O setor público consolidado fechou o mês de março com um superávit de R$ 1,2 bilhão, informou nesta segunda-feira (6) o Banco Central (BC). No mesmo mês do ano passado, as contas públicas registraram um déficit de R$ 14,2 bilhões. Em 12 meses, o setor público consolidado, que engloba governo federal, os estados, municípios e as empresas estatais, acumula déficit de R$ 252,9 bilhões, o equivalente a 2,29% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos no país) e 0,15 ponto percentual (p.p) inferior ao déficit acumulado até fevereiro.
Segundo o BC, o Governo Central, que reúne o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central, registrou um déficit de R$ 1,9 bilhão e as empresas estatais um déficit de R$ 343 milhões. Já os governos regionais registraram superávit de R$ 3,4 bilhões.
Em março, os juros nominais do setor público não financeiro consolidado, apropriados por competência, somaram R$ 64,2 bilhões em março, ante os R$ 65,3 bilhões registrados em março de 2023.
No acumulado em 12 meses, até março deste ano, os juros nominais alcançaram R$ 745,7 bilhões, ficando em 6,76% do PIB, comparativamente a R$ 693,6 bilhões (6,71% do PIB) nos 12 meses até março de 2023.
O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$ 63 bilhões em março. No acumulado em 12 meses, o déficit nominal alcançou R$ 998,6 bilhões (9,06% do PIB), ante déficit nominal de R$ 1.015,1 bilhão (9,24% do PIB) em fevereiro deste ano.
O BC informou ainda que a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) fechou o mês de março em 61,1% do PIB (R$ 6,7 trilhões), um aumento de 0,2 p.p do PIB no mês.
“Esse resultado refletiu os impactos dos juros nominais apropriados [aumento de 0,6 p.p.], do efeito do ajuste de paridade da dívida externa líquida [redução de 0,1 p.p.], e da variação do PIB nominal [redução de 0,2 p.p.]”, disse o BC.
No ano, a DLSP também cresceu 0,2 p.p. do PIB, em função dos impactos dos juros nominais que registraram um aumento de 1,9 p.p do superávit primário acumulado, que teve redução de 0,5 p.p do efeito do crescimento do PIB nominal, que apresentou redução de 0,9 p.p e do efeito da desvalorização cambial de 3,2% acumulada no ano, com uma redução de 0,4 p.p.
Já a Dívida Bruta do Governo Central (DBGG), que compreende Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais, atingiu, em março, 75,7% do PIB, ficando em R$ 8,3 trilhões. O resultado representa um aumento de 0,2 ponto percentual do PIB em relação ao mês anterior.
Essa evolução no mês decorreu do efeito dos juros nominais apropriados (aumento de 0,6 p.p.), do resgate líquido de dívida (redução de 0,2 p.p.), e da variação do PIB nominal (redução de 0,2 p.p.). No ano, o aumento de 1,3 p.p. do PIB decorre principalmente da incorporação de juros nominais (aumento de 1,9 p.p.), da emissão líquida de dívida (aumento de 0,3 p.p.), e do crescimento do PIB nominal (redução de 1,2 p.p.).
Agência Brasil
Portal Santo André em Foco
O Exército de Israel pediu nesta segunda-feira (6) que palestinos comecem a deixar Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, onde pretende fazer uma incursão por terra. Também nesta segunda, o Hamas afirmou que tropas israelenses fizeram os primeiros bombardeios no leste da cidade, considerada o último refúgio de moradores do território palestino.
Por meio de um comunicado nas redes sociais, Israel pediu que os moradores deixem a região leste de Rafah com destino a Al-Mawasi, uma cidade vizinha, também na Faixa de Gaza, onde Israel disse ter criado uma zona humanitária com hospitais de campanha, tendas, alimentos e água.
O governo local, controlado pelo Hamas, afirmou que as tropas israelenses fizeram nesta segunda-feira os primeiros bombardeios à cidade, na parte leste. Israel não havia se manifestado até a última atualização desta reportagem.
Há semanas, as Forças Armadas de Israel vêm preparando a entrada em Rafah, onde Israel alega que o Hamas tem seu último reduto dentro da Faixa de Gaza. No entanto, a cidade, na fronteira com o Egito, é também considerada o último refúgio para palestinos que fugiram de suas cidades no norte, no centro e até no sul do país ao longo da guerra.
Atualmente, cerca de 1,5 milhão de palestinos, mais da metade da população total da Faixa de Gaza, estão na cidade.
