conseguiram reunir provas que confirmassem as informações das delações premiadas, que apontavam o recebimento de vantagens indevidas.
"Após analisadas as provas materiais e ouvidos os supostos envolvidos, não se observou a existência de elementos que pudessem corroborar a hipótese criminal objeto da presente investigação. Os colaboradores ouvidos apresentaram versões, em parte, concordantes com os fatos, mas não foram aptas a trazerem aos autos ou a produzirem a partir delas, elementos de prova capazes de corroborá-las", escreveu a delegada.
"O rastreamento do caminho do dinheiro em espécie pereceu no tempo, tanto em razão do longo lapso temporal, como em razão de não se vislumbrar um liame direto de que os valores entregues supostamente por Wilson Quintella Filho, ou por terceiros designados sob as orientações de Sergio Machado, tinham como destinatário final o parlamentar investigado", afirmou a PF.
A partir do material produzido pela polícia, a Procuradoria-Geral da República considerou também que não havia provas para sustentar uma denúncia.
g1
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