Fevereiro 08, 2025
Arimatea

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Após vencer a partida de ida por 2 a 0 em casa, o Athletico-PR voltou a derrotar o Red Bull Bragantino e eliminou o adversário na oitavas de final da Copa do Brasil.

A partida de volta aconteceu no estádio Nabi Abi Chedid, casa do Massa Bruta, em Bragança Paulista, e terminou em 3 a 2 para o Furacão, que garantiu a vagas nas quartas de final.

Canobbio, Mastriani e Fernandinho abriram um incrível 3 a 0 para o Athletico. Com dois gols no fim da partida, Thiago Borbas descontou para o Bragantino.

Primeiro tempo
Jogando em casa e precisando reverter o placar, o Bragantino começou o jogo melhor e por muito pouco não abriu o placar. Aos 18 minutos, o Massa Bruta acertou a trave duas vezes, em dois lances seguidos, com Lincoln e Henry Mosquera.

No contra-ataque, o Furacão conseguiu abrir o placar com um bonito gol de Canobbio, que aproveitou ótima assistência de Cuello.

Segundo tempo
O Bragantino voltou para o segundo tempo com Eduardo Sasha, que aos dois minutos teve uma grande chance de cabeça. Ele finalizou e Léo Linck fez uma defesa INCRÍVEL para impedir o empate.

O Massa Bruta seguiu em cima, mas deu novo contr-ataque para o Athletico-PR aos 16 minutos do segundo tempo. Mastriani não perdoou e praticamente matou o jogo.

Fernandinho ainda aumentou de pênalti, aos 28 minutos da segunda etapa. O Braga melhor a pontaria no final do jogo e fez dois gols com Thiago Borbas, mas não foi suficiente.

E agora?
O Athletico-PR está classificado para as quartas de final da Copa do Brasil e aguarda a definição do adversário na próxima fase - ainda não há data para que ocorra o sorteio.

O Bragantino, por sua vez, cai nas oitavas de final da competição.

Próximos confrontos
Os dois times voltam a jogar no fim de semana, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro.

O Bragantino visita o Corinthians às 21h30 de sábado, 10, na Neo Química Arena.

O Athletico visita o Internacional às 19h de domingo, 11, no estádio Beira-Rio.

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nesta quinta-feira (8) a soltura do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques.

Moraes revogou a prisão preventiva por entender que os elementos que levaram à prisão, há um ano, não se aplicam mais ao caso.

Quando solto, Silvinei Vasques terá que cumprir medidas cautelares, incluindo:

  • o uso de tornozeleira eletrônica;
  • obrigação de se apresentar à Justiça periodicamente;
  • cancelamento do passaporte e proibição de deixar o país;
  • suspensão do porte de arma de fogo;
  • proibição de uso das redes sociais.

Silvinei está preso desde 9 de agosto de 2023 por ordem do STF, acusado de tentar interferir no segundo turno das eleições de 2022 para beneficiar o então presidente Bolsonaro.

Atualmente, ele cumpre a prisão preventiva no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Até as 9h20, ele ainda não tinha deixado o presídio.

Moraes também proibiu comunicação de Silvinei com outros investigados.

g1
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou nesta quinta-feira (8) no Diário Oficial da União uma medida provisória que isenta os atletas olímpicos de pagarem Imposto de Renda sobre os prêmios recebidos pelas Olimpíadas de Paris 2024.

Medalhas, troféus, insígnias e outros objetos do tipo recebidos pelos atletas no exterior já eram isentos de impostos federais. Os prêmios em dinheiro, no entanto, entram normalmente na declaração anual do Imposto de Renda.

O texto isenta especificamente as premiações em dinheiro pagas pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) pelo desempenho nos jogos deste ano.

Os prêmios oferecidos por confederações e federações das modalidades, por patrocinadores ou pelos clubes dos atletas continuarão sujeitos à taxação, que é de até 27,5%.

A nova regra vale para todos os prêmios recebidos na edição atual dos Jogos Olímpicos.

Por isso, vai beneficiar mesmo aqueles atletas olímpicos que ganharam competições antes desta quinta-feira, como a judoca Beatriz Souza e a ginasta Rebeca Andrade.

Nesta quarta (8), a Receita Federal divulgou nota dizendo que não podia, por conta própria, abrir mão de cobrar esse imposto. Ou seja: que era preciso mudar a legislação.

Segundo a Receita, para fins de tributação, os atletas eram enquadrados na norma como qualquer outro trabalhador.

"Isso é tributado como qualquer outra remuneração de qualquer outro(a) profissional, desde que seja um valor superior ao da faixa de isenção do imposto de renda (hoje em dois salários mínimos)", acrescentou o Fisco, por meio de nota e antes da mudança.

A MP é assinada por Lula, pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, e pelo ministro do Esporte, André Fufuca.

Medidas provisórias têm prazo de validade de até 120 dias. Nesse período, o texto precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado e convertido em lei – caso contrário, perde validade.

Durante a tramitação, deputados e senadores podem alterar o conteúdo do texto. Neste caso, as alterações vão para a mesa de Lula, que pode sancionar ou vetar a nova versão.

COB elogia mudança
O Comitê Olímpico Brasileiro "celebrou" a medida provisória em uma rede social.

"Como premiação aos medalhistas em Paris, o COB está oferecendo valores cerca de 40% mais elevados aos praticados no último ciclo olímpico. Divididos em três categorias de atletas (individual, grupo e coletiva), as premiações variam entre R$ 1,05 milhão e R$ 140 mil", divulgou a entidade.

Polêmica nas redes sociais
A taxação de prêmios recebidos pelos atletas brasileiros nas Olimpíadas ganhou repercussão nas redes sociais nos últimos dias.

O prêmio em dinheiro por cada medalha de ouro, por exemplo, é de R$ 350 mil. Medalhas de prata e de bronze, respectivamente, rendem aos atletas R$ 210 mil e R$ 140 mil. Sobre esses valores, incide o Imposto de Renda.

  • Beatriz Souza, por exemplo, que foi a primeira atleta a ganhar ouro para o Brasil nas Olimpíadas, além de uma medalha de bronze, conquistou R$ 392 mil em premiação. Se tivesse que pagar Imposto de Renda, o valor cairia para cerca de R$ 285,1 mil.
  • Rebeca Andrade, recordista brasileira em número de medalhas, somou R$ 826 mil em premiações individuais. Com a cobrança dos impostos, o valor final cairia para R$ 598,8 mil.

g1
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reúne todos os 39 ministros em uma reunião nesta quinta-feira (8) para analisar situação política, social e econômica do país. O encontro servirá para dar início à organização da segunda metade do mandato.

A reunião está marcada para começar às 9h30 no Palácio do Planalto e deve abordar, entre outros temas:

  • as eleições municipais de outubro;
  • a agenda legislativa;
  • o calendário de votações no Congresso;
  • e cortes no orçamento.

Os ministros foram orientados pelo gabinete do presidente a não marcarem outros compromissos para esta quinta. “Não convém se ausentar antes do término”, diz trecho da convocação para o encontro enviada aos ministros.

A expectativa é que cada ministro fale por cinco minutos, mas não faça apresentação ou balanço de ações de cada ministério.

Eleições municipais
Lula deve pedir para que ministros e funcionários do governo federal tomem cuidado ao fazer campanha para não infringir a legislação eleitoral.

A Advocacia-Geral da União (AGU) elaborou uma cartilha do que pode e o que não pode ser feito. A legislação proíbe, por exemplo, fazer campanha em horário de expediente.

Lula e o candidato a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), foram multados por propaganda antecipada. A ação foi movida pelo Partido Novo, uma das legendas que acionou a Justiça contra a fala de Lula durante evento de 1º de Maio, no estádio do Corinthians, na Zona Leste da capital paulista.

O juiz Paulo Eduardo de Almeida Sorci, do Tribunal Regional Eleitoral de SP, determinou o pagamento de R$ 20 mil para Lula e R$ 15 mil para o deputado federal Guilherme Boulos.

O único ministro que vai tirar férias para fazer campanha é Luiz Marinho, do Trabalho, que vai se engajar na campanha de Luiz Fernando Teixeira, candidato do PT em São Bernardo do Campo e irmão do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT).

Outra preocupação de Lula é que as eleições tumultuem a coalizão que sustenta o governo, uma vez que em várias capitais há mais de um candidato da base. Lula deve reforçar o pedido para que ministros sejam cautelosos com o tema.

Alguns ministros devem evitar participar da disputa. Ministros do MDB, por exemplo, já se recusaram a gravar vídeos de apoio a alguns candidatos apoiados pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Inteligência Artificial
Integrantes do governo afirmam que Lula está muito interessado no tema da Inteligência Artificial. Isso inclui as possibilidades de uso da IA nos serviços públicos, bem como pelos usos nocivos dessas ferramentas como a criação de fake news.

Na semana passada, após o lançamento do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial, o próprio Lula disse que trataria do assunto em reunião com os ministros.

O Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI), que coordenou a elaboração do plano, queria que o tema fosse tratado em decreto, mas a Casa Civil entendeu ser algo grande para ser oficializado por decreto sem saber de onde virá o dinheiro. A reunião servirá para direcionar o tema.

Ao mesmo tempo, a Secretaria de Relações Institucionais e a Secretaria de Comunicação da Presidência da República farão uma exposição sobre regulação de IA.

Relação com o Congresso
Na agenda legislativa, uma das prioridades do governo Planalto no Congresso Nacional antes da campanha eleitoral para as eleições municipais é aprovar a regulamentação da tributária.

A primeira parte da regulamentação foi aprovada pela Câmara dos Deputados e agora tramita no Senado Federal. A segunda parte da regulamentação ainda deve ser votada pelos deputados para depois seguir para apreciação dos senadores.

Apesar da atenção dada ao tema pelo Executivo, na terça-feira (6), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que a análise do tema no Senado deve ficar para depois das eleições municipais.

Além disso, o Planalto quer aprovar o Acredita, que cria linhas de crédito para públicos variados: dos usuários do CadÚnico, que terão acesso a microcrédito orientado, a empresas de pequeno porte.

O governo e o Congresso Nacional também precisam encontrar uma fonte de recursos para compensar a desoneração da folha de pagamentos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) deve fazer ainda uma exposição sobre a agenda econômica e falar dos cortes no orçamento.

g1
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A Advocacia-Geral da União (AGU) vai recorrer da decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a devolução de itens recebidos por presidentes da República enquanto ocupam o cargo.

Nesta quarta-feira (7), o TCU decidiu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não precisa devolver um relógio de luxo recebido em 2005, ainda em seu primeiro mandato como presidente.

O recurso da AGU, no entanto, não é para que Lula devolva o item recebido. O governo federal quer que prevaleça para a questão o entendimento de que os itens recebidos após 2016, quando a corte de contas determinou que os presentes recebidos deveriam integrar patrimônio da União, sejam devolvidos, e que essa obrigatoriedade não tenha efeito retroativo.

Um ministro próximo ao atual presidente afirma que o TCU não pode "colocar Lula no mesmo balaio de Bolsonaro". "Bolsonaro agiu de má fé. Se apropriou e vendeu os bens", afirmou ao g1, de forma reservada.

Se este argumento for aceito pelo TCU, Lula continuará sem obrigação de devolver o relógio, e a decisão do tribunal não abriria caminho para uma rediscussão do processo sobre as joias e armas dadas pelo governo da Arábia Saudita ao governo de Bolsonaro, possibilidade colocada em vista com a decisão desta quarta.

Auxiliares do Lula afirmaram que presidente discordou da decisão do TCU. A tese vencedora no julgamento de hoje foi a do ministro Jorge Oliveira, foi indicado por Bolsonaro, de quem foi ministro da Secretaria-Geral da Presidência entre 2019 e 2020.

A AGU entende que o voto do relator do caso, ministro Antonio Anastasia, é a decisão mais apropriada para a questão. Em seu voto, Anastasia seguiu o parecer da área técnica do TCU — de que a regra de devolução dos presentes não poderia ser aplicada de forma retroativa.

Ou seja, Oliveira e Anastasia concordam com a não devolução, mas partem de argumentações diferentes.

O que o TCU analisou nesta quarta foi o caso concreto do relógio de Lula, não é possível dizer que a decisão valerá para outros casos.

Decisão do TCU
O TCU decidiu nesta quarta-feira (7) que o presidente Lula não precisa devolver um relógio de ouro da marca Cartier, que ganhou em 2005.

Os ministros do TCU seguiram o voto do ministro Jorge Oliveira, que entendeu que, por falta de norma clara para o tratamento dos presentes recebidos, os itens não devem ser devolvidos.

Segundo ele, a norma deve estar prevista em legislação — uma atribuição do Congresso —, e não em determinação da Corte, como foi estabelecido em 2016.

