Mai 14, 2025
Arimatea

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A Rússia mirou portos da Ucrânia durante ataques promovidos na noite de segunda-feira (17) e madrugada desta terça-feira (18), segundo autoridades ucranianas. Os bombardeios aconteceram um dia após Moscou suspender o acordo que permitia que a Ucrânia exportasse grãos para países pobres.

A Força Aérea da Ucrânia informou que a Rússia usou drones e mísseis balísticos para atingir alvos nas regiões sul e leste do país. Não há informações sobre feridos.

Uma instalação do porto de Mykolaiv pegou fogo ainda na noite de segunda-feira (17). As autoridades informaram que o incêndio foi rapidamente controlado, sem deixar feridos.

"É muito sério", disse o prefeito Oleksandr Senkevich em uma rede social.

Além de Mykolaiv, o porto de Odessa também foi alvo de ataques, sofrendo danos. A Ucrânia informou que os estragos foram provocados por destroços de artefatos russos abatidos. Casas também foram danificadas.

Os portos de Odessa e Mykolaiv possuem acesso ao Mar Negro, por onde a Ucrânia envia as exportações de grãos.

"Mais uma prova de que o país-terrorista quer colocar em risco a vida de 400 milhões de pessoas em vários países que dependem das exportações de alimentos ucranianos", disse Andriy Yermak, chefe da equipe presidencial.

Alertas de ataque aéreo foram emitidos em várias regiões do país. O sistema de defesa foi acionado para repelir os ataques, principalmente na região de Odessa.

Mais cedo, a Rússia acusou a Ucrânia de promover um ataque contra uma ponte na península da Crimeia, que foi anexada pelo governo de Moscou em 2014. Duas pessoas morreram.

g1
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Goiás e Atlético-MG produziram muito pouco e empataram sem gols na noite desta segunda-feira, no estádio da Serrinha, em Goiânia, pela 15ª rodada da Série A. O Verdão teve mais volume de jogo, mas não foi o suficiente para sair com a vitória. O Galo, em atuação apática, quase não levou perigo ao adversário. O resultado mantém os dois clubes pressionados no Brasileirão.

Tabela e agenda
O Goiás chega ao quarto jogo sem vencer na Série A e segue no Z-4: 17º lugar, com 12 pontos. O jejum do Atlético-MG agora é de sete partidas; o clube é 12º colocado com 21 pontos. Na próxima rodada, o Verdão encara o Cruzeiro no domingo, às 16h, no Independência. No sábado, o Galo pega o Grêmio na Arena, às 21h.

Primeiro tempo
O Goiás teve mais volume de jogo, mas as chances claras de gol foram poucas. O time esmeraldino levou perigo em cabeceio de João Magno defendido por Everson e com Morelli, que foi travado na primeira tentativa de finalização e depois acabou furando. O Atlético-MG, por sua vez, quase não deu trabalho ao goleiro Tadeu. O Galo errou muitos passes e viu Hulk ficar isolado demais.

Etapa final
Após o intervalo, o roteiro da partida continuou semelhante. O Goiás buscou as melhores ações ofensivas, mas sem eficiência. O atacante Allano entrou e deu boa movimentação, mas não conseguiu alterar o placar. Morelli, aos 39 minutos, desperdiçou a melhor chance para o Verdão, mandando por cima. Aos 46, Guilherme Arana foi expulso por cotovelada em Maguinho. O Galo ficou com um homem a menos, mas conseguiu suportar a tímida pressão esmeraldina nos minutos finais.

ge
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de um café da manhã com diversas lideranças de governos, partidos e movimentos progressistas da América Latina, Caribe e Europa na manhã desta terça-feira (18) em Bruxelas, na Bélgica. Lula está no país para a cúpula entre a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a União Europeia.

Além do petista, participaram do encontro os presidentes Alberto Fernández (Argentina), Gabriel Boric (Chile) e Gustavo Petro (Colômbia), o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Fredricksen, o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, e o presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, entre outros. O governo do México foi representado pela secretária de Relações Exteriores, Alícia Barcena.

