O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu aumentar a quantidade de médicos especialistas no Sistema Único de Saúde (SUS), por meio de convênios com instituições particulares. O petista também garantiu que vai criar um fundo de investimento para estudantes do ensino médio, por meio da concessão de bolsas, como combate à evasão escolar. Disse ainda que o governo deve lançar, em breve, um projeto para a recuperação de terras degradadas.
As expectativas foram citadas pelo presidente durante um café da manhã com jornalistas, nesta sexta-feira (27), no Palácio do Planalto.
Lula comentava o programa Mais Médicos quando prometeu aumentar a rede de especialistas do SUS. "Nós ainda vamos lançar uma coisa mais importante este ano, que é garantir o acesso aos chamados especialistas para o povo. Hoje uma pessoa vai numa UPA [Unidade de Pronto Atendimento] ou UBS [Unidade Básica de Saúde] na sua cidade, faz uma consulta, o médico detecta que tem uma determinada doença que precisa de um tal de especialista", explicou.
"Quando o médico da assistência básica pede essa segunda consulta, começa o martírio do povo brasileiro, porque não existe convênio com rede de especialistas capaz de atender a totalidade do povo brasileiro. Nós estamos comprometidos a estabelecer convênios do SUS com rede de especialistas. Não é só o presidente ou jornalista que pode ter acesso a especialistas, o povo humilde tem que ter acesso, não é possível que a gente não consiga avançar", completou o presidente.
Para Lula, a recuperação de terras devastadas faz parte dos objetivos de produção com sustentabilidade. "Ontem [quinta-feira] tive uma reunião com o ministro da Agricultura [Carlos Fávaro], e vamos fazer, logo, logo, o lançamento de uma política de recuperação de terras degradadas", destacou.
De acordo com o petista, o país tem o equivalente a 40 milhões de campos de futebol degradados. "O Brasil tem por volta de 40 milhões de hectares de terras degradadas, que podem ser recuperadas, e o Brasil pode plantar e criar o que quiser sem precisar derrubar uma única árvore. Quando a gente falar em descarbonização e em crédito de carbono, queremos falar com autoridade", afirmou.
Educação
Um estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan/Sesi) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) mostra que 60,3% dos brasileiros se formam no ensino médio até os 24 anos. A proporção entre os mais pobres cai para 46%, contra 94% dos alunos mais ricos.
"O papel do governo é dar oportunidade para as pessoas crescerem, vencerem e melhorarem de vida. Por isso que nós vamos investir muito na educação e no ensino integral", afirmou o presidente.
"Vamos criar um fundo de investimento para as crianças do ensino médio. Vamos criar uma bolsa para que os alunos se sintam incentivados a não desistir da escola, que é a maior desistência. Um jovem vai no ensino médio e não vê utilidade. Queremos dar utilidade, queremos que esse jovem seja motivado a ir, cumprir o ensino médio e entrar numa universidade ou num instituto federal para se autoqualificar, para este país melhorar de vida", completou.
A mesma pesquisa mostrou que há, em média, um prejuízo de R$ 395 mil para cada estudante que não conclui o ensino médio. O valor diz respeito a perdas para o aluno e para o país.
R7
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