O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião ministerial para esta sexta-feira (20), em meio à votação das medidas de corte de gastos pelo Congresso Nacional. A expectativa é que os titulares dos 38 ministérios compareçam ao encontro, o último do ano. O ajuste nas contas, enviado pelo governo federal ao Legislativo, prevê economia de R$ 327 bilhões até 2030 e é a aposta da gestão de Lula para manter os gastos públicos dentro das novas regras fiscais.
A reunião com os ministros deve ocorrer no Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência, na hora do almoço. A ideia é que o encontro sirva como momento de confraternização de fim de ano, sem, necessariamente, apresentação de ações das pastas. Será a terceira reunião ministerial com ampla participação do ano.
Nessa quinta (19), a Câmara finalizou a votação de três projetos do pacote fiscal do governo Lula. As propostas foram encaminhadas ao Senado. Na Casa Revisora, a votação se estendeu até quase meia-noite. Mas uma preposição ficou para ser apreciado nesta sexta-feira (20) a partir das 10h.
As duas casas aprovaram o texto-base do projeto de lei complementar que estabelece novos limites de gastos nos casos de resultado negativo nas contas públicas. Nessa proposta também foi incluído o fim do SPVAT (Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito), que ficou conhecido como novo DPVAT.
A PEC do corte de gastos também foi aprovada em dois turnos na Câmara e no Senado. Entre as mudanças previstas na proposta estão novas regras para o abono salarial. O abono funciona como um 14° pago a quem recebe até R$ 2.824, ou seja, dois salários mínimos. Com a proposta, o benefício passará a ser pago para quem ganha até R$ 2.640, sendo corrigido pela inflação a partir dos próximos anos e ficando permanente quando se tornar um salário mínimo e meio. Os dois textos seguem para sanção presidencial.
O projeto que ainda falta ser votado no Senado é o que limita a alta do salário mínimo e impõem novas regras para a concessão do BPC (Benefício de Prestação Continuada). Na Câmara, o PL sofreu alterações e retirou o trecho que impedia que, na mesma família, mais de uma pessoa recebesse o BPC ou outro benefício. Outra mudança foi a retirada da alteração da forma de cálculo do aporte anual da União ao FCDF (Fundo Constitucional do Distrito Federal), trocando a variação da Receita Corrente Líquida da União pelo IPCA.
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, negou que os textos tenham sido “desidratados” na Câmara. “Como médico, posso dizer que não existe nenhum sinal clínico de desidratação do pacote. O que tem é aquilo que o Congresso Nacional tem sempre a liberdade de fazer, que é aprimorar dentro dos parâmetros”, disse a jornalistas.
Lula de volta a Brasília
O presidente Lula voltou a Brasília na quinta-feira (19) após receber o aval da equipe médica que o acompanhou em São Paulo. Ele ficou na capital paulista desde que recebeu alta do hospital no último domingo (15), depois de passar por dois procedimentos na cabeça. A cirurgia foi feita em 10 de dezembro e decorre do acidente doméstico sofrido em 19 de outubro, no Palácio da Alvorada, em Brasília.
De acordo com a equipe médica, o chefe do Executivo vai voltar a realizar exames nos próximos dias e segue com a recomendação de repouso. As atividades presidenciais estão mantidas. “Ele está bem”, disse o cardiologista Roberto Kalil Filho. O chefe do Executivo deve passar o Natal e o Ano Novo na capital federal.
R7
Portal Santo André em Foco
Uma mulher que levou uma coroa de flores para a casa do presidente Lula (PT) em São Paulo foi detida nesta quarta-feira (18) por xingar de macaco um agente da Polícia Federal.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram que a pensionista militar do Exército Maria Cristina de Araújo Rocha, de 76 anos, chegou ao local na tarde desta quinta-feira e tentou deixar a coroa de flores em frente à casa do presidente, que estava no imóvel.
Segundo a CBN, a ação foi inibida pelos agentes de segurança da Presidência, que retiraram o material da calçada, e a impediram de sair do local até que prestasse informações.
Maria, então, volta para o carro e grita para um agente da PF: "eu não vou fugir seu macaco".