Segundo o Planalto, o evento foi organizado pelo ex-primeiro-ministro da Suécia Stefan Löfven, líder do partido Socialista Europeu, que atua dentro do Parlamento da União Europeia.

À tarde, Lula participa da plenária da cúpula entre a Celac e a União Europeia. A abertura da cúpula ocorreu nesta segunda-feira (17) e discutiu temas relacionados à mudança do clima, comércio e desenvolvimento sustentável, inclusão social, recuperação econômica pós-pandemia, transição energética, transformação digital justa e inclusiva, migrações, entre outros assuntos.

Foram convidados todos os 33 presidentes de países da América Latina e do Caribe e os 27 líderes europeus, totalizando 60 nações. Os líderes dos dois continentes não se reuniam desde 2015. O retorno à Celac foi o primeiro ato de política externa de Lula desde que assumiu o terceiro mandato. A medida foi comunicada aos demais países do bloco em janeiro deste ano. O Brasil tinha saído desse fórum em 2019, na gestão de Jair Bolsonaro (PL).

"A participação de Lula dá-se no contexto da renovação do compromisso do Brasil com o fortalecimento da integração regional e da Celac. O Brasil retornou ao mecanismo de diálogo político, concertação e cooperação entre os países da América Latina e do Caribe em janeiro passado, após um período de quase três anos em que se manteve afastado de suas atividades", diz o Itamaraty em comunicado.

Acordo Mercosul-União Europeia
Lula afirmou ainda na última segunda-feira (17), em reunião do fórum empresarial União Europeia-América Latina, que o Brasil pretende concluir um acordo "equilibrado" entre os europeus e o Mercosul ainda neste ano.

Lula ainda cobrou dos europeus a promessa feita pelos países ricos, em 2009, de aportarem 100 bilhões de dólares anuais para a proteção da Amazônia e disse ser preciso resgatar uma indústria que seja intensiva em tecnologia e voltada à sustentabilidade como grande motor da geração de empregos de qualidade.

R7
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Em sua nona viagem internacional neste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa, na tarde desta terça-feira (18), da plenária da cúpula entre a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a União Europeia, em Bruxelas, na Bélgica.

Antes disso, pela manhã, o petista se reúne com líderes progressistas para um café da manhã. Entre os países que devem participar do encontro estão Espanha, Dinamarca, Alemanha, Argentina, Chile, Colômbia, Portugal e República Dominicana.

A abertura da cúpula da Celac-União Europeia ocorreu nesta segunda-feira (17) e discute temas relacionados à mudança do clima, comércio e desenvolvimento sustentável, inclusão social, recuperação econômica pós-pandemia, transição energética, transformação digital justa e inclusiva, migrações, entre outros assuntos.

"Em 2009, os países ricos se comprometeram a destinar 100 bilhões de dólares ao ano para os países em desenvolvimento, como forma de compensação pelo mal que causaram ao planeta desde a revolução industrial. Esse compromisso nunca foi cumprido. Como se não bastasse, a guerra no coração da Europa veio para aumentar a fome e a desigualdade, ao mesmo tempo que elevou os gastos militares globais. Apenas em 2022, em vez de matar a fome de milhões de seres humanos, o mundo gastou 2,24 trilhões de dólares para alimentar a máquina de guerra, que só causa mortes, destruição e ainda mais fome", disse Lula na abertura do evento.

Foram convidados todos os 33 presidentes de países da América Latina e do Caribe e os 27 líderes europeus, totalizando 60 nações. Os líderes dos dois continentes não se reuniam desde 2015. O retorno à Celac foi o primeiro ato de política externa de Lula desde que assumiu o terceiro mandato. A medida foi comunicada aos demais países do bloco em janeiro deste ano. O Brasil tinha saído desse fórum em 2019, na gestão de Jair Bolsonaro (PL).

"A participação de Lula dá-se no contexto da renovação do compromisso do Brasil com o fortalecimento da integração regional e da Celac. O Brasil retornou ao mecanismo de diálogo político, concertação e cooperação entre os países da América Latina e do Caribe em janeiro passado, após um período de quase três anos em que se manteve afastado de suas atividades", diz o Itamaraty em comunicado.

Às margens da cúpula, Lula vai se encontrar de forma bilateral com o primeiro-ministro do Reino da Suécia, Ulf Kristersson e com o chanceler da Áustria, Karl Nehammer. A agenda do presidente brasileiro se estende ainda para reuniões com a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, e com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz.

Acordo Mercosul-União Europeia
Lula afirmou ainda na última segunda-feira (17), em reunião do fórum empresarial União Europeia (UE)-América Latina, que o Brasil pretende concluir um acordo "equilibrado" entre os europeus e o Mercosul ainda neste ano.

"A defesa de valores ambientais, que todos compartilhamos, não pode ser desculpa para o protecionismo. O poder de compra do Estado é uma ferramenta essencial para os investimentos em saúde, educação e inovação. Sua manutenção é condição para a industrialização verde que queremos implementar."

Lula ainda cobrou dos europeus a promessa feita pelos países ricos, em 2009, de aportarem US$ 100 bilhões anuais para a proteção da Amazônia e disse ser preciso resgatar uma indústria que seja intensiva em tecnologia e voltada à sustentabilidade como grande motor da geração de empregos de qualidade.

Antes do discurso de Lula, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que tem a intenção de concluir o pacto "o mais rápido possível". O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, que recentemente assumiu a presidência temporária do Conselho Europeu, declarou que um de seus principais objetivos é tentar concluir o acordo comercial ainda no segundo semestre de 2023.

Negociado desde 1999, o acordo está em fase de revisão, mas há entraves na preservação ambiental e sobre compras governamentais. Recentemente, os europeus propuseram um documento adicional – chamado de side letter –, que impõe sanções em caso de descumprimento, mas só para o lado sul-americano.

Os países da Europa também querem a garantia de que a intensificação do comércio entre os blocos não vá resultar no aumento da destruição ambiental no Brasil e nas demais nações do Mercosul – Argentina, Paraguai e Uruguai. Em contrapartida, o lado brasileiro é a favor de que não haja distinção na aplicação de eventuais sanções, ou seja, que ambos os lados sejam penalizados da mesma forma em caso de descumprimento.

R7
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A Rússia enfim concretizou a ameaça de suspender o acordo que permitiu à Ucrânia, arrasada pela guerra, exportar, no último ano, 32 milhões de toneladas de grãos por meio de um corredor humanitário no Mar Negro. Mediado pela ONU e pela Turquia, o pacto expiraria nesta segunda-feira (17), quando o Kremlin anunciou que interromperá a sua participação, desferindo um duro golpe em agricultores ucranianos e também em países que lutam contra a fome.

Era esperado que a Rússia pularia fora do acordo, apesar dos apelos sistemáticos da ONU e agências de ajuda humanitária. O presidente Vladimir Putin vinha dando sinais de que não via benefícios no acordo e reivindicava que o banco agrícola estatal da Rússia – o Rosselkhozbank – fosse readmitido no sistema de pagamentos SWIFT. O secretário-geral da ONU, António Guterres, enviou uma proposta contemplando uma subsidiária do banco, mas não recebeu resposta.

As sanções ocidentais, conforme alegou o presidente russo, impediam as exportações de alimentos e fertilizantes. Além disso, segundo ele, os grãos não chegavam aos países pobres. “Basta!”, reclamou Putin em uma entrevista na semana passada, num indício de que interromperia o pacto.

A ONU rechaça tais argumentos e assegura que o acordo atendeu a ambas as partes e reduziu globalmente os preços dos alimentos em mais de 20%. Partiu da Holanda uma análise básica da decisão anunciada pelo Kremlin. “É totalmente imoral que a Rússia continue a usar alimentos como armas”, resumiu o chanceler Wopke Hoekstra.

