Em jogo marcado por três expulsões e algumas confusões, o Corinthians venceu o São Bernardo por 2 a 0 nesta quinta-feira, no Estádio 1º de Maio, e garantiu classificação para a terceira fase da Copa do Brasil. Yuri Alberto, de pênalti, logo no início, e Pedro Raul anotaram os gols do Timão. Rodrigo Garro recebeu cartão vermelho (bastante questionável) no fim da etapa inicial, mas o árbitro Bráulio da Silva Machado "compensou" no segundo tempo tirando Hélder da partida. O técnico alvinegro, António Oliveira, também teve que ir para o vestiário mais cedo, por reclamação.
Quem vem pela frente?
O adversário do Corinthians na terceira fase da Copa do Brasil será conhecido por sorteio. A partir da próxima etapa, a competição recebe as equipes que estão na Libertadores, Goiás (campeão da Copa Verde), e Ceará (campeão da Copa do Nordeste), Vitória (Campeão da Série B) e Athletico-PR (classificado pelo Brasileirão).
Fax o pix, CBF
Com a classificação, o Corinthians assegura mais R$ 2,2 milhões. Em seu orçamento, o Timão previu chegar pelo menos até as oitavas de final da Copa do Brasil.
Resumo do primeiro tempo
O Corinthians abriu o placar antes mesmo de o São Bernardo pegar a bola. O Timão deu a saída, trocou passes e envolveu a marcação adversária até os dois minutos, quando Raniele recebeu passe dentro da área e foi derrubado com falta. Yuri Alberto cobrou com categoria e colocou os visitantes na frente. Em desvantagem, o São Bernardo até teve mais posse de bola, mas enfrentou dificuldades para invadir a área alvinegra. Aos 25 o Corinthians ampliou com Pedro Raul, aproveitando bom cruzamento de Wesley. Parecia que a equipe comandada por António Oliveira teria vida fácil, mas aos 43 o cenário mudou. Rodrigo Garro se desentendeu com Hélder antes de cobrança de escanteio, foi empurrado e, mesmo sem ter reagido, acabou levando o segundo cartão amarelo. A expulsão revoltou os jogadores alvinegros, mas não houve quem convencesse o árbitro Bráulio da Silva Machado. Com um a mais, o Tigre criou a melhor oportunidade aos 47, quando Silvinho recebeu cruzamento rasteiro e chutou de primeira. Cássio fez grande defesa.
Resumo do segundo tempo
Logo aos seis minutos, Hélder (que esteve envolvido na expulsão de Garro) também recebeu cartão vermelho. O árbitro apontou que ele parou contra-ataque do Corinthians utilizando o braço. Com 10 contra 10, os visitantes conseguiram reter mais a bola e também criar perigo ao São Bernardo. Aos 31, Yuri Alberto marcou o terceiro, aproveitando vacilo da marcação, mas o gol foi anulado por impedimento. O São Bernardo chegou a criar lances de perigo, mas esbarrou no goleiro Cássio. A partida sofreu paralisações por conta de sinalizadores e, em uma delas, António Oliveira acabou expulso por reclamação.
Próximos jogos
As duas equipes só voltarão a fazer jogos oficiais em abril, já que estão fora da fase final do Paulistão. O São Bernardo estreia na Série C contra o Náutico. Já o Timão encara o Atlético-MG na primeira rodada do Brasileirão.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai ao Rio Grande do Sul nesta sexta-feira (15) pela primeira vez após as fortes chuvas que atingem o estado desde setembro do ano passado. A previsão é de que ele visite Porto Alegre e Lajeado, a cerca de 115 km da capital, e faça um balanço das ações do governo para ajudar os municípios atingidos pelas enchentes.
Parte do Rio Grande do Sul esteve nessa quinta-feira (14) sob alerta laranja do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) para tempestades, com risco de corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores, ventos fortes e alagamentos.
Até novembro do ano passado, mais de 31 mil pessoas tinham sido afetadas, com 399 gaúchos desabrigados e 1.665 desalojados.
Dias depois do início das enchentes, quando um ciclone extra tropical atingiu o estado, o vice-presidente Geraldo Alckmin foi ao Rio Grande do Sul e anunciou R$ 741 milhões aos municípios afetados. À época, Lula estava na cúpula do G20, na Índia.
Em janeiro deste ano, o governo federal, por meio do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, reconheceu a situação de emergência em Porto Alegre, depois de a capital ser atingida por fortes chuvas. Com a medida, as autoridades locais podem solicitar recursos federais para ações de defesa civil.
Novo PAC
Lula também deve anunciar os investimentos do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no estado, que podem chegar a R$ 75,6 bilhões.
O Rio Grande do Sul deve receber 354 obras nas áreas de saúde, educação, esporte e cultura por meio do Novo PAC. O governo estima que os empreendimentos vão alcançar 8,6 milhões de gaúchos — 79% da população local.
R7
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Em depoimento à Polícia Federal, o ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes afirmou que, em reunião com os então comandantes das Forças Armadas, com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi apresentada uma minuta do golpe com o mesmo teor da encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. O depoimento ocorreu no dia 1º deste mês, e a RECORD teve acesso ao conteúdo nesta quinta-feira (14).
Segundo Freire Gomes, o documento determinava "estado de defesa" e instituía uma "comissão de regularidade eleitoral".
O general afirmou também que ele e o brigadeiro Baptista Júnior se posicionaram contra as medidas da minuta de decreto que impediria a posse do presidente-eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Freire Gomes teria afirmado que não havia suporte jurídico para qualquer atitude e que acreditava que o almirante Almir Garnier teria se colocado "à disposição".
De acordo com uma fonte ouvida pela RECORD, durante o depoimento, a PF apresentou a Freire Gomes a minuta encontrada na casa de Torres e perguntou ao general se era o mesmo documento apresentado na reunião de 7 de dezembro no Palácio da Alvorada. Freire Gomes teria confirmado que o mesmo conteúdo foi exposto a ele naquela e em outras reuniões, inclusive, na presença de Bolsonaro.
Segundo Freire Gomes, as reuniões eram, "geralmente", entre os comandantes das Forças Armadas, Paulo Sérgio Nogueira e o ex-presidente Jair Bolsonaro, mas, quando questionado sobre a participação de Torres, o general afirmou que o ex-ministro da Justiça participou algumas vezes para dar explicações jurídicas.
Segundo o general, Torres estava incumbido de prestar suporte jurídico para as medidas descritas na minuta, mas que o Exército sempre deixou claro que não atuaria nessas situações.
Freire Gomes teria ressaltado ainda que deixou claro tanto para Bolsonaro quanto para o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, que o Exército não aceitaria qualquer ato de ruptura institucional.
O então comandante do Exército disse em seu depoimento que o brigadeiro Baptista Júnior também se posicionou contrário a qualquer medida que pudesse resultar em ruptura institucional.
R7
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O Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu nesta quarta-feira (13) que alguns dos benefícios concedidos pelo governo Bolsonaro em 2022 desrespeitaram a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) daquele ano.
Por conta disso, o TCU decidiu encaminhar os documentos do processo e a decisão à Procuradoria-Geral da União (PGR) para que tome as medidas que julgar necessárias, diante de “indícios de vícios no processo legislativo”.
Segundo a Corte de Contas, o governo renunciou a uma receita de R$ 202,2 bilhões para o período de 2022 a 2025 em impostos cobrados ao conceder benefícios fiscais em 2022, durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Para comparação, as renúncias fiscais de 2021 representariam renúncia de R$ 54 bilhões de 2021 a 2024. Ou seja, em relação a 2021, houve um aumento de 274% nas renúncias fiscais.
Os dados constam em relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), que avaliou a conformidade das renúncias do governo em 2022.
Renúncias fiscais
Ao todo, o TCU analisou 35 leis, decretos, medidas provisórias e portarias que estabelecem renúncia por parte do governo federal no recolhimento de impostos, das quais 25 deveriam observar regras legais e constitucionais.
Segundo o TCU, uma parcela dessas medidas partiu do Congresso Nacional, que persiste em “propor e aprovar projeto de lei ou de emendas a medida provisória, sem demonstração do atendimento de todos os requisitos exigidos para concessão ou ampliação do benefício tributário”, diz o relatório.
A área técnica da Corte também destaca “a inobservância, por parte do Poder Executivo, dessas exigências constitucionais e legais na elaboração de legislações para criação ou prorrogação de renúncias tributárias durante o exercício de 2022”.
Responsabilidade fiscal
Segundo o TCU, as medidas analisadas desrespeitaram a legislação sobre responsabilidade fiscal, como o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Segundo a LRF, quando o governo conceder ou ampliar um incentivo ou benefício que implique perda de receita com tributos, o ato deve estar acompanhado de estimativa de impacto orçamentário.
