Fevereiro 08, 2025
Arimatea

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A Petrobras teve um resultado negativo de R$ 2,6 bilhões no segundo trimestre de 2024 devido a eventos que impactaram o resultado contábil, mas com efeito residual no caixa.

De acordo com a companhia, o principal item é a adesão da Petrobras, em junho de 2024, ao edital de contencioso tributário, "que possibilitou o encerramento de relevantes disputas judiciais envolvendo afretamentos de embarcações ou plataformas e seus respectivos contratos de prestação de serviços. O acordo trouxe previsibilidade para o dispêndio de recursos pela companhia e evitou custos financeiros com a manutenção de garantias judiciais e outras despesas processuais”.

A presidente da estatal, Magda Chambriard, ficaram dentro do esperado: “os resultados operacionais foram sólidos e ocorreram dentro do esperado. Eventos não recorrentes, como o acordo tributário com o Ministério da Fazenda, que trouxe vantagens expressivas para a empresa e para a União, e a marcante volatilidade cambial no período, sem efeito no caixa nem no patrimônio da companhia, impactaram a contabilidade interna da empresa, afetando também o resultado do trimestre."

Segundo Magda, o nível de endividamento também ficou dentro do previsto no Plano Estratégico e a empresa apresentou relevante geração de caixa, que demonstra "o quanto de valor podemos gerar com nossas operações".

“Com bom fluxo de caixa e dívida baixa, estamos investindo na nossa produção de petróleo, gás e derivados, na reposição de reservas e na transição energética, de modo a garantir a sustentabilidade da Petrobras no longo prazo. Nossa maior prioridade é construir o caminho para que a Petrobras das próximas décadas continue sendo tão ou mais relevante quanto a Petrobras de hoje para o Brasil.”

A Petrobras informou que teve forte geração de caixa no segundo trimestre deste ano, registrando Fluxo de Caixa Operacional (FCO) de R$ 47,2 bilhões, superior ao observado no primeiro trimestre do ano. O fluxo de caixa é um indicador da capacidade da companhia de gerar recursos a partir de suas operações regulares e é um índice relevante para avaliar o desempenho de uma empresa.

“No mesmo período, a dívida bruta da Petrobras apresentou queda de cerca de US$ 2,2 bilhões, o equivalente a 3,6%, em comparação ao trimestre anterior, atingindo US$ 59,6 bilhões. A dívida financeira diminuiu cerca de US$ 1,4 bilhão, o equivalente a 5,1%, para US$ 26,3 bilhões, o menor nível desde 2008”.

A companhia informou que, apesar do resultado negativo no segundo semestre de 2024, vai pagar dividendos aos acionistas. A Política de Dividendos da estatal está atrelada ao fluxo de caixa operacional e garante a remuneração aos acionistas. Os dados são alguns dos destaques dos Resultados Financeiros do segundo trimestre de 2024, divulgados nesta quinta-feira (8).

Investimentos
A Petrobras realizou investimentos significativos no segundo trimestre, totalizando US$ 3,4 bilhões, com foco principalmente em grandes projetos do pré-sal. Nos primeiros seis meses do ano, os investimentos somaram US$ 6,4 bilhões, representando um aumento de 12,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A receita líquida da Petrobras do segundo trimestre aumentou 4% em relação ao trimestre anterior, refletindo o aumento de 10% nas receitas de exportação de petróleo, beneficiadas pela valorização do Brent, petróleo extraído do Mar do Norte e comercializado na Bolsa de Londres.

As operações da Petrobras seguem contribuindo fortemente para a sociedade brasileira. No segundo trimestre de 2024, a Petrobras pagou R$ 70 bilhões em tributos aos diversos entes federativos (União, estados e municípios), 24% a mais do que o segundo trimestre de 2023.

Além disso, foram pagos R$ 14 bilhões em dividendos ao grupo de controle (União), totalizando expressivos R$ 84 bilhões de retorno direto à sociedade, referentes somente ao segundo semestre.

Clique aqui e confira a íntegra do Relatório de Desempenho Financeiro do segundo trimestre de 2024.

Agência Brasil
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A Agência Meteorológica do Japão emitiu na quinta-feira (8) um alerta sobre o risco de um megaterremoto e de tsunamis na costa do Oceano Pacífico do país, de acordo com a agência Reuters. Antes do aviso, um terremoto de magnitude 7,1 atingiu a ilha de Kyushu, mas não houve registro de feridos.

