O Plenário do Senado deve votar nesta terça-feira (24), em primeiro turno, a Proposta de Emenda à Constituição da reforma da Previdência (PEC 6/2019). Antes, a partir das 10h, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) deve votar o relatório do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), com a análise das 77 emendas apresentadas à proposta em Plenário.
O relator acatou apenas uma emenda supressiva, para não prejudicar o acesso à aposentadoria integral de quem recebe vantagens variáveis vinculadas a desempenho no serviço público, e corrigiu a redação do trecho que inclui os informais entre os trabalhadores de baixa renda que terão acesso ao sistema especial de inclusão previdenciária, com alíquotas favoráveis.
Foram rejeitadas as emendas de senadores com temas ligados a servidores públicos, mudanças em pensões, idade mínima, regras de transição, aposentadorias especiais, cálculo da aposentadoria, abono salarial e regras especiais para grupos específicos. Segundo o relator, nas emendas “não se identificaram novos temas em relação ao deliberado anteriormente na CCJ, e em relação às conclusões de seu parecer anterior”.
Ainda assim, senadores como Paulo Paim (PT-RS) e Eliziane Gama (Cidadania-MA) já declararam que vão tentar aprovar destaques ao texto durante a discussão no Plenário. Entre os pontos que podem sofrer destaques, estão as restrições ao abono salarial, benefício pago a quem ganha menos de dois salários mínimos (R$ 1.996) e tem pelo menos 5 anos de cadastro no PIS/Pasep. O texto da reforma assegura o direito apenas a quem tiver renda mensal igual ou menor que R$ 1.364,43.
Mobilidade e empresas
Outra proposta que pode ser votada em primeiro turno é a PEC 19/2014, que inclui a mobilidade e a acessibilidade entre os direitos e garantias fundamentais. De acordo com o senador Paulo Paim (PT-RS), autor do texto, não há no texto constitucional uma menção explícita a esses direitos para a realização de atividades corriqueiras.
Também continuam na pauta dois projetos de lei: o PLC 113/2015, que autoriza o uso de garantia solidária por microempresas que precisam tomar empréstimos financeiros, e o PLC 198/2015, que permite a baixa gratuita e automática do registro de pequenas empresas que estejam sem atividade há mais de três anos.
Fim da isenção de ICMS
Também está na pauta de votações a PEC 42/2019, do senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB), ainda pendente de parecer da CCJ. O texto revoga a isenção de ICMS na exportação de produtos não industrializados e semi-elaborados. Para o autor do texto, suprimir a desoneração do ICMS prevista na Lei Kandir com uma Emenda constitucional é a única forma de preservar a autonomia federativa dos estados, já que o Executivo não dispõe de poder de veto sobre as propostas de emenda.
Outra PEC de interesse dos estados que está na pauta do Plenário pode acabar com a competência da União de legislar privativamente sobre assuntos como trânsito, transporte, licitação e contratação. A PEC 47/2012 permite aos estados e ao Distrito Federal legislar de forma concorrente sobre esses temas. Feita pelas assembleias legislativas, a PEC amplia a competência legislativa estadual também para instituir normas sobre organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares.
As duas propostas ainda terão que passar por cinco sessões de discussão antes de serem votadas em primeiro turno.
Agência Senado
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O Ministério da Economia anunciou nesta sexta-feira (20) o desbloqueio de R$ 799,66 milhões em emendas parlamentares impositivas. Os recursos haviam sido alvo de contingenciamento no início do ano. Agora, serão liberados R$ 533,11 milhões para emendas individuais e R$ 266,55 para emendas de bancada estadual.
Ao apresentar o relatório de avaliação de receitas e despesas do quarto bimestre, o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, destacou ainda a liberação de R$ 8,30 bilhões para os ministérios e demais órgãos do Poder Executivo. O Ministério da Educação ficará com a maior parte (R$ 1,99 bilhão).
Chance para gastar
Segundo o secretário, o desbloqueio foi possível devido à melhora na previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, de 0,81% para 0,85%; ao aumento na arrecadação de impostos; e às receitas de dividendos e participações repassadas à União pelas empresas estatais.