O governo deve obedecer a pelo menos uma das seguintes condições:
O TCU observou que houve descumprimento de normas fiscais em 13 dessas medidas:
g1
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O ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse nesta quinta-feira (14) que cabe ao governo brasileiro o diálogo em relação às eleições presidenciais na Venezuela– marcadas para o dia 28 de julho, dia do aniversário do ex-presidente Hugo Chávez.
A declaração foi dada durante a participação do ministro em uma audiência pública da Comissão de Relações Exteriores do Senado.
“Eu creio que não podemos fazer outra coisa a não ser o diálogo, nós temos dialogado intensamente, não é de agora, eu fui ministro das relações exteriores da presidente Dilma Rousseff”, afirmou Mauro Vieira.
Nas eleições venezuelanas, o atual presidente venezuelano, Nicolás Maduro, sucessor político de Chávez, vai concorrer à reeleição. O Supremo Tribunal de Justiça, alinhado a Maduro, inabilitou uma eventual candidatura de María Corina Machado, que hoje é a principal política de oposição no país caribenho. Agora, a oposição terá de indicar um novo nome.
Este mês, o presidente Lula comentou sobre as eleições na Venezuela, na ocasião, ele disse que, em 2018, quando foi impedido de disputar as eleições presidenciais pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), "não ficou chorando" e indicou outro candidato, Fernando Haddad.
O presidente disse ainda que esperava que as eleições da Venezuela fossem “as mais democráticas possíveis”. Nesta quinta, Mauro Vieira reforçou esta posição do governo.
“O que nós queremos e nos preocupa muito é apoiar para que haja a realização de eleições justas, transparentes e abertas, aceitas por todos”, afirmou o ministro.
Lula e Israel
Durante a audiência pública, Mauro Vieira também afirmou que a posição de Lula sobre o conflito na Faixa de Gaza vem de uma “profunda indignação”.
Em fevereiro, o presidente Lula comparou a guerra entre Israel e Hamas ao Holocausto promovido por Adolf Hitler contra milhões de judeus. No mesmo mês, o presidente foi declarado Persona non grata pelo governo do país.
“É nesse contexto de profunda indignação que se inserem declarações do presidente Lula, são palavras que expressam a sinceridade de sinceridade de quem busca preservar e valorizar o valor supremo que é a vida humana”, afirmou.
Vieira disse ainda que lamentava a forma como o presidente Lula foi tratado pela chancelaria de Israel.
“Lamento que a chancelaria de Israel tenha se dirigido de forma desrespeitosa a um chefe de estado de um país amigo, o presidente Lula. Por sinal, foi o primeiro chefe de estado do Brasil a visitar Israel em março de 2010, em visita oficial”, afirmou.
Viagem à Palestina
Em comunicado divulgado nesta quinta-feira, o Ministério das Relações Exteriores informou que Mauro Vieira fará uma viagem à Palestina nos próximos dias. O roteiro, de 15 a 20 de março, também inclui passagens por outros três países: Jordânia, Líbano e Arábia Saudita.
A viagem a Ramala acontece no contexto da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas - que controla a Faixa de Gaza - e em meio às críticas por parte do presidente Lula de que o governo de Benjamin Netanyahu tem cometido “genocídio" contra a população palestina que vive em Gaza. Declarações que, entre outras, levaram o presidente a ser declarado "persona non grata"em Isarel.
“[Mauro Vieira] tratará de questões regionais de relevância e interesse mútuo, em particular o conflito e a aguda crise humanitária que atingem a Faixa de Gaza e sua população, bem como as perspectivas para estabelecimento de um cessar-fogo e eventual retomada de negociações voltadas a alcançar paz duradoura para o Oriente Médio”, informou o governo brasileiro.
Durante a presidência brasileira do Conselho de Segurança da ONU, em outubro do ano passado, o país tentou aprovar resoluções que levassem a um cessar-fogo na região e também à manutenção de corredores humanitários para saída de civis.
Os textos, contudo, acabaram rejeitados. Os Estados Unidos, por exemplo, rejeitaram propostas que, em sua visão, não condenavam explicitamente o Hamas ou não deixavam claro o direito de Israel reagir ao ataque.
“[Na viagem, Mauro Vieira] reiterará ainda o compromisso brasileiro com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e em segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas”, informou o Ministério das Relações Exteriores.
