Fevereiro 03, 2025
Arimatea

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São Vicente de Paulo, padroeiro das Associações de Caridade

Origens

São Vicente de Paulo nasceu em 1581, em cidade da Gasconha, região da França, no seio de uma família de camponeses. Embora tenha passado a sua adolescência no campo, a sua perspicácia foi percebida por um benfeitor, que lhe ofereceu a oportunidade de estudar.

Vida Sacerdotal

Em 1600, com apenas 19 anos, foi ordenado sacerdote, mas obteve o diploma em teologia somente em 1604. Abriu uma escola particular, mas teve muitos gastos. Além disso, durante uma viagem marítima de Marselha a Narbonne, seu navio foi atacado por piratas: Vicente foi preso e vendido como escravo em Túnis. Ao receber sua alforria, dois anos depois, voltou para França, graças ao seu terceiro patrão, que, no entanto, se converteu ao cristianismo.

Catequista

Em 1612, tornou-se pároco de uma igreja em Clichy, na periferia de Paris. No entanto, conheceu o Cardeal Pierre de Bérulle, que foi seu diretor espiritual, por muito tempo. Desta forma, começou suas atividades como catequista.

A Desigualdade

Em 1613, foi encarregado da formação dos filhos dos Marqueses de Gondi, onde permaneceu quatro anos. Ali, percebeu o enorme abismo entre ricos e pobres, não só do ponto de vista material e social, mas também cultural e moral.

Sua preocupação com a pobreza foi compartilhada pela Marquesa Gondi, que colocou uma grande quantidade de dinheiro à sua disposição, para que fosse instituída uma obra de pregação quinquenal entre os camponeses das suas terras. São Vicente de Paulo deixou temporariamente o castelo para ir trabalhar em uma pequena paróquia na periferia de Châtillon-le-Dombez.

Primeira Célula da Caridade Vicentina

A primeira coisa que Vicente fez como pároco foi cuidar de uma família doente, que não tinha o que comer, porém, percebeu que, quando o dinheiro acabasse, a família voltaria à sua indigência de antes. Buscou outro meio, mais eficiente e em longo prazo, para ajudar. Em 20 de agosto de 1617, nasceu a primeira célula da Caridade Vicentina, que foi confiada, segundo os ditames da sociedade, às mulheres, que foram chamadas “Servas dos Pobres”. A instituição cresceu de modo extraordinário, obtendo, em tempo recorde, a aprovação do Bispo de Lyon.

Filhas da Caridade

São Vicente de Paulo voltou ao castelo de Gondi, mas para tratar da promoção humana e material dos camponeses. Depois, transferiu-se para Paris, porque é nas grandes metrópoles que as diferenças sociais, entre quem tem tudo e quem não tem nada, são maiores: sentiu que era ali que devia intervir.

Na capital, muitas senhoras nobres, ansiosas de fazer beneficência, quiseram contribuir financeiramente para as obras de “Monsieur Vincent”: assim, em 1617, nasceram as Damas da Caridade.

A obra mais importante que realizaram foi a abertura de um hospital municipal. Porém, as senhoras não conseguiam atender às necessidades mais humildes.

Por isso, em 1633, Vicente fundou uma Congregação feminina, inovadora para a época: as Filhas da Caridade, que não seriam “monjas”, distantes do mundo e dedicadas à contemplação, mas “freiras”, irmãs dos últimos, que vivem ao lado deles no mundo e deles cuidam diariamente. Ainda hoje, as Filhas da Caridade são a maior família religiosa feminina da Igreja.

Congregação da Missão

A obra incessante de São Vicente de Paulo não se limitou apenas à comunidade das Irmãs. Começou a pregar a Palavra de Deus nas aldeias, onde muitos sacerdotes se uniram a ele. Assim, nasceu uma nova comunidade, que contava com a ajuda financeira da família Gondi: a Congregação da Missão, mais tarde conhecida como Lazaristas, cuja sede foi o convento de São Lázaro.

Páscoa

São Vicente de Paulo faleceu em Paris, em 27 de setembro de 1660, com a idade de 79 anos. Não deixou nenhuma obra escrita, a sua única obra ou a sua obra-prima foi a Caridade. Morreu como exemplo de caridade, do verdadeiro amor, que não fazia distinção entre o de Deus e o ao próximo.

Legado

A espiritualidade vicentina foi fundada na dupla descoberta de Cristo e dos pobres. Acreditam na igualdade entre a oração e ação, no compromisso com o mundo e para o mundo. Concretiza-se com a evangelização e a promoção humana. Seus filhos religiosos se inspiram apenas nas “Regulae”, que encarnam as características do espírito vicentino: simplicidade, humildade, mansidão, mortificação e zelo pela salvação das almas.

Via de Santificação

A beatificação de São Vicente de Paulo ocorreu no dia 21 de agosto de 1729 pelo Papa Bento XIII. A celebração de canonização foi realizada em 16 de junho de 1737, pelo Papa Clemente XII, na Basílica do Vaticano. Em 1885, o Papa Leão XIII o proclamou padroeiro de todas as Associações católicas de caridade.

Minha oração

“Vós, que fostes admiravelmente dedicado aos pobres, ensinai-nos a sermos atentos para com essas realidades. Os nossos irmãos mais fragilizados, dê a eles a graça da salvação e do encontro com Cristo. Dai força aos grupos vicentinos que dão continuidade a vossa obra. Amém!”

São Vicente de Paulo, rogai por nós!

Canção Nova
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A taxa de desocupação, também conhecida como taxa de desemprego, recuou para 6,6% no trimestre encerrado em agosto deste ano. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa é a menor taxa para um trimestre encerrado em agosto desde o início da pesquisa, em 2012.