Com isso, o déficit primário no quarto bimestre ficou em R$ 126,54 bilhões. Ante a meta fiscal de um déficit primário de R$ 139 bilhões neste ano, houve uma “sobra” de R$ 12,46 bilhões. E esse “excedente” – na verdade, uma oportunidade para gastar antes de atingir a meta fiscal – corresponde ao que está sendo distribuído agora.
Dinheiro para a educação
O rateio anunciado nesta sexta envolve ainda recursos resultantes de multa paga pela Petrobras devido à Operação Lava Jato, no valor de R$ 2,66 bilhões. Educação infantil, com R$ 1 bilhão, e o Programa Criança Feliz, com R$ 250 milhões, foram agraciados – o governo Bolsonaro informou que a primeira infância será prioridade.
A multa da Petrobras destinará também R$ 250 milhões para as bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Waldery Rodrigues afirmou que, do dinheiro reservado para o Ministério da Educação, parte vai para as bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Depois do pagamento feito no início do mês, ainda faltavam R$ 330 milhões para cobrir as bolsas de pesquisa científica no País. Partidos cobravam o cumprimento de acordo que permitiu a Bolsonaro obter autorização do Congresso para descumprir a regra de ouro e emitir R$ 248,9 bilhões em títulos públicos para pagar despesas correntes.
Agência Câmara
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O procurador-geral da República interino, Alcides Martins, afirmou, em parecer ao Supremo Tribunal Federal que as mensagens hackeadas do celular do coordenador da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, são prova ilícita, e, mesmo que pudessem ser utilizadas, não seriam ‘capazes’ de provar a inocência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O parecer foi entregue no âmbito de recurso da defesa do petista contra decisão do ministro Edson Fachin que rejeitou habeas corpus para liberté-lo e anular suas ações penais.
De acordo com a defesa, que queria o compartilhamento de provas dos celulares dos alvos da Operação Spoofing – que mira as invasões do Telegram de autoridades -, notícias do site The intercept teriam mostrado que Lula foi alvo de uma conspiração.
Martins é contra o compartilhamento de provas da Spoofing, que também estão acostadas no inquérito do Supremo que mira ameaças contra ministros da Corte. “As mensagens trocadas no âmbito do Telegram forma obtidas por meios
ilegais e criminosos, tratando-se de prova ilícita, não passível de uso no presente caso”.
As mensagens citadas pela defesa, segundo o PGR, ‘não têm o condão de afastar o juízo de culpabilidade que levou às condenações de Luiz Inácio Lula da Silva nas ações penais n. 5046512-94.2016.4.04.7000 (referentes ao Triplex) e 5021365-32.2017.4.04.7000 (referentes ao Sítio de Atibaia), tampouco de demonstrar a inocência dele nos autos dos
demais processos que ainda não possuem sentença condenatória’.
“Tais mensagens não contém qualquer elemento apto a afastar as teses acusatórias (e as provas que a sustentam) subjacentes a cada um desses processos – o que ocorreria, por exemplo, se de uma delas se extraísse que a principal prova que sustentou o decreto condenatório foi forjada”, escreve.
“No mesmo sentido, ainda que se admitisse a utilização, nestes autos, da “prova ilícita” de que ora se trata, isso não beneficiaria Luiz Inácio Lula Da Silva nos moldes pretendidos pelos impetrantes, e, tampouco, teria o efeito de lhe devolver a liberdade”, afirmou.
Estadão
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A Polícia Federal obteve a gravação de uma conversa entre o operador financeiro e delator João Carlos Lyra e Iran Padilha, ex-assessor do senador Fernando Bezerra (MDB-PE), atual líder do governo Bolsonaro no Senado e alvo de operação deflagrada na quinta-feira. Na conversa, ocorrida em fevereiro de 2017 e gravada pelo próprio delator, Lyra cobra Padilha sobre pagamento de um “empréstimo” milionário que ele e um outro operador, Eduardo Leite, haviam feito a Fernando Bezerra nas eleições de 2014. Leite também fez delação premiada.
Lyra era operador de repasses milionários de propina de empreiteiras com contratos no Ministério da Integração Nacional na época em que Bezerra era ministro, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Segundo as investigações, o empréstimo de R$ 1,7 milhão seria pago pela OAS, mas isso acabou não ocorrendo por causa dos efeitos da Operação Lava-Jato. Lyra, então, teve que cobrar do próprio assessor do senador, que havia sido responsável por receber os pagamentos.