O entendimento de Oliveira, seguido pela maioria dos ministros, abre caminho para uma rediscussão, no TCU, do processo sobre as joias e armas dadas pelo governo da Arábia Saudita ao governo de Bolsonaro.

Em 2023, o tribunal havia entendido, por decisão unânime, que Bolsonaro precisaria devolver os itens, com base na determinação de 2016 da Corte.

Porém, debatendo o caso de Lula nesta quarta, os ministros seguiram o argumento de Oliveira, concordando que a elaboração de uma regra clara sobre presentes cabe ao Congresso, e não ao TCU.

"Até o presente momento, não existe norma que defina qual [presente] o presidente poderá ficar em seu patrimônio privado, ou qual ele tem que incorporar ao patrimônio [público]", disse o ministro.

"Mas, mesmo com o manto do princípio da moralidade e da razoabilidade, eu não posso impor aqui como Tribunal de Contas. Esbarra no meu limite", continuou.

Entendimento da maioria
O ministro Jorge Oliveira defendeu que a falta de uma norma legal sobre o tratamento dos presentes recebidos pelos presidentes afasta a possibilidade de a Corte de Contas determinar a incorporação dos bens ao patrimônio público.

"Não é possível impor obrigação de incorporação ao patrimônio público em relação ao bem objeto desta representação [o relógio de Lula], como também não o é em face daqueles que são escrutinados em outros processos que tramitam nesta Corte", diz o voto.

O ministro afirma ainda que não há "caracterização precisa" do que seria um bem de natureza "personalíssima", "assim como de um valor objetivo que possa enquadrar o produto como de 'elevado valor de mercado'".

Votaram com Oliveira os ministros: Vital do Rego, Jonathan de Jesus, Aroldo Cedraz e Augusto Nardes.

Jorge Oliveira foi indicado por Bolsonaro para o TCU, em 2020, depois de exercer o cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República.

O TCU só deliberou em 2016 sobre o tratamento de presentes recebidos. Essa regra vale para todos os presentes recebidos desde 2002, mas excluía os itens "personalíssimos" ou de consumo próprio.

Mais tarde, em 2023, o tribunal entendeu que mesmo os itens "personalíssimos" deveriam ser incorporados ao patrimônio da União.

Outros votos
Os ministros Anastasia e Marcos Bemquerer votaram pela não devolução, mas tendo como base apenas o posicionamento de que as normas não podem retroagir. Esse entendimento não abriria brecha para rediscutir o caso de Bolsonaro.

O único ministro que votou pela devolução foi Walton Alencar, para quem a permissão do TCU para manter os presentes representaria liberar uma “remuneração incontrolada” do presidente para aumento de patrimônio pessoal.

"Não somos uma ditadura de país, em que o ditador confunde seu patrimônio com o do próprio país", declarou.

g1
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O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu nesta quarta-feira (7) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não precisa devolver um relógio de ouro da marca Cartier, que ganhou em 2005.

Os ministros do TCU seguiram o voto do ministro Jorge Oliveira, que entendeu que, por falta de norma clara para o tratamento dos presentes recebidos, os itens não devem ser devolvidos.

Segundo ele, a determinação deve estar prevista em legislação — uma atribuição do Congresso —, e não em normativa da Corte, como foi estabelecido em 2016.

O entendimento de Oliveira , seguido pela maioria dos ministros, abre caminho para uma rediscussão, no TCU, do processo sobre as joias e armas recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como um presente do governo da Arábia Saudita.

O tribunal já havia entendido que Bolsonaro precisaria devolver os itens, com base na normativa de 2016 da Corte (relembre mais abaixo). Porém, debatendo o caso de Lula, os ministros seguiram o entendimento de Oliveira, concordando que a decisão cabe ao Congresso, e não ao TCU.

"Não há norma clara que trate sobre o recebimento de presentes. Por bem intencionado que seja, não me cabe legislar [...] receber presentes é uma praxe, mas óbvio que essa praxe pode ter mudado. Cabe atualização na legislação, mas não ao TCU", disse o ministro.

Oliveira divergiu do relator, Antonio Anastasia, que havia seguido o parecer da área técnica — de que a regra de devolução dos presentes não poderia ser aplicada de forma retroativa.

Ou seja, os dois ministros concordam com a não devolução, mas partem de argumentações diferentes.

Entendimento da maioria
O ministro Jorge Oliveira defendeu que a falta de uma norma legal sobre o tratamento dos presentes recebidos pelos presidentes afasta a possibilidade de a Corte de Contas determinar a incorporação dos bens ao patrimônio público.

"Não é possível impor obrigação de incorporação ao patrimônio público em relação ao bem objeto desta representação [o relógio de Lula], como também não o é em face daqueles que são escrutinados em outros processos que tramitam nesta Corte", diz o voto.

O ministro afirma ainda que não há "caracterização precisa" do que seria um bem de natureza "personalíssima", "assim como de um valor objetivo que possa enquadrar o produto como de 'elevado valor de mercado'".

Jorge Oliveira foi indicado por Bolsonaro para o TCU, em 2020, depois de exercer o cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República.

O TCU só deliberou sobre o tratamento de presentes recebidos em 2016. Essa regra vale para todos os presentes recebidos desde 2002, mas excluía os itens "personalíssimos" ou de consumo próprio.

Mais tarde, em 2023, o tribunal entendeu que mesmo os itens "personalíssimos" deveriam ser incorporados ao patrimônio da União.

Votaram com Oliveira os ministros: Vital do Rego, Jonathan de Jesus, Aroldo Cedraz e Augusto Nardes.

Outros entendimentos
O ministro Anastasia e Marcos Bemquerer votaram pela não devolução, mas tendo como base apenas o posicionamento de que as normas não podem retroagir. Esse entendimento não abriria brecha para rediscutir o caso de Bolsonaro.

O único ministro que votou pela devolução foi Walton Alencar, para quem a permissão do TCU para manter os presentes representaria liberar uma “remuneração incontrolada” do presidente para aumento de patrimônio pessoal.

"Não somos uma ditadura de país, em que o ditador confunde seu patrimônio com o do próprio país", declarou.

g1
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Os brasileiros ainda não sacaram R$ 8,5 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro até o fim de junho, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (7) pelo Banco Central (BC). Até agora, o Sistema de Valores a Receber (SVR) devolveu R$ 7,4 bilhões, de um total de R$ 15,9 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras.

O SVR é um serviço do Banco Central no qual o cidadão pode consultar se ele próprio, sua empresa ou pessoa falecida tem dinheiro esquecido em algum banco, consórcio ou outra instituição e, caso tenha, saber como solicitar o valor. Para ter acesso a recursos de pessoas falecidas é preciso ser herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal.

As estatísticas do SVR são divulgadas com dois meses de defasagem. Em relação ao número de beneficiários, até o fim de junho, 21.655.768 correntistas haviam resgatado valores, menos da metade do total de 66.362.955 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.

Entre os que já retiraram valores, 20.146.702 são pessoas físicas e 1.509.066 são pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 41.285.530 são pessoas físicas e 3.421.657 são pessoas jurídicas.

A maior parte das pessoas e empresas que ainda não fizeram o saque têm direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 63,1% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 25,06% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 10,04% dos clientes. Só 1,8% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.

Em junho, foram retirados R$ 268 milhões, uma redução em relação ao mês anterior, quando tinham sido resgatados R$ 328 milhões.

O SVR engloba valores disponíveis em contas-corrente ou poupança encerradas; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito; recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente; parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente; contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.

Alertas
O Banco Central alerta os correntistas a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos. O órgão ressalta que todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos, que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

O BC também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contatar o cidadão. O órgão também pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer esse tipo de pedido.

Agência Brasil
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A resposta do Irã ao assassinato do chefe do grupo terrorista Hamas Ismail Haniyeh em Teerã ocorrerá "no momento certo e da melhor forma", disse o ministro interino das Relações Exteriores iraniano, Ali Bagheri Kani, em um comunicado nesta quarta-feira (7).

No documento, o ministro ainda afirmou que a morte de Ismail Haniyeh não teria ocorrido sem o apoio dos Estados Unidos e que Teerã não tem outra opção que não defender-se diante das violações de Israel.

A declaração vem em meio a pressões internacionais ao Irã. Também nesta quarta, o Palácio do Eliseu soltou um comunicado informando que o presidente francês, Emmanuel Macron, ligou para o colega iraniano, Massoud Pezeshkian, e pediu para que ele faça tudo ao seu alcance para evitar uma escalada de violência na região.

Macron disse que o ciclo de retaliações deve parar e que o Irã precisa apelar aos "atores desestabilizadores que apoia" para que se contenham.

Israel se prepara para ataque
Com a ameaça de um ataque iminente, Israel está se preparando. Segundo a agência de notícias Reuters, o serviço de ambulâncias armazenou suprimentos de sangue em um centro subterrâneo fortificado, fábricas retiraram materiais perigosos, e autoridades municipais estão verificando abrigos antiaéreos e suprimentos de água, por exemplo.

Nesta quarta, em encontro com novos recrutas, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, falou sobre a tensão vivida pela população:

"Sei que os cidadãos de Israel estão em alerta e peço uma coisa a vocês: mantenham a paciência e a calma. Estamos preparados, tanto para a defesa quanto para o ataque. Estamos atacando nossos inimigos e também estamos determinados a nos defender".

Espaço aéreo do Irã
Aumentando ainda mais a tensão, segundo a Al Qahera News TV, uma fonte oficial do Egito afirma que o Irã aconselhou companhias aéreas civis ao redor do mundo a evitar voar por seu espaço aéreo por causa de exercícios militares que serão realizados.

Relembre morte do chefe do Hamas
O chefe do Hamas, Ismail Hanieyh, morreu em um ataque em Teerã há uma semana. No sábado (3), a Guarda Revolucionária do Irã, braço de elite das Forças Armadas que responde ao líder supremo do país, afirmou que um "projétil de curto alcance" foi disparado contra sua residência.

"Esta operação terrorista aconteceu com o disparo de um projétil de curto alcance com uma ogiva de quase 7 kg de fora do local onde os hóspedes estavam alojados, provocando uma forte explosão", afirma um comunicado publicado pela agência oficial de notícias Irna.

O Irã e o Hamas acusaram Israel de realizar o ataque que matou Haniyeh horas depois que ele compareceu à posse do novo presidente do Irã. Autoridades israelenses não assumiram a responsabilidade.

Uma investigação realizada pelo jornal "The New York Times" divulgada quinta-feira (1º) já apontava que Haniyeh foi morto pela detonação de uma bomba escondida em uma base militar em Teerã durante dois meses. A informação, segundo a reportagem, foi confirmada ao jornal por sete autoridades de países do Oriente Médio, incluindo dois iranianos e um norte-americano.

Morte de Haniyeh
Na madrugada da quarta-feira (31), o Hamas e a Guarda Revolucionária do Irã afirmaram que o principal líder do Hamas, Ismail Haniehy, e um de seus guarda-costas foram assassinados.

Haniehy estava no Teerã para a posse do novo presidente iraniano. O vice-presidente Geraldo Alckmin também estava na cerimônia.

"A residência de Ismail Haniyeh, chefe do escritório político da Resistência Islâmica do Hamas, foi atingida em Teerã, e como resultado deste incidente, ele e um de seus guarda-costas foram martirizados," disse um comunicado da Guarda Revolucionária.

Segundo a TV estatal iraniana, ele foi morto às 2h de quarta, horário de Teerã (20h de terça em Brasília), enquanto estava numa residência de veteranos de guerra no norte da capital iraniana.

Ainda na quarta-feira, a imprensa estatal iraniana afirmou que a morte ocorreu por conta de um ataque aéreo. Segundo as fontes ouvidas pelo "The New York Times", autoridades iranianas já sabiam que a morte ocorreu pela explosão de uma bomba, mas não quiseram divulgar a informação para não mostrar fragilidade da segurança no país.

Israel não comentou sobre o caso, porém, havia prometido matar Haniyeh e outros líderes do Hamas após o ataque do grupo em 7 de outubro, que matou 1.200 pessoas e viu cerca de 250 serem feitas reféns.

Segundo canal de TV Al Mayadin, sediado em Beirute, capital do Líbano, o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, disse que "é dever do Irã vingar o sangue de Haniyeh porque ele foi martirizado em nosso solo".

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, condenou veementemente o assassinato do líder do Hamas, informou a agência de notícias estatal WAFA.

Grupos palestinos convocaram uma greve geral e manifestações em massa após o assassinato de Haniyeh.

Em maio, Haniyeh teve a prisão pedida pelo procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra durante o conflito entre Israel e Hamas. Na ocasião, outros dois chefes do Hamas tiveram a prisão pedida, assim como o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e seu ministro da defesa, Yoav Gallant.

Não houve reação dos Estados Unidos. A administração de Joe Biden tenta pressionar o Hamas e Israel a concordarem com um cessar-fogo temporário e um acordo de libertação de reféns.

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Nesta quarta-feira (7), a Ucrânia atravessou a fronteira da Rússia e, segundo informações das agências de notícia Reuters e AFP, o governador de Kursk, província atingida pelas tropas ucranianas, declarou estado de emergência na região em post no aplicativo de mensagens Telegram.

Horas antes, após o Kremlin anunciar que estava travando "intensas batalhas" na região de Kursk, na fronteira, o chefe militar russo Valery Gerasimov, disse que a ofensiva havia sido contida.

"Até 1.000 soldados ucranianos participam de uma incursão na região fronteiriça russa de Kursk. Foram detidos pela aviação e pela artilharia", disse o chefe do Estado-Maior russo.

Em reunião com autoridades de seu governo, nesta quarta, o presidente russo, Vladimir Putin, chamou a invasão de uma "grande provocação" e acusou as forças ucranianas de dispararem "indiscriminadamente" contra alvos civis na região.

"O regime de Kiev empreendeu uma nova provocação em larga escala, disparando indiscriminadamente com diversos tipos de armas, incluindo foguetes, contra edifícios civis, casas e ambulâncias", afirmou Putin no início de uma reunião governamental exibida pela televisão russa.

Imagens não verificadas de casas bombardeadas chegaram a ser enviadas em canais do Telegram.

Segundo a agência de notícias Reuters, Alexei Smirnov, o governador em exercício da região de Kursk, disse que houve vítimas, mas não deu um número exato, e pediu aos cidadãos que doassem sangue. Ele disse que um drone de ataque ucraniano atingiu uma ambulância fora da cidade, matando o motorista e um paramédico e ferindo um médico.

De acordo com a agência AFP, com informações de autoridades locais, milhares de pessoas deixaram a região devido aos combates e bombardeios, que deixaram pelo menos cinco mortos e 28 feridos entre os civis.

Sudzha, na região do conflito, é o último ponto de transbordo operacional para exportações de gás russo para a Europa via Ucrânia. A apenas 60 km de distância, a nordeste, fica a usina nuclear russa de Kursk.

Após as declarações de Moscou, segundo a AFP, a Ucrânia anunciou a retirada obrigatória de milhares de pessoas da zona de fronteira próxima à região russa de Kursk.

"Acabo de assinar a ordem para determinar uma evacuação obrigatória de 23 assentamentos em cinco comunidades do distrito de Sumy", disse o governador regional Volodimir Artiukh, acrescentando que a medida inclui "cerca de 6.000 pessoas, entre elas, 425 crianças".

g1
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Um grupo de ativistas do Peta interrompeu nesta quarta-feira (7) um sermão do papa Francisco no Vaticano para protestar contra as touradas na Europa.

Os ativistas invadiram o auditório onde Francisco fazia audiência semanal com camisetas e cartazes com os dizeres: "tourada é um pecado". O pontífice parou o discurso e observou o protesto dos ativistas. Eles foram detidos por guardas locais.

A ONG Peta, de defesa dos direitos dos animais, reivindicou autoria e cobrou do papa Francisco uma posição sobre as touradas, ainda permitidas em diversas regiões da Europa.

"Todos os anos, dezenas de milhares de touros são atormentados e abatidos em festivais de touradas ao redor do mundo, muitos dos quais são realizados em homenagem a santos católicos", disse a organização.

Os ativistas afirmam também que alguns padres católicos oferecem bênçãos a toureiros.

No século XVI, o papa Pio V do século XVI chegou a proibir as touradas, que chamou na ocasião de "mais adequada aos demônios do que aos homens". Mas a prática acabou sendo permitida novamente na Espanha, na França, em Portugal e em países latino-americanos.

O papa não se pronunciou sobre o protesto após a prisão dos ativistas -- embora levantar a bandeira da luta contra o aquecimento global e da proteção ao meio ambiente, Francisco não costuma comentar casos de defesa dos direitos dos animais.

Ele fazia a primeira audiência semanal após um mês de férias de verão em julho. Por conta do calor, a audiência, que normalmente acontece na praça São Pedro, foi transferida nesta quarta para o salão de audiências do Vaticano.

g1 PB
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