A mulher foi detida por injúria racial, que é o ato de ofender alguém em razão de sua cor, raça, etnia ou nacionalidade. A pena é de 2 a 5 anos e multa. O blog ainda não fez contato com a defesa dela.
O carro dela, que tinha cartazes com ataques ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi apreendido para passar por perícia.
Lula estava em São Paulo em razão de uma cirurgia de emergência na cabeça decorrente do tombo no banheiro ocorrido em outubro. O presidente teve alta no domingo (15), mas foi aconselhado a adiar o retorno a Brasília para se recuperar. Ele foi liberado nesta quinta (19) para fazer a viagem.
g1
Portal Santo André em Foco
Foi aprovada a licença ambiental para a obra da Ponte do Futuro, que ligará os municípios de Cabedelo e Lucena. A informação foi divulgada pelo apresentador Clilson Júnior, no programa Arapuan Verdade, nesta quinta-feira (19).
A licença ambiental para a ponte de Cabedelo a Lucena foi aprovada em deliberação do Conselho de Proteção Ambiental (COPAM), vinculado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS).
O COPAM atua na prevenção e controle da poluição e degradação do meio ambiente, visando à proteção, conservação, recuperação e melhoria dos recursos ambientais, analisando todas as licenças concedidas pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente (SUDEMA), sugerindo a manutenção, revogação ou alteração de licenciamentos, através da observância da legislação aplicável.
No último dia 9 de dezembro, o governador João Azevêdo revelou que a Ponte do Futuro, que vai ligar as cidades de Cabedelo, Lucena e Santa Rita, vai estar pronta em 2026. O anúncio foi feito no Programa ‘Conversa com o Governador’, transmitido na Rádio Tabajara.
ClickPB
Portal Santo André em Foco
Quem precisa utilizar a BR-230, na Grande João Pessoa, está enfrentando trânsito intenso na manhã desta quinta-feira (19). Como observou o ClickPB, o trânsito intenso está sendo registrado após a ponte sobre o rio Jaguaribe (km 19) até as imediações do retorno do bairro Renascer, em Cabedelo .
A reportagem observou que o trecho compreende uma distância de 8,6 km. Entre os motivos estão as obras de triplicação que estão ocorrendo no trecho da BR em Cabedelo, ao menos uma colisão e o aumento no fluxo de veículos devido ao fim de semana.
Segundo dados do Google Maps, o tempo médio para trafegar na área está sendo cerca de 25 minutos.
ClickPB
Portal Santo André em Foco
O diretor de Política Monetária e próximo presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, disse nesta quinta-feira (19) não ver um ataque especulativo como justificativa para a alta do dólar nos últimos dias. Segundo o diretor, o termo ataque especulativo não resume corretamente o movimento de alta na moeda americana, que chegou a valer R$ 6,30 esta manhã, mas recuou diante dos leilões de venda de US$ 8 bilhões pelo BC.
Para Galípolo, não é correto tratar o mercado como uma coisa só, um bloco monolítico, e que sempre haverá posições contrárias com alguém vendendo ou comprando ativos.
"Quando o preço de ativo [como o dólar] se mobiliza em uma direção, têm vencedores e perdedores. Ataque especulativo não representa bem como o movimento está acontecendo no mercado hoje", explicou Galípolo durante entrevista coletiva para detalhar o relatório de inflação divulgado nesta quinta-feira.
Na terça-feira (17), circularam em redes sociais informações falsas envolvendo a política monetária. Na rede X, foi identificada uma série de postagens com falsas declarações de Galípolo sobre o BC. As alegações foram desmentidas pelo banco, mas ganharam repercussão em perfis de analistas econômicos, o que acabou impactando na cotação do dólar.
Nesta quinta-feira a Polícia Federal e a Comissão de Valores Mobiliários informaram que vão investigar um possível crime de manipulação contra o mercado de capitais. A investigação vai ocorrer a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU).
Ao explicar a alta do dólar, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que a instituição registrou um movimento atípico na alta do dólar e que a variação no valor da moeda está relacionada a disfuncionalidades sistêmicas.
“A gente entende que o princípio da separação é fundamental, ou seja, que política monetária é para juros, macroprudencial para estabilidade financeira, e que o câmbio é flutuante. Que o Banco Central deve agir no câmbio quando entende que tem algumas disfuncionalidades no fluxo, por alguma operação pontual, saída extraordinária ou fator de mercado”, esclareceu.
