Duas pessoas foram presas preventivamente em João Pessoa em uma operação da Polícia Federal (PF) de combate a um grupo suspeito de arrombamento de agências dos Correios. De acordo com a PF, a “Operação C.S.I.” acontece ainda nos estados de Mato Grosso do Sul e Paraná.
Segundo a PF, a investigação começou após um arrombamento na agência dos Correios de Tibiri, na cidade de Santa Rita, Região Metropolitana de João Pessoa, no dia 8 de junho de 2018
Um grupo de homens invadiu a agência por volta de 2h e tentou levar dinheiro dos Correios após explodir o cofre. Na fuga, o grupo abandonou cinco veículos, que foram periciados e, a partir da perícia, a polícia conseguiu identificar os suspeitos do crime.
O nome da operação faz alusão à série de televisão de mesmo nome em que os trabalhos técnicos e científicos dos investigadores são usados para elucidar crimes.
G1 PB
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A saúde visual da criança e o aumento "alarmante" dos casos de miopia estão entre as principais preocupações dos oftalmologistas no Brasil. Hoje (10) comemora-se o Dia Mundial da Visão.
Segundo o médico César Lipener, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), o desenvolvimento visual ocorre nos primeiros anos de vida, e a visão atinge a maturidade entre 5 e 6 anos de idade.
“Quando não existe um exame mais precoce, muitas vezes, a criança pode ter algum problema. A criança não se queixa, os pais não percebem, e essa avaliação, quando não é feita a tempo, pode acarretar sequelas ou dificuldades que a criança vai acabar levando para o resto da sua vida”, disse Lipener, em entrevista à Agência Brasil.
De acordo com Lipener, as crianças devem fazer uma avaliação oftalmológica de preferência na idade pré-escolar porque, muitas vezes, os pais não percebem suas dificuldades ou têm a falsa impressão de que elas enxergam bem. “Se houver alguma coisa que chame a atenção, uma hereditariedade muito importante, pais com estrabismo ou com alto grau, a consulta deve ser mais precoce ainda, até no primeiro ano de vida”, afirmou o médico.
Ele destacou que, “felizmente”, os pediatras e as escolas estão ajudando os oftalmologistas, e as crianças estão começando a ter avaliações um pouco mais precoces. O principal, entretanto, é a conscientização dos pais sobre a necessidade da consulta oftalmológica precoce.
Miopia
Segundo Lipener, o número de pessoas míopes vem aumentando em todo o mundo. Ele citou estudos que relacionam a atividade visual de perto com o aumento dos casos da doença, vinculado ao uso de telas de computadores, tablets e smartphones e lamentou que hoje as crianças comecem a manipular esses aparelhos cada vez mais cedo. “Essa é outra preocupação desestimular o uso intenso e precoce de tais aparelhos, trocando-os por atividades ao ar livre. É um fator que, no mundo inteiro, mostrou-se eficaz para diminuir a evolução da miopia. A gente até brinca que, hoje, a chupeta é o celular”.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que, em 2020, a miopia atingirá cerca de 35% da população mundial. As projeções indicam que, em 2050, o percentual chegue a 52%.
No Brasil, o Instituto Data Popular estima que mais de 20 milhões de pessoas tenham problemas de visão, o que corresponderia a cerca de 10% da população. Em muitos casos, isso ocorre porque as pessoas não têm acesso a óculos de grau.
Atualmente, a miopia acomete uma em cada três pessoas no mundo, tornando-se o erro de refração com mais necessidade de prescrição, segundo a OMS. Na Ásia, 90% dos jovens de 20 anos de idade já são míopes, informou Lipener. “A ideia é retardar a evolução [da miopia] e evitar complicações como problemas degenerativos e de retina. Se conseguirmos atrasar a evolução um pouquinho, já teremos um ganho considerável.”
No Brasil, estima-se que 80% das crianças em idade escolar nunca fizeram exames oftalmológicos. De acordo com Lipener, a miopia é um problema que tende a progredir com o passar dos anos e pode ter como consequência prejuízos no aprendizado ou falta de socialização da criança. “O diagnóstico é simples, e atualmente existem opções de tratamento que podem ajudar a retardar a progressão da miopia.”