Conforme o Itamaraty, Mauro Vieira também abordará na viagem ao Oriente Médio temas como cooperação técnica, comércio e investimentos.
g1
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Em um desafio ao presidente da Argentina, Javier Milei, o Senado da Argentina começou nesta quinta-feira (14) a debater o Decreto de Necessidade e Urgência (DNU ou “decretaço”), uma medida provisória com mais de 600 artigos e diversas reformas econômicas que flexibiliza o mercado de trabalho e abre caminho a privatizações (leia mais abaixo).
A previsão é que a votação aconteça também nesta quinta.
Milei era contra a votação do "decretaço" no Senado nesta quinta. Isso porque o decreto vigorará até que seja votado no Legislativo, e avaliação do governo é que os senadores não o aprovarão. Por isso, o presidente queria prolongar ao máximo o início da votação da medida provisória.
No entanto, a vice de Milei, Victoria Villaruel, que também é presidente do Senado, ignorou os apelos do presidente argentino e colocou a votação em pauta, aumentando as tensões entre os dois.
Na quarta-feira (14), em uma publicação na rede social X, sem citar o nome da vice, o gabinete da Presidência divulgou um comunicado com diversas indiretas à Villarruel:
"Alguns setores da classe política pretendem avançar com uma agenda própria e não consultada" e agradece aos legisladores "que não se prestam ao jogo perverso daqueles que deliberadamente entorpecem o desenvolvimento da nação", disse a nota do governo.
Na Argentina, o vice-presidente concorre na mesma chapa do presidente, como no Brasil, mas lá, uma vez eleito, também assume a função de presidente do Senado. Por isso, Villarruel tem um papel importante na articulação política das votações no Congresso.
Nesta quinta, o porta-voz da presidência, Manuel Ardoni, negou que o comunicado tenha sido uma indireta à vice-presidente. "O comunicado é muito firme, mas é dirigido à toda a classe política. Desconhecemos porque se fez uma leitura errada como uma mensagem à vice-presidente da nação", declarou.
A estratégia de Milei era tentar negociar com os governadores, que têm poder para influenciar os legisladores, antes de colocar a medida em votação.
Os senadores de oposição estavam pressionando a Casa para colocar o “decretaço” em discussão. Villarruel, a vice, até tentou prorrogar discutir a medida por uma semana, mas ela não conseguiu e a sessão ficou marcada para estar quarta-feira (14), às 11h de Buenos Aires (é o mesmo horário de Brasília).
Na noite de quarta-feira, quando se soube que o “decretaço” será pauta do Senado, o governo divulgou uma nota na rede social X (Twitter) com recados para Villarruel.
Apesar de o texto não citar o nome dela, há duas citações indiretas:
Entenda o decretaço
Em 20 de dezembro, poucos dias depois de assumir o cargo de presidente, Milei anunciou o Decreto de Necessidade e Urgência (DNU), que viabiliza a desregulação econômica do país.
O texto modifica ou revoga mais de 350 normas e está em vigor, embora possa ser derrubado pelo Congresso.
Entre outros pontos, o "decretaço":
Uma parte do "decretaço" que altera normas do direito do trabalho foi derrubada na Justiça. Houve diversas decisões de primeira instância e pelo menos uma de segunda instância que determinavam que o governo não poderia alterar regras trabalhistas no país sem uma lei aprovada pelo Legislativo.
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O Kremlin disse nesta quinta-feira (14) que os comentários sobre armas nucleares feitos pelo presidente russo, Vladimir Putin, em uma entrevista à mídia estatal não constituíram uma ameaça de usá-las e acusou os Estados Unidos de deliberadamente tirar as falas de Putin de contexto.
Como detém o controle total da política russa, Putin deve ser reeleito neste fim de semana para mais seis anos de mandato. Ele exerce as funções de primeiro-ministro e presidente desde 1999 e, com a vitória no pleito, deverá completar mais de 30 anos no poder.
Putin afirmou na entrevista publicada na quarta-feira que a Rússia estava tecnicamente pronta para uma guerra nuclear e que se os EUA enviassem tropas para a Ucrânia, isso seria considerado uma escalada significativa do conflito.