O aviso da agência meteorológica alerta sobre a maior probabilidade de um grande terremoto na chamada fossa de Nankai, uma trincheira no fundo do oceano ao longo da costa do Pacífico do Japão, informou a agência. O local já registrou terremotos anteriores que desencadearam tsunamis.

O aviso, no entanto, não indicou quando o terremoto poderá acontecer, mas incentivou as pessoas a estarem preparadas para evacuar prédios e casas, se necessário.

Conforme a agência, com base em informações do Ministério da Infraestrutura do Japão, estima-se em 70% a 80% a probabilidade de um terremoto de magnitude 8 ou 9 ocorrer ao redor da fossa nas próximas três décadas.

Na escala Richter, abalos sísmicos superiores a 8 são bastante destrutivos e podem atingir áreas de milhares de quilômetros quadrados.

De acordo com uma estimativa recente do governo, divulgada pela emissora japonesa NHK, no pior cenário, ele poderia causar mais de 230 mil mortes e destruir cerca de 2 milhões de edifícios.

Primeiro-ministro cancela viagem
Devido ao alerta, o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, cancelou o plano de visitar a Ásia Central nesta sexta-feira (9) e decidiu liderar medidas de precaução. A agência apontou que o aviso do terremoto sem precedentes na costa do Pacífico era maior que o habitual.

"Decidi permanecer no país durante a próxima semana para garantir que nossos preparativos e comunicações estejam em ordem", disse Kishida em uma conferência de imprensa, embora o aviso não tenha fornecido um prazo específico nem solicitado evacuações.

"É a primeira vez que é emitido e acredito que as pessoas ficaram ansiosas em relação a isso", acrescentou. "Consequentemente, decidi cancelar minha visita planejada à Ásia Central e à Mongólia", explicou.

De acordo com a emissora NHK, a agência está orientando os municípios na região que se estende de Tóquio até o sul de Okinawa a verificar a preparação para terremotos.

Em uma publicação no X (antigo Twitter), a Embaixada dos Estados Unidos no Japão emitiu um aviso para cidadãos que estejam viajando ou morando no país asiático. Segundo o comunicado, a "Embaixada divulgará conteúdo informativo nos próximos dias para enfatizar novamente a boa preparação para emergências".

ge
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O São Paulo não brilhou na noite desta quinta-feira, mas fez o suficiente para segurar o empate por 0 a 0 com o Goiás, na Serrinha, em Goiânia, e confirmar sua classificação às quartas de final da Copa do Brasil – bem encaminhada após a vitória por 2 a 0 no jogo de ida das oitavas, no Morumbis. Em um duelo de poucas emoções e algumas chances criadas pelo Esmeraldino, o Tricolor não correu riscos e volta para casa com a vaga, mantendo vivo o sonho de defender seu título nacional e conquistar o bicampeonato.

E agora?
Com a classificação do São Paulo, os oito integrantes das quartas de final estão definidos – além do Tricolor, avançaram Corinthians, Flamengo, Vasco, Atlético-MG, Athletico-PR, Bahia e Juventude. Os duelos dessa fase serão conhecidos por meio de sorteio a ser realizado pela CBF – ainda sem data. Os jogos das quartas serão nas semanas de 28 de agosto e 11 de setembro.

Confusão desnecessária
O árbitro Paulo César Zanovelli conseguiu complicar um jogo que estava sob controle e praticamente sem ações. Ele deu sete minutos de acréscimo no segundo tempo e, com o duelo se arrastando, Alan Franco e Thiago Galhardo tiveram forte discussão na área do São Paulo – ao mesmo tempo, a torcida do Goiás atrás do gol começou a atirar copos, acertando jogadores. Os “brigões” foram expulsos, o técnico Luis Zubeldía também, e, depois de a Polícia acalmar os ânimos, Zanovelli, enfim, apitou o fim do jogo.

Primeiro tempo
Foi um primeiro tempo bem pouco animado em Goiânia. O Goiás, em desvantagem no confronto, pressionou o São Paulo, ficou com a bola, mas deu poucos sustos em Rafael. Os visitantes, que venceram o jogo de ida por 2 a 0, fizeram ainda menos. O São Paulo muitas vezes optou por fazer o tempo passar, trocando passes laterais na defesa, e quase não chegou ao gol defendido por Tadeu. Sem emoções, o 0 a 0 foi o placar óbvio da etapa inicial.

