Fevereiro 22, 2025
Arimatea

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A Polícia Federal disse ao STF (Supremo Tribunal Federal) que a suposta venda de joias recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ter custeado despesas dele e da família nos Estados Unidos. O ministro Alexandre de Moraes retirou nesta segunda-feira (8) o sigilo do caso das joias e enviou o processo para a PGR (Procuradoria-Geral da República). Agora, a PGR terá o prazo de 15 dias para pedir mais provas, arquivar o caso ou apresentar denúncia. O R7 entrou em contato com Bolsonaro e aguarda manifestação.

“Tal fato indica a possibilidade de que os proventos obtidos por meio da venda ilícita das joias desviadas do acervo público brasileiro, que, após os atos de lavagem especificados, retornaram, em espécie, para o patrimônio do ex-presidente, possam ter sido utilizados para custear as despesas em dólar de Jair Bolsonaro e sua família, enquanto permaneceram em solo norte-americano”, disse a PF.

Segundo a corporação, “a utilização de dinheiro em espécie para pagamento de despesas cotidianas é uma das formas mais usuais para reintegrar o ‘dinheiro sujo’ à economia formal, com aparência lícita”, afirmou.

A PF diz ainda que “a análise contextualizada das movimentações financeiras de Bolsonaro no Brasil e nos Estados Unidos, demonstra que o ex-presidente, possivelmente, não utilizou recursos financeiros depositados em suas contas bancárias no Banco do Brasil e no BB América para custear seus gastos durante sua estadia nos Estados Unidos, entre os dias 30 de dezembro de 2022 e 30 de março de 2023″.

No relatório, a PF diz que o inquérito das joias tem ligação com outros inquéritos no quais o ex-presidente é investigado.

“Concluindo pela existência de fortes indícios de desvio de bens de alto valor patrimonial entregues por autoridades estrangeiras ao Presidente da República ou agentes públicos a seu serviço, e posterior ocultação da origem, localização e propriedade dos valores provenientes, com identidade de agentes já investigados por outros fatos nesta Suprema Corte, o que evidencia a conexão probatória com diversos inquéritos que tramitam no âmbito do Supremo Tribunal Federal, que investigam condutas atentatórias à própria Corte, tal como o lnq. 4.781/DF, das Fake News e, especialmente, a prática de diversas infrações criminais por milícias digitais atentatórias ao Estado Democrático de Direito, investigada no Inq 4.874/DF”, disse a PF.

Na semana passada, a Polícia Federal entregou ao STF o relatório de indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e auxiliares dele por vendas ilegais de joias presenteadas por autoridades internacionais. A PF acredita ter provas robustas para incriminar Bolsonaro e ex-assessores. Os crimes atribuídos ao ex-presidente foram de peculato (desvio de dinheiro público), associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Além de Bolsonaro, foram indiciados por peculato:

  • Bento Albuquerque, ex-ministro de Minas e Energia;
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
  • José Roberto Bueno, ex-chefe de gabinete do Ministério de Minas e Energia;
  • Julio Cesar Vieira Gomes, ex-secretário da Receita Federal;
  • Marcelo Vieira, ex-chefe de gabinete de documentação histórica da Presidência; e
  • Marcos André Soeiro, ex-assessor de Bento Albuquerque.

Além disso, foram indiciados por lavagem de dinheiro e crime de associação criminosa:

  • Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social de Bolsonaro;
  • Frederick Wassef, advogado de Bolsonaro;
  • Marcelo Costa Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
  • Mauro Cesar Lourena Cid, general e pai de Mauro Cid; e
  • Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

Julio Cesar Vieira Gomes também foi indiciado pela prática do crime funcional de advocacia administrativa perante a administração fazendária.

Operação
Em agosto de 2023, a Polícia Federal fez uma operação de combate a crimes de peculato e lavagem de dinheiro ligados ao caso das joias recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro de estados estrangeiros. Os investigados são suspeitos de ter vendido joias e presentes oficiais ganhos.

Segundo a PF, eles teriam utilizado “a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado, por meio da venda desses itens no exterior”.

As quantias obtidas com essas operações, segundo a investigação, “ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados por meio de pessoas interpostas e sem usar o sistema bancário formal, para ocultar a origem, a localização e a propriedade dos valores”. A Polícia Federal não informou o lucro que os suspeitos teriam obtido com a venda das joias e dos presentes.

Também em agosto do ano passado, o ministro Alexandre de Moraes autorizou o Ministério da Justiça e Segurança Pública a solicitar ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos a ajuda do FBI, a Polícia Federal dos EUA, no caso.

Apesar de Bolsonaro e a mulher, Michelle Bolsonaro, não terem sido alvo de operação sobre as joias a época, o relatório de investigação mostra que pode haver relação direta deles com o caso.

O uso de um avião público para transportar bens a serem vendidos nos Estados Unidos e as mensagens que organizam a entrega “em mãos” de US$ 25 mil ao ex-presidente estão entre os indícios encontrados pela PF.

R7
Portal Santo André em Foco

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), retirou nesta segunda-feira (8) o sigilo do caso das joias e enviou o processo para a PGR (Procuradoria-Geral da República). Agora, a PGR terá o prazo de 15 dias para pedir mais provas, arquivar o caso ou apresentar denúncia. O ministro considerou que, com o relatório final do caso apresentado pela Polícia Federal na semana passada, não persiste razão para manter o processo sob sigilo.

Na semana passada, a Polícia Federal entregou ao STF o relatório de indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e auxiliares dele por vendas ilegais de joias presenteadas por autoridades internacionais. A PF acredita ter provas robustas para incriminar Bolsonaro e ex-assessores. Os crimes atribuídos ao ex-presidente foram de peculato (desvio de dinheiro público), associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Além de Bolsonaro, foram indiciados por peculato:

  • Bento Albuquerque, ex-ministro de Minas e Energia;
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
  • José Roberto Bueno, ex-chefe de gabinete do Ministério de Minas e Energia;
  • Julio Cesar Vieira Gomes, ex-secretário da Receita Federal;
  • Marcelo Vieira, ex-chefe de gabinete de documentação histórica da Presidência; e
  • Marcos André Soeiro, ex-assessor de Bento Albuquerque.

Além disso, foram indiciados por lavagem de dinheiro e crime de associação criminosa:

  • Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social de Bolsonaro;
  • Frederick Wassef, advogado de Bolsonaro;
  • Marcelo Costa Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
  • Mauro Cesar Lourena Cid, general e pai de Mauro Cid; e
  • Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

Julio Cesar Vieira Gomes também foi indiciado pela prática do crime funcional de advocacia administrativa perante a administração fazendária.

Operação
Em agosto de 2023, a Polícia Federal fez uma operação de combate a crimes de peculato e lavagem de dinheiro ligados ao caso das joias recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro de estados estrangeiros. Os investigados são suspeitos de ter vendido joias e presentes oficiais ganhos.

Segundo a PF, eles teriam utilizado “a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado, por meio da venda desses itens no exterior”.

As quantias obtidas com essas operações, segundo a investigação, “ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados por meio de pessoas interpostas e sem usar o sistema bancário formal, para ocultar a origem, a localização e a propriedade dos valores”. A Polícia Federal não informou o lucro que os suspeitos teriam obtido com a venda das joias e dos presentes.

Também em agosto do ano passado, o ministro Alexandre de Moraes autorizou o Ministério da Justiça e Segurança Pública a solicitar ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos a ajuda do FBI, a Polícia Federal dos EUA, no caso.

Apesar de Bolsonaro e a mulher, Michelle Bolsonaro, não terem sido alvo de operação sobre as joias a época, o relatório de investigação mostra que pode haver relação direta deles com o caso.

O uso de um avião público para transportar bens a serem vendidos nos Estados Unidos e as mensagens que organizam a entrega “em mãos” de US$ 25 mil ao ex-presidente estão entre os indícios encontrados pela PF.

