O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, em um café da manhã com jornalistas nesta sexta-feira (27), no Palácio do Planalto, que pretende viajar pelo Brasil em 2024. "O ano que vem vai ser o ano inteiro de viagem pelos estados brasileiros", promete. Além disso, o presidente disse nas viagens vai participar de inaugurações de obras de programas federais, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha Casa, Minha Vida, e de escolas técnicas, institutos federais e universidades.
"Precisamos fazer com que o Brasil se transforme definitivamente em um país desenvolvido", comentou o presidente.
A próxima viagem de Lula, ainda neste ano, será internacional e está marcada para novembro. Ele deve ir à COP 28, nos Emirados Árabes Unidos. O presidente afirma considerar passar por outro país árabe antes do evento. "Estou pensando em passar na Arábia Saudita e fazer uma apresentação do PAC aos empresários e investidores", explicou.
Depois dos Emirados, Lula afirmou que viaja para a Alemanha, para um debate entre empresários brasileiros e estrangeiros.
Meta fiscal
Ainda durante o café, o presidente Lula declarou que a meta fiscal do país para 2024 "dificilmente" será zero e que não há interesse em "cortar investimentos prioritários". "Tudo o que a gente puder fazer para cumprir a meta fiscal a gente vai cumprir. O que eu posso dizer é que não precisa ser zero, o país não precisa disso. Eu não vou estabelecer uma meta fiscal que me obrigue a começar o ano fazendo corte de bilhões nas obras que são prioritárias para este país", disse.
"Acho que, muitas vezes, o mercado é ganancioso demais e fica cobrando uma meta que ele sabe que não vai ser cumprida. Eu sei da disposição e da vontade do [ministro da Fazenda, Fernado] Haddad e da minha disposição e quero dizer para vocês que nós, dificilmente, chegaremos à meta zero, até porque não quero fazer corte de investimento de obras", afirmou.
O objetivo de zerar o déficit fiscal em 2024 foi definido pelo governo na apresentação do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), em abril. A meta, contudo, será avaliada segundo uma margem de tolerância. Para que o governo a cumpra, o resultado pode ser 0,25% inferior ou 0,25% superior ao valor definido inicialmente.
Segundo o presidente, um déficit pequeno seria melhor do que cortar investimentos. "Se o Brasil tiver déficit de 0,5%, 0,25%, o que é? Nada, absolutamente nada. Vamos tomar a decisão correta e vamos fazer aquilo que vai ser melhor para o Brasil", afirmou.
R7
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