“Na reunião, da qual participaram apenas o depoente e Iran Padilha, o depoente cobrava a Iran Padilha o montante devido por Fernando Bezerra De Souza Coelho em relação ao empréstimo concedido pelo depoente e Eduardo Freire Bezerra Leite no valor de R$ 1.700.000,00 (um milhão e setecentos mil reais) nas eleições de 2014; que nessa reunião o depoente apresentou para Iran Padilha uma planilha com diversas simulações da correção do dinheiro, simulando as taxas de 1,5%, 2%, 2,5%, 3%, 3,5% e 4%” relatou Lyra, sobre a conversa.
O GLOBO teve acesso à transcrição do áudio de 20 minutos, feito pela perícia da PF. Lyra e Padilha falam sobre marcar um encontro com “Fernando pai” sem a presença de outras pessoas, e o operador financeiro questiona ao assessor sobre a taxa de juros para o pagamento dos valores.
Em seguida, eles conversam sobre locais para os pagamentos, e Lyra questiona se São Paulo não seria “arriscado”, pelo fato de ter que se identificar na entrada dos prédios empresariais. Padilha afirma que não deseja se envolver diretamente no assunto dos pagamentos porque já estaria com os “braços cansados”.
Ao fim da conversa, Padilha se compromete a marcar o encontro com Fernando Bezerra e avisar a João Carlos Lyra de uma data. Esse encontro, segundo o delator, acabou não acontecendo efetivamente.
A defesa de Bezerra foi procurada para comentar os diálogos, mas não respondeu. Ao falar sobre a operação, o advogado André Callegari disse à “Folha de S.Paulo” que a operação seria uma retaliação do ministro Sergio Moro por declarações do líder de que uma eventual saída dele do governo seria esquecida em 60 dias. Em nota, afirmou que “a única justificativa do pedido (de busca e apreensão) seria em razão da atuação política e combativa do senador contra determinados interesses dos órgãos de persecução penal”, afirmando as as medidas eram “extemporâneas e desnecessárias”. A defesa de Iran Padilha não respondeu.
O Globo
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A decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli , proibindo que órgãos de controle compartilhem informações fiscais e bancárias com investigadores sem prévia autorização judicial levou a uma queda de 81% no número de Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) produzidos pelo antigo Coaf , atual Unidade de Inteligência Financeira ( UIF ). Os documentos são elaborados quando as movimentações de recursos apresentam indícios de lavagem de dinheiro ou outros crimes e funcionam como o principal instrumento da UIF para subsidiar o Ministério Público e as autoridades policiais com informações que podem dar início a investigações criminais.
Entre janeiro e junho deste ano, a UIF fez, em média, 741 RIFs por mês. Em julho, mês que foi parcialmente afetado pela decisão de Toffoli, o número caiu para 533. Já em agosto, primeiro mês integralmente alcançado pela nova determinação, os analistas da Unidade redigiram 136 relatórios – 81% a menos do que a média de janeiro a junho. É o menor número desde maio de 2013, ainda no governo Dilma Rousseff (PT), quando o órgão fez os mesmos 136 documentos. Desde 2010, a quantidade de RIFs tem aumentado a cada ano: o crescimento foi de 540% entre 2010 e 2018.
Os relatórios são elaborados a partir de dois tipos de informações fornecidas por instituições como bancos, corretoras, joalherias, entre outros setores: as operações suspeitas, casos de depósitos fracionados ou outras práticas que possam indicar lavagem de dinheiro; e transações em espécie fora de parâmetros estabelecidos pelo Banco Central, como depósitos acima de R$ 50 mil. O ritmo de comunicados que chegam à UIF não mudou após a decisão de Toffoli, já que há determinação legal para que as transações sejam informadas – só em 2019, os bancos já enviaram para a Unidade mais de dois milhões de avisos. A mudança foi sentida na outra ponta, na disseminação das possíveis irregularidades. Na prática, a UIF continua recebendo um grande volume de informações, mas agora está impedida de encaminhar grande parte delas para os responsáveis por investigações, como fazia desde que foi criada, há 21 anos.
Os documentos podem ser elaborados por iniciativa da própria UIF, quando os analistas consideram que há indícios suficientes de irregularidades que justifiquem o aprofundamento, ou a pedido dos órgãos de investigação. Com a decisão de Toffoli – tomada a partir de um pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) –, investigadores não tem mais requisitado diretamente ao órgão a produção dos relatórios, o que explica a queda.
Para o procurador Eduardo El Hage, coordenador da Operação Lava-Jato no Rio, a única maneira de a UIF permanecer útil dentro do sistema de combate à lavagem de dinheiro é a revisão da decisão pelo plenário do STF. O tema está previsto na pauta do dia 21 de novembro, mas Toffoli já admitiu que pode antecipar o julgamento.
– Gera um prejuízo enorme para as investigações por lavagem de dinheiro, e muitas delas estão engessadas. A via judicial é muito demorada. É um obstáculo que destoa da agilidade com que os crimes são cometidos – avalia o procurador.
No recurso que apresentou à decisão de Toffoli, a então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, alertou que a eficiência dos mecanismos de combate à lavagem de dinheiro está atrelada à “possibilidade de que o COAF possa enviar ao Ministério Público os dados financeiros necessários para demonstrar a presença dos indícios da lavagem de dinheiro e a possibilitar a atuação do referido órgão na investigação e persecução do ilícito”. Segundo Dodge, “Menos do que isso levará à inefetividade dessa engrenagem e, assim, ao enfraquecimento do combate à lavagem de capitais”. Dodge afirmou ainda que a decisão de Toffoli vai além do que foi pedido nos autos, já que a defesa de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) solicitou apenas a interrupção da investigação que o Ministério Público do Rio conduz contra o senador. O presidente do STF, no entanto, estendeu o alcance para todos os casos em andamento semelhantes no país.
Na decisão, Toffoli argumenta que a legislação permite apenas o compartilhamento de dados globais e que o detalhamento configura quebra de sigilo, o que só pode ser feito por via judicial. Ainda segundo o presidente do STF, a continuidade da prática anterior poderia resultar em nulidades processuais. Em entrevista nesta semana à jornalista Miriam Leitão, na GloboNews, Toffoli disse que estava ocorrendo “extrapolação de competência” e que “ao estabelecermos os parâmetros corretos, vamos permitir que as investigações se deem corretamente”.
Procurada, a assessoria do ministro Dias Toffoli informou que ele mantém os argumentos que vem explicitando na decisão e em entrevistas recentes, e que não acrescentaria outros pontos porque está em viagem.
A UIF iniciou o ano na alçada do ministro da Justiça, Sérgio Moro, com aumento de funcionários e a promessa de que a atuação do órgão seria reforçada. O Congresso, no entanto, decidiu que a Unidade deveria voltar para o Ministério da Economia, como nos governos anteriores. Depois de uma crise que resultou na demissão do então presidente do órgão, Roberto Leonel – ele criticou a decisão de Toffoli em entrevista –, o presidente Jair Bolsonaro editou uma Medida Provisória rebatizando o órgão, que deixou de se chamar Coaf, e levando a estrutura para o Banco Central.
Procurada na segunda-feira, a UIF não respondeu.
O Globo
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A greve global pelo clima – que ocorre nesta sexta (20) em 150 países, incluindo o Brasil –, leva milhares de manifestantes às ruas. Eles exigem medidas concretas para frear as emissões de gases causadores do efeito estufa e combater o aquecimento global, informa a organização dos atos.
As manifestações ocorrem um dia antes da Cúpula pelo Clima, da Organização das Nações Unidas (ONU), que deverá ocorrer de 21 a 23 de setembro, em Nova York.
A greve pelo clima tem origem no "Fridays For Future" (Sextas-feiras Pelo Futuro, em inglês), que ganhou repercussão com a adolescente sueca de 16 anos Greta Thunberg.
Desde 2018, Greta falta às aulas nas sextas-feiras para protestar pelo clima. A iniciativa rendeu a indicação ao Prêmio Nobel da Paz e fez com que diversas outras greves se espalhassem pelo mundo. No Brasil, ao menos duas mobilizações tiveram repercussão nacional, uma em março e outra em maio deste ano.