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Durante a cúpula do Mercosul nesta segunda-feira (8) em Assunção, capital do Paraguai, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a tentativa de golpe na Bolívia e alfinetou o argentino Javier Milei, ausente no evento, ao condenar “experiências ultraliberais” na América Latina. O chefe do Executivo brasileiro falou também de temas como meio ambiente, inserção econômica e acordos comerciais.

“Há menos de 15 dias, um membro de nosso bloco sofreu uma tentativa de golpe. A democracia prevaleceu graças à firmeza do governo boliviano, à mobilização de seu povo e do rechaço da comunidade internacional. O Mercosul permaneceu, mais uma vez, unido em defesa da plena vigência do Estado de Direito, consagrado pelo Protocolo de Ushuaia”, disse Lula.

“A reação unânime ao 26 de junho na Bolívia e ao 8 de Janeiro no Brasil demonstra que não há atalhos na democracia em nossa região, mas é preciso permanecer vigilante. Falsos democratas tentam solapar as instituições e colocá-las a serviço de interesses reacionários”, completou.

A Bolívia passou por uma tentativa de golpe de Estado no fim de junho. A medida teria sido liderada pelo ex-comandante do Exército, general Juan José Zúñiga, que foi preso horas após as tropas acompanhadas de veículos blindados invadirem o Palácio Presidencial, na capital La Paz. Na ocasião, Lula e o governo brasileiro se manifestaram contra a medida.

Em seu discurso, Lula também criticou as experiências neoliberais na América Latina, mas não citou o Javier Milei. “Democracia e desenvolvimento andam lado a lado. Os bons economistas sabem que o livre mercado não é uma panaceia para a humanidade. No mundo globalizado, não faz sentido recorrer ao nacionalismo arcaico e isolacionista. Tão pouco há justificativa para resgatar as experiências ultraliberais que apenas agravaram as desigualdades em nossa região.”

Na reunião, os países do Mercosul formalizaram a entrada da Bolívia no bloco econômico. Agora, o país presidido por Luis Arce terá um prazo de quatro anos para concluir o processo de adesão e adotar as normas. Com a medida, o Mercosul passa a ter 300 milhões de habitantes, uma extensão territorial de 13,9 milhões de km² e um PIB (Produto Interno Bruto) total de US$ 3,5 trilhões.

Veja, abaixo, os principais pontos do discurso de Lula.

Inserção econômica
O presidente brasileiro comentou a divisão no continente e as inserções econômicas. “Voltamos a ser uma região balcanizada e dividida, mais voltada para fora do que para si própria. Num contexto de acirramento da competição geoestratégica, a questão que se impõe é se nossos países querem se integrar ao mundo unidos ou separados. Não vejo contradição entre participar da economia global e cooperar entre vizinhos. Minha aposta no Mercosul como plataforma de inserção internacional e de desenvolvimento do Brasil permanece inabalável.”

Inteligência artificial
“A governança regional de dados no Mercosul é vital para nossa soberania futura e para o desenvolvimento da Inteligência Artificial. É preciso habilitar nossa região a desenvolver capacidade própria de coletar, processar e armazenar dados, insumo fundamental para avançar no desenvolvimento tecnológico e na digitalização da indústria regional”, destacou o presidente brasileiro na cúpula.

Acordo com União Europeia
Lula afirmou, também, que o Mercosul não concluiu o acordo com a União Europeia porque os “europeus ainda não conseguiram resolver suas próprias contradições internas”. Na sequência, citou eventual acordo com a China. “Nos orgulhamos de ser o primeiro país do bloco a ratificar o Acordo de Livre Comércio com a Palestina, mas não posso deixar de lamentar que isso ocorra no contexto em que o povo palestino sofre com as consequências de uma guerra totalmente irracional. Espero que neste ano possamos aprofundar o diálogo sobre um acordo abrangente com a China”, disse.

Meio ambiente
O petista argumentou ser a favor de uma gestão de risco de desastres na América do Sul. “Além de agradecer a solidariedade de todos os sócios do Mercosul que ofereceram prontamente os mais diversos tipos de ajuda humanitária, quero fazer um chamado por maior engajamento e ambição climática. É muito oportuna a adesão do Mercosul, nesta cúpula, ao Memorando de Entendimento sobre cooperação em gestão integral de risco de desastres”, afirmou.