A consequência mais imediata é que os preços dos grãos voltarão a disparar, como ocorreu no início da invasão russa à Ucrânia, quando seus navios de guerra bloquearam os portos, impedindo a passagem de 20 milhões de toneladas de produtos.

Dados da ONU mostram que o acordo ajudou a fornecer grãos para 45 países em três continentes: 46% para a Ásia, 40% para a Europa Ocidental, 12% para a África e 1% para a Europa Oriental. Países como Afeganistão, Sudão, Djibouti, Etiópia, Quênia, Somália e Iêmen, castigados pela insegurança alimentar, foram beneficiados com 725 mil toneladas de trigo ucraniano, por meio do Programa Mundial de Alimentos.

A premissa básica do acordo firmado há um ano e renovado três vezes pela Rússia era de que os navios ucranianos que trafegassem por este corredor marítimo não seriam atacados. Nos dois últimos meses, o número de embarques caiu, e a Ucrânia, considerada o celeiro do mundo, acusou a Rússia de atrasar as inspeções. A decisão anunciada pelo Kremlin nesta segunda-feira confirmou o fim da linha para o pacto de grãos no Mar Negro.

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Um terremoto de magnitude 6,6 foi registrado na cidade Loncopué, na Argentina, nesta segunda-feira (17).

Segundo a Agência de Pesquisa Geológica dos Estados Unidos (USGS), que monitora terremotos, não há área ou pessoas afetadas, já que a profundidade do terremoto foi de 171,4 quilômetros.

Também não havia registro de alerta de tsunami ou de tremores em terra até a última atualização desta notícia.

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A Rússia acusou nesta segunda-feira (17) a Ucrânia de atacar uma ponte que liga seu território à península anexada da Crimeia, uma ação que matou um casal e feriu a filha deles.

Angelina tem 14 anos e foi atendida ainda na ponte. Seus pais, Alexei e Nataliya, morreram com o impacto.

O Comitê Investigativo da Rússia disse que Kiev estava por trás do ataque e abriu um caso de terrorismo.

"O ataque de hoje contra a ponte da Crimeia foi executado pelo regime de Kiev", afirmou a porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova.

Uma fonte do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) declarou à AFP que as forças do país estão por trás do ataque executado com "drones submarinos".

A mídia russa disse que a família estava a caminho da Criméia para passar férias. A região foi anexada unilateralmente pela Rússia em 2014.

A ponte de Kerch, que liga a Rússia à Crimeia é crucial para o transporte de suprimentos e armamentos para os soldados russos que lutam na Ucrânia.

A operação na ponte foi retomada totalmente há pouco tempo. Em outubro de 2022 a ponte foi atingida por um caminhão-bomba, um atentado que Moscou atribuiu à Ucrânia. Kiev negou estar por trás do ataque.

g1
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O risco de infestação do aedes aegypti em João Pessoa passou de baixo para médio entre os meses de abril e julho deste ano, segundo dados de um levantamento feito pela Secretaria Municipal de Saúde, divulgado nesta segunda-feira (17). O mosquito é principal causador de doenças como dengue, zika e chikungunya.

Em abril, o Índice de Infestação Predial (IPP) na cidade era de 0,8%. Agora, a taxa municipal é de 1,2%. A pesquisa da Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses foi feita entre os dias 3 e 7 de julho.

Veja bairros com maiores riscos de infestação pelo mosquito Aedes aegypti:

  • Anatólia - 3%;
  • Jardim Cidade Universitária - 3%;
  • Jardim São Paulo - 3%;
  • Bairro das Indústrias - 2,9%;
  • Mumbaba - 2,9%;
  • Valentina - 2,5%;
  • Planalto Boa Esperança - 2,5%.

Além desses, também apresentaram médio risco os bairros Oitizeiro, Alto do Mateus, Jardim Veneza, Distrito Industrial, Costa e Silva, Ernani Sátiro, Cristo, João Paulo II, Funcionários, Grotão, Gramame, Paratibe, Muçumago, Mangabeira, Varadouro, Jaguaribe, Ilha do Bispo, Trincheiras, Centro e Tambiá.