Para esta sexta, estão programados mais de 5 mil eventos em todo o mundo em 150 países, incluindo o Brasil, em uma sequência que deve terminar com uma manifestação em Nova York.
Segundo especialista, 2020 é visto como o ano chave no combate ao aquecimento global, para que governantes tomem medidas para manter o aumento das temperaturas médias globais abaixo de 1,5ºC até o final deste século, e as emissões de dióxido de carbono (CO2) reduzidas em 45% até 2030.
Apoio
O líder espiritual dos budistas tibetanos, Dalai Lama, publicou uma mensagem na sua conta oficial do Twitter apoiando as manifestações. "Esta é provavelmente a geração mais jovem que tem sérias preocupações com a crise climática e seus efeitos no meio ambiente. Eles estão sendo muito realistas sobre o futuro. Eles veem que precisamos ouvir os cientistas. Nós devemos encorajá-los.", afirmou.
O ator Leonardo DiCaprio publicou nas redes sociais uma convocação para que seus seguidores participem das manifestações onde estiverem. "Vamos pedir o fim da era dos combustíveis fósseis", disse.
O ator australiano Chris Hemsworth, que entre outros filmes fez o personagem Thor em alguns longas da franquia Marvel, publicou um vídeo em sua conta no Instagram em que aparece em meio à manifestação. "A crise climática está sobre nós. As crianças entendem a ciência básica de que, se continuarmos a poluir o planeta, as mudanças climáticas piorarão e elas não terão futuro", escreveu.
A atriz francesa Marion Cotillard também se manifestou convocando seus fãs a participarem da mobilização geral em Paris pelo clima e justiça social.
Greve pelo Clima
Brasil
No Rio, eles ocuparam as escadarias da Assembleia Legislativa para pedir o fim das queimadas na Amazônia e medidas de proteção ao meio ambiente. O Museu do Amanhã manifestou apoio e preparou atividades educativas sobre as mudanças climáticas.
Em Belo Horizonte (MG), os manifestantes também fizeram um ato em frente à Assembleia Legislativa estadual. A a escadaria deu lugar a globo terrestre, que lembra a necessidade de proteger os recursos do planeta.
Em Fortaleza (CE), os estudantes se reuniram na Praça Luíza Távora. A principal reivindicação dos manifestantes é a implantação de indústria menos poluente que as termelétricas.
Em Maceió (AL), os manifestantes pediram o fim das queimadas na Amazônia e no Centro-Oeste.
No Recife (PE), estudantes fizeram um mosaico humano com a frase 'salvem o planeta'.
Em Salvador (BA), estudantes e professores levaram cartazes com dados das queimadas na Amazônia durante o ato no Largo do Campo Grande.
G1
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O presidente Jair Bolsonaro sancionou, nesta sexta-feira (20), a medida provisória da Liberdade Econômica. A nova lei busca diminuir a burocracia nas atividades econômicas e, segundo o governo, vai facilitar a abertura e o funcionamento de empresas.
O texto foi sancionado por Bolsonaro com quatro vetos. Segundo o Palácio do Planalto, um desses trechos permitiria uso de "cobaias humanas sem qualquer protocolo de proteção", e outro, "aprovação automática para licenças ambientais".
Um terceiro ponto, que criava um regime tributário paralelo, foi vetado a pedido do Ministério da Economia. O presidente também vetou o prazo de 90 dias para a validade da lei e, com isso, o texto entrará em vigor assim que for publicado no Diário Oficial da União.
Os vetos serão analisados pelo Congresso Nacional, que pode manter ou reverter essas decisões.
A cerimônia no Palácio do Planalto foi o primeiro ato público de Jair Bolsonaro desde a cirurgia para correção de uma hérnia no intestino, no último dia 8. O presidente passou oito dias afastado do cargo e, desde terça (17), vinha se reunindo com ministros no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República.
Na manhã desta sexta, Jair Bolsonaro passou por uma bateria de exames em um hospital particular de Brasília. Em seguida, o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, informou que a viagem do presidente para a assembleia-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na próxima segunda (23), está “assegurada”.