Guerras e eleições
Na cúpula, o presidente abordou as guerras atuais. “Essa é a razão do nosso engajamento em prol de uma solução para o conflito entre Rússia e Ucrânia que efetivamente envolva as duas partes. O apoio do Brasil à África do Sul em sua ação na Corte Internacional de Justiça visa por fim à matança indiscriminada de mulheres e crianças em Gaza”, destacou.

Depois, comemorou os resultados eleitorais na França e no Reino Unido. “Encerro com o registro da vitória das forças progressistas nas recentes eleições no Reino Unido e na França. Ambas são fundamentais para a defesa da democracia e da justiça social contra as ameaças do extremismo.”

R7
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta segunda-feira (8) da reunião do Mercosul, em Assunção (Paraguai). A cúpula entre os países do bloco sul-americanos vai formalizar a entrada da Bolívia no grupo econômico. O ato ocorre após uma tentativa de golpe de Estado no país liderada por militares.

A reunião desta segunda vai contar, também, com a participação dos presidentes Luis Arce (Bolívia), Luis Lacalle Pou (Uruguai) e Santiago Peña (Paraguai). O presidente da Argentina, Javier Milei, não viajou para o encontro.

Recentemente, Arce promulgou a lei que confirma o país andino como membro-pleno do Mercosul. Confirmado o ingresso da Bolívia, o bloco passará a ter 300 milhões de habitantes, uma extensão territorial de 13,8 milhões de km² e um PIB (Produto Interno Bruto) total de US$ 3,5 trilhões. A partir da ratificação, o país ainda terá um prazo de quatro anos para concluir o processo de adesão e adotar as normas do bloco.

“Com a integração da Bolívia, nós estamos efetivamente nos aproximando de realizar o sonho da integração entre Atlântico e Pacífico. Vai ser apresentado aos ministros de Planejamento de todos os países. Vamos ter uma boa quantia de dinheiro para poder cumprir esse sonho da nossa integração física”, afirmou Lula sobre o tema.

Desde que foi criado, o Mercosul fechou três acordos com países de fora da região sul-americana: Israel (2007), Egito (2010) e Palestina (2011). De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o bloco também firmou acordos de preferência com a Índia e países do sul da África que formam a União Aduaneira da África Austral — África do Sul, Lesoto, Namíbia, Suazilândia e Botsuana.

Tentativa de golpe
A Bolívia passou por uma tentativa de golpe de Estado no fim de junho. A medida teria sido liderada pelo ex-comandante do Exército, general Juan José Zúñiga, que foi preso horas depois de tropas acompanhadas de veículos blindados invadirem o Palácio Presidencial, na capital La Paz.

Os Estados Partes do Mercosul e Associados divulgaram uma nota condenando as mobilizações de algumas unidades do exército boliviano em uma possível tentativa de golpe de Estado. Para a organização internacional, o ato “descumpre os princípios da vida democrática”.

Lula e o governo brasileiro se manifestaram contra o golpe e em defesa da democracia na América do Sul. O presidente brasileiro quer assumir o papel de mediação para atenuar a briga entre Arce e seu antigo padrinho político, o ex-presidente Evo Morales. Ambos buscam a preferência do Movimento ao Socialismo para disputar a candidatura à Presidência em 2025 e rivalizam pelo controle do partido.

Ausência de Milei
Na cúpula do bloco econômico, a ausência será de Javier Milei, apesar de a Argentina integrar o Mercosul. O líder argentino, inclusive, participou de um evento da ultradireita, realizado no final de semana, em Santa Catarina. Lula e Milei são desafetos políticos.

Recentemente, o presidente argentino voltou a criticar o petista e chamá-lo de “comunista” e “perfeito dinossauro idiota”. No lugar de fazer sua estreia no Mercosul, Milei vai cumprir agendas internas na Argentina e enviar sua chanceler Diana Mondino. Segundo a Casa Rosada, ele tinha uma viagem planejada a Tucumán e o governo não deseja que ele passe por uma “agenda sobrecarregada”.

R7
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O governo federal deverá investir cerca meio bilhão de reais para o desenvolvimento científico e tecnológico na região amazônica. O anúncio foi feito pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, em conferência na 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC), que está sendo realizada em Belém, no campus da Universidade Federal do Pará.

Os recursos são do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia (FNDCT), que entrará com R$ 160 milhões, do Programa ProAmazônia, com R$ 150 milhões, e do Programa de Ciência, Tecnologia e Inovação para Segurança Alimentar e Erradicação da Fome, com R$ 184,2 milhões.

O dinheiro do FNDCT vai subsidiar apoio à infraestrutura e pesquisa científica na região. “São verbas voltadas para recuperação, atualização e criação de laboratórios, acervos científicos, históricos e culturais e coleções biológicas”, explicou Luciana Santos. Segundo a ministra a, a maior parte dos recursos, R$ 110 milhões, será aplicada em projetos dessas linhas, "com prioridade para propostas de fora das capitais dos estados amazônicos.”

Além da verba do fundo, a ministra anunciou mais R$ 10 milhões para salvaguardar os acervos do Programa de Coleção Científicas e Biológicas do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa). As coleções, iniciadas em 1954, são consideradas como a maior referência da biodiversidade da Floresta Amazônica.

A intenção é usar o recurso para construir um novo herbário de plantas do bioma. “Fizemos assim também com o Museu [Paraense] Emílio Goeldi, que estava ali, em uma situação de calamidade”, lembrou a ministra.

Novo museu
Luciana Santos também prometeu destinar R$ 20 milhões para o Museu das Amazônias, um novo espaço a ser construído para a revitalização do Armazém 4A, no Parque Urbano Belém Porto Futuro. “A nossa intenção é que até a COP 30 [Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, prevista para novembro de 2025], esse museu possa estar pronto.” A iniciativa é do governo do Pará, mas conta com recursos federais e de organismos internacionais.

Com os recursos do ProAmazônia, a ministra prevê financiar “o projeto de inovação das empresas nas áreas de bioeconomia, cidades sustentáveis, descarbonização dos processos produtivos, transformação digital, economia digital, restauração florestal, transporte e monitoramento ambiental.”

As verbas do Programa de Ciência, Tecnologia e Inovação para Segurança Alimentar e Erradicação da Fome deverão custear o desenvolvimento de soluções tecnológicas para cadeias socioprodutivas da bioeconomia e sistemas agroalimentares. Haverá um edital instituições de ciências, tecnologias e outro edital para empresas brasileiras na região, públicas ou privadas.

“O objetivo é apoiar projetos que promovam soluções de gargalos científicos e tecnológicos, enfrentados na estruturação e fortalecimento das cadeias socioprodutivas baseadas na biodiversidade brasileira, desenvolvendo produtos, processos, tecnologias e serviços, de modo a agregar e reter valor junto aos elos iniciais das cadeias produtivas e sistemas agroalimentares, porque o que queremos é melhorar a qualidade de vida das populações, promovendo a inclusão e o aumento da eficiência produtiva”, detalhou Luciana Santos.

Após a conferência, a ministra ouviu pedidos para aumentar os valores da parte não reembolsável do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia e críticas quanto à participação da comunidade científica nas reuniões dos comitês setoriais do fundo e quanto à demora de formalização dos conselhos técnicos científicos. “Nós temos muita confiança em vocês, mas nós queremos ser ouvidos, até porque há muitas questões a colocar”, disse o filósofo e ex-ministro da Educação Renato Janine Ribeiro, atual presidente da SBPC.

Agência Brasil
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A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (8) que aumentará em R$ 0,20 o preço do litro da gasolina a partir desta terça-feira (9). Com o reajuste, de 7,12%, o preço de venda da gasolina para as distribuidoras passará a ser de R$ 3,01 por litro.

O impacto no preço da gasolina vendida ao consumidor final, que tem 27% de etanol em sua composição, deverá ser de R$ 0,15 por litro. No entanto, o valor cobrado pelos postos de combustível depende de cada varejista, uma vez que ainda são incluídos no valor as margens de lucro do comerciante e da distribuidora, além dos custos associados ao transporte.

