O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou, nesta sexta-feira (25), na Irlanda, que a questão do meio ambiente tem um peso cada vez maior para o mundo, inclusive na decisão de investimento do capital privado.
"Nosso meio ambiente é um ativo valioso, que pode inclusive do ponto de vista econômico ser muito mais valioso do que qualquer outro ativo que o Brasil possa ter na sua economia", disse. A declaração foi dada em apresentação para lideranças políticas, empresários, investidores e formadores de opinião realizada no Hotel Hilton Dublin.
Nesse sentido, o presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Rodrigo Agostinho (PSB-SP), reforçou a importância de transformar as florestas em ativos importantes e convidou investidores internacionais a investir em compensações de emissões no Brasil. "Hoje, infelizmente, a floresta em pé no nosso país ainda não vale mais que a floresta derrubada", lamentou.
"Se queremos um mundo com emissões negativas de carbono, nós vamos precisar recuperar áreas florestais e isso só é possível de maneira mais intensa em países tropicais como o Brasil", disse Agostinho. Para ele, é preciso que "o mundo entenda que a Floresta Amazônica não é apenas importante para o Brasil. Ela ajuda a regular o clima do planeta. Ela pode não ser o pulmão do mundo, como já foi dito, mas ela é como um importante 'ar condicionado' para o planeta".
Agronegócio
O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Alceu Moreira (MDB-RS), aproveitou sua apresentação para defender a agropecuária nacional, afirmando que o Brasil cumpre rigorosamente as leis internacionais, exportando sua produção para 176 países.
Para Moreira, o Brasil é o país com maior sustentabilidade no mundo. Ele citou o fato de propriedades particulares deverem preservar 20% de reserva legal com uma demonstração disso. Ainda segundo o deputado, o País tem 66% do território coberto de área verde, enquanto produz grãos em apenas 8,75% do território.
Diplomacia parlamentar
Rodrigo Maia também ressaltou a importância de haver uma aproximação entre os dois países não apenas no campo econômico, mas também entre as duas sociedades. "Queremos que, daqui para frente, a Irlanda seja um polo estratégico na nossa relação com a União Europeia", afirmou.
Ainda segundo o presidente da Câmara, o Parlamento brasileiro está a disposição para o diálogo e a aproximação, inclusive para melhorar a legislação para poder receber mais empresas irlandesas no Brasil e os empregos que elas venham a criar.
Durante a tarde, os depurados foram recebidos pelo presidente da Irlanda, Michael D. Higgins, no palácio presidencial do país (Áras an Uachtaráin). Eles visitaram ainda o presidente da Câmara dos Deputados irlandesa (Dáil Éireann), Seán Ó Fearghaíl, retribuindo visita a Brasília feita pelo parlamentar irlandês no primeiro semestre.
A Irlanda, juntamente com Áustria, França e Finlândia, é um dos países que têm resistências ao acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia. Assim como ocorre com o Brasil, parte importante da economia irlandesa é baseada na agropecuária.
Agência Câmara
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