Ao falar sobre as palavras de Putin, a porta-voz da Casa Branca Karine Jean-Pierre disse aos repórteres que Washington entendeu que o líder russo estava reafirmando a doutrina nuclear de Moscou, mas acusou a Rússia de usar uma retórica nuclear "imprudente e irresponsável" durante o conflito na Ucrânia.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, declarou nesta quinta que Putin estava apenas respondendo às perguntas de um jornalista sobre o assunto e reafirmando as circunstâncias já bem conhecidas nas quais a Rússia seria teoricamente forçada a usar armas nucleares.
Peskov também chamou a atenção para o fato de que Putin disse na mesma entrevista que a ideia de usar armas nucleares táticas na Ucrânia nunca havia passado pela sua cabeça.
Questionado sobre os comentários da Casa Branca, Peskov disse: "Isso foi deliberadamente tirar algo do contexto. Putin não fez nenhuma ameaça sobre o uso de armas nucleares nessa entrevista. O presidente estava apenas falando sobre os motivos que poderiam tornar inevitável o uso de armas nucleares."
"Esses são os motivos declarados em nossos documentos relevantes, que são bem conhecidos em todo o mundo. Além disso, todos no Ocidente deixaram de notar deliberadamente suas palavras de que nunca lhe ocorreu usar armas nucleares táticas (na Ucrânia), apesar das várias situações que se desenvolveram durante os combates."
"Isso é uma distorção deliberada do contexto e uma falta de vontade de ouvir o presidente Putin", completou.
Reuters
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O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, foi fotografado dirigindo um tanque de guerra durante uma demonstração militar. A imagem foi divulgada pela mídia estatal norte-coreana nesta quarta-feira (13).
Segundo a Coreia do Norte, o veículo dirigido por Kim é o mais novo tanque de guerra desenvolvido pelo país. O líder norte-coreano disse que o veículo demonstrou poder de performance com sucesso.
Para testar o novo tanque, o Exército da Coreia do Norte fez uma simulação de batalha. Dezenas de militares participaram do exercício. O evento também contou com a presença de autoridades norte-coreanas.
A desmonstração de um novo tanque de guerra da Coreia do Norte coincide com a realização de exercícios militares conjuntos da Coreia do Sul e dos Estados Unidos.
A relação entre as duas Coreias vem se deteriorando nos últimos meses, com ambos os países condenando testes e exercícios militares.
Em fevereiro, a Coreia do Norte anulou todos os acordos de cooperação econômica que tinha com a Coreia do Sul. Em novembro de 2023, os dois países também romperam acordos militares.
Recentemente, o governo da Coreia do Norte declarou o vizinho do sul como seu principal inimigo. Além disso, Kim Jong-un pediu ao país para acelerar os preparativos de guerra.
g1
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A inflação no mês de fevereiro acelerou para todas as faixas de renda. As famílias de renda média alta foram as que mais sentiram a alta nos preços, que afetou as mensalidades escolares e o preço dos combustíveis.
Os dados estão no Indicador Ipea de Inflação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.
De janeiro para fevereiro, a inflação no segmento de rnédia alta subiu 0,88% – a maior alta no período. Já a menor inflação para o período, de 0,78%, foi registrada na classe de renda muito baixa, impactada pelo aumento dos alimentos no domicílio e das tarifas de ônibus urbano e de integração.
No acumulado em 12 meses até fevereiro, enquanto as famílias de renda muito baixa tiveram a menor taxa de inflação (3,56%), a faixa de renda alta registrou a taxa mais elevada (5,44%).
Em fevereiro, pelo terceiro mês consecutivo, o principal impacto para as classes com rendas mais baixas veio do grupo alimentos e bebidas, refletindo a alta nos preços de alimentos no domicílio, especialmente em itens importantes da cesta de consumo, como arroz (3,7%), feijão (5,1%), batata (6,8%), cenoura (9,1%), ovos (2,4%) e leite (3,5%). Em menor intensidade, o grupo transporte também impactou a inflação dos segmentos de menor renda, repercutindo os reajustes das passagens de ônibus urbano (1,9%) e do transporte público por integração (9,4%).
Já para as classes de renda média, média alta e alta, o foco de pressão inflacionária em fevereiro, veio do grupo educação, influenciado pelo aumento de 6,1% das mensalidades escolares. No caso dos transportes, embora os reajustes da gasolina (2,9%) e do etanol (4,5%) também tenham contribuído positivamente para a inflação das famílias dos estratos mais elevados de renda, em fevereiro, a queda de 10,7% das passagens aéreas gerou um forte alívio sobre a inflação nesta faixa.