Segundo a Petrobras, esse é o primeiro reajuste da gasolina neste ano. A última vez que a estatal havia modificado o preço do produto havia sido em 21 de outubro de 2023, quando houve redução de 4%. O último aumento ocorreu em 16 de agosto daquele ano (16%).

GLP
A Petrobras também anunciou aumento do preço do gás de cozinha (GLP), que subirá R$ 3,10 por botijão de 13h kg (9,81%) e passará a custar R$ 34,70. O último ajuste no preço do gás de botijão havia sido feito em 1º de julho de 2023, quando houve queda (-3,9%). O último aumento (24,9%) havia sido feito em 11 de março de 2022.

Agência Brasil
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O programa Desenrola Pequenos Negócios registrou, até o último dia 2, um volume financeiro renegociado de R$ 2.483.579.215. Ao todo, 69.635 contratos foram renegociados, beneficiando 42.216 clientes. O balanço foi divulgado nesta segunda-feira (8) pelo Ministério do Empreendedorismo, Micro e Pequenas Empresas.

Segundo a pasta, o volume financeiro negociado registrou “crescimento expressivo” ao longo de junho. No levantamento do dia 12 de junho, o total renegociado era de R$ 1,25 bilhão. No dia 24 de junho, o valor aumentou para R$ 1,68 bilhão. Nos últimos dias do mês, o total renegociado chegou a R$ 2,48 bilhões – aumento de 70% desde o início do programa.

Dentre as regiões do país, o Sudeste acumula maior volume negociado: R$ 1.043.097.842. Em seguida estão Nordeste, com R$ 466.222.187; Sul, com R$ 340.383.388; Centro-Oeste, com R$ 237.706.948; e Norte, com R$ 104.611.156.

O estado que mais renegociou dívidas, até o momento, foi São Paulo, com 11.016 clientes (26%), 20.917 contratos (30%) e volume financeiro renegociado de R$ 694.055.097 (28%). Em seguida aparece Rio de Janeiro, com 3.548 clientes (8%), 6.218 contratos (9%) e volume financeiro renegociado de R$ 203.832.168 (8%).

Entenda
Com a proposta de auxiliar pequenos negócios a superarem dificuldades financeiras, o programa conta com a participação de sete bancos, que representam 73% do total da carteira de crédito de micro e pequenas empresas nacionais: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú, Santander, Sicredi e Mercantil do Brasil

Como participar
Para aderir ao Desenrola Pequenos Negócios, o microempreendedor ou pequeno empresário deve entrar em contato com a instituição financeira onde tem a dívida. As renegociações podem ser realizadas por intermédio de canais de atendimento oficiais, como agências, internet ou aplicativos móveis. Cada banco participante define suas próprias condições e prazos para a renegociação.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alerta que somente bancos cadastrados no programa podem oferecer as condições especiais de renegociação. Em caso de dúvidas ou suspeitas sobre ofertas de renegociação, os empresários são aconselhados a contatar seus bancos pelos canais oficiais e a não aceitar propostas fora dessas plataformas.

As oportunidades para renegociação de dívidas bancárias são válidas para microempreendedores individuais (MEI), micro e pequenas empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. Já as dívidas elegíveis são aquelas não pagas até 23 de janeiro de 2024, sob a proposta de permitir que os empresários obtenham recursos necessários para manter suas atividades.

Agência Brasil
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A previsão do mercado financeiro é de que o dólar terminará o ano de 2024 cotado a R$ 5,20. A informação faz parte do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (8) pelo Banco Central (BC), em Brasília. O estudo semanal traz a mediana das estimativas de instituições financeiras para a economia do país no ano e também para os próximos três anos.

Há quatro semanas, a expectativa era de uma taxa de R$ 5,05 no fim do ano. Já a previsão atual de R$ 5,20 repete o indicado na edição do Focus divulgada na segunda-feira passada (1º) e situa o valor da moeda americana abaixo do patamar atual de negociação. Na semana passada, o dólar fechou cotado a R$ 5,46. Poucos dias antes, em 2 de julho, o dólar tinha fechado o pregão em R$ 5,66.

O comportamento da moeda americana frente ao real influencia diretamente o desempenho da economia brasileira. Com o câmbio desvalorizado, ou seja, alta da moeda estrangeira, bens importados ficam mais caros, o que pressiona a inflação para cima. No entanto, favorece as exportações porque deixa os produtos brasileiros mais em conta no exterior.

Por outro lado, a moeda valorizada – queda na taxa – faz com que produtos importados fiquem mais baratos no país, o que pode ser um alívio para a inflação. Mas pode ser prejudicial à indústria nacional, que precisa concorrer com produtos estrangeiros que ficam com os preços mais competitivos.

De acordo com o Boletim Focus, as instituições financeiras esperam que 2024 e 2025 também terminem com dólar cotado a R$ 5,20.

Inflação
Em relação à inflação calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - considerado o índice oficial de inflação do país - os agentes econômicos ouvidos pelo BC aumentaram a previsão pela nona vez seguida. A estimativa é de o IPCA fechar 2024 em 4,02%. A projeção da semana passada era de 4%; e há quatro semanas, 3,90%.

Para 2025, o Focus desta semana aponta elevação na projeção de 3,87% para 3,88%. Os dados de 2024 e de 2025 estão dentro do intervalo da meta de inflação do Banco Central, que é de 3% com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Atualmente o IPCA acumulado em 12 meses é de 3,93%. A próxima divulgação, referente a junho, acontece na quarta-feira (10).

Juros
A inflação projetada pelo Focus é um dos fatores observados pelo Comitê de Política Monetária (Copom) para decidir a taxa básica de juros do país - a Selic - que serve de referência para todas as demais operações de crédito.

O Copom faz reuniões a cada 45 dias para decidir sobre a taxa básica de juros. A última reunião foi em 19 de junho. Este ano acontecem mais quatro encontros do órgão.

Atualmente, a Selic está em 10,5%. O mercado acredita que seguirá nesse patamar até o fim do ano. Para 2025, a estimativa é a Selic terminar em 9,50%. Para 2026 e 2027, o Focus projeta 9%.

O nível da Selic é um dos fatores mais importantes para o desempenho da economia. A taxa em patamar elevado é considerada anti-inflacionária, pois deixa as operações de crédito mais custosas, desestimulando o consumo. No entanto, o freio na atividade econômica tem potencial para esfriar a economia e desestimular a geração de emprego.

Já a taxa em níveis reduzidos é um incentivo para a obtenção de crédito e favorece o investimento, gerando emprego e renda. Porém, esse incremento de renda pode se refletir em pressão inflacionária.

PIB
Pela segunda semana seguida, o mercado elevou a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de todos os bens e serviços produzidos no país). As instituições ouvidas pelo Boletim Focus acreditam que 2024 terá crescimento do PIB de 2,10%. Na semana passada, a estimativa era de 2,09%, mesmo nível de quatro semanas atrás.

Para o ano que vem, o mercado espera crescimento de 1,97%, projeção abaixo da semana passada (1,98%) e de quatro semanas atrás (2%).

Agência Brasil
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O Botafogo fez o dever de casa, ganhou do Atlético-MG por 3 a 0 com facilidade na noite deste domingo, no Nilton Santos, e colocou fogo na disputa pela liderança do Campeonato Brasileiro. Com um jogador a mais desde o primeiro tempo (Igor Rabello foi expulso aos 23 minutos) o Alvinegro sobrou em campo e construiu sua vitória com belos chutes de Luiz Henrique, Cuiabano e Savarino. Por sua vez, o Galo continua estacionado na tabela e venceu só um dos últimos sete jogos.

Como fica?
O tropeço do líder Flamengo com o Cuiabá no sábado permitiu que Botafogo e Palmeiras encostassem no retrovisor rubro-negro. E como o Alvinegro venceu por três gols de diferença, manteve a vice-liderança com os mesmos 30 pontos do Alviverde, mas com melhor saldo. Estacionado nos 18 pontos, o Atlético-MG aparece em 12º lugar na classificação, ainda com um jogo a menos.

Agenda
Botafogo e Atlético-MG voltam a campo na próxima quinta-feira: o Galo recebe o São Paulo às 21h30 (de Brasília) na Arena MRV, enquanto o Alvinegro visita no mesmo horário o Vitória no Barradão.

O Atlético-MG tomou um gol cedo, mas a "pá de cal" foi o cartão vermelho de Igor Rabello aos 23 minutos de jogo, por uma falta em Luiz Henrique sendo o último homem. Foi a sétima expulsão do Galo em 14 partidas do Brasileirão, recordista no quesito com uma a mais que o Atlético-GO.

Polêmica
O Atlético-MG reclamou muito de um pênalti de Damián Suárez em Cadu aos 14 minutos do segundo tempo, quando o placar estava só 1 a 0 para o Botafogo. O ábitro de vídeo Rodrigo Guarizo chegou a analisar o lance e não chamou o árbitro de campo para ver no monitor. Para PC Oliveira, comentarista de arbitragem do Grupo Globo, houve um pisão na jogada e o pênalti deveria ter sido marcado.

A festa começou antes mesmo de a bola rolar no Nilton Santos. Recém-contratados, Allan, Igor Jesus e Thiago Almada se apresentaram à torcida minutos antes do duelo e acompanharam de perto o novo time do treio em ação.

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Sob o comando de Estevão no ataque e com Weverton fechando o gol lá atrás, o Palmeiras venceu o Bahia por 2 a 0 na noite deste domingo, no Allianz Parque, e encostou na ponta do Campeonato Brasileiro. O garoto de 17 anos fez o primeiro e deu assistência para Rony marcar o segundo. O Bahia criou chances, mas pecou nas finalizações e não conseguiu superar o goleiro alviverde.

Como fica
O Palmeiras encostou na liderança. Com a vitória, chegou aos 30 pontos, só um a menos do que o Flamengo. A equipe de Abel Ferreira está na terceira posição. O Bahia perdeu lugar no G-4 para o São Paulo. Tem os mesmos 27 pontos dos paulistas, mas pior saldo de gols, e fica na quinta colocação.

O primeiro tempo
Palmeiras e Bahia fizeram um primeiro tempo equilibrado, mas de poucas chances no primeiro tempo em São Paulo. Nos acréscimos, porém, deixaram Estevão solto: o garoto de 17 anos fez um golaço e abriu o placar.

Antes, quem teve a melhor oportunidade foi a equipe visitante: aos 34 minutos, Thaciano deixou Jean Lucas livre, na cara de Weverton, mas o volante finalizou para fora – o auxiliar marcou impedimento, mas o meio-campista pareceu estar em condição legal. O Palmeiras conseguiu balançar a rede rival, com Rony, aos 39 minutos, mas o gol foi anulado por impedimento.

No último lance, o Bahia teve um escanteio a favor, a zaga do Palmeiras afastou, e Estevão foi lançado quando ainda estava no campo de defesa. Ele avançou, passou por Jean Lucas e bateu forte para marcar.

O segundo tempo
À frente no placar, o Palmeiras correu risco de tomar um empate aos 13 minutos, quando Jean Lucas, mais uma vez, ficou em boa condição de finalizar. Desta vez, Weverton fechou o ângulo fez a defesa – o goleiro ainda evitaria outros dois gols, pelo menos.

Pouco depois, Rony castigou o Bahia. Flaco López achou Estevão na direita, e o garoto cruzou de primeira, rasteiro, para o camisa 10, que se mandou para o meio da área e bate forte para fazer o segundo gol do Palmeiras.

Os donos da casa depois controlaram a partida e garantiram a vitória.

Próximos jogos
O Bahia é o primeiro a voltar a campo na próxima rodada, a 16ª. A equipe tricolor enfrenta o Athletico-PR, em Curitiba, na quarta, às 19h. O Palmeiras joga no dia seguinte, outra vez em casa, contra o Atlético-GO, às 19h30.

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