De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde de João Pessoa, Raquel Moraes, a SMS vai reforçar as ações de combate ao Aedes aegypti.

“As equipes já atuam rotineiramente em toda a cidade, eliminando os focos e também de forma educativa para a população, mas vamos intensificar o trabalho nas áreas em que apresentam médio risco para a infestação do mosquito”, destacou.

g1 PB
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Uma alíquota de 28% do Imposto sobre Valor Adicionado (IVA), a ser criado pela reforma tributária, não considera uma série de fatores, disse nesta segunda-feira (17) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele rebateu um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), segundo o qual o futuro IVA ficaria mais alto que os 25% inicialmente previstos por causa das exceções incluídas durante a votação pelos deputados.

“Aquele é um estudo que não leva em consideração uma série de fatores. Não tem análise de impacto, por exemplo, sobre [combate à] sonegação, evasão, corte de gastos tributários [eliminação de incentivos fiscais]”, declarou Haddad ao chegar ao Ministério da Fazenda nesta segunda pela manhã.

Baseado no texto aprovado pela Câmara dos Deputados, o estudo do Ipea estima uma alíquota de 28,4% para o IVA, que incidirá sobre o consumo. Esse percentual garantiria a alíquota mais alta do mundo para impostos desse tipo, batendo o recorde da Hungria, que cobra IVA de 27%.

Segundo o Ipea, as isenções incluídas no texto, o benefício a setores que terão alíquota reduzida em 60% e a criação de regimes especiais estão por trás da alíquota alta. Isso porque, para compensar a desoneração para alguns segmentos da economia, o governo terá de tributar mais o restante dos setores.

Transição
Sobre a possibilidade de a alíquota ficar abaixo de 28%, o ministro disse ser necessário avaliar dois fatores. O primeiro é a transição, que começará em 2026 para a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), a parte federal do futuro IVA, e irá até 2032. “Nós vamos calibrando isso de acordo com a transição. Então começa em 2026 com uma alíquota baixinha para ver o impacto”, declarou o ministro.

O segundo fator, citou Haddad, serão eventuais mudanças na reforma tributária pelo Senado, que poderá rever algumas exceções concedidas pela Câmara. Com menos isenções e setores com alíquotas reduzidas, a alíquota geral poderá baixar.

Apesar de contestar a estimativa de 28,4% de alíquota, Haddad considerou positivas as ponderações feitas pelo Ipea e defendeu um enxugamento da reforma, com a revisão da lista de exceções. “O alerta que o estudo do Ipea faz é bom, porque mostra que, quanto mais exceções tiver [a reforma tributária], menos vai funcionar. Então tem que calibrar bem as exceções, para que elas estejam bem justificadas”, declarou.

Mesmo no caso de um IVA alto, o estudo considera a reforma tributária benéfica para a economia brasileira, porque melhorará o ambiente de negócios e simplificará a cobrança e o pagamento de tributos. Recentemente, o Ipea divulgou um outro estudo, segundo o qual a reforma poderá gerar um ganho de 2,39% no Produto Interno Bruto (PIB) até 2032.

Agência Brasil
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No lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2023/2024 para a Região Nordeste do Brasil nesta segunda-feira (17), a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) pediu a redução dos juros para financiar a produção de alimentos no país. Atualmente, os juros estão em 4% ao ano para empréstimos destinados à produção de pequenas unidades produtivas, a chamada agricultura familiar.

O presidente da Contag, Aristides Santos, elogiou os avanços no atual plano, que aumentou em 34%, se comparado à safra anterior, o total de recursos destinados ao crédito para o setor, fixado em R$ 71,6 bilhões para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) de 2023/2024. Porém, para o representante dos trabalhadores na agricultura, é preciso reduzir os juros.

“O (presidente) Lula toda vez que me encontra diz ‘fale com os agricultores liderados pela Contag para produzir mais feijão, mais arroz’. E eu disse a ele antes do plano: aprove do jeito que a Contag propôs que vamos ter mais feijão e mais arroz. Agora, com 4% para plantar arroz e feijão, possivelmente, a gente não atinge as metas e o sonho que o presidente Lula quer”, afirmou Santos.