Campos Neto disse que a instituição registrou a saída atípica de dólares no fim do ano, que incluiu o pagamento de taxas de dividendos, remessas de pessoas físicas e operações em plataformas e que, diante da constatação, o BC decidiu agir, vendendo dólares.
"Entendemos que começou a ter, através do que a gente vinha levantando com o mercado, uma saída maior, uma saída atípica no fim do ano. A parte de dividendos estava acima da média, e o fluxo financeiro estava bastante negativo”, disse.
Segundo Campos Neto, diante da constatação, o BC trabalhou para identificar o tamanho do fluxo e em fazer uma intervenção fatiada para contrabalancear o movimento de alta.
“A gente fatia esse volume que é razoável para suprir essa liquidez em alguns dias”, explicou. “Hoje fizemos um leilão e a demanda foi muito maior do que esperávamos e decidimos fazer uma outra intervenção e de novo: tendo um volume na cabeça e entendendo que é para fazer fatiado. Não tem nenhum desejo do Banco Central de proteger nenhum nível de cambio”, defendeu.
Campos Neto disse que a decisão de fatiar a intervenção foi tomada com cuidado para evitar uma contaminação na taxa de juros. Ainda de acordo com Campos Neto, o BC segue monitorando o fluxo do dólar, mas a tendência é de arrefecimento na alta do dólar, especialmente na próxima semana, devido à diminuição nas transações em razão das festas de final de ano.
“O Banco Central tem muita reserva e vai atuar se for necessário e a gente entende que nesse fim de ano tem um fluxo atípico muito grande”, disse.
Taxa Selic
Ao comentar a decisão do BC de aumentar a taxa Selic em um ponto percentual e sinalizar que vai manter o ritmo de aumento nas duas próximas reuniões.
Segundo ele, além do aumento recente na taxa de câmbio e da inflação corrente, também foi determinante para decisão a percepção negativa do mercado sobre o pacote de corte de gastos do governo e o cumprimento da meta fiscal.
“A sinalização com essa elevação é um passo importante para mostrar que o Banco Central está comprometido em atingir a meta, que entende que a gente tem uma incerteza maior que a usual e que algumas incertezas se tornaram certezas”, disse.
“No final o nosso objetivo é ganhar o máximo de credibilidade, fazendo com que a gente tenha o máximo de convergência nas expectativas, da forma mais suave possível”, avaliou.
Campos Neto disse ainda que durante o processo de transição da presidência, Galípolo e os novos diretores do banco passaram a ter um peso maior nas decisões do BC, especialmente nas duas últimas reuniões, sendo determinantes para o aumento na Selic.
“Essa foi a tônica das duas últimas reuniões. O peso deles foi sendo cada vez maior que o meu. O que eu quero dizer é que o peso deles foi sendo cada vez maior que o meu, culminando na última reunião. Não entendíamos que isso facilitava a passagem de bastão”, disse.
Recesso
Nesta sexta-feira (20), na prática, será o último dia de Campos Neto à frente do BC, já que a instituição entrará em recesso até o próximo ano. A partir de janeiro, Galípolo já responderá pelo comando do banco.
Galípolo disse que Campos Neto foi “generoso” durante o processo de transição. “Na verdade ela foi uma transição entre amigos, e ele foi muito generoso ao longo desse processo de passagem de bastão, de dar liberdade, de falar: é importante que o Gabriel tenha um peso diferente na fala, nas decisões”, comentou.
Agência Brasil
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O Banco Central admitiu oficialmente que a meta de inflação, em 2024, será descumprida novamente. A informação consta no relatório de inflação do quarto trimestre, divulgado nesta quinta-feira (19).
Isso quer dizer que a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficará acima do teto do sistema de metas neste ano, que é de 4,5%.
Na parcial de janeiro a novembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação somou 4,29%. A projeção do mercado é de que o IPCA some 0,58% em dezembro, segundo pesquisa do BC, levando o indicador do ano fechado acima de 4,5%.