Segundo tempo
Precisando de gols para avançar, o Goiás tentou ficar mais com a bola e incomodar o São Paulo após as entradas de Régis e Thiago Galhardo, mas sem tanto sucesso – na melhor chance, Ángelo Rodríguez se enrolou e não aproveitou ótimo passe de Régis. O Tricolor se limitou a esperar o rival e buscar contra-ataques, conseguindo uma boa chance em finalização de Bobadilla e outra com Michel Araújo, que Tadeu defendeu. Basicamente, foi esperar o tempo passar: houve apenas uma confusão no fim do jogo que começou entre Alan Franco e Thiago Galhardo e terminou com copos atirados no gramado e entrevero entre torcedores.

Próximos jogos
O São Paulo volta a campo no próximo domingo para enfrentar o Atlético-GO, às 16h (de Brasília), no Morumbis, pela 22ª rodada do Brasileirão. O Goiás recebe o Ceará na próxima segunda-feira, às 20h, na Serrinha, pela 20ª rodada da Série B.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que quer devolver o relógio da marca Cartier, que ganhou em 2005, à União. Segundo apurado pelo R7, ele falou sobre o tema na reunião com ministros que ocorreu nesta quinta-feira (8) em Brasília. A joia é avaliada em R$ 60 mil e foi dada a ele no primeiro mandato, durante viagem à França em 2005.

Na quarta-feira (7), o TCU (Tribunal de Contas da União) decidiu que Lula poderia manter o item. Como a AGU (Advocacia-Geral da União) ainda vai recorrer da sentença, o presidente deve esperar até o fim do julgamento para fazer a devolução, mas fontes ouvidas pelo R7 afirmam que ele está resolvido.

O resultado do julgamento no TCU pode ser aplicado a casos envolvendo outros ex-presidentes, como Jair Bolsonaro (PL). A corte analisou o caso depois que o deputado federal Sanderson (PL-RS) apresentou representação pedindo que o item fosse levado de volta ao acervo da Presidência da República.

Desde 2016, o tribunal define que todos os documentos e presentes recebidos pelos chefes de estado brasileiros devem ser incorporados ao patrimônio da União. Isso vale para tudo o que foi recebido desde 2002, excluindo os itens de natureza personalíssima ou de consumo próprio. No entanto, a corte entendeu que a norma não pode retroagir e que não existe definição legal do que é item personalíssimo.

R7
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Os dois principais interlocutores do governo brasileiro para assuntos internacionais devem ir à Comissão de Assuntos Exteriores (CRE) do Senado para explicarem a atuação do Brasil nas eleições venezuelanas.

A Comissão aprovou nesta quinta-feira (8) convites para que compareçam ao colegiado o assessor especial da Presidência da República, o embaixador Celso Amorim, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

O primeiro a comparecer ao Senado será o embaixador Amorim, que esteve na Venezuela durante a eleição e chegou a se encontrar com o presidente Nicolás Maduro.

“Estamos dispostos a fazer o convite para que o embaixador Celso Amorim compareça na próxima semana, exatamente na quinta-feira (15), e o ministro Mauro Vieira virá na sequência, nós ficamos apenas de combinar com o ministro e com os senadores uma data”, informou o presidente da CRE, o senador Renan Calheiros (MDB-AL)

Renan informou que o ministro Vieira viajará pelas duas próximas semanas e, por isso, a audiência com o chefe do Itamaraty deve ficar para quando ele regressar.

Os requerimentos para chamar os representantes do governo brasileiro para assuntos internacionais foram apresentados pelos senadores da oposição Ciro Nogueira (PP-PI) e Tereza Cristina (PP-MS).

No caso do Celso Amorim, o requerimento apresentado pela senadora Cristina era para convocação do embaixador. Diferentemente do convite, a convocação cria a obrigação da pessoa comparecer à sessão. Porém, um acordo foi costurado para trocar a convocação pelo convite.

Crise Venezuela
O Brasil tem mediado a crise aberta na Venezuela após as eleições presidenciais do dia 28 de julho. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país caribenho deu a vitória para o atual presidente Nicolás Maduro por 51,95% dos votos, contra 43,18% do 2º colocado, o opositor Edmundo González.