A comunidade internacional vem pressionando fortemente Israel para que abandone a ideia de entrar em Rafah. Na semana passada, no entanto, o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, reiterou sua intenção de fazer operações na cidade.
As Forças de Defesa de Israel alegaram que a evacuação que pediram nesta segunda tem “escopo limitado”. A ideia, segundo o Exército israelense, é que 100 mil pessoas localizadas no leste se desloquem.
Segundo o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, a ação militar no local é necessária devido à recusa do Hamas em libertar reféns como parte das propostas para um cessar-fogo em Gaza.
O anúncio ocorre em meio a negociações de cessar-fogo. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse na última terça-feira (30) que o Exército de Israel entraria em Rafah “com ou sem acordo” na Faixa de Gaza.
Há semanas, Netanyahu anunciou que faria uma incursão por terra em Rafah, a cidade no extremo sul de Gaza para onde cerca de 1,5 milhão de palestinos -- mais da metade da população do território palestino -- fugiu desde o início da guerra.
Os Estados Unidos, a ONU e a comunidade internacional têm pressionado fortemente o governo israelense para que não leve a operação adiante -- há o temor de um massacre, já que a população não tem para onde ir.
A cidade faz fronteira com o Egito, mas os palestinos são proibidos de cruzar o controle fronteiriço.
"A ideia de que a gente pare a guerra antes de alcançar todos os nosso objetivos está fora de questão. Nós entraremos em Rafah e eliminaremos os batalhões do Hamas que estão lá -- com ou sem acordo, para alcançar uma vitória completa", escreveu o premiê em suas redes sociais.
O premiê se referiu à tentativa de um novo acordo entre seu governo e o Hamas. Uma nova rodada de negociações começou na segunda-feira (29) no Cairo, no Egito, com a participação de delegações de Israel, do grupo terrorista, e dos países mediadores -- Catar e Estados Unidos.
A proposta inclui um cessar-fogo em troca da devolução dos cerca de 130 reféns ainda sob poder do Hamas. No entanto, as duas partes ainda discordam sobre a pausa nos bombardeios: o Hamas quer um cessar-fogo permanente que leve ao fim gradual da guerra, enquanto Israel aceita apenas uma trégua temporária nos ataques.
Nesta terça, o comissário-geral da Agência da ONU para os Refugiados (UNRWA, na sigla em inglês), Philippe Lazzarini, disse achar que, caso não haja um acordo ainda nesta semana, a entrada em Rafah pode ocorrer nos próximos dias.
"As pessoas ainda não foram retiradas de Rafah, mas há uma sensação de que, se não houver acordo, isso pode acontecer em qualquer momento", declarou Lazzarini.
g1
Portal Santo André em Foco
O Botafogo-PB venceu o Remo por 1 a 0, neste domingo, dia 5, no Estádio Almeidão. A partida foi válida pela terceira rodada da Série C do Brasileiro. Pipico foi o autor do gol do jogo.
1º tempo
O primeiro tempo foi de um time só. O Botafogo-PB teve volume, lucidez e repertório. Teve muita troca de posições no ataque, os laterais avançando e os meias produzindo. Finalizou várias vezes. Joãozinho perdeu dos gols nos primeiros 15 minutos, na cara do gol. Uma vez chutou errado no canto, na frente do goleiro do Remo, e na outra chance, após bom cruzamento de Edmundo, cabeceou para fora. Edmundo, por sinal, que foi um dos destaques da primeira etapa, criando jogadas e também finalizando. Mas o gol saiu aos 28, após pressão do time na saída de bola do Remo. Thallyson tomou a bola na saída errada do Leão, entrou na área, cruzou para dentro e Pipico bateu forte para o gol, abrindo o placar. O Remo não conseguiu dar trabalho e foi facilmente neutralizado. Enquanto isso, o Belo seguiu atacando e finalizando, mas não aumentou o placar.
2º tempo
A segunda etapa começou sem muita coisa de diferente. O Belo permeneceu atacando e o Leão não conseguia armar jogadas. O principal lance de perigo no segundo tempo, foi quando Edmundo tabelou bem com Dudu, o atacante invadiu a área, tocou para o meio, Pipico encostou na bola, ela ia entrando, mas Bruno Leite tirou o gol sem querer. O Remo fez a primeira finalização em direção ao gol somente nos minutos finais, quando Pedro Victor arriscou de longe e a bola foi nas mãos do goleiro Dalton. Depois de uma etapa final sem grandes chances de gols, o placar terminou em 1 a 0 para o Botafogo-PB.
