O Brasil tem a mais baixa cobertura vacinal para a tríplice viral dos últimos cinco anos. De acordo com um boletim divulgado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (15), em todas as regiões do país a cobertura não chega aos 70%. No total do Brasil, está em 57,19% atualmente.
A esta altura do ano, deveria estar próxima da meta de 95%. A cobertura vacinal é a proporção do público alvo que já foi vacinada.
A queda da cobertura para a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, começou em 2017. Mesmo que ainda não tenhamos terminado o ano de 2019, o ministério já apresenta os dados como sinal de forte alerta, especialmente para o sarampo.
"O Brasil vem enfrentando grandes surtos de sarampo, que estão em consonância com o decréscimo das coberturas vacinais", diz o Ministério da Saúde.
A pasta "vem lançando mão de estratégias que visem a reversão deste cenário epidemiológico, aumentando a proteção da população, principalmente dos grupos prioritários que são as crianças", afirma a pasta.
O estado com a mais baixa cobertura vacinal neste ano é o Pará, com 44,9%. Já o mais bem posicionado é Alagoas, com 67,7%.
Falta de homogeneidade
Outro problema é a falta de homogeneidade da cobertura entre os municípios do país. Isso porque as doenças podem transitar de uma cidade para outra e, se a vacinação não for feita de forma homogênea nos diferentes estados, é impossível criar "cinturões" de imunização na população brasileira.
A meta é de que 70% dos municípios atinjam a cobertura vacinal desejada - algo que nunca foi alcançado, conforme o boletim.
Mas, entre 2015 e 2019, esse dado só piorou, e hoje estamos em apenas 6,2%. Por outro lado, o ministério acredita que "muito ainda pode ser feito para o alcance da homogeneidade adequada".
G1
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