O CNE, porém, não publicou os dados de cada uma das mais de 30 mil mesas de votação, como determina a legislação da Venezuela. A oposição questionou os dados e apresentou supostas atas eleitorais que mostram que Edmundo teve mais de 60% dos votos. A oposição tem pedido que os militares intervenham e o governo acusa tentativa de golpe de Estado.

O Brasil, México e a Colômbia têm solicitado que as autoridades publiquem os documentos originais por mesa de votação e defendem uma solução pela via institucional. O impasse foi parar no Tribunal Superior de Justiça (TSJ) da Venezuela, que abriu uma investigação sobre o processo eleitoral.

Agência Brasil
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O diretor-geral da Polícia Federal (PF), delegado Andrei Augusto Passos Rodrigues, disse nesta quinta-feira (8) que não cabe ao Tribunal de Contas da União (TCU) "decidir sobre a incorporação de presentes recebidos por presidentes da República, enquanto não houver lei específica".

Ao blog, Andrei disse que essa é uma competência do Sistema de Justiça Criminal.

A declaração ocorre após a maioria do tribunal entender, em decisão nesta quarta-feira (7), que "não existe norma clara" na legislação que defina critérios para determinar quais são os presentes recebidos por presidentes da República que devem ser incorporados ao patrimônio público.

Com isso, o argumento que prevaleceu foi o do ministro Jorge Oliveira, no julgamento referente a um relógio de luxo entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2005. Com a decisão, Lula não vai precisar devolver o item.

O diretor-geral da PF afirmou que não há relação dessa decisão com a investigação sobre as joias relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que não haverá "interferência no posicionamento" da corporação com STF e PGR sobre as joias ligadas a Bolsonaro.

"Para a Polícia Federal, a investigação em questão envolve diversas condutas, além do recebimento das joias, tais como a omissão de dados/informações, ocultação de movimentação de bens, advocacia administrativa dentre outras, indo além de questões meramente administrativas", disse.

Presentes dados pela Arábia Saudita ao governo brasileiro colocaram ex-presidente na mira da Polícia Federal. Três kits de joias sauditas acabaram entregues à Caixa Econômica Federal, depois de determinação do próprio TCU.

Ao todo, Bolsonaro e outras 11 pessoas foram indiciadas na investigação, entre elas ex-ministros, secretários e assessores do ex-presidente.

g1
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O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou nesta quinta-feira (8) a distribuição de R$ 15,19 bilhões entre os trabalhadores que têm contas vinculadas ao fundo.

O valor é 65% do total de lucro registrado em 2023, que foi de R$ 23,4 bilhões.

Segundo o Conselho Curador, com essa distribuição, a rentabilidade das contas vinculadas do FGTS em 2023 vai superar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 3,16 pontos percentuais, sendo a maior rentabilidade desde 2016.

Todos os trabalhadores com saldo nas contas vinculadas do FGTS no dia 31 de dezembro de 2023 têm direito a receber os valores que serão distribuídos.

Como calcular
O dinheiro é distribuído proporcionalmente ao saldo de cada conta do trabalhador em 31 de dezembro do ano anterior. Para saber a parcela do lucro que será depositada, o trabalhador deve multiplicar o saldo por 0,02693258. Ou seja, a cada R$ 1 mil de saldo, o cotista receberá R$ 26,93.

O valor deverá ser creditado pela Caixa até o dia 31 de agosto nas 218,6 milhões de contas vinculadas com direito à distribuição de titularidade de 130,8 milhões de trabalhadores.

O montante recebido pelos trabalhadores vai direto para o saldo do FGTS e só pode ser sacado nos casos previstos na legislação, ou seja, de doenças graves, dispensa sem justa causa, aposentadoria e desastres naturais. O saldo do FGTS também pode ser usado na aquisição de imóvel residencial.

Como consultar o saldo
O trabalhador pode verificar o saldo no fundo por meio do aplicativo FGTS, disponível para os telefones com sistema Android e iOS. Quem não puder fazer a consulta pela internet deve ir a qualquer agência da Caixa pedir o extrato no balcão de atendimento.

O banco também envia o extrato do FGTS em papel a cada dois meses, no endereço cadastrado. Quem mudou de residência deve procurar uma agência da Caixa ou ligar para o número 0800-726-0101 e informar o novo endereço.

Rendimento
Pela legislação, o FGTS rende 3% ao ano mais a taxa referencial (TR). Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o fundo deverá ter correção mínima pelo IPCA, mas a correção não é retroativa sobre o estoque das contas e só vale a partir da publicação do resultado do julgamento.

Se o resultado da distribuição do lucro, somado ao rendimento de 3% ao ano mais TR, ficar menor que a inflação, o Conselho Curador é obrigado a definir uma forma de compensação para que a correção alcance o IPCA.

Lucro
O resultado positivo do FGTS em 2023, de R$ 23,4 bilhões, representa quase o dobro dos R$ 12,1 bilhões registrados em 2022. Do ganho total de 2023, R$ 16,8 bilhões decorrem do lucro recorrente do FGTS, resultante de aplicações do fundo em títulos públicos e em investimentos em habitação, saneamento, infraestrutura e saúde.

Os outros R$ 6,6 bilhões decorrem da reestruturação do fundo que financia a reconstrução do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro. O acordo foi assinado em agosto do ano passado para dar prosseguimento às obras na região portuária, que começaram em 2010.

Agência Brasil
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Na passagem de maio para junho, a produção industrial brasileira cresceu 4,1%, com expansão em oito dos 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional. As maiores altas foram registradas por Rio Grande do Sul (34,9%) e Pará (9,7%). Na comparação com junho de 2023, a indústria avançou 3,2% e as taxas positivas foram verificadas em 11 dos 18 locais pesquisados. Já no acumulado em 12 meses houve alta de 1,5%, com 15 dos 18 locais analisados mostrando resultados positivos. A indústria nacional está 2,8% acima do seu nível pré-pandemia. Os dados foram divulgados hoje (8) pelo IBGE.

“O crescimento da produção industrial em junho vem após dois meses de resultados negativos, período no qual acumulou perda de 1,8%. É um movimento positivo já esperado, impulsionado pela retomada das atividades de plantas industriais que estavam paralisadas devido às enchentes no Rio Grande do Sul”, explica Bernardo Almeida, analista da PIM Regional.

O destaque de junho, tanto em termos absolutos quanto em influência, foi a recuperação da indústria gaúcha (34,9%), eliminando a perda verificada no último mês de maio, causada principalmente pelo volume excessivo de chuva que atingiu o estado. Vários setores contribuíram para esse comportamento positivo da indústria gaúcha, como os de produtos químicos; derivados do petróleo; veículos automotores; máquinas e equipamentos; e metalurgia. O Rio Grande do Sul representa 6,8% da indústria nacional

“Depois de um período de paralisação em decorrência das inundações provocadas pelas fortes chuvas no estado, houve retomada das atividades em diversas plantas industriais no Rio Grande do Sul. Isso foi determinante para o resultado positivo da indústria gaúcha em junho, sendo a taxa positiva mais intensa da indústria local desde o início da série histórica”, afirma Bernardo. A indústria do Rio Grande do Sul está 2,7% acima do seu patamar pré-pandemia.

Pará ocupou o segundo lugar no ranking de maiores altas na produção industrial (9,7%), acumulando um ganho de 25,2% nos dois últimos meses. Os setores extrativo e de metalurgia foram os maiores responsáveis pelo resultado positivo. De acordo com Bernardo Almeida, o desempenho da indústria paraense, mostrando crescimento após a queda observada em abril (-12,8%), “é um movimento natural, estratégico, buscando equalizar oferta e demanda dentro do próprio setor”.

Maior parque industrial do país, São Paulo cresceu 1,3% na passagem de maio para junho, segunda maior influência positiva no resultado da indústria nacional. Trata-se da terceira taxa positiva seguida da indústria paulista, acumulando um ganho de 3,8%. “Os setores de alimentos; derivados do petróleo; veículos automotores; e farmacêutico foram os que mais influenciaram o comportamento da indústria do estado. Esse resultado deixa a indústria paulista 3,6% acima do seu patamar pré-pandemia”, destaca Bernardo.

No lado das quedas, Região Nordeste (-6,0%), Bahia (-5,4%) e Pernambuco (-5,2%) registraram as taxas mais expressivas. Os setores de derivados do petróleo e de veículos automotores foram os principais responsáveis pelo desempenho da indústria nordestina em junho. Assim, a Região Nordeste elimina o ganho acumulado em abril e maio deste ano (4,8%). A Bahia, principal influência negativa neste mês, teve como destaques negativos os setores de derivados do petróleo e o extrativo. A queda da indústria baiana acontece depois do avanço de 9,0% no mês anterior. Já em Pernambuco a indústria teve a segunda taxa negativa em sequência, somando uma perda de 8,7%. Os setores de veículos automotores e de derivados do petróleo foram os que mais contribuíram para esse desempenho.

Indústria cresce em 11 de 18 locais na comparação com 2023
O setor industrial teve alta de 3,2% frente a junho do ano passado e, regionalmente, 11 dos 18 locais pesquisados acompanharam o resultado positivo. Vale lembrar que junho de 2024 (20 dias) teve um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (21). Os maiores avanços foram registrados por Maranhão (17,3%), Rio Grande do Norte (15,2%), Mato Grosso do Sul (14,1%), Ceará (11,1%) e Pará (10,5%). São Paulo (8,6%), Paraná (7,4%), Rio de Janeiro (2,6%), Santa Catarina (2,0%), Minas Gerais (1,5%) e Bahia (0,5%) também mostraram expansão.

No sentido oposto, Espírito Santo (-9,6%) e Amazonas (-5,7%) foram responsáveis pelas quedas mais intensas em junho. A explicação para esse desempenho vem das atividades de indústrias extrativas (minérios de ferro pelotizados ou sinterizados e óleos brutos de petróleo), no primeiro local; e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, gasolina automotiva, querosenes de aviação e naftas), bebidas (preparações em xarope para elaboração de bebidas para fins industriais) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (terminais de autoatendimento bancário), no segundo.

Mato Grosso (-3,1%), Pernambuco (-2,8%), Goiás (-1,7%), Região Nordeste (-1,2%) e Rio Grande do Sul (-0,5%) foram os outros locais que recuaram nesta comparação.

Mais sobre a pesquisa
A PIM Regional produz, desde a década de 1970, indicadores de curto prazo relativos ao comportamento do produto real das indústrias extrativas e de transformação. Traz, mensalmente, índices para 17 unidades da federação cuja participação é de, no mínimo, 0,5% no total do valor da transformação industrial nacional, e para o Nordeste como um todo: Amazonas, Pará, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Região Nordeste.

Os resultados da pesquisa também podem ser consultados no Sidra , o banco de dados do IBGE. A próxima divulgação da PIM Regional está prevista para 13 de setembro.

Agência Gov
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O ex-presidente e candidato republicano Donald Trump disse nesta quinta-feira (8) acreditar que "estamos muito perto de uma Guerra Mundial", e atacou o presidente Joe Biden ao dizer que o mundo se encontra neste cenário porque "as pessoas no comando não fazem ideia do que estão fazendo".

A coletiva de Trump na Flórida nesta quinta foi a primeira aparição pública do republicano desde que a vice-presidente e candidata democrata Kamala Harris escolheu o governador de Minnesota, Tim Walz, para ser o vice de sua chapa.

"Na minha opinião, estamos muito perto de uma Guerra Mundial. As pessoas no comando não fazem ideia do que estão fazendo. (...) Rússia não nos respeita mais, China também não, Coreia do Norte não nos respeita. Estamos em um estágio muito perigoso para a 3ª Guerra Mundial, isso pode acontecer", disse Trump.

As tensões estão elevadas no Oriente Médio após o assassinato dos chefes dos grupos terroristas Hamas e Hezbollah, aliados do Irã, na semana passada. As mortes são atribuídas a Israel, que negou responsabilidade pela morte de Ismail Hanyeh, em Teerã. Por conta das mortes, Israel e EUA esperam um ataque retaliatório do Irã a qualquer momento, o que poderia desencadear um conflito entre Irã e Israel.

Duas guerras já estão em curso, na Faixa de Gaza, entre Israel e Hamas, e entre Ucrânia e Rússia. Durante sua coletiva nesta quinta, Trump colocou a culpa pelas guerras no presidente Biden e voltou a dizer que esses conflitos não teriam ocorrido se ele estivesse no comando. A afirmação do republicano não é verificável.

O republicano também disse que haverá uma transferência pacífica de poder mesmo se não for eleito em 5 de novembro "se as eleições forem justas". O presidente Biden demonstrou receio de que uma entrevista

"É claro que teremos uma transferência pacífica de poder, como da última vez, se as eleições forem justas. Só espero que tenhamos eleições honestas", afirmou Trump.

Trump também defendeu a realização de três debates contra Kamala e disse não saber se a democrata aceitará os debates porque, segundo ele, "Kamala não consegue fazer uma entrevista, será esclarecedor". Veja abaixo as datas fechadas entre a equipe do republicano e as emissoras.

Trump também voltou a criticar Kamala Harris, chamando-a de "a pior vice-presidente da história dos EUA", e Tim Walz --segundo o republicano, ambos são radicais da extrema-esquerda. (Leia mais abaixo)

Debate presidencial
Donald Trump disse que concordou com três emissoras diferentes para debates presidenciais e desafiou Kamala Harris a concordar com os termos. As datas e as emissoras seriam as seguintes, segundo o republicano:

  • "Fox News" - 4 de setembro;
  • "ABC" - 10 de setembro;
  • "NBC" - 25 de setembro.

Após a fala de Trump, a "ABC" confirmou a realização do debate entre Trump e Harris, o primeiro entre novos concorrentes, para 10 de setembro.

"É muito importante termos debates. Falamos com as lideranças das redes e tudo foi confirmado. (...) O outro lado terá que acordar com os termos, mas não sabemos se isso irá acontecer. Ela não fez uma entrevista, não consegue fazer uma, não consegue fazer uma coletiva de imprensa e ela é uma má debatedora, não sabe debater. Mas é importante, temos que ter debate e colocar os pingos nos i’s. Estou ansioso por eles, creio que serão esclarecedores", disse Trump.

O candidato republicano afirmou também que a rede americana "CBS" realizará debate entre os candidatos a vice-presidente, J.D. Vance e Tim Walz.

Trump critica Tim Walz
Logo após o anúncio de Walz como vice de Kamala, na terça-feira (6), Trump se pronunciou por meio um email para apoiadores e criticou o democrata:

"Tim Walz seria o pior vice-presidente da história! Ainda pior que a perigosa liberal e corrupta Kamala Harris. Ele é ruim neste nível. Ele vai desencadear o inferno na terra e abrir nossas fronteiras para os piores criminosos que vocês possam imaginar"

Pouco antes, a secretária de imprensa da equipe de campanha de Trump divulgou um comunicado oficial. No texto, Karoline Leavitt chamou Walz de "radical de esquerda" e "perigoso extremista liberal":

"Não é surpresa que a liberal de São Francisco Kamala Harris escolheu seu queridinho da Costa Oeste Tim Walz como parceiro de chapa. Walz passou todo seu mandato como governador tentando moldar Minnesota à imagem do estado dourado. (...) Walz é obcecado por espalhar a agenda liberal perigosa da Califórnia. Se Walz não disser a verdade para os eleitores, nós vamos dizer: assim como Kamala Harris, Tim Walz é um perigoso extremista liberal e a chapa Harris-Walz, sonho da Califórnia, é o pesadelo de todo americano".

Anúncio da escolha
O nome de Walz foi confirmado pela própria Kamala Harris, atual vice-presidente dos EUA e também candidata à presidência pelo Partido Democrata após a desistência de Joe Biden em concorrer pela reeleição.

"Tenho orgulho em anunciar que eu convidei o governador Tim Walz para ser meu parceiro de chapa. Um dos aspectos que me marcou sorbe Tim é o fato de suas convicções em lutar pela classe média são profundas. É uma questão pessoal", declarou Harris, que também cogitava o nome do governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, para o posto.

Após Harris formalizar o convite, Tim Walz respondeu publicamente que está "totalmente dentro".

"É a maior honra da minha vida me unir à Kamala Harris na campanha", declarou Tim Walz. "Estou totalmente dentro. A vice-presidente Harris está nos mostrando a política do que é possível. Parece um pouco o primeiro dia na escola".

Através de um post no X, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, falou sobre a escolha e exaltou a vida e a carreira política de Tim Walz, que disse conhecer há quase duas décadas:

"A chapa Harris-Walz será uma voz poderosa para os trabalhadores e para a grande classe média da América. Serão os maiores defensores das nossas liberdades pessoais e da nossa democracia. E garantirão que a América continue a liderar o mundo e a desempenhar o seu papel como nação indispensável".O ex-presidente Barack Obama também elogiou a escolha e chamou Walz de "um governador fora do comum".

"Assim como a vice-presidente Harris, o governador Tim Walz acredita que o governo funciona para nos servir. Não apenas a alguns de nós, mas a todos nós. Isso faz com que ele seja um governador fora do comum, e fará dele um vice-presidente ainda melhor. Michelle (Obama) e eu não poderíamos estar mais felizes por Tim e Gwen (esposa de Walz), sua família e nosso país".

A ex-primeira-dama Michelle Obama chegou a ser cogitada como substituta do presidente Joe Biden como o nome do Partido Democrata na disputa pela Casa Branca. Uma pesquisa do instituto Ipsos e da agência de notícias Reuters indicou ainda que ela seria a única entre os nomes contados para substituir Biden que venceria o ex-presidente Donald Trump, candidato do Partido Republicano.

g1
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O Ministério das Relações Exteriores (MRE) confirmou nesta quinta-feira (8) que o embaixador do Brasil na Nicarágua, Breno Souza da Costa, foi expulso do país da América Central.

Em resposta, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu, pelo princípio da reciprocidade, expulsar a embaixadora da Nicarágua no Brasil, Fulvia Patricia Castro Matu.

A decisão brasileira foi tomada durante uma reunião entre Lula e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, na manhã desta quinta.

Breno da Costa já saiu da Nicarágua . A embaixada da Nicarágua em Brasília disse à TV Globo que Fulvia Matu deixou o Brasil nesta madrugada.

A informação inicial sobre a expulsão de Breno da Costa foi noticiada pela imprensa da Nicarágua, com base em fontes diplomáticas do país na quarta-feira (7).

Crise por não comparecimento a comemoração
As relações entre Brasil e Nicarágua tinham se deteriorado havia algumas semanas, após a embaixada brasileira não enviar representantes às celebrações oficiais pelos 45 anos da Revolução Sandinista, que aconteceram em Manágua em 19 de julho.

A decisão pela expulsão, segundo a imprensa nicaraguense, ocorreu em retaliação à ausência brasileira no evento – o presidente nicaraguense, Daniel Ortega, é um ex-guerrilheiro do movimento sandinista.

Brasil havia congelado relações com Nicarágua
Segundo o Itamaraty, o embaixador não foi ao evento por conta do congelamento das relações diplomáticas entre Brasil e Nicarágua. O governo Lula decidiu congelar as relações por um período de um ano em retaliação à prisão de padres e bispos no país.

Em 2022, o governo de Daniel Ortega iniciou uma ofensiva contra a Igreja Católica do país, confiscando imóveis, dissolvendo ordens jesuítas e prendendo padres e bispos que denunciavam a guinada autoritária do líder esquerdista.

O Brasil tentava atuar como mediador entre o Vaticano e Manágua, e pedia ao governo nicaraguense que soltasse bispos presos no país desde 2022.

O governo da Nicarágua ainda não havia se manifestado sobre a expulsão do diplomata brasileiro até a última atualização desta reportagem.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações brasileiras para a Nicarágua somaram US$ 68,4 milhões de janeiro a julho de 2024. As importações, no mesmo período, totalizaram US$ 3 milhões.

Regime é apontado como autocracia
Segundo o índice V-DEM, que mede o status das democracias pelo mundo, a Nicarágua é uma autocracia. O presidente é Daniel Ortega, reeleito para o quarto mandato em 2021, em eleições apontadas pelos Estados Unidos como nem justas nem livres.

Ortega é um ex-guerrilheiro de um movimento de esquerda dos anos 1970 conhecido como sandinista. Ele também governou o país nos anos 1980, depois que seu partido, a Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), derrubou em 1979 o ditador Anastasio Somoza. A derrubada de Somoza é conhecida como a Revolução Sandinista.

Os sandinistas governaram Nicarágua até 1990, quando foram derrotados na eleição presidencial realizada no país. Daniel Ortega assumiu o país em 2007.

Há 17 anos no poder, Ortega é acusado por críticos de nepotismo e de instaurar uma ditadura. O ex-guerrilheiro alega que seu governo é do povo e defende a soberania do país dos "ataques" dos Estados Unidos.

g1
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