A Contag havia pedido uma taxa de juros de 2% ao ano para produção de alimentos como arroz, feijão, mandioca, tomate, leite e ovos, entre outros. O Plano Safra da Agricultura Familiar lançado no final de junho deste ano pelo governo federal reduziu de 5% para 4% ao ano os juros do programa.

Para o presidente da Contag, é possível baixar mais os juros ainda nesta safra, “basta conversar um pouquinho melhor ali na Fazenda”, ponderou Aristides, para quem a redução da taxa básica de juros pelo Banco Central é uma questão de tempo. “O Banco Central não vai resistir à pressão dos setores produtivos do Brasil”, afirmou.

Presente no lançamento do programa no Nordeste, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, ponderou que a taxa Selic de 13,75% ao ano mantida pelo Banco Central restringe a liberação de mais recursos.

“Nós queremos voltar a ter uma produção de arroz, de feijão, de mandioca, alface, legumes, verduras e frutas muito maior no Brasil para botar na mesa do povo brasileiro. Por isso, o nosso pedido ao presidente do Banco Central: pare de negar a realidade e diminua os juros no Brasil! Porque se ele diminuir os juros no Brasil no mês de agosto vamos disponibilizar muito mais recursos para agricultura familiar”, afirmou Teixeira.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, acrescentou que os juros são de 0,5% ao ano para o Pronaf B no Nordeste, linha de crédito que atende os microprodutores. O governo aumentou, neste Plano Safra, o limite da renda bruta anual do agricultor com direito a esses recursos de R$ 23 mil para R$ 40 mil. Já o teto de financiamento do Pronaf B passou de R$ 6 mil para R$ 10 mil por unidade produtiva. A Contag havia pedido um limite de R$ 30 mil de financiamento para o Pronaf B.

Assistência Técnica
A Contag ainda pediu mais recursos para assistência técnica que, segundo a organização, está insuficiente. “Sem maiores recursos nós não vamos conseguir fazer o crédito orientado e dar o apoio que o agricultor familiar precisa”, afirmou Aristides Santos. O governo federal destinou R$ 200 milhões para assistência técnica e extensão rural para temporada 2023/2024, valor considerado insuficiente pela Confederação de Trabalhadores na Agricultura.

O secretário de Desenvolvimento Agrário do Ceará, Moisés Braz, informou que 80% dos agricultores do estado ainda não contam com assistência técnica “eficaz e com capacidade de ser acompanhado”. Outro problema apontado pelo secretário é a falta de mecanização da agricultura familiar do Nordeste. “Enquanto a grande maioria dos produtores e agricultores familiares do Sul tem mecanização agrícola, nós ainda estamos trabalhando com a foice e a enxada”, afirmou o secretário cearense.

Para aumentar os recursos da assistência técnica para agricultura familiar, o ministro do Desenvolvimento Agrário Paulo Teixeira sugeriu que seja criado um fundo financiado pelo Imposto Territorial Rural, cobrado das propriedades rurais do país. Sobre a mecanização da agricultura familiar, Teixeira informou que estão sendo tomadas medidas para aumentar o uso de equipamentos na produção de alimentos. “A gente chamou as universidades, os institutos federais e a Embrapa para desenvolverem equipamentos mais próximos da agricultura familiar”, afirmou Teixeira.

Ao finalizar a fala durante o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar na região Nordeste, o ministro prometeu aprimorar o programa. “Eu imagino que isso é o começo. Todas as dificuldades nós queremos enfrentar juntos. Mas o chamado para vocês é: peguem esse crédito, retomem essa possibilidade e continuem a promover essa força da agricultura familiar”, finalizou Paulo Teixeira.

O governo federal estima que o Plano Safra da Agricultura Familiar 2023/2024 deve beneficiar 1 milhão de agricultores nordestinos.

Agência Brasil
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