Agenda
Na quarta rodada da Terceirona, o Botafogo-PB encara o Volta Redonda, no domingo, dia 12, às 19h, no Estádio Raulino de Oliveira. No mesmo dia e horário, o Remo enfrenta o Floresta, no Estádio Baenão.
ge
Portal Santo André em Foco
O Treze recebeu o Sousa na tarde deste domingo (5), no Amigão, em jogo válido pela 2ª rodada da Série D do Brasileiro. O Galo fez valer seu mando de campo e venceu por 2 a 0, com gols de Thiago Alagoano e Jefinho, ambos no segundo tempo. Com a vitória, o Alvinegro se isolou na liderança do Grupo 3, com seis pontos, enquanto o Sousa segue sem vencer, ocupando a 6ª posição, com um ponto conquistado.
PRIMEIRO TEMPO
Um primeiro tempo resumido em equilíbrio. As duas equipes buscavam o ataque, mas sem grandes chances efetivas de gol. Destaque para os sistemas defensivos de Galo e Dinossauro, que fizeram bem seu papel e conseguiram parar as investidas do adversário.
SEGUNDO TEMPO
As emoções ficaram mesmo para o segundo tempo, que começou acelerado, com o Galo tendo pelo menos duas boas chegadas nos primeiros minutos. Mas a bola só balançou mesmo aos 11 minutos, após o passe certeiro de Van para Jefinho, que cabeceou para Thiago Alagoano finalizar de cabeça, abrindo o placar para o Galo.
O segundo gol já veio na reta final, aos 38 minutos, com Jefinho aproveitando friamente o passe recebido dentro da área e só escolhendo o canto para finalizar sem muita dificuldade. Vitória do Alvinegro!
ge
Portal Santo André em Foco
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai participar, nesta segunda-feira (6), de cerimônia de assinatura de convênios entre a Itaipu Binacional, governo do Pará e a prefeitura de Belém. O objetivo é revitalizar a capital paraense para receber a 30º Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em novembro do ano que vem.
A hidrelétrica vai destinar R$ 1,3 bilhão no convênio. O valor disponibilizado será investido em obras de infraestrutura urbana na capital paraense, envolvendo qualificação de vias, aumento da rede de esgotamento sanitário, revitalização do Complexo do Ver-o-Peso, entre outras.
De acordo com o Palácio do Planalto, a cerimônia está prevista para 11h, no Palácio do Planalto, em Brasília. Será a primeira vez que a região amazônica sediará uma COP, o principal evento sobre mudança climática do mundo.
No ano passado, Lula garantiu que o governo federal “não vai medir esforços para ajudar tanto a prefeitura de Belém quanto o governo do estado” na preparação para receber o evento. “Vamos ter que melhorar muito os serviços básicos da cidade para fazer as coisas acontecerem”, destacou na ocasião.
As ações em torno da COP30 estão concentradas na secretaria extraordinária, criada por Lula neste ano com esse objetivo. O órgão está sob o guarda-chuva da Casa Civil e funcionará até junho de 2026. A finalidade é “coordenar, articular, orientar e monitorar” as atividades da União, do governo Pará e da prefeitura de Belém para a realização da conferência junto à ONU.
R7
Portal Santo André em Foco
O ex-presidente Jair Bolsonaro deve ser transferido para Brasília nesta segunda-feira (6), após apresentar um quadro de infecção bacteriana e precisar ser internado em Manaus. A informação foi divulgada pelo filho dele e deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O ex-presidente está em um hospital particular do centro da capital amazonense e não tem previsão de alta médica. No sábado (4), ele passou algumas horas no hospital.
Bolsonaro chegou à capital amazonense na sexta-feira (3), já com dores. Os médicos diagnosticaram um caso de erisipela, a mesma infecção de pele bacteriana que o atingiu em novembro de 2022, depois da derrota nas eleições presidenciais.
No mesmo dia, ao sair do hospital, Bolsonaro falou com jornalistas. “Apareceu um caso de erisipela. Não dormi a noite passada toda. Minha esposa e os médicos não queriam que eu viesse, mas tinha compromisso aqui. Sou meio duro na queda. Então eu vim e fui bem tratado pelos médicos”, disse.
Depois de ser liberado, o ex-presidente ainda participou do encerramento de um encontro do PL Mulher, encabeçado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Mesmo problema de saúde de 2022
Em novembro de 2022, Bolsonaro cancelou agendas pelo mesmo problema. À época, o então vice-presidente, Hamilton Mourão, disse que a doença impedia o então presidente de vestir calças.