"A probabilidade de a inflação ultrapassar o limite superior do intervalo de tolerância aumentou. A probabilidade estimada, construída a partir dos intervalos de probabilidade, passou de 36% para perto de 100% no caso de 2024", informou o Banco Central.
Na ata do Copom, divulgada nesta semana, o BC já havia indicado o descumprimento da meta ao estimar que a inflação somará 4,9% neste ano.
Considerando os últimos 4 anos, essa será a terceira vez que a meta de inflação será descumprida. O IPCA ficou acima do intervalo das metas em 2021, 2022 e, agora, em 2024. Em 2023, a meta foi cumprida.
Efeitos climáticos, dólar alto e atividade
Entre os fatores que têm pressionado a inflação neste ano, segundo analistas, estão os efeitos climáticos, como secas, que impactaram, por alguns meses, os preços dos alimentos e, também, da energia elétrica — levando ao acionamento das bandeiras tarifárias para reduzir o consumo.
Neste ano, o Brasil enfrentou a pior seca de sua história recente, segundo o Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden).
Outro fator que tem influenciado a inflação nos últimos meses é o dólar alto, que tem avançado por conta de dúvidas do mercado financeiro sobre as contas públicas, ou seja, sobre a capacidade de o governo brasileiro de conter a alta do endividamento.
Embalado pela alta de gastos públicos, o forte ritmo da atividade econômica, que tem surpreendido analistas nos últimos anos e levado o desemprego às mínimas históricas, também tem atuado para pressionar para cima a inflação — principalmente no setor de serviços.
Como funciona o sistema de metas?
O Banco Central é o órgão responsável por conter a inflação. Para isso, se utiliza do principal instrumento: a taxa básica de juros da economia.
O que acontece com o descumprimento?
Com o descumprimento da meta de inflação, o Banco Central terá de escrever e enviar uma carta pública ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando os motivos.
O documento deve trazer a descrição detalhada das causas do descumprimento, as medidas necessárias para assegurar o retorno da inflação aos limites estabelecidos e o prazo esperado para que as medidas produzam efeito.
"Uma nova comunicação será feita somente no caso de a inflação não retornar ao intervalo da meta dentro prazo estipulado ou se o BC julgar necessário atualizar as providências ou o prazo esperado para a volta da inflação ao intervalo de tolerância", diz o BC.
Não há penalidade aos diretores e presidente do BC pelo descumprimento, ou seja, eles não perdem seus cargos.
Meta contínua
E a previsão do mercado financeiro, segundo pesquisa realizada pelo Banco Central na semana passada, é de que a inflação ficará, outra vez, acima do teto admitido pelo sistema de metas também em 2025.
A partir do próximo ano, entretanto, haverá mudança no sistema de metas, que passará a ser "contínua", como ocorre nas principais economias do mundo.
g1
Portal Santo André em Foco
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (19), em 1º turno, o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria novas regras para o abono salarial e prorroga a desvinculação de receitas da União, que libera recursos antes alocados em determinadas áreas.
?Por se tratar de uma sugestão de mudança à Constituição, a PEC ainda precisa ser submetida a um 2º turno de análise, onde são necessários, no mínimo, 308 votos favoráveis.
Antes disso, porém, os deputados ainda votarão os chamados destaques — sugestões de mudança ao texto original. Encerradas as duas etapas, a PEC poderá seguir para análise do Senado.
Após negociações, o relator da PEC, deputado Moses Rodrigues (União-CE), desidratou parte das medidas previstas no texto. Na prática, isso diminui o tamanho do corte de gastos que será obtido (entenda mais abaixo).
O mercado acompanha de perto as movimentações no Congresso. O temor de que a contenção de despesas seja insuficiente tem levado à queda na Bolsa de Valores e à alta na cotação do dólar.
Com plenário esvaziado, foram 344 votos favoráveis a 154 contrários. Ao todo, 503 deputados registraram presença, que foi flexibilizada por Lira na manhã desta quinta, permitindo registro remoto.
A PEC compõe o pacote de ajuste fiscal enviado pelo Ministério da Fazenda ao Congresso para equilibrar as contas públicas e economizar, até 2030, R$ 375 bilhões. Um outro texto, que cria "gatilhos" para frear despesas, já foi aprovado pelos deputados nesta quarta.
A votação da proposta estava prevista para esta quarta (18), mas foi adiada depois de o plenário da Casa aprovar a preferência de votação a uma emenda proposta pelo deputado Moses Rodrigues (União-CE).
A aprovação dessa preferência era uma etapa necessária, uma vez que Lira anexou a PEC, apresentada pelo governo federal, a uma proposta antiga, de 2007.
Com a medida, o texto proposto por Moses, que foi escolhido por Lira como relator da PEC, substituiu a íntegra da proposta de 2007. Por risco de falta de quórum na sessão de ontem, o presidente da Casa passou então a votação para a manhã desta quinta.
Durante a análise na Câmara, Moses Rodrigues desidratou parte das medidas previstas no texto.
A de maior impacto diz respeito a um trecho que muda a contabilidade do percentual de recursos da União injetados no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
A proposta discutida pelo Congresso:
Abono salarial
A proposta restringe, gradativamente, o acesso ao abono salarial — uma espécie de 14º salário pago a trabalhadores de baixa renda.
Para 2025, o texto estabelece que, para ter direito ao benefício, o trabalhador terá de ter recebido dois salários mínimos do ano-base, que será 2023 (equivalente a R$ 2.640).
A partir do ano seguinte, o valor será corrigido pela inflação, enquanto o salário mínimo terá ganho real (acima da inflação, seguindo as regras do arcabouço fiscal).
Com o passar dos anos, o critério de acesso ao abono salarial chegará a 1,5 salário mínimo.
Atualmente, o abono é pago anualmente, no valor de até um salário mínimo, a trabalhadores que:
O Ministério da Fazenda projeta economizar R$ 100 milhões em 2025. Nos próximos anos, a economia subirá para R$ 600 milhões, em 2026; e R$ 2 bilhões em 2027.
Fundeb
O texto aprovado pelos deputados cria uma nova categoria para contabilizar a contribuição da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
O trecho foi o que mais sofreu mudanças do relator Moses Rodrigues, a pedido de lideranças e do setor educacional.
?Originalmente, o governo estimava que as alterações no Fundeb teriam o segundo maior impacto no pacote em 2025: R$ 4,8 bilhões.
As regras atuais estabelecem que, até 2026, a União passará a contribuir com, no mínimo, 23% do total de recursos dos fundos estaduais de fomento à educação.
Os repasses são feitos com base em três critérios e percentuais diferentes — dois que determinam complementação a estados nos quais o valor por aluno está abaixo do mínimo nacional; e um, que beneficia localidades com evolução em indicadores educacionais.
A PEC cria uma quarta categoria de distribuição, que poderá abocanhar até 10% do total de recursos injetados pela União no Fundeb em 2025. Na prática, a mudança reduz a complementação nos critérios já existentes.
O novo critério, que poderá ser criado com a eventual promulgação da PEC, será voltado a incentivar o tempo integral na educação básica pública.
Segundo técnicos, ao colocar recursos para educação em tempo integral no Fundeb, a PEC possibilita que o governo redirecione recursos do orçamento do Ministério da Educação que antes eram destinados para essa finalidade.
A Consultoria de Orçamento do Senado afirma que a "economia efetiva" dessa mudança dependerá da "não utilização do espaço fiscal liberado".
O deputado Moses Rodrigues também alterou o repasse dos recursos injetados por estados e municípios no Fundeb.
Pelo texto, a partir de 2026, um mínimo de 4% do montante deverá ser destinado à criação de vagas de ensino em tempo integral.
Supersalários
A proposta reforça que o Congresso deverá aprovar uma lei para combater supersalários no funcionalismo público.
? A regras tem o objetivo de barrar dribles ao teto de vencimentos no serviço público — fixado em R$ 44 mil neste ano e em R$ 46,3 mil para 2025.
O texto estabelece que verbas indenizatórias terão de ser contabilizadas dentro do limite de salários.
Também determina que eventuais exceções somente poderão ser definidas por meio de uma lei comum, aprovada pelo Congresso, com alcance nacional, e aplicada a todos os Poderes e órgãos autônomos.
A proposta enviada pelo governo havia proposto que as exceções teriam de ser estabelecidas por meio de uma lei complementar — de mais difícil aprovação pelo Congresso.