Outro problema é a visão subcorrigida, quando a pessoa usa óculos incorretos, ou não os usa quando necessário. O hábito de fazer exames oftalmológicos deve ser estendido da infância até a vida adulta, incorporando-se à rotina de cuidados com a saúde. O site Put Vision First (Ponha a Visão em Primeiro Lugar), lançado mundialmente, traz informações para o público leigo e destaca a necessidade de uma rotina de cuidados e de visitas regulares ao médico oftalmologista.
Refugiados
Parte da programação do Dia Mundial da Visão, o projeto Como Você Vê o Mundo, destinado à população que precisa de cuidados oculares, mas não pode pagar pelo serviço, entrega hoje 107 óculos a pessoas inscritas no Programa de Atendimento a Refugiados e Solicitantes de Refúgio da Cáritas do Rio de Janeiro. A iniciativa resulta de parceria entre os institutos Ver & Viver e Nissan. O projeto foi lançado em 2015 e já beneficiou mais de 30 mil crianças e jovens em todo o Brasil, oferecendo também óculos a mais de 3,5 mil motoristas profissionais.
A diretora do Instituto Ver & Viver, Sandra Abreu, disse à Agência Brasil que esta é a primeira vez que a organização distribui no Rio de Janeiro óculos para correção visual a refugiados de várias procedências. Ela informou que a extensão desse atendimento para outras partes do país está sendo discutida para que se possa levar correção visual a refugiados em diversos estados, porque isso "muda a vida das pessoas”. Na próxima segunda-feira (14), crianças, pais e responsáveis atendidos pelo Instituto Ronald McDonald vão receber 60 óculos completos.
A entrega dos óculos é a terceira etapa da ação social que oferece acesso ao ciclo completo da correção visual. Dos 103 atendidos na triagem, 64 foram encaminhados para consulta oftalmológica. “A iniciativa tem corrigido [a visão de] milhares de pessoas no Brasil, especialmente no estado do Rio de Janeiro”, ressaltou Sandra.
De acordo com Sandra, a prioridade é a população de baixa renda, seja nos segmentos mais voltados para a educação, seja no campo dos motoristas profissionais, dentro da campanha pela direção mais segura. Estatísticas mundiais demonstram que 59% dos acidentes de trânsito poderiam ser evitados se as pessoas estivessem corrigidas visualmente, disse a diretora do Instituto Ver & Viver.
Agência Brasil
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O sobrepeso está levando os brasileiros a viverem 3,3 anos a menos do que a média esperada, aponta um relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgado nesta quinta-feira (10). O número está acima da média dos demais países, que é de 2,5 anos – entre 0,9 e 4,2 anos, entre os pesquisados.
O sobrepeso também impacta o Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com o documento da OCDE, o Brasil deverá ter uma redução de 5% no PIB nos próximos 30 anos (entre 2020 e 2050) por causa da menor produtividade da população. A média dos demais países é de 3,3%.
Esse impacto na economia, segundo o relatório, acontece porque o sobrepeso leva a doenças crônicas, o que afeta o rendimento do trabalhador ou reduz suas chances de ser empregado. O efeito também ocorre nos gastos com saúde, já que pessoas com sobrepeso tendem a precisar mais de serviços de saúde e passam por mais cirurgias, por exemplo.
Análise de 36 países
O relatório "The Heavy Burden of Obesity – The Economics of Prevention" ("O peso da obesidade – a economia da prevenção", em tradução livre) reúne dados coletados entre 2016 e 2019 de 36 países que fazem parte da organização, e de alguns parceiros, entre eles o Brasil.
Os dados consideram que o sobrepeso é quando o índice de massa corporal (IMC) está acima de 25 kg/m²; e obesidade é quando o IMC fica acima de 30 kg/m². O IMC é calculado ao dividir o peso (kg) pelo quadrado da altura (m²).