Por ser uma infecção bacteriana, a erisipela é tratada com antibióticos. Dependendo da gravidade do quadro, os sinais de melhora começam a aparecer a partir de 48 horas do início da medicação.
R7
Portal Santo André em Foco
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste domingo (5) que não haverá "impedimento da burocracia" para que o poder público adote medidas em nível federal para ajudar a recuperar o estado do Rio Grande do Sul.
"Não haverá impedimento da burocracia para que a gente recupere a grandeza deste estado", disse Lula, que garantiu recursos para reconstrução de rodovias.
Lula deu a declaração ao participar, em Porto Alegre (RS), de apresentação de integrantes do governo federal e do governo estadual das ações já adotadas na região. O estado enfrenta uma tragédia sem precedentes, causada pelas fortes chuvas.
A fala foi feita após o grupo político sobrevoar as áreas afetas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
Pouco antes da declaração de Lula, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu que o Congresso Nacional discuta alguma medida "totalmente extraordinária", e o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Edson Fachin, falou na possibilidade de se adotar um regime jurídico "especial" e "transitório" em razão da tragédia.
"A gente deve muito ao Rio Grande do Sul sob todos os aspectos. Queria dizer ao povo gaúcho: o que estamos fazendo é dando ao Rio Grande do Sul aquilo que ele merece. Se ele sempre ajudou o Brasil, eu acho que está na hora de o Brasil ajudar o Rio Grande do Sul", afirmou Lula.
"Eu estou muito satisfeito com a presença do Lira, do Pacheco, do Fachin, do Bruno Dantas. Eu queria ouvir deles o que eles falaram. Ou seja, não haverá impedimento da burocracia para que a gente recupere a grandiosidade desse estado. Pode ficar certo disso. Isto que está sendo falado, está sendo gravado", acrescentou o presidente.
Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Edson Fachin, integraram a comitiva do governo federal, além de outros ministros do governo.
Lula desembarcou na base aérea de Canoas e, de helicóptero, sobrevoou áreas afetadas pela cheia do Guaíba em Porto Alegre e região metropolitana. Em seguida, na capital, comandou uma reunião com autoridades do governo gaúcho e prefeitos.
O presidente, que faz a segunda viagem ao estado desde o começo das enxurradas, levou uma comitiva dos três poderes até o Rio Grande do Sul. O estado registra até o momento 75 mortes.
Cobrança aos ministros
Na reunião, que contou com a presença de ministros do governo, Lula cobrou ações para socorrer o Rio Grande do Sul. Para a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, Lula pediu um plano de prevenção para evitar "desgraças" climáticas.
"A Marina, que está compromissada a me apresentar um plano de prevenção de acidentes climáticos, ou seja, é preciso que a gente pare de correr atrás da desgraça, é preciso que a gente, sabe, seja com antecedência o que pode acontecer de desgraça para a gente", acrescentou o petista.
Para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente pediu uma alternativa para renegociação da dívida dos estados a fim de ajudá-los a ter poder de investimentos.
"O companheiro Fernando Haddad, ele é muito sensível pelas causas das dívidas dos estados e eu espero que ele faça um acordo previamente com os estados, porque não adianta também os estados não terem nenhuma capacidade de investimento", ponderou Lula.
Outro ponto muito atingido pela tragédia foram as estradas. Até sexta-feira, pelo menos 48 pontos estavam interditados em função de alagamentos, bueiros que cederam com a pressão da água e até trechos em que blocos de asfalto foram levados pela chuva.
Por isso, o presidente Lula pediu uma atenção maior do ministro dos Transportes, Renan Filho, com a situação das rodovias no estado.
"Eu sei que o estado tem uma situação financeira difícil, sei que tem muitas estradas com problema. Quero dizer que o governo federal através do Ministério dos Transporte vai ajudar vocês a recuperarem as estradas estaduais", afirmou Lula.
Lula fez também disse que o ministro de Cidades, Jáder Filho, deve impedir a reconstrução de casas nos mesmos locais atingidos pelas enchentes desta semana.
"Ele tá aqui pra poder saber que nós temos que reconstruir muitas casas, e na reconstrução das casas, a gente precisa levar em conta com os prefeitos que a gente não pode permitir que as pessoas reconstruam as casas no mesmo local que tinha a casa que caiu. É preciso que as prefeituras, o Estado e a União localizem terrenos de maior tranquilidade para as pessoas poderem reconstruir o seu ninho", afirmou.