A estratégia foi adotada para aproveitar um projeto de lei comum sobre o tema que já foi aprovado pela Câmara e aguarda votação no Senado.
Atualmente, a Constituição define que as ressalvas também podem ser decididas por lei comum, sem proibir que outros entes legislem a respeito.
Para atender a pleitos dos servidores, que fizeram campanha contra a medida proposta pelo governo, Moses Rodrigues propôs uma medida para assegurar que beneficiários dos supersalários sigam recebendo os penduricalhos enquanto não for sancionada uma lei com as exceções.
Outros pontos
O texto prorroga, até 2032, a desvinculação de parte das receitas da União. A medida possibilita que o governo use livremente recursos que, antes, deveriam ser obrigatoriamente alocados em determinadas áreas.
A PEC mantém o percentual de desvinculação em 30% da arrecadação de impostos e contribuições sociais. Mas amplia a desvinculação às receitas patrimoniais do governo, que incluem, por exemplo, dividendos, royalties e concessões.
Outro instrumento previsto na PEC prevê que, até 2032, a criação ou prorrogação vinculação constitucional de receitas terá de seguir a regra de crescimento de despesas do arcabouço fiscal — entre 0,6% e 2,5% acima da inflação.
A medida, proposta pelo governo e aprovada pelos deputados, prevê que, por exemplo, mudanças futuras nesses pisos não poderão elevar os gastos acima do limite do arcabouço.
Também está previsto na PEC que:
O texto ainda prevê que o governo poderá limitar subsídios e benefícios financeiros durante a execução orçamentária.
Os deputados decidiram excluir do texto, por 360 votos a 4, um trecho que estabelecia que, para fins de comprovação de renda para acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), somente poderão ser deduzidos valores autorizados por lei — o que, na avaliação do Planalto, reduziria concessões do benefício por meio de ordens judiciais.
Acordo firmado durante a discussão da PEC estabeleceu que todos os pontos relacionados ao BPC serão discutidos no terceiro item do pacote de contenção de gastos de Haddad, um projeto de lei que deve ser votado ainda nesta tarde.
g1
Portal Santo André em Foco
A Rússia acusou a Ucrânia nesta quinta-feira (19) de ter lançado seis mísseis de longo alcance ATACMS, fabricados nos Estados Unidos, e quatro mísseis Storm Shadow, fabricados no Reino Unido, contra a região de Rostov, no sul da Rússia. Segundo nota do Ministério da Defesa russo nesta quinta-feira (19), o ataque teria ocorrido na quarta.
As forças russas derrubaram todos os ATACMS e três dos quatro Storm Shadow, e a Rússia responderá aos ataques, segundo o ministério.
O comunicado da Defesa russa sobre o ataque ucraniano ocorreu no mesmo dia em que o presidente Vladimir Putin fez uma coletiva de imprensa anual em que atualizou os cidadãos sobre questões do país, como a guerra na Ucrânia, respondeu perguntas e renovou ameaças ao Ocidente, com direito a um desafio aos EUA para um "duelo" de mísseis. (Leia mais abaixo)
A Ucrânia começou a disparar esses mísseis ocidentais contra o território russo no mês passado, após obter permissão dos Estados Unidos e do Reino Unido —algo que Moscou afirma tornar esses países partes diretas no conflito.
Em resposta, a Rússia lançou um novo míssil hipersônico chamado Oreshnik contra a cidade ucraniana de Dnipro, em 21 de novembro, o que surpreendeu o mundo porque até o momento do ataque não se sabia do desenvolvimento do armamento.
O presidente Vladimir Putin afirmou que a Rússia está pronta para disparar mais mísseis Oreshnik, inclusive contra "centros de tomada de decisão" em Kiev, se a Ucrânia continuar usando armas dos EUA e do Reino Unido para atingir a Rússia.
Putin tem promovido seu novo míssil como uma arma invencível. Nesta quinta-feira, ele sugeriu a ideia de um "duelo de alta tecnologia", no qual a Rússia dispararia Oreshniks contra defesas aéreas de Kiev, em que a Ucrânia tentaria que os interceptar com sistemas de defesa antimísseis fornecidos pelo Ocidente.