Agência Brasil
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O governo federal espera uma queda em torno de 20% no preço do arroz nas próximas semanas. Nesta quinta-feira (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve reunião com ministros para tratar da alta dos preços dos alimentos aos consumidores no fim de 2023 e início deste ano.
Entre novembro e janeiro, o grupo de alimentação e bebidas foi o que mais pesou no cálculo da inflação, no bolso dos brasileiros. As questões climáticas, como as altas temperaturas e o maior volume de chuvas em diferentes regiões do país influenciaram a produção dos alimentos e, consequentemente, os preços.
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, reforçou que foi um aumento sazonal. “É uma preocupação do presidente que a comida chegue barata na mesa do povo brasileiro. Todas as evidências é que já baixou. Teve uma diminuição de preço ao produtor e terá uma diminuição ainda maior de preços ao produtor”, disse.
Segundo o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, o governo espera que a baixa de preços seja repassada na mesma medida para os consumidores pelas empresas atacadistas, que fazem a distribuição ao consumidor. No caso do arroz, isso deve acontecer na virada do mês de março para abril, à medida que haja reposição de estoques a preços menores.
“O Rio Grande do Sul produz praticamente 85% do arroz consumido no Brasil e tivemos enchentes no Rio Grande do Sul exatamente nas áreas produtoras, o que deu certa instabilidade. O fato é que estamos com a colheita em torno de 10% no Rio Grande do Sul e os preços aos produtores já desceram de R$ 120 para em torno de R$ 100 a saca. O que esperamos é que se transfira essa baixa dos preços, os atacadistas abaixem também na gôndola do supermercado, que é onde as pessoas compram”, disse.
“A gente espera, então, que com o caminhar da colheita, que chegamos a 50% e 60% nos próximos dias, da colheita de arroz, esse preço ainda ceda um pouco mais”, acrescentou Fávaro.
Plano safra 2024/25
Os ministros também discutiram com o presidente Lula as mudanças que serão feitas no próximo plano safra para incentivar a produção de alimentos e redução de preços, em especial de arroz, feijão, milho, trigo e mandioca.
Segundo o ministro Carlos Fávaro, houve uma quebra na produção de feijão de cerca de 3,5%, mas que deve ser recuperada com o terceiro ciclo de plantio, que está acontecendo agora. O trigo também é uma preocupação pois há um aumento da produção de cevada em substituição ao trigo, principalmente no Paraná, com a instalação de grandes indústrias cervejeiras.
“É bom a diversificação, mas a gente vai tomar medidas para que haja um incentivo da produção de arroz, feijão, trigo, milho e mandioca”, disse.
Fávaro citou, como exemplo, a desconcentração das regiões produtoras. “O incremento de área plantada, em segunda safra, de arroz em Mato Grosso, no Centro-Oeste é algo muito significativo, algo em torno de 20%”, contou. “O Brasil é quase autossuficiente [na produção de arroz], só que isso é concentrado no Sul do país. Então, quando a gente estimula o plantio de segunda a safra do Centro-Oeste, do Matopiba [região produtora entre os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia], estamos incentivando a ter arroz perto desses centros consumidores”, explicou.
Medidas de facilitação de crédito, formação de estoques públicos e política de preço mínimo também devem fazer parte do arcabouço para a redução dos preços dos alimentos, bem como para aumento da renda dos produtores. O ministro explicou que objetivo é estimular principalmente a agricultura familiar, com a atuação fundamental da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
“Se com essas medidas estruturantes os preços não baixaram nós podemos tomar outras medidas governamentais que serão estudadas pela equipe econômica”, acrescentou Fávaro, explicando que, assim como os agricultores familiares, os grandes produtores do agronegócio também serão atendidos.
“A agricultura empresarial exportadora, por mais que os preços de soja e milho estejam achatados, mas a gente consegue e somos muito competitivos, é outra linha de medidas. E aí, vamos anunciar nos próximos dias, inclusive para essa dificuldade momentânea de renda desse setor”, disse.
Segundo Fávaro, na próxima semana, o presidente Lula vai receber representantes de, pelo menos, quatro setores do agronegócio - fruticultura, cafeicultura, algodão e pecuária.
Além de Teixeira e Fávaro, participaram da reunião os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Fazenda, Fernando Haddad, além do presidente da Conab, Edegar Pretto.
Agência Brasil
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