Já o ministro da Integração Nacional, Waldez Goés, afirmou que continuam as ações de resgate de pessoas, mas que também são adotadas medidas para reestabelecer serviços nos municípios em que os rios começam a recuar, a exemplo da região do Vale do Taquari.
"Já é hora de a gente trabalhar fortemente um frente em relação á reestabelecimento", disse.
Regime jurídico especial e transitório
Fachin, que representou o STF no encontro, afirmou que não há "duvida" sobre a necessidade de integração entre instituições e apontou a possibilidade de adotar um 'regime jurídico emergencial e transitório para catástrofe ambiental' no Rio Grande do Sul.
O presidente da Câmara, Arthur Lira, afirmou que as 'diferenças política têm que ficar bem de lado, longe de qualquer politização' para auxiliar na recuperação do estado.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, declarou que há necessidade de 'medidas rápidas e urgentes' para socorrer o Rio Grande do Sul.
"Nós estamos numa guerra e, numa guerra de fato, presidente Lula, eu sei que é o seu sentimento, não há limitações, não há restrições legais de tempos comuns. Há necessidade de retirar da prateleira e da mesa a burocracia, as trava e as limitações para que nada falte ao Rio Grande do Sul para a sua reconstrução" disse.
O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, colocou à disposição os técnicos do órgão e afirmou que em "momentos excepcionais devemos também utilizar regras mais flexíveis para que o objetivo final, a proteção dos cidadãos, seja atendido de maneira eficiente e eficaz".
Governador solicita recursos
O governador Eduardo Leite (PSDB) reafirmou que é a 'maior catástrofe climática' do estado e citou a possibilidade de 'desabastecimento' e de 'colapso' em diferentes áreas, já que o aeroporto Salgado Filho está fechado, parte das rodovias estão bloqueadas e milhares de famílias estão sem energia elétrica
"Estamos acompanhando todo o impacto nas cadeias produtivas que vai ter, porque os animais não chegam, o frigorífico foi também atingido, colapsado, isso atinge a vida dos trabalhadores naturalmente, mas tem uma questão de abastecimento também. Então ações vão ter que ser empreendidas nessa área. O impacto na indústria, por insumos que não chegarão, ou as empresas que fornecem e que foram atingidas, paralisações nas plantas industrias, que vão exigir medidas econômicas", declarou o governador.
Leite frisou que as enxurradas afetaram mais de 300 dos 496 municípios do estado, afirmou que será preciso aporte de linhas de créditos e defendeu que a legislação fiscal seja flexibilizada nos moldes do que ocorreu durante a pandemia de Covid-19.
"As autoridades públicas aqui precisam ver e perceber, presidente Lira, presidente Pacheco, [...] a máquina pública está sufocada com essa situação e não vai conseguir dar respostas se nós não endereçarmos ações excepcionais também do ponto de vista fiscal", afirmou.
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), destacou a necessidade de acelerar a chegada de recursos aos municípios, que precisarão reconstruir estruturas destruídas pelas enxurradas. O prefeito lembrou que faltam equipamentos para enfrentar uma tragédia desta dimensão.
"Tá faltando barcos na cidade, tá faltando botes na cidade, tá faltando coletes na cidade, tô falando da cidade minha, mas isso se estende para muitas dezenas de municípios e isso não pode esperar, tem que ser hoje, tem que ser agora", afirmou.
"Mas também temos que se preocupar com suprimento, 70% da cidade está sem água. Os caminhões-pipas estão quase sem diesel, o oxigênio está terminando para o Rio Grande e a nossa cidade também. Precisamos nos concentrar em salvar vidas primeiro", acrescentou Melo.
g1
Portal Santo André em Foco
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobrevoou neste domingo (5) áreas atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
Lula fez o sobrevoo de helicóptero entre Canoas e Porto Alegre acompanhado dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Edson Fachin.
O presidente levou uma comitiva dos três poderes até o estado, que registra 75 mortes após uma semana de chuvas que transbordaram rios e alagaram cidades. Em uma rede social, Lula afirmou que viajou ao estado para 'fortalecer o trabalho de apoio ao povo gaúcho'.
Lula desembarcou em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, por volta das 10h30, acompanhado da primeira-dama, Janja Lula da Silva, de 13 ministros, Lira, Pacheco, Fachin e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.
A comitiva foi recebida pelo governador Eduardo Leite (PSDB) e seguiu para Porto Alegre. No 3º Regimento de Cavalaria do Exército, o presidente participa de reunião com autoridades federais, estaduais e municipais.
Segunda visita de Lula
Lula faz a segunda visita ao Rio Grande do Sul desde o começo das ações de resposta à tragédia provocada pelos temporais. O presidente esteve na quinta-feira (5) em Santa Maria. Na ocasião, Leite declarou que se trata do 'maior desastre climático do estado'.
O governador declarou estado de calamidade, reconhecido pelo governo federal, que instalou uma sala de situação em Brasília e um escritório no Rio Grande do Sul para monitorar as ações.
No momento, o esforço de resgate está concentrado em Porto Alegre e na região metropolitana, nas cidades de Eldorado do Sul, Canoas e Guaíba.
Em Porto Alegre, o Guaíba transbordou e avançou sobre ruas e avenidas. A estação rodoviária da cidade foi inundada e as viagens foram suspensas. Já o Aeroporto Salgado Filho foi fechado "devido ao elevado volume de chuvas".
O nível do Guaíba chegou a 5,3 metros de altura, acima da marca de 4,76 metros registrada ne enchente histórica de 1941.
g1
Portal Santo André em Foco
O Rio Grande do Sul já registra 56 mortes devido às fortes chuvas que atingem o estado desde o início da semana. De acordo com boletim da Defesa Civil, 281 municípios foram afetados deixando 8.296 pessoas em abrigos e 24.666 cidadãos desalojados. O número de desaparecidos chega a 67. Há ainda 74 feridos.
Ainda segundo a Defesa Civil estadual, ao menos 350 mil pontos residenciais e comerciais seguem sem energia elétrica: 296 mil pontos são atendidos pela RGE Sul e 54 mil pontos pela CEEE Equatorial.
As consequências das chuvas também seguem afetando os serviços de telecomunicações em todo o estado, dificultando inclusive os trabalhos de resgate. Clientes da operadora TIM de 63 cidades estão sem acesso à telefonia e internet. Usuários da Vivo de 46 municípios também não conseguem acessar os serviços. Já a Claro enfrenta problemas em 19 localidades.
Para tentar minimizar os problemas de conectividade, no meio da semana, as três operadoras liberaram o roaming entre si. Com isso, os clientes de qualquer uma das três podem acessar, temporariamente, a rede das outras duas companhias, conforme a disponibilidade do sinal.
Resgates
As chuvas que atingem o estado também provocam danos e alterações no tráfego nas rodovias estaduais gaúchas. Até a noite desta sexta-feira (3), ao menos 128 trechos de 68 rodovias estavam total ou parcialmente bloqueados, incluindo estradas e pontes.
Com rodovias bloqueadas e extensas áreas alagadas, muitas comunidades se encontram isoladas e as equipes de socorro enfrentam dificuldades para resgatá-las. Ontem (3), o coordenador da Defesa Civil de Eldorado do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre, estendeu o pedido de ajuda a voluntários que possuam embarcações a motor.
“Estamos em um momento de muita dificuldade para socorrer as pessoas que ainda estão ilhadas em várias partes da cidade”, explicou João Ferreira. “Venho pedir ajuda; [fazer] um pedido de socorro para Eldorado do Sul. Por favor, precisamos de barcos a motor; de botes a motor; de ajuda. Para que possamos retirar as pessoas que estão ilhadas, que estão em cima dos telhados. Precisamos da ajuda daqueles que tiverem condições de vir a Eldorado nos ajudar”, acrescentou o coordenador da Defesa Civil municipal.
Hoje (4), foi a vez da prefeitura de Canoas usar as redes sociais para fazer o mesmo pedido. “A Defesa Civil [municipal] precisa de doações de barcos e voluntários aptos a operá-los. Muitos moradores necessitam com urgência dos resgates”, informou o Executivo local, que também pediu contribuições via PIX (chave, e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.) para as vítimas das enchentes. “Todo o valor arrecadado será usado para fornecer abrigo, alimentos, roupas e outros itens essenciais para as famílias afetadas por esta tragédia”, garantiu.
Evento climático extremo
A chuva não deve dar trégua neste sábado (4). O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) publicou novo alerta de perigo de chuvas intensas para o Rio Grande do Sul e a região sul de Santa Catarina.
De acordo com o órgão, há riscos de alagamentos, descargas elétricas, quedas de galhos de árvores e cortes de energia elétrica. Cerca de 600 municípios podem ser afetados, entre eles, a região metropolitana de Porto Alegre. Em Santa Catarina, devem ser afetadas a Grande Florianópolis, o Vale do Itajaí e as regiões oeste e sul do estado.
Agência Brasil
Portal Santo André em Foco