O presidente Rodrigo Pacheco inaugurou, na tarde desta terça-feira (10), a exposição “Senado 200 Anos: Conectando Passado e Futuro”. Com elementos imersivos e interativos, a exibição está instalada no Salão Negro do Congresso Nacional e destaca pontos importantes do trabalho do Senado desde sua criação durante a monarquia brasileira, em 1824, até os dias atuais.
Pacheco se disse honrado em ocupar a Presidência do Senado no momento do bicentenário. Ele afirmou que a exposição mostra um pouco da história da Casa, que é responsável pelo equilíbrio entre os entes federados. Pacheco ressaltou a importância histórica do Senado, como uma instituição essencial para a manutenção da ordem democrática do país. Ele ainda lembrou que, nos momentos de prevalência do autoritarismo, o Senado sofreu interferências no seu funcionamento.
De acordo com Pacheco, o Senado sempre foi uma reserva de brasileiros com experiência administrativa. Ele disse que, hoje, a Casa também enfrenta os desafios nacionais, como rediscutir e aperfeiçoar o pacto federativo, a redução das diferenças regionais e medidas para incentivar o crescimento econômico. Pacheco lembrou fatos importantes da história do Senado, elogiou o envolvimento dos servidores na exposição e disse que a mostra serve de referência histórica do compromisso do Senado com o país.
— Os visitantes vão perceber que sempre participamos ativa e decisivamente da construção da ordem nacional. É uma tarefa bastante difícil resumir 200 anos de história neste espaço. Mas acredito que fomos bem-sucedidos — declarou.
História e protagonismo
A diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, afirmou que a exposição é uma oportunidade única de conhecer os 200 anos de história do Senado. Ela citou que, dado o caráter interativo da exposição, os visitantes passam de expectadores a participantes. Segundo a diretora, foram usados recursos de inteligência artificial para dar à mostra uma linguagem moderna que atraia os jovens e as crianças. Ilana ainda lembrou uma série de eventos que estão sendo feitos para comemorar o bicentenário do Senado e agradeceu a todos os envolvidos na realização da mostra.
— A exposição é mais um passo para que, ao final de 2024, a sociedade possa conhecer mais e melhor o Legislativo e o Senado. Queremos mesmo é que a sociedade compreenda a história do Senado, porque a partir da história do Senado se compreende a história do Brasil — afirmou Ilana.
Para o secretário-geral da Mesa, Gustavo Sabóia, a exposição vai além de uma celebração, mas leva a uma reflexão sobre o papel do Senado no Brasil. Sabóia apontou a evolução das técnicas de registro das atividades do processo legislativo, com medidas de justiça e transparência, e destacou o protagonismo que o Legislativo vem tendo na história recente do país. Ele citou, como exemplo, o enfrentamento da pandemia, a reforma tributária e as medidas de apoio à população atingida pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul.
— Sinto-me honrado em fazer parta destas comemorações. Não apenas pelas comemorações, mas pelo momento de resgate da memória institucional do Senado — declarou Sabóia.
Inclusivo
A coordenadora do Museu e responsável pela mostra, Cristina Monteiro, informou que foi feito um levantamento dos principais pontos históricos do Senado ao longo desses 200 anos, para que fosse possível resumir um pouco da relevância da história da Casa em uma exposição. Como destaques, ela citou a simulação de um rio com referência a produções legislativas e os recursos tecnológicos, com quadros animados e bustos que interagem com os visitantes. Cristina Monteiro também exaltou o caráter inclusivo da exposição, que conta com guias, QR codes para ouvir explicações e legendas em braile.
— A ideia é a apresentar momentos históricos de forma lúdica, com recursos de tecnologia. É para o visitante experienciar esses momentos — declarou Cristina, à TV Senado.
Também participaram da cerimônia de abertura da exposição o senador Castellar Neto (PP-MG) e representantes das embaixadas de Angola, Áustria, Irã e Zâmbia. Ainda acompanharam o evento o conselheiro do Conselho Nacional de Justiça e ex-secretário-geral da Mesa do Senado, Luiz Fernando Bandeira; representantes governamentais, servidores e estudantes da rede pública do Distrito Federal e do Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás.
Exposição
A mostra, montada dentro de uma caixa cenográfica de 200m2, conta com tela sensível ao toque, projeção mapeada, painel giratório e outras tecnologias que auxiliam o visitante a acessar relatos e documentos sobre debates e personalidades que marcaram cada período: Império, República, Ditadura e Redemocratização. Além de gravuras e maquetes, há um espaço para o visitante deixar uma mensagem sobre qual Senado deseja para o futuro. A primeira mensagem no painel foi escrita pelo presidente Pacheco.
A mostra vai até o dia 10 de dezembro, com entrada gratuita, das 9h às 16h30 — a permanência dos visitantes é permitida até as 17h. Esta é a terceira exposição inaugurada este ano em comemoração ao bicentenário. O Senado já concluiu a mostra “Palácio Monroe: um Legado de Democracia” e publicou, na sexta-feira (6), a exposição virtual “Palácios da Memória”, produzida pela Agência Senado, que permite uma visitação on-line pelas três sedes pelas quais o Senado já passou.
Agência Senado
Portal Santo André em Foco
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