No trimestre anterior, encerrado em maio de 2024, a taxa havia sido de 7,1%. Já no mesmo período do ano anterior, ou seja, o trimestre encerrado em agosto de 2023, a taxa havia ficado em 7,8%.

A população desocupada ficou em 7,3 milhões, o menor número desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015. O contingente é 6,5% menor do que no trimestre anterior (menos 502 mil pessoas) e 13,4% inferior ao ano anterior (menos 1,1 milhão).

Já o total de trabalhadores do país atingiu um recorde: 102,5 milhões. As altas são de 1,2% em relação ao trimestre anterior (mais 1,2 milhão de empregos) e de 2,9% em relação ao ano anterior (mais 2,9 milhões de pessoas).

“A baixa desocupação reflete a expansão da demanda por trabalhadores em diversas atividades econômicas, levando a taxa de desocupação para valores próximos ao de 2013, quando esse indicador estava em seu menor patamar”, afirma a coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy.

Agência Brasil
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O papa Francisco afirmou que a Igreja Católica deve buscar o "perdão" pelo "flagelo" dos abusos sexuais de menores de idade, em um discurso diante de representantes políticos e da sociedade civil na Bélgica, nesta sexta-feira (27).

"A Igreja deve ter vergonha e pedir perdão. Tentar resolver esta situação com humildade cristã e fazer todo o possível para que não volte a acontecer. Penso nos casos dramáticos de abusos de menores, um flagelo que a Igreja está enfrentando com determinação e firmeza, escutando e acompanhando as pessoas feridas e implementando um amplo programa de prevenção em todo o mundo. Esta é a vergonha que todos temos que assumir agora, pedir perdão e resolver o problema", lamentou.

No ano passado, a Igreja belga protagonizou um grande escândalo relacionado com abusos de menores e também adoções forçadas de crianças de mães solteiras. Bispos do país pediram desculpas e solicitaram uma investigação independente sobre os casos.

O site belga HLN calcula que quase 30 mil crianças foram retiradas das suas mães no país entre 1945 e a década de 1980.

"Me entristece o fenômeno das 'adoções forçadas', também presentes aqui na Bélgica entre os anos 50 e 70 do século passado. Nestas histórias espinhosas, misturou-se o fruto amargo de um crime e um delito, com aquilo que, infelizmente, era o resultado de uma mentalidade difundida em todas as camadas da sociedade. Com frequência, as famílias e outras entidades sociais, incluindo a Igreja, pensaram que, para eliminar o estigma negativo, que infelizmente afetava quem era mãe solteira naquela época, seria melhor para ambos, mãe e filho, que este último fosse adotado", disse o pontífice.

O discurso do papa aconteceu depois que o primeiro-ministro da Bélgica fez críticas contundentes ao caso e exigiu "medidas concretas" para esclarecer o passado.

"Hoje, palavras sozinhas não bastam. Também precisamos de medidas concretas. As vítimas precisam ser ouvidas, precisam estar no centro. Elas têm direito à verdade. Os delitos precisam ser reconhecidos. Quando algo dá errado, não podemos aceitar encobrimentos. Para poder olhar para o futuro, a igreja precisa confessar seu passado", cobrou Alexander De Croo.

O rei belga, Philippe, também falou palavras fortes para Francisco, exigindo que a igreja trabalhasse “incessantemente” para expiar os crimes e ajudar as vítimas a se curarem.

Em 2010, o bispo mais antigo do país, o bispo de Bruges, Roger Vangheluwe , foi autorizado a renunciar sem punição após admitir que havia abusado sexualmente de seu sobrinho por 13 anos. Só no início deste ano, Francisco o destituiu, em uma atitude claramente concebida para eliminar uma fonte persistente de indignação entre os belgas antes de sua visita.

g1
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O Flamengo deu adeus à Conmebol Libertadores de 2024. Depois de perder por 1 a 0 no Maracanã, o Rubro-Negro empatou com o Peñarol por 0 a 0 no Campeón del Siglo, nesta quinta-feira, e está eliminado da competição continental. Os uruguaios avançam às semifinais e enfrentarão o Botafogo.

Como fica?
Com o resultado desta quinta-feira, os quatro semifinalistas da Libertadores de 2024 estão definidos. O Atlético-MG enfrenta o River Plate, enquanto o Botafogo duela com o Peñarol. Os jogos serão disputados nas semanas de 23 e 30 de outubro.

O jogo
O Flamengo foi superior nos primeiros 45 minutos em Montevidéu. Precisando da vitória para reverter o placar agregado, a equipe foi ao ataque desde o primeiro minuto, com muitas jogadas pelo lado esquerdo do ataque. Com boas participações de Bruno Henrique, Alex Sandro e Gerson, o time de Tite criou, mas não definiu a gol.

A principal chance do primeiro tempo foi do Flamengo. Após cruzamento pela esquerda, Bruno Henrique ajeitou para Plata, mas o equatoriano ficou parado, sem completar para o gol. O Peñarol foi perigoso em lances de bola parada com Leo Fernández, mas o volume foi rubro-negro.

No segundo tempo, o Flamengo seguiu em cima dos uruguaios atrás do gol. Tite promoveu as entradas de Gabigol, Wesley, Ayrton Lucas, David Luiz e Matheus Gonçalves — destes, somente a entrada do meia revelado na base surtiu efeito. A melhor chance do segundo tempo saiu no fim do jogo, com Matheus, que cruzou para a área, mas Gabigol, apagado no jogo, não aproveitou. O Peñarol, que em uma parte do segundo tempo soube controlar melhor o jogo, avança de fase.

Classificação do Peñarol
Gