Fevereiro 08, 2025
Arimatea

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A Central Internacional para a Compra de Medicamentos contra a AIDS, Malária e Tuberculose (Unitaid, sigla em inglês) publicou nesta segunda-feira (25) edital para a contratação de pesquisas visando a eliminação da infecção congênita da doença de Chagas e o desenvolvimento de estratégias e de ferramentas para aperfeiçoar prevenção, diagnóstico e tratamento. A pedido do Ministério da Saúde (MS) é a primeira vez que a central investe em Doença de Chagas.

A entidade, criada pelo Brasil Chile, França, Noruega e Reino Unido, vai aportar US$ 20 milhões, mais de R$ 80 milhões, conforme cotação do Banco Central, para redução da transmissão materno-fetal, tratamentos mais céleres e formulação de medicamentos com menos efeitos colaterais do que os nitroderivados Benznidazole (disponível no Brasil) e Nifurtimox (equivalente usado em outros países).

A expectativa da agência financiadora, que é parceira da Organização Mundial da Saúde, é que instituições de pesquisa de mais de um país façam consórcios para a busca de soluções. No Brasil, além da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Butantã, dezenas de universidades públicas (federais e estaduais) têm pesquisa avançada em medicina tropical. Essas instituições de pesquisa mantêm convênios com outros centros de excelência na Argentina, Bolívia, Colômbia e Peru.

“Essas grandes instituições possuem maior capilaridade no sentido de articular uma proposta nessa magnitude”, assinala Júlio Henrique Rosa Croda, diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do MS.

Sete milhões infectados
A doença de Chagas existe no Brasil e em outros 20 países da América Latina e atinge a cerca de 7 milhões de pessoas em todo mundo, entre essas pelo menos 2 milhões são mulheres em idade fértil. A estimativa é que só no Brasil haja 1 milhão de pessoas infectadas, a grande maioria sem conhecimento da doença. Também têm registros da doença Estados Unidos (estimativa de 600 mil casos) e a Espanha (70 mil casos), e outros que recebam migração latino-americana.

De acordo com o Ministério da Saúde, 4,5 mil pessoas morrem anualmente da doença no Brasil, após anos de contágio e o desenvolvimento de problemas cardíacos e no sistema digestivo. “No ano passado, ocorreram 380 casos da doença de Chagas Aguda no Brasil, sendo 92% das ocorrências na região Norte do país, principalmente no estado do Pará (290). A incidência da doença aguda foi de 0,18 casos para cada 100 mil habitantes”, descreve nota do MS.

Além da transmissão da mãe infectada para o filho no ventre, é recorrente no Brasil a contaminação pela ingestão de alimentos contaminados (como açaí e cana-de-açúcar) com as fezes ou urina do barbeiro (em algumas regiões chamado de bicudo) que transmitem o protozoário Trypanosoma cruzi. A picada do barbeiro direta na pele causa irritação e provoca coceira que também oportuniza o contágio, isso pode acontecer em áreas rurais (casas de barro e sem saneamento) ou mesmo na floresta.

Conforme especialistas, afora os riscos de contágio, o tratamento é um problema porque a população pobre, mais vulnerável, tem dificuldades para acessar médicos, medicamentos e laboratórios, e não faz exames clínicos periódicos, o que dificulta diagnóstico antes do desenvolvimento da doença e o rastreamento da infestação nas regiões pelas amostras de sangue.

Doença negligenciada
Segundo a chefe do Laboratório de Biologia Celular da Fiocruz, Maria de Nazaré Correia Soeiro, “a doença de Chagas é uma das 20 doenças negligenciadas pela indústria farmacêutica”, porque o desenvolvimento do medicamento não desperta interesse nos fabricantes. “A visão é que investimento em pesquisa sobre Doença de Chagas não teria retorno financeiro, uma vez que a população que necessita de tratamento é extremamente pobre”.

Na avaliação de Júlio Croda, a falta de visibilidade da população dificulta o combate à doença e o desenvolvimento de ferramentas para tratamento. “O acesso ao diagnóstico não é fácil. Por isso esse investimento. A gente quer desenvolver um teste igual ao do HIV. Aquele teste rápido. Que possa ser feito na atenção primária, e possa ter resposta no mesmo momento.”

Segundo ele a pesquisa a ser patrocinada pela Unitaid “é o maior investimento em pesquisa sobre doença de Chagas na história, e vai culminar com uma nova política e novas estratégias de saúde para Doença de Chagas, principalmente integrado com atenção primária”.

A iniciativa é elogiada pela chefe do Laboratório de Biologia Celular da Fiocruz, que teme efeitos do aumento da pobreza e da desigualdade no Brasil que ocorre desde 2014, associados à falta de saneamento para grande parte da população, acesso à educação e saúde. “Os ganhos de controle precisam de sustentação de medidas. É preciso garantir o rastreamento da doença.”

Agência Brasil
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O Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira (25) que as pessoas com HIV/aids poderão manter o tratamento com o antirretroviral dolutegravir se também contraírem tuberculose. O medicamento era contraindicado durante o tratamento da tuberculose, mas estudos científicos indicaram a eficácia do antirretroviral combinado aos medicamentos para tratar pessoas infectadas por esta doença.

Segundo a pasta, o dolutegravir é considerado um dos mais modernos antirretrovirais do mundo e é oferecido no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2017 para pessoas com HIV. A ampliação do uso do medicamento permitirá reduzir a ocorrência de complicações durante o tratamento e alcançar mais rapidamente melhor qualidade de vida ao paciente na comparação com outros antirretrovirais usados no tratamento de HIV.

As pessoas que vivem com HIV têm 25 vezes mais risco de desenvolver tuberculose quando comparadas às que não têm o vírus. Isso acontece por causa da fragilidade do sistema imunológico, responsável pela defesa do organismo contra doenças. No Brasil, em 2017, dos 74,8 mil novos casos registrados de tuberculose, 11,4% apresentaram resultado positivo também para o HIV, o que representa 8,5 mil pessoas infectadas pelas duas doenças (TB-HIV).

De acordo com Ministério da Saúde, o risco de morte em pessoas com infecção dupla, por tuberculose e HIV, é 3,08 vezes maior do que o risco de morte em pessoas apenas com tuberculose, sem HIV. Dentre as pessoas com HIV e tuberculose, 19% evoluem para óbito, enquanto entre aquelas que têm apenas tuberculose, sem a presença do vírus HIV, o percentual é de 6,2%.

Agência Brasil
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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou, hoje (26), na internet, os gabaritos preliminares das questões objetivas do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). Também foram divulgados os 29 cadernos de provas das graduações avaliadas na edição deste ano.

O Enade foi aplicado no domingo (24) a estudantes concluintes de cursos de graduação. Ao todo, participaram 390.365 estudantes, que fizeram as provas em 1.063 municípios de todo o país. A divulgação do gabarito estava prevista para amanhã (27), de acordo com o Inep, mas foi antecipada.

Nesta edição, o exame avaliou os cursos de ciências agrárias, ciências da saúde e áreas afins; engenharias e arquitetura e urbanismo; e os cursos superiores de tecnologia nas áreas de ambiente e saúde, produção alimentícia, recursos naturais, militar e de segurança.

Os estudantes responderam a dez questões de formação geral, comuns aos cursos de todas as áreas, sendo duas discursivas e oito de múltipla escolha; e a 30 questões referentes a componentes específicos de cada área, sendo três discursivas e 27 de múltipla escolha.

O gabarito preliminar divulgado é apenas das questões objetivas da avaliação. O padrão de resposta para as questões discursivas e os gabaritos definitivos serão divulgados no início de 2020.

As manifestações contrárias aos gabaritos publicados podem ser encaminhadas ao endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. até 25 de janeiro de 2020.

Agência Brasil
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Termina neste sábado (30) o prazo para que estudantes que têm contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) firmados até o segundo semestre de 2017 renovem o financiamento. O pedido de aditamento é feito inicialmente pelas instituições de ensino e, em seguida, os estudantes devem validar as informações inseridas pelas faculdades no Sistema Informatizado do Fies (SisFies).

Os contratos do Fies devem ser renovados a cada semestre. O prazo, que terminaria no dia 31 de outubro foi prorrogado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que é responsável por esses contratos.

No caso dos chamados aditamentos simplificados, sem alterações no contrato, a renovação é formalizada a partir da validação do estudante no sistema. Quando há, no entanto, mudanças nas cláusulas do contrato, como mudança de fiador, por exemplo, o aluno precisa levar a documentação comprobatória ao agente financeiro, que é o Banco do Brasil ou a Caixa Econômica Federal, para finalizar a renovação.

Novo Fies
Em 2018, o Fies foi reformulado e passou a vigorar o chamado Novo Fies. Os contratos firmados a partir desse ano têm prazos definidos pela Caixa. O Novo Fies tem modalidades que variam de acordo com a renda familiar. A modalidade Fies juro zero é voltada para os candidatos com renda mensal familiar per capita de até três salários mínimos. Nesse caso, o financiamento mínimo é de 50% do curso, enquanto o limite máximo semestral é de R$ 42 mil e é bancado pelo governo.

Além do juro zero, o Novo Fies oferece a modalidade P-Fies para candidatos com renda familiar per capita entre 3 e 5 salários mínimos. Nesse caso, o financiamento é feito por condições definidas pelo agente financeiro operador de crédito, que pode ser um banco privado ou fundos constitucionais e de desenvolvimento.

Agência Brasil
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Parte dos cômodos Casa Branca, a sede do governo dos Estados Unidos, e de outros prédios do entorno foram brevemente esvaziados nesta terça-feira (26) pela preocupação de que uma pequena aeronave tenha violado restrições ao espaço aéreo.

A desocupação foi uma medida de segurança preventiva e durou cerca de meia hora.

O Serviço Secreto dos EUA disse também que as pessoas que já estavam dentro de alguns cômodos foram ordenadas a não sair de seus lugares durante alguns momentos.

A polícia da capital federal dos EUA, Washington D.C., enviou uma notificação de ameaça em potencial pouco tempo depois das 8h30 (10h30 de Brasília), e que a desocupação foi ordenada. As pessoas puderam entrar no prédio depois de meia hora.

Associated Press
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O governo francês anunciou, na manhã desta terça-feira (26), a morte de 13 militares franceses em um acidente envolvendo dois helicópteros no Mali, na noite de segunda (25).

“Seis oficiais, seis suboficiais e um comandante foram mortos na operação e pela França no duro combate contra o terrorismo no Sahel”, diz o comunicado oficial do governo francês, segundo a RFI, em referência à vasta região no norte da África.

As mortes são as maiores perdas francesas desde que o país começou a atuar no Sahel, em 2013. Desde aquele ano, ao menos 44 militares franceses morreram na região.

O presidente Emmanuel Macron ressaltou a “coragem” dos soldados “mortos pela França”. No Twitter, ele afirmou que os militares estavam em uma operação de combate a terroristas.

"Esses 13 heróis não tinham outro objetivo a não ser nos proteger", disse. "Eu me curvo à dor de seus entes queridos e camaradas".

O acidente aconteceu durante uma operação na região de Liptako, na fronteira do Mali com o Níger. Os dois helicópteros, um Cougar de transporte de soldados e um Tigre, usado em ataques, voavam em baixa altitude, dando suporte a tropas francesas no solo que perseguiam terroristas em uma caminhonete e motocicletas.

Ninguém a bordo dos helicópteros sobreviveu. A ministra da Defesa francesa, Florence Parly, disse que uma investigação foi aberta sobre o acidente.

"Treze soldados morreram pela França durante uma operação contra terroristas no Mali. Todos os meus pensamentos vão para suas famílias, para seus irmãos de armas", escreveu Parly no Twitter. "Toda a França está enlutada, eu me curvo com dor e respeito ao compromisso deles [soldados]".

A ministra também publicou uma foto em que Macron aparece prestando homenagem aos soldados mortos, com a legenda "mortos pela França. Não esqueceremos jamais."

O primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, também lamentou as mortes no Twitter. "Treze dos nossos morreram em sua missão contra terroristas islâmicos no Sahel. Penso em suas famílias, parentes, irmãos de armas. A esses heróis mortos por seu país, todos devemos nossa infinita gratidão", escreveu.

Ambas as regiões de Liptako, perto da fronteira com o Níger, e de Gourma, próxima à fronteira com Burkina Faso, se tornaram pontos estratégicos de travessia para grupos extremistas por serem pouco guarnecidas, escreveu o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos no mês passado, segundo a Associated Press.

A França começou a operar na área de Liptako em 2017. Neste ano, construiu uma nova base em Gossi, na região de Gourma, de acordo com o Instituto.

A operação francesa na África Ocidental e Central é sua maior missão militar no exterior e envolve 4,5 mil pessoas. A França interveio no Mali pela primeira vez em 2013, depois que extremistas tomaram controle de cidades importantes e implementaram uma versão mais dura da lei islâmica.

Os terroristas foram forçados a voltar ao deserto, onde se reorganizaram, afirmou a Associated Press. Uma nova onda de ataques extremistas no país já matou mais de 100 soldados locais nos últimos dois meses.

O Estado Islâmico reivindica responsabilidade com frequência pelos ataques. Antes de morrer, no final de outubro, o líder do grupo, Abu Bakr al-Baghdadi, parabenizou "irmãos" no Mali e no vizinho Burkina Faso por prometer lealdade.

A região é uma frente emergente na luta contra o grupo e outros extremistas, incluindo os ligados à Al-Qaeda, afirmam os Estados Unidos.

G1
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Os protestos incessantes no Chile colocaram os membros do Parlamento do país em risco.

"Ladrões", "trapaceiros" e "corruptos" são alguns dos insultos que recebem dos manifestantes desde o início do surto social, no dia 18 de outubro.

Uma das principais causas da indignação com a classe política tem a ver com os altos salários que os deputados e senadores do país sul-americano recebem.

Embora o desconforto sobre esse assunto tenha sido instalado muito antes da crise atual, a violência das últimas manifestações colocou na mesa o tema da redução desses salários.

E assim, pressionados pelo clamor das ruas, e após cinco anos de tentativas fracassadas e resistência de vários partidos políticos, a controversa iniciativa parece finalmente estar saindo do papel.

De um modo geral, o projeto — que já tem maioria e será votado nesta quarta-feira, dia 27 de novembro, na Câmara dos Deputados — busca reduzir a remuneração mensal bruta de senadores e deputados de US$ 11.700 (cerca de R$ 49.300) para US$ 5.850 (aproximadamente R$ 24.700).

Com esta medida, espera-se diminuir a tensão e fazer frente às críticas contra os parlamentares por conta de seus salários "excessivos".

Mas essas remunerações são realmente excessivas em comparação com outros países? Quanto os deputados e senadores chilenos ganham em relação a seus vizinhos da América Latina? E do mundo?

As respostas parecem dar razão aos manifestantes.

O maior da América Latina e do mundo
De acordo com um estudo realizado pelo Centro Latinoamericano de Políticas Econômicas e Sociais (Clapes UC), em 2018, o Chile era o país que, na América Latina, pagava as maiores remunerações a seus parlamentares, sem considerar subsídios adicionais, como diárias ou despesas de transporte, entre outros.

O relatório afirma que, na região, o salário bruto mensal médio no mesmo ano corresponde a US$ 10.205 (R$ 43 mil), ajustado pela paridade do poder de compra (PPC) — o sistema de medição que permite saber o que um dólar pode comprar em cada país e, portanto, faz comparações mais precisas.

Os parlamentares do Chile, no entanto, recebem mais que o dobro da média, com US$ 23.035 (R$ 97,2 mil, ajustado ao PPC), seguido pelo México e pelo Brasil, com US$ 20.609 (R$ 87 mil) e US$ 16.462 (R$ 69,5 mil), respectivamente.

Além do salário, os deputados brasileiros recebem auxílio-moradia no valor de R$ 4,2 mil mensais e Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar, que varia de R$ 30,7 mil a R$ 45,6 mil, dependendo do Estado do deputado. Para os senadores, essa cota vai de R$ 21 mil a R$ 44,2 mil por mês. Conhecido como "cotão", o benefício serve para pagar, por exemplo, gastos com telefonia, correios, hospedagem, alimentação e passagem aérea.

Deve-se esclarecer que o parlamento mexicano reduziu seus salários este ano para 74.548 pesos mexicanos (US$ 3.842 ou R$ 16,2 mil) depois que o presidente Andrés Manuel López Obrador (AMLO) decidiu que era necessário diminuir o salário de cem funcionários públicos no âmbito de seu "plano de austeridade".
Enquanto isso, os países da América Central recebem salários menores. No Panamá, por exemplo, os parlamentares recebem um salário bruto de US$ 3.025 (R$ 12,7 mil, ajustado ao PPC) — o que corresponde a menos de um terço da média da região.

Esses dados analisados ​​pela Clapes UC consideram apenas a remuneração recebida pelos deputados de cada país, pois nem todos possuem sistemas legislativos de duas câmaras (ou seja, deputados e senadores).

A percepção do salário excessivo dos parlamentares chilenos se intensifica ainda mais quando comparada ao salário mínimo estabelecido no país, que é de US$ 377 (R$ 1.590).

Ou seja, o salário bruto recebido pelos deputados e senadores é 31 vezes o salário mínimo do país.
Mas, fora a América Latina, como é no resto do mundo?

Em 2016, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) realizou um estudo comparativo dos salários no Chile, em relação a outros países do mundo.

Com base nos dados obtidos, a organização garante que o país "ocupa o primeiro lugar nas remunerações parlamentares mais altas do conjunto de 26 países estudados".

O relatório coloca o Chile com um salário de US$ 24.599 (R$ 103,8 mil ajustado ao PPC), bem acima de países europeus como o Reino Unido (US$ 7.892 ou R$ 33,3 mil), França (US$ 6.650 ou R$ 28 mil), Noruega (US$ 6.142 ou R$ 25,9 mil) ou Espanha (US$ 4.164 ou R$ 17,5 mil).

Além disso, o estudo destaca que no Chile a função parlamentar não é de dedicação exclusiva, como em outros países onde eles recebem salários mais baixos, como Noruega e Espanha.
Isso significa que os chilenos podem exercer suas profissões enquanto participam de seu trabalho parlamentar. Algo que na prática só acontece porque muitos têm, por exemplo, escritórios privados de advocacia.

Diante desses dados, muitos cidadãos chilenos pedem uma mudança. De fato, de acordo com a pesquisa da Cadem de junho deste ano, 93% concordam com a redução da remuneração de deputados e senadores.

Por que os salários são tão altos no Chile?
Mas a pergunta que surge é por que o salário de um parlamentar chileno é tão acima da média.

Para responder isso, precisamos voltar à Constituição de 1980, onde está estabelecido que os deputados e senadores receberão uma remuneração equivalente à de um ministro de Estado, "incluindo todas as atribuições que lhes correspondem".

Em conversa com a BBC Mundo, Claudio Fuentes, especialista em ciências políticas e autor de uma das propostas para reduzir a remuneração parlamentar, explica que "no serviço público havia a ideia de que se o salário é baixo, a pessoa remunerada terá poucas habilidades".

"Você tinha que atrair pessoas dispostas a renunciar a altos salários. Daí o salário dos ministros e, portanto, dos parlamentares: a economia do país exigia pessoas muito bem treinadas. Essa é a lógica por trás dos salários competitivo ", acrescenta.
Isso fez com que o parlamento chileno estivesse cada vez mais integrado pela elite.

"Houve uma transformação. Os representantes começaram a vir de escolas particulares pagas, com uma origem social mais elitista".

E essa é apenas uma das críticas que, nos últimos tempos, têm sido ouvidas nas ruas do Chile.

Que seus políticos, seja de governo ou oposição, estão "desconectados" do mundo popular, pois vivem numa única sociedade, frequentam as mesmas escolas e, nas férias, os mesmos balneários.

Controvérsia em torno da lei
A discussão do projeto de lei para reduzir a remuneração parlamentar no Chile não foi isenta de polêmicas.

Isso porque agora não só se busca reduzir o salário bruto de deputados e senadores, mas também sua verba de gabinete, que é usada para pagar assessores e despesas operacionais, entre outras coisas.

No caso dos senadores, essa verba passa de US$ 25 mil (R$ 105,5 mil) por mês, enquanto no caso dos deputados são mais de US$ 12.520 (R$ 52,8 mil).

Outro ponto polêmico tem a ver com a redução do salário de outros poderes do Estado.

Segundo o Banco Central do país, 12 mil funcionários podem ser afetados, e teriam seus salários cortados pela metade.
Lamberto Cisternas, um porta-voz da Suprema Corte, manifestou o desagravo desses funcionários: "Uma baixa desse tipo significa atentar contra a independência dos juízes".

Nesse debate, algumas autoridades chilenas fizeram referência ao caso do México, advertindo que a decisão do presidente do país de reduzir seu salário dentro de um "plano de austeridade" produziu efeitos "indesejados".

"Foi uma redução muito drástica e fez com que muitas pessoas deixassem o governo. Cerca de 200 funcionários renunciaram a partir dessa regra e o restante apresentou recursos de proteção", disse o presidente do Banco Central do Chile, Mario Marcel.

Provavelmente, esses últimos pontos controversos serão discutidos no Senado, quando o projeto chegar lá para sua última aprovação.

O que está claro é que a redução da remuneração parlamentar é praticamente iminente e que, a partir do primeiro semestre de 2020, deputados e senadores chilenos devem estar recebendo metade do seu salário atual.

BBC
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Mais de 10 pessoas morreram e mais de 600 ficaram feridas no terremoto de 6,4 de magnitude que atingiu a Albânia nesta terça-feira (26), de acordo com as agências France Presse e Associated Press. Muitos edifícios desabaram, deixando pessoas soterradas.

O tremor é o mais forte a atingir o país europeu da Península dos Balcãs em décadas. O abalo foi sentido na capital, Tirana, onde moradores em pânico correram para as ruas, e em países vizinhos.

O balanço de mortos ainda é impreciso e pode aumentar. A agência France Presse, citando o Ministério da Defesa, afirma que 16 pessoas morreram. A CNN afirma que 14 pessoas morreram, e Associated Press, 18.

As autoridades mobilizaram 400 militares para participar em operações de emergência em Durres e Thumane, onde várias pessoas estão nos escombros de edifícios, informou o ministério da Defesa.

"Estamos trabalhando para fazer todo o possível nos locais afetados", afirmou o primeiro-ministro, Edi Rama.

Vítimas
Três pessoas, incluindo uma criança, morreram no desabamento de um edifício em Durres, na costa adriática, ao leste da capital albanesa, informou a ministra da Saúde Albânia, Ogerta Manasterliu. Nessa cidade, uma criança foi tirada viva dos escombros.

Um outro desabamento de prédio, em Thumane, ao norte de Tirana, deixou um homem e uma mulher mortos.

Em estado de pânico, um homem de 50 anos saltou de um edifício em Kurbin. Ele não resistiu aos ferimentos.

O tremor
O terremoto foi sentido às 3h54 (23h54 de Brasília, segunda-feira), em Tirana (capital do país), Thumane e Durres, onde provocou estragos.

O sismólogo albanês Rrapo Ormeni afirmou que este foi o terremoto mais intenso registrado na região de Durres desde 1926.

O tremor também foi sentido em outros países da região dos Bálcãs. Na Bósnia, ele foi sentido em Sarajevo (a 400 km de distância) e na Sérvia, em Novi Sad (quase 700 km), informaram jornais locais e mensagens publicadas por moradores nas redes sociais.

O epicentro do tremor foi localizado no Mar Adriático, 34 km ao noroeste de Tirana, a 10 km de profundidade, de acordo com o Centro Sismológico Euromediterrâneo. Em seguida, foram registradas várias réplicas.

Bósnia
Mais tarde, um terremoto de magnitude 5,4 também atingiu a Bósnia, que fica perto da Albânia. O seu epicentro foi registrado a 75 km ao sul da capital bósnia Sarajevo, informou o Centro Sismológico Europeu-Mediterrâneo. Não houve registro de mortos ou feridos.

G1
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Em outubro, as vendas da indústria brasileira de máquinas e equipamentos mantiveram-se estáveis na comparação com o mês anterior (0%), mas cresceram 1,9% em relação ao mesmo mês do ano passado, informou hoje (26) a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

Segundo a Abimaq, o melhor desempenho das vendas deve-se às vendas no mercado interno. As vendas para o mercado externo tiveram retração, com desempenho negativo de 11% em comparação a setembro e de -21,1% na comparação com o mesmo mês do ano passado. A Abimaq atribuiu o resultado à desaceleração da atividade produtiva em diversos parceiros comerciais.

Já a importação cresceu 31,9% na comparação mensal e 39,7% em relação ao mesmo mês de 2018.

Quanto aos empregos, houve crescimento de 1,2% no mês passado na comparação anual e queda de 0,4% em relação a setembro.

“Em outubro, os números [do setor] vieram bons, [foram] até melhores do que as expectativas. Normalmente outubro é um mês em que há desaceleração na atividade”, disse a gerente do Departamento de Economia, Estatística e Competitividade da Abimaq, Maria Cristina Zanella.

Ela acrescentou que não se esperava uma desaceleração tão forte no mercado internacional e que isso fosse refletir nos dados de exportação. "As exportações do setor representam cerca de 40%. Com uma queda forte, da ordem de quase 10%, isso comprometeu bastante o nosso resultado e, por isso, as expectativas [anteriores] não se concretizaram.”

O setor prevê encerrar o ano com crescimento de 1,6%. Para o ano que vem, o crescimento previsto é em torno de 3,2%.

Agência Brasil
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A inadimplência de alunos em instituições de ensino particular em todo o país aumentou no primeiro semestre de 2019. Comparada com a quantidade de negativações do ano passado, depois de dois anos consecutivos de queda no índice, a falta de pagamento das mensalidades de alunos dos ensinos infantil, fundamental e médio cresceu 5,9% nos primeiros seis meses do ano, enquanto no ensino superior o incremento foi de 4,9% durante o mesmo período.

É o que revela pesquisa da empresa Serasa Experian. No acumulado entre janeiro de 2014 e junho de 2019, o total de negativações nos três níveis escolares é 20,8% maior de quando o indicador foi iniciado. Universitários têm maior porcentagem de dívidas não pagas: 47,2%.

Segundo o economista da Serasa Luiz Rabi, a queda dos últimos dois anos pode ser explicada porque o país começou a sair da recessão, mas o aumento durante o primeiro semestre tem relação direta com inflação dos quatro meses de 2019.

“Esse fator fez com que os índices de inadimplência aumentassem, batendo recordes durante todo o primeiro semestre. O aumento afeta todos os segmentos, e não seria diferente com as escolas particulares”, afirmou.

Agência Brasil
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