Em discurso, a relatora da proposta no Senado, Soraya Thronicke (PSL-MS), disse que a MP da liberdade econômica é uma “carta de alforria” para o Brasil, para empresários e para trabalhadores.
"A escravidão ainda não foi abolida para o empreendedor brasileiro e também não foi abolida para o trabalhador", declarou.
Ela afirmou também que a MP busca trazer o governo para o século 21. A parlamentar defendeu a abertura econômica no Brasil e disse que os países com melhor economia são aqueles de economia aberta.
Liberdade econômica
A lei prevê que:
Algumas dessas regras, como a dispensa de alvará para negócios simples, já estão em vigor desde a sanção da MP da Liberdade Econômica, em abril. O governo prevê geração de 3,7 milhões de empregos e crescimento adicional de 7% no Produto Interno Bruto (PIB), nos próximos anos, com base nas medidas.
Regras derrubadas
Algumas das mudanças previstas na Medida Provisória original foram rejeitadas durante a tramitação no Congresso Nacional. Os senadores negaram, por exemplo, a permissão do trabalho aos domingos para qualquer tipo de atividade.
Atualmente, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) proíbe o trabalho aos domingos, salvo em casos de “conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço”. A lista de atividades que se enquadram nessa exceção é publicada pelo governo e, hoje, inclui 79 categorias de indústria, comércio e transportes.
O texto original da MP também permitia que o descanso semanal do trabalhador fosse tirado “preferencialmente aos domingos”, mas não obrigatoriamente. O Senado retirou todas essas regras por entender que elas não tinham relação com o tema central do projeto.
G1
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O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, disse nesta sexta-feira (20) que a viagem do presidente Jair Bolsonaro para participar da assembleia-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, está "assegurada".
A viagem está marcada para o próximo dia 23. Bolsonaro passou no início do mês por uma cirurgia para corrigir uma hérnia no intestino. Antes da operação, ele havia dito que iria a Nova York, nem que fosse de "cadeira de rodas", para falar sobre Amazônia.
Nesta manhã, ele fez exames, em Brasília, para verificar o estágio de recuperação da cirurgia.
Segundo o porta-voz, os resultados mostraram que o presidente está apto a viajar.
"O nosso presidente está pronto para o combate, com viagem assegurada para Nova York", afirmou Rêgo Barros.
De acordo com o médico Antônio Macedo, responsável pela cirurgia do presidente e que o examinou em Brasília, Bolsonaro foi liberado para uma dieta leve, com arroz, purê de batata, legumes e “um pouco” de filé mignon grelhado.
Cuidados no avião
O presidente deverá seguir algumas orientações médicas na ida para os Estados Unidos.
Segundo o médico, o maior risco em viagens longas após uma cirurgia é de problema vascular. Por isso, Bolsonaro utilizará meias para ativar a circulação, tomará injeções anticoagulantes e foi orientado a não ficar muito tempo sentado. Durante o voo, a recomendação é de que ele faça caminhadas no avião a intervalos regulares e fique a maior parte do tempo deitado.
O médico ainda disse que o presidente continuará, “até segunda ordem”, utilizando uma espécie de colete, que cobre abdômen e parte do tórax, utilizado para protegê-lo e facilitar a recuperação.
Assembleia da ONU
A ONU realiza assembleia-geral todos anos, em Nova York, no fim de setembro. Tradicionalmente, os presidentes do Brasil são os primeiros a discursar no plenário. A fala de Bolsonaro está marcada para o próximo dia 24.
Neste ano, um dos principais temas deve ser a preservação ambiental. As queimadas na Amazônia, que tiveram em 2019 o pior ano desde 2010, causaram reações em todo o mundo contra a política do governo brasileiro para a proteção da natureza.
Uma das principais vozes contrárias à postura do governo foi a do presidente francês, Emmanuel Macron. Ele chegou a dizer que Bolsonaro mentiu sobre o compromisso do Brasil com o acordo do clima de Paris.
Em resposta, Bolsonaro sugeriu que a preocupação de Macron com a Amazônia é motivada por interesses econômicos.
A política ambiental do Brasil é considerada um obstáculo para a ratificação do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia. Nesta semana, o parlamento da Áustria rejeitou o acordo. Em agosto, Macron já havia dito que, diante da postura do governo brasileiro na área do meio ambiente, a França também não confirmaria a aliança com o Mercosul.