Confira abaixo as principais conclusões do estudo:
Obesidade e expectativa de vida
De 2020 a 2050, o sobrepeso e as doenças relacionadas a ele vão reduzir a expectativa de vida em 2,5 anos em média nos países da OCDE.
"Em média, nos países da OCDE, o excesso de peso é responsável por 70% de todos os custos de tratamento para diabetes, 23% dos custos de tratamento para doenças cardiovasculares doenças e 9% para cânceres", diz o relatório da OCDE.
Políticas contra a obesidade
O relatório da OCDE aponta medidas para enfrentar o sobrepeso e a obesidade da população. Entre elas estão:
A OCDE afirma que, se as pessoas reduzirem sua ingestão de calorias em 20%, mais de 1 milhão de doenças crônicas relacionadas à obesidade seriam evitadas por ano, em especial os problemas cardíacos.
G1
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O Exame Nacional do Ensino Médio 2019 (Enem 2019) deverá custar aproximadamente R$ 537,7 milhões, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o que equivale a R$ 105,52 por participante. A expectativa é que os gastos fiquem ligeiramente abaixo do exame do ano passado, que, segundo o Inep, custou R$ 106,13 por estudante, totalizando R$ 589,8 milhões. O valor corresponde aos gastos desde a elaboração do exame até a impressão, distribuição e correção das provas.
Dos R$ 537,7 milhões, segundo a autarquia, R$ 179,7 milhões, o equivalente a cerca de um terço, vem do pagamento das inscrições. O restante é pago pelo governo. As inscrições custaram R$ 85 a cada participante. Cerca de 2,1 milhões de estudantes pagaram a taxa. Os demais tiveram isenção por atenderem aos critérios estabelecidos pelo Inep.
Segundo o presidente do Inep, Alexandre Ribeiro Lopes, o valor ainda pode mudar. “Em função da abstenção, pode até baixar. Mas pode acontecer [de aumentar], se tivermos que fazer um número de reaplicações maior que o normal, teremos que imprimir mais provas”, explicou. Estudantes que forem impedidos de fazer a prova por conta de problemas como falta de luz, alagamentos, entre outros, têm direito à reaplicação do exame.
Ao todo, cerca de 5,1 milhões de estudantes estão inscritos no Enem deste ano, que será aplicado nos dias 3 e 10 de novembro. As notas do Enem podem ser usadas para participar do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que oferece vagas em instituições públicas de ensino superior, para concorrer a bolsas de estudo pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e a financiamentos pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Enem digital
O governo aposta no Enem digital, que começará a ser testado em 2020, para redução dos custos de aplicação da prova. Este ano será o último de aplicação do Enem exclusivamente impresso.
De acordo com Lopes, o Enem digital poderá reduzir o número de estudantes que se inscrevem e faltam à prova. Segundo ele, muitas das abstenções são de estudantes que fazem a prova em locais distantes de onde moram.
Agência Brasil
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A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) lançou um edital de processo seletivo com 352 vagas para transferência, reingresso e reopção de curso para todos os campus da instituição, na Paraíba. A oportunidade é destinada para alunos da própria universidade e de outras instituições de ensino superior (IES).
As inscrições serão feitas a partir das 15h do dia 14 de outubro e se estendem até o dia 31 do mesmo mês, no site da Comissão de Processos Vestibulares (Comprov). O resultado final será divulgado no dia 19 de dezembro.
Já o cadastramento dos classificados será realizado nos dias 4 e 5 de fevereiro de 2020. A primeira chamada para vagas remanescentes será publicada no dia 10 de fevereiro. A matrícula em disciplinas acontece no dia 2 de março e as aulas começam no dia 9 do mesmo mês.
As 352 vagas serão distribuídas em 78 cursos em diferentes turnos, nas seguintes modalidades:
Transferência voluntária
Os candidatos interessados na modalidade de transferência voluntária devem apresentar o número da inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Serão considerados válidos os exames realizados entre os anos de 2010 e 2018. Também é necessário enviar o histórico online do curso superior que está sendo realizado na instituição de origem e efetuar o pagamento da Guia de Recolhimento da União (GRU), no valor de R$ 50.
