O governo federal nomeou nesta sexta-feira (26) Danilo Dupas Ribeiro como novo presidente do Inep, responsável, entre outras coisas, pela organização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
A nomeação foi publicada em edição extra do "Diário Oficial da União", no início da noite. A exoneração de Alexandre Lopes, que presidia o órgão desde maio de 2019, foi publicada nas primeiras horas da manhã.
Até esta sexta, Danilo Dupas Ribeiro era secretário de Regulação e Supervisão do Ensino Superior no MEC. Segundo currículo disponível na página do Ministério da Educação, o novo presidente do Inep é graduado em economia, pós-graduado e mestre em administração.
Ainda segundo esse currículo, antes de assumir a secretaria do MEC em agosto de 2020, Dupas Ribeiro "atuou no setor educacional por mais de vinte anos, tendo destaque no Fundo MackPesquisa, do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM), em que ocupou a posição de Gerente Administrativo nos últimos cinco anos".
Milton Ribeiro foi reitor em exercício e vice-reitor da Universidade Mackenzie, em São Paulo, antes de assumir o MEC.
Lopes enfrentava divergências com o ministro há algum tempo, apuraram o G1 e a TV Globo. Mas aguardou-se a conclusão do Enem (a reaplicação da prova ocorreu na última terça e na quarta) para a exoneração.
Em nota, a pasta afirma que "a decisão é administrativa, sendo o cargo de livre nomeação e exoneração da Administração Pública. O ministro Milton Ribeiro, em nome do MEC, agradece o trabalho realizado pelo Alexandre Lopes durante o período que esteve à frente do Inep".
Desde 2006, Lopes ocupa cargos públicos. Antes de assumir o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira foi diretor legislativo da Casa Civil da Presidência da República. Entre suas atribuições, acompanhava e coordenava o processo de sanção e veto dos projetos de lei enviados pelo Congresso.
O Inep, vinculado ao Ministério da Educação (MEC), é responsável por estatísticas, avaliações e provas. A última edição do Enem enfrentou adiamentos e foi alvo de uma disputa judicial em 2020. Houve também a acusação de racismo em duas respostas do gabarito que posteriormente tiveram as alternativas corretas alteradas.
Servidores do Inep afirmam que ficaram surpresos com a exoneração do presidente do órgão, Alexandre Lopes, nesta sexta-feira (26). Segundo eles, há "graves riscos" para a autarquia que administra o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
"A descontinuidade de gestão, com sucessivos períodos de instabilidade, tem contribuído fortemente para comprometer a execução do importante trabalho da autarquia na Educação", afirma a Associação dos Servidores do Inep (Assinep), em nota pública.
Alexandre Lopes foi o quarto nome a ocupar a presidência do Inep no governo Bolsonaro. Ele assumiu a função em 17 de maio de 2019. Antes dele presidiram a autarquia:
G1
Portal Santo André em Foco
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