Em resposta, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou em uma coletiva de imprensa nesta quinta: "Vocês acham que ele é uma pessoa sã?"
Zelensky também disse que o país precisa de mais garantias de segurança da Europa e dos EUA para deter Putin.
Coletiva de imprensa anual de Putin
Em sua coletiva de imprensa anual, interpretada como uma forma de demonstração de poder pelas declarações nacionalistas, Putin fez considerações sobre o estado da guerra na Ucrânia e também sobre questões de geopolítica mundial que envolvem a Rússia.
Sobre a guerra, Putin disse que deveria ter invadido a Ucrânia antes e afirmou estar pronto para falar com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, sobre o final do conflito.
g1
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Os rebeldes houthis do Iêmen reivindicaram, nesta quinta-feira (19), a responsabilidade por um ataque com mísseis contra Israel, que foi interceptado e provocou uma resposta do Estado israelense na forma de ataques aos portos e às instalações de energia do país.
"Dois alvos militares israelenses na região de Jaffa [ao sul de Tel Aviv] foram alvejados por dois mísseis balísticos hipersônicos do tipo Palestina 2 e foram atingidos com precisão", disse o porta-voz huthi Yahya al-Saree em pronunciamento.
Mais cedo, as Forças de Defesa israelenses já haviam anunciado que um míssil havia sido interceptado "antes de entrar em território israelense", segundo comunicado.
Poucas horas depois, Israel lançou uma série de ataques aéreos em vários pontos ao longo da costa oeste do Iêmen, a cerca de 1.500 km de distância.
A mídia favorável ao grupo disse que os alvos eram instalações de energia e petróleo e o porto de Hodeida, matando nove pessoas e ferindo várias outras.
Os militares israelenses argumentaram que esses alvos "precisamente visados" foram usados para ações militares dos houthis.
"Depois do Hamas, do Hezbollah e do regime de al Assad na Síria, os huthis são praticamente o braço restante do eixo do mal iraniano. Os houthis estão descobrindo, e continuarão a descobrir da maneira mais difícil, que aqueles que atacam Israel pagarão um preço alto por isso", disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em um comunicado.
Também nesta quinta, os Estados Unidos impuseram sanções ao Irã e entidades relacionados aos Houthis, de acordo com o site do Departamento do Tesouro, que listou uma série de indivíduos, entidades e embarcações que foram alvos.
“Os Estados Unidos estão comprometidos em mirar nas principais fontes de renda do Irã que financiam suas atividades desestabilizadoras”, disse Bradley Smith, subsecretário interino para terrorismo e inteligência financeira, em um comunicado.
Smith disse que o Irã depende de uma “rede obscura de embarcações, empresas e facilitadores para essas atividades. O governo iraniano afirma que seu programa nuclear tem fins pacíficos.
Nos últimos meses, os houthis, que controlam as áreas mais populosas do Iêmen, lançaram vários mísseis contra o território israelense em solidariedade ao movimento islamista palestino Hamas, que está em guerra com Israel na Faixa de Gaza.
Os houthis pertencem ao chamado "Eixo de Resistência", uma rede de organizações simpáticas ao Irã e hostis ao Estado de Israel, que inclui o Hezbollah libanês, o Hamas e o regime sírio deposto de Bashar al Assad.
g1
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O Banco Central (BC) prevê que o volume de crédito bancário crescerá 10,6% neste ano e 9,6% em 2025. As projeções do Relatório de Inflação, publicação trimestral do BC, divulgado nesta quinta-feira (19), são menores em relação ao relatório anterior, quando estavam previstas altas de 11,1% em 2024 e 10,3% no ano que vem.
“A revisão nas projeções considerou, em particular, o cenário de política monetária mais restritiva [alta dos juros] e a reavaliação da trajetória dos financiamentos com recursos direcionados, que prevaleceram sobre as expectativas de maior crescimento da atividade econômica e mercado de trabalho mais aquecido”, explicou o BC.
A principal alteração na projeção do crédito em 2024 foi a redução no crescimento do segmento de pessoas jurídicas com recursos direcionados. O crédito direcionado tem regras definidas pelo governo e é destinado, basicamente, aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.