Para esta modalidade, é necessário que o aluno esteja regularmente matriculado em um curso da mesma área de conhecimento.
Reingresso e Reopção
Para os candidatos às modalidades de reingresso e reopção, não é necessário anexar documentos ao requerimento eletrônico de inscrição. Será utilizado o número de matrícula referente ao vínculo com a UFCG.
Na reopção de curso, o candidato deverá solicitar o ingresso em curso da mesma área de conhecimento. Já na modalidade reopção de turno, o pedido deverá ser para o mesmo curso em outro turno do mesmo centro de ensino.
G1 PB
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A comitiva brasileira embarcou nesta quinta-feira (10) para a Itália para participar da cerimônia de canonização da Irmã Dulce.
Os integrantes do grupo embarcaram em dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), que decolaram da Base Aérea de Brasília.
A cerimônia acontecerá neste domingo (13), no Vaticano, e será comandada pelo Papa Francisco. Irmã Dulce é a primeira mulher nascida no Brasil a se tornar santa.
A comitiva brasileira é formada por 15 representantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Integram o grupo, entre outras pessoas:
Segundo o decreto publicado pelo Ministério das Relações Exteriores, não haverá ônus nos casos de Aras e Sarney, ou seja, a viagem não será custeada com dinheiro público.
As esposas de Mourão, Alcolumbre, Maia, Aras e do embaixador Sardinha Pinto também compõem a comitiva, mas viajam sem ônus ao governo federal.
Ausência de Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro já havia informado que não viajaria ao Vaticano para a cerimônia de canonização. A previsão até esta semana, porém, era a de que ele participaria da celebração no próximo dia 20 na Arena Fonte Nova, em Salvador (BA).
O compromisso, contudo, foi cancelado nesta terça (8). Segundo a assessoria da Presidência, por "conflito de agenda".
No dia 20, Bolsonaro embarcará de Brasília para o Japão, em uma viagem oficial que passará também por China, Emirados Árabes Unidos, Catar e Arábia Saudita. O primeiro compromisso – a sucessão imperial do trono japonês – acontece na manhã do dia 22, em Tóquio.
Comitiva completa
A comitiva é composta, ainda, pelo embaixador do Brasil junto à Santa Sé, Henrique da Silveira Sardinha Pinto, e pelo prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM).
A esposa do governador de Goiás Ronaldo Caiado (DEM), Gracinha Caiado, chegou a ter o nome incluído na comitiva. Ela nasceu em Feira de Santana (BA), no mesmo estado de Irmã Dulce. A viagem foi cancelada, segundo a assessoria do governo de Goiás, após a internação de Caiado por problemas cardíacos.
Os representantes só retornam ao Brasil na próxima terça-feira (15), após as cerimônias marcadas para o sábado (12) e o domingo (13). Quando a canonização de irmã Dulce for oficializada pelo Papa Francisco, a primeira santa nascida no Brasil passará a ser chamada Santa Dulce dos Pobres.
Custos
A TV Globo questionou a Vice-Presidência da República sobre os custos da comitiva, mas foi orientada a pedir o dado pela Lei de Acesso à Informação (LAI). A lei estabelece até 60 dias para a prestação das informações, incluindo o prazo para recursos.
A Câmara dos Deputados deu a mesma resposta. O STF disse que os custos relativos à viagem de Dias Toffoli ainda estão sendo levantados.
G1
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Moradores de uma cidade do México amarraram o prefeito em um caminhão e o arrastaram pelas ruas na terça-feira (8).
Foram presas 11 pessoas pelo crime em Las Margaritas, no estado de Chiapas, segundo o jornal “El Universal”.
Os criminosos afirmaram que estavam cansados de aguardar pelos reparos em uma estrada local.
O prefeito Jorge Luis Escandón Hernández diz que já foi atacado antes –seu gabinete foi vandalizado há quatro meses– e que vai procurar a Justiça.
Um vídeo foi publicado em rede sociais que mostram um grupo de homens puxando Hernández. Funcionários da prefeitura tentam impedir, mas não conseguem.
