Novembro 23, 2024

Após Ucrânia entrar na Rússia, Putin fala em 'grande provocação' e acusa ataque a alvos civis

Nesta quarta-feira (7), a Ucrânia atravessou a fronteira da Rússia e, segundo informações das agências de notícia Reuters e AFP, o governador de Kursk, província atingida pelas tropas ucranianas, declarou estado de emergência na região em post no aplicativo de mensagens Telegram.

Horas antes, após o Kremlin anunciar que estava travando "intensas batalhas" na região de Kursk, na fronteira, o chefe militar russo Valery Gerasimov, disse que a ofensiva havia sido contida.

"Até 1.000 soldados ucranianos participam de uma incursão na região fronteiriça russa de Kursk. Foram detidos pela aviação e pela artilharia", disse o chefe do Estado-Maior russo.

Em reunião com autoridades de seu governo, nesta quarta, o presidente russo, Vladimir Putin, chamou a invasão de uma "grande provocação" e acusou as forças ucranianas de dispararem "indiscriminadamente" contra alvos civis na região.

"O regime de Kiev empreendeu uma nova provocação em larga escala, disparando indiscriminadamente com diversos tipos de armas, incluindo foguetes, contra edifícios civis, casas e ambulâncias", afirmou Putin no início de uma reunião governamental exibida pela televisão russa.

Imagens não verificadas de casas bombardeadas chegaram a ser enviadas em canais do Telegram.

Segundo a agência de notícias Reuters, Alexei Smirnov, o governador em exercício da região de Kursk, disse que houve vítimas, mas não deu um número exato, e pediu aos cidadãos que doassem sangue. Ele disse que um drone de ataque ucraniano atingiu uma ambulância fora da cidade, matando o motorista e um paramédico e ferindo um médico.

De acordo com a agência AFP, com informações de autoridades locais, milhares de pessoas deixaram a região devido aos combates e bombardeios, que deixaram pelo menos cinco mortos e 28 feridos entre os civis.

Sudzha, na região do conflito, é o último ponto de transbordo operacional para exportações de gás russo para a Europa via Ucrânia. A apenas 60 km de distância, a nordeste, fica a usina nuclear russa de Kursk.

Após as declarações de Moscou, segundo a AFP, a Ucrânia anunciou a retirada obrigatória de milhares de pessoas da zona de fronteira próxima à região russa de Kursk.

"Acabo de assinar a ordem para determinar uma evacuação obrigatória de 23 assentamentos em cinco comunidades do distrito de Sumy", disse o governador regional Volodimir Artiukh, acrescentando que a medida inclui "cerca de 6.000 pessoas, entre elas, 425 crianças".

g1
Portal Santo André em Foco

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