O governo brasileiro argumenta que a posição desses países contra o acordo, na verdade, tem o objetivo de proteger comercialmente os produtores locais da competição com o agronegócio do Brasil.
Líder do governo no Senado
Rêgo Barros afirmou que Bolsonaro ainda não avaliou a situação do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo no Senado. O parlamentar foi alvo de uma operação da Polícia Federal na quinta-feira (19), assim como o filho, o deputado federal Fernando Coelho Filho (DEM-PE).
Bezerra colocou o posto de líder à disposição, porém o Palácio do Planalto ainda não se posicionou sobre a permanência do senador na liderança do governo.
O porta-voz destacou que o “foco” de Bolsonaro no momento está no discurso que fará na Assembleia Geral da ONU. A situação de Bezerra deverá ser analisada após o retorno dos Estados Unidos.
“Ele [Bolsonaro] tem o foco direcionado exclusivamente à ida a Nova York”, afirmou o porta-voz.
G1
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O presidente Jair Bolsonaro assinou decreto nesta sexta-feira (20) para prorrogar até o dia 24 de outubro a atuação das Forças Armadas no combate às queimadas na Amazônia.
O envio das tropas à região completa um mês na próxima terça (24), quando venceria o decreto original. O governo federal admite a possibilidade de manter os militares na Amazônia até novembro, quando, em geral, termina a temporada mais seca.
O decreto de prorrogação foi publicado em edição extra do "Diário Oficial da União", e mantém todas as regras da chamada Garantia da Lei e da Ordem (GLO) ambiental. As tropas podem atuar, inclusive, em áreas de fronteira, em terras indígenas e em unidades federais de conservação ambiental.
Essa ajuda está disponível para a chamada Amazônia Legal, que inclui os sete estados da Região Norte, o norte do Mato Grosso e o oeste do Maranhão.
Custo alto
Na última semana, enquanto ocupava o cargo de presidente em exercício, o vice-presidente da República Hamilton Mourão informou que o envio das Forças Armadas à Amazônia tinha um custo alto: R$ 1,5 milhão por dia.
Nesta semana o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes validou o acordo para utilização do fundo bilionário da Petrobras – de cerca de R$ 2,6 bilhões. Metade do valor será direcionada para ações na Amazônia, sendo R$ 630 milhões para administração pela União de ações de operações de GLO e outros institutos.
Até esta sexta, o governo ainda avaliava a situação de outros biomas, além da Amazônia, que também sofriam com a alta de queimadas na época de estiagem. A região de cerrado da Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso, e as áreas de Pantanal, no Mato Grosso do Sul, estão entre os ecossistemas mais afetados na última semana.
Nos dois casos, os governos locais decretaram situação de emergência e pediram ajuda pontual das Forças Armadas no envio de aeronaves e equipes. Até o momento, o governo federal não informou se pretende estender a Garantia de Lei e da Ordem para essas áreas.
G1
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O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), cumpre agenda nesta sexta-feira (20) em Santa Catarina. Ele palestrou no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) em Florianópolis e, à tarde, acompanha a inauguração de uma unidade judicial em Penha, no Litoral Norte catarinense.
Durante a manhã, o ministro apresentou no TJSC os resultados da Operação Lava Jato no STF e frisou a importância da imparcialidade jurídica.
"Juiz não investiga, nem acusa. Juiz não assume protagonismo retórico da acusação nem da defesa. Não carimba denúncia nem se seduz por argumentos de ocasião. Juiz não condena nem absolve por discricionarismos pessoais", disse Fachin.
Ainda em Florianópolis, ele fez uma defesa à Constituição Federal e ressaltou o trabalho do ministro Teori Zavascki, de quem recebeu a relatoria da Operação Lava Jato no STF. O magistrado era catarinense e morreu em 2017 após a queda de um avião em Paraty.
"Teori faz falta. É uma falta que fala, que diz, que se expressa num silêncio eloquente. Nós sabemos porquê. Teori fez a diferença, ser que fincou raízes e projetou asas. Deixou-nos um legado: antes e acima de tudo, tomar a Constituição como bússola", valorizou Fachin.
Balanço Lava Jato
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