Ele foi arrastado com as mãos presas. Policiais pararam o veículo para retirar o prefeito das pessoas que o arrastavam.
O prefeito não ficou ferido, de acordo com o "Washington Post".
G1
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Os Estados Unidos ainda não oficializaram o apoio à candidatura do Brasil para ingressar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE, priorizando Argentina e Romênia.
O apoio americano ao ingresso do Brasil na OCDE foi um dos principais acordos anunciados durante a visita do presidente Jair Bolsonaro a Washington em março.
A agência Bloomberg publicou nesta quinta-feira (10) uma reportagem em que afirma que o governo dos Estados Unidos teria desistido de apoiar a candidatura do Brasil.
A reportagem se baseia numa carta do secretário de Estado americano, Mike Pompeo, enviada ao secretário geral da organização, em que ele afirma que não quer discutir uma maior ampliação do clube de países mais ricos. Ele só apoia as candidaturas da Romênia e da Argentina.
Consultado, o governo americano confirmou que no momento apoia Romênia e Argentina, mas afirmou, como já fez anteriormente, que defende que o Brasil também entre na OCDE. "Apoiamos o aumento [gradual no número de integrantes da] OCDE e um convite ao Brasil, mas estamos trabalhando primeiro com a Argentina e a Romênia", afirmou um alto funcionário da administração dos EUA.
O colunista do G1 Valdo Cruz, em conversa com um assessor do presidente Jair Bolsonaro, apurou que a citação a Romênia e Argentina, e não ao Brasil, foi feita por um motivo cronológico, já que esses dois países iniciaram o processo de entrada na organização internacional há mais tempo. Segundo essa fonte do governo, os norte-americanos ainda apoiam o Brasil.
Há uma disputa interna dentro da OCDE para trocar a liderança, de acordo com o assessor do presidente brasileiro, e quando isso for resolvido, os EUA seguirão sugerindo o nome do Brasil.
Em maio deste ano, os Estados Unidos havia declarado apoio à entrada do Brasil na OCDE, de acordo com uma publicação do Itamaraty em rede social que foi compartilhada também pela Embaixada dos EUA em Brasília.
"O presidente Trump já tinha garantido seu apoio de maneira muito clara, de forma que a confirmação era esperada aqui no ambiente da OCDE", afirmou, na época, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
"Isso foi extremamente relevante. Era, talvez, a principal peça que faltava para que nós possamos, no mais breve prazo, começar o processo de adesão", disse Araújo.
G1
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O governo de Nicolás Maduro afirmou, nesta quinta-feira (10), que o ministro do Meio Ambiente do Brasil, Ricardo Salles, foi "tendencioso" ao dizer que a Venezuela é responsável pelo petróleo que atingiu praias do Nordeste brasileiro;
Salles declarou, na quarta (9), que as manchas de óleo "muito provavelmente" estão relacionadas a produto do país vizinho, que pode ter sido transportado perto da costa brasileira (veja mais abaixo).
Em comunicado divulgado em seu site, a estatal venezuelana de petróleo, PDVSA, afirmou ainda "rechaçar categoricamente" as declarações de Salles. O texto também foi publicado no site do Ministério do Petróleo da Venezuela (veja íntegra ao final da reportagem).
"Petróleos da Venezuela, S.A. (PDVSA) rechaça categoricamente as declarações do Ministro do Meio Ambiente da República Federativa do Brasil, Ricardo Salles, que acusa a República Bolivariana da Venezuela de ser responsável pelo petróleo bruto que polui as praias do Nordeste do Brasil desde o início de setembro, considerando essas alegações infundadas, uma vez que não há evidência de derramamentos de óleo nos campos de petróleo da Venezuela que poderiam ter causado danos ao ecossistema marinho do país vizinho."
"Condenamos essas afirmações tendenciosas", diz o texto, observando que as manchas estavam localizadas a cerca de 6.650 km de sua infraestrutura de petróleo.
O G1 entrou em contato com o Ministério do Meio Ambiente nesta quinta. Em nota, o órgão respondeu que "a indicação de origem venezuelana do óleo se baseia em análise técnica laboratorial da Petrobras. A hipótese aventada é que pode ter sido derramado a partir de navios que trafegaram ao longo da costa brasileira, e não necessariamente de campos do governo ditatorial venezuelano".
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que a resposta dada pelo governo Maduro sobre o óleo é "descabida". "Porque ela diz que não há vazamento de campos, e a hipótese não é de vazamento de campo, e sim o vazamento de um navio que tenha transportado o óleo venezuelano. Isso pode ter sido abastecido lá. A investigação da Marinha é nesse sentido", afirmou Salles, também nesta quinta.
No comunicado, a PDVSA afirma que não recebeu nenhum relato de clientes ou subsidiárias sobre vazamentos de petróleo perto do Brasil.
Relatório da Petrobras
Na quarta-feira (9), em uma audiência na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Congresso, Salles afirmou que o vazamento, "acidental ou não", provavelmente veio de um navio estrangeiro. O ministro foi o primeiro membro do governo Bolsonaro a citar o país vizinho como provável origem do petróleo.
"Esse petróleo que está vindo muito provavelmente é da Venezuela, como disse o estudo da Petrobras. É um petróleo que vem de um navio estrangeiro, ao que tudo indica, navegando perto da costa brasileira", disse Salles em audiência.
Na fala, o ministro se referia a um relatório divulgado pela Petrobras na terça (8), segundo o qual o petróleo nas praias do Nordeste é uma mistura de óleos venezuelanos. De acordo com o documento, a substância não é produzida, comercializada ou transportada pela estatal brasileira.
Questionado, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse que ainda não é possível dizer de onde o óleo veio.
Também na terça, mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro disse suspeitar que o derramamento fosse criminoso, mas não citou quem poderia estar por trás das manchas.
“É um volume que não está sendo constante. Se fosse de um navio que estivesse afundando, por exemplo, estaria saindo ainda óleo. Parece que, não é mais fácil, parece que criminosamente algo foi despejado lá”, disse o presidente.
No sábado (5), Bolsonaro determinou a apuração das causas e dos responsáveis pelas manchas de óleo. As investigações são conduzidas pela Polícia Federal, Ministério da Defesa, Ibama e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
A produção de petróleo da Venezuela despencou nos últimos anos devido ao subinvestimento e à má administração e, mais recentemente, às sanções dos Estados Unidos à PDVSA, destinadas a forçar a saída do presidente Nicolás Maduro.
Bolsonaro está entre os críticos mais importantes de Maduro na América Latina. O Brasil não reconhece o governo de Maduro, e sim o de Juan Guaidó, que se declarou presidente interino da Venezuela em janeiro.
O que diz o ministro de Minas e Energia
Nesta quinta, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que ainda não se sabe de onde vieram as manchas de petróleo.
"As correntes se espalharam para o noroeste e para o Sul. Por isso, é uma investigação complexa. Ainda não sabemos de onde esse óleo veio e como veio”, declarou Albuquerque. "Discordo da opinião de que o governo demorou a tomar providências. A investigação começou no dia 2 e foram disponibilizados os meios para conter o óleo", disse. A declaração foi feita durante um leilão de petróleo da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).
O diretor-geral da ANP, Decio Oddone, afirmou, no mesmo evento, que "esse caso não tem qualquer relação com a exploração de petróleo no Brasil. Provavelmente veio de um navio que passava pelo litoral e liberou esse óleo".
Manchas no litoral
As manchas de óleo começaram a aparecer no litoral do Nordeste no início de setembro. Desde então, segundo levantamento do Ibama, 139 locais de 63 municípios da região já foram atingidos pela substância, distribuídos entre 9 estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.
Nesta quinta, pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (Ufba) afirmaram que o petróleo que atinge o litoral do Nordeste veio da Venezuela.
"Nossos estudos agroquímicos evidenciam que o óleo é proveniente de uma bacia da Venezuela. Foram diversas análises geoquímicas a partir da coleta dessas amostras. Esse trabalho realmente revelou que se trata de um petróleo produzido na Venezuela", afirmou Olivia Oliveira, diretora do Instituto de Geociências da instituição.
Riscos e danos
O petróleo que apareceu nas praias, bruto, é tóxico: uma complexa mistura de hidrocarbonetos que apresenta contaminações variadas de enxofre, nitrogênio, oxigênio e metais. Por isso, é importante evitar contato direto com o material. O Ibama orienta que banhistas e pescadores não toquem o material ou pisem nele.
Os animais marinhos podem ser afetados tanto pela ingestão da substância quanto pelo contato com ela. O óleo já atingiu ao menos 15 tartarugas e uma ave bobo-pequeno ou furabucho (Puffinus puffinus), conhecida pela longa migração. Nove dessas tartarugas foram encontradas mortas ou morreram após o resgate. A ave também não resistiu ao óleo.
O projeto Tamar na Bahia e em Sergipe também suspendeu a soltura de filhotes de tartarugas marinhas.
Íntegra do comunicado da PDVSA
"Petróleos da Venezuela, S.A. (PDVSA) rechaça categoricamente as declarações do Ministro do Meio Ambiente da República Federativa do Brasil, Ricardo Salles, que acusa a República Bolivariana da Venezuela de ser responsável pelo petróleo bruto que polui as praias do nordeste do Brasil desde o início de setembro, considerando essas alegações infundadas, uma vez que não há evidências de derramamentos de óleo nos campos de petróleo da Venezuela que poderiam ter causado danos ao ecossistema marinho do país vizinho.
Da companhia estatal de petróleo da Venezuela, reiteramos que não recebemos nenhum relatório, no qual nossos clientes e / ou subsidiárias relatam uma possível avaria ou vazamento nas proximidades da costa brasileira, cuja distância com nossas instalações de petróleo é de aproximadamente 6.650 km, via marítima.
A República Bolivariana da Venezuela ratifica seu compromisso com a preservação da vida na Mãe Terra, objetivo histórico consagrado em nossa Constituição e na Lei do Plano da Pátria 2019-2025.
Condenamos essas reivindicações tendenciosas que buscam aprofundar as ações unilaterais de agressão e bloqueio contra nosso povo."
G1
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As exportações do milho brasileiro subiram mais de 130% entre janeiro e setembro deste ano na comparação com o mesmo período de 2018, segundo informou a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, do Ministério da Agricultura nesta quinta-feira (10).
Os embarques do grão, que teve safra recorde na safra 2018/2019, cresceram 134,7% em receita, chegando a US$ 4,98 bilhões, com 29 milhões de toneladas negociadas, aumento de 130%.
Segundo o governo, os principais países compradores do milho brasileiro foram: Japão (US$ 605,13 milhões), Coreia do Sul (US$ 386,40 milhões), União Europeia (US$ 371,25 milhões), Vietnã (US$ 293,96 milhões) e Taiwan (US$ 292,61 milhões).
Algodão
O algodão foi outro produto com destaque nas exportações com incremento nas vendas no mês de 50%, com US$ 229 milhões e embarques de 142 mil de toneladas (62%).
"O produto tem se beneficiado das tensões comerciais entre China e Estados Unidos, com forte elevação das exportações para a China", diz em nota o ministério.
Resultado em setembro
No mês, as exportações do agronegócio somaram US$ 7,75 bilhões, valor foi 3,9% inferior em relação ao montante exportado em setembro de 2018 (US$ 8,06 bilhões).
"A queda das exportações ocorreu em função da redução dos índices de preços dos produtos do agronegócio exportados pelo Brasil, que registraram recuo médio de 4,5%", explica o comunicado do governo.
Do valor total exportado pelo país em setembro, o agronegócio foi responsável por 41,4% (US$ 18,74 bilhões). No mesmo mês de 2018, as exportações do agronegócio tiveram participação de 42% nas exportações totais.
As importações de produtos do agronegócio apresentaram baixa, passando de US$ 1,07 bilhão em setembro de 2018 para US$ 1,05 bilhão em setembro de 2019, queda de 2,1%.
G1
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