O governo brasileiro assinou, nesta sexta-feira (25), memorandos de entendimento sobre cooperação em várias áreas, como operações financeiras, energias renováveis e eficiência energética, educação, ciência e agronegócios (veja abaixo). Os memorandos, que foram assinados pelos ministros e autoridades de cada área, são intenções de colaboração futura e não trazem detalhes de como funcionariam na prática.
O presidente Jair Bolsonaro, que está na China desde quinta (24), e se encontrou nesta manhã com o presidente chinês Xi Jinping. A prioridade da visita de Bolsonaro ao gigante asiático é ampliar a relação comercial entre os dois países, segundo o presidente. A China é o principal parceiro comercial do Brasil, com US$ 70 bilhões negociados em 2017.
A viagem faz parte de um giro de 12 dias por países da Ásia e do Oriente Médio. Bolsonaro também esteve no Japão, onde participou da entronização do imperador Naruhito, e ainda deverá ir aos Emirados Árabes, ao Catar e à Arábia Saudita.
Veja os termos assinados:
Críticas à China
Nesta quinta-feira, o presidente brasileiro não quis falar sobre as críticas aos chineses feitas na campanha, quando disse várias vezes que incentivaria o país asiático a "comprar no Brasil, não a comprar o Brasil".
Em janeiro, uma viagem à China de deputados do PSL — partido do presidente — foi criticada pelo ideólogo do governo de Bolsonaro, Olavo de Carvalho e, segundo o blog da Andréia Sadi, causou mal-estar no Planalto. A avaliação de ministros ouvidos pelo blog na ocasião era de que o grupo estava “deslumbrado” e que a viagem iria desgastar a imagem do governo.
Em março, entretanto, o presidente anunciou que iria à China, a convite de Xi Jinping, e disse que a relação com o país iria melhorar.
Declaração conjunta
Nesta sexta, Bolsonaro e Xi Jinping divulgaram uma declaração conjunta afirmando que desejam aprofundar e fortalecer a parceria entre Brasil e China, "com base em igualdade, respeito e benefícios mútuos".
Os dois presidentes "saudaram os expressivos fluxos bilaterais de comércio traduzidos no nível recorde obtido em 2018". Também falaram sobre a intenção de "ampliar ainda mais a corrente comercial e comprometeram-se a estimular a diversificação dos produtos intercambiados".
Os dois lados ressaltaram a "cooperação frutífera em ciência, tecnologia e inovações e concordaram em incentivar a mobilidade de cientistas, a realização de pesquisas conjuntas e a colaboração entre parques tecnológicos, incubadoras e empresas de base tecnológica do Brasil e da China". Eles citaram o lançamento do satélite CBERS-4A no final de 2019 e falaram sobre o desejo de continuar a cooperar no campo espacial.
G1
Portal Santo André em Foco
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