“O crescimento esperado para essa carteira diminuiu em função da reavaliação do crédito rural e dos empréstimos do Crédito Solidário ao Rio Grande do Sul, que têm evoluído abaixo do previsto anteriormente”, diz o relatório.
Já no crédito livre, a elevação do crescimento esperado no segmento das empresas compensou a diminuição no de pessoas físicas. O crédito livre é aquele em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes.
Em outubro, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos do Sistema Financeiro Nacional (SFN) ficou em R$ 6,3 trilhões, sendo R$ 2,4 trilhões para pessoas jurídicas e R$ 3,9 trilhões para famílias. Já o crédito ampliado ao setor não financeiro - que é o crédito disponível para empresas, famílias e governos, independentemente da fonte (bancário, mercado de título ou dívida externa) - alcançou R$ 17,9 em outubro deste ano: R$ 6,3 trilhões para empresas e R$ 4,2 trilhões para pessoas jurídicas.
2025
A queda na projeção do crédito em 2025 refletiu, principalmente, a diminuição do crescimento do saldo dos empréstimos com recursos livres às famílias. “Os efeitos do aperto da política monetária devem se concentrar no próximo ano, afetando especialmente as operações de crédito livre”, explicou o BC.
A alta recente do dólar e as incertezas em torno da inflação e da economia global fizeram o BC aumentar o ritmo de alta dos juros básicos da economia, a Selic, na última reunião do ano, no dia 11 de dezembro. Ela foi definida em 12,25% ao ano. O órgão informou que elevará a taxa Selic em um ponto percentual nas próximas duas reuniões, em janeiro e março, caso os cenários se confirmem.
Esse foi o terceiro aumento seguido da Selic e a alta consolida um ciclo de contração na política monetária para tentar conter a alta da inflação.
No caso da carteira de crédito livre às empresas foi mantido o crescimento para 2025, porém em patamar inferior ao da carteira de pessoas físicas. No segmento direcionado, as condições de oferta mais restritivas do financiamento imobiliário e o crédito rural mais contido devem afetar tanto as operações com pessoas físicas como as com empresas.
Contas externas
Nas contas externas, a projeção é de um aumento relevante do déficit em transações correntes entre 2023 e 2024 e um acréscimo mais modesto entre 2024 e 2025. As transações correntes são as compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda com outros países.
Entretanto, segundo o BC, o déficit em transações correntes nesses anos deve seguir inferior ao fluxo líquido de investimento direto no país (IDP), que são os recursos externos aplicados no setor produtivo, e costumam ser investimentos de longo prazo. O IDP acumulado em 12 meses totalizou US$ 66 bilhões em outubro de 2024, enquanto o déficit em transações correntes nos 12 meses encerrados naquele mês somou US$ 49,2 bilhões.
A projeção para o déficit em transações correntes em 2024 foi revisada ligeiramente para cima, de US$ 51 bilhões para US$ 54 bilhões. A revisão reflete a expectativa de menor saldo comercial, devido principalmente às maiores importações. Já as projeções para as contas de serviços (viagens internacionais, transporte, aluguel de equipamentos e seguros, entre outros) e renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) ficaram relativamente estáveis.
Já a projeção para o fluxo líquido de IDP foi mantida desde o relatório anterior em US$ 70 bilhões. “A estimativa considera a recuperação ao longo do ano do componente de participação no capital, associado a lucros que são reinvestidos no país”, explicou o BC.
Para 2025, as projeções para as contas externas também sofreram alterações pequenas em relação ao relatório anterior, para US$ 58 bilhões. Segundo o BC, as alterações foram modestas em todas as contas, mas com destaque para as despesas líquidas com juros na conta de renda primária.
“Apesar da perspectiva de redução das taxas de juros nos Estados Unidos da América ao longo do horizonte de projeção em relação ao que vigorou em 2023, o custo médio do estoque de dívida deve aumentar devido à rolagem de empréstimos de longo prazo a taxas de juros mais elevadas do que quando originados”, explicou o Banco Central.
O IDP deve ficar estável em US$ 70 bilhões em 2025. “A boa perspectiva para as exportações e o ritmo da atividade doméstica favorecem os aportes de capital estrangeiro em empresas no país”, prevê o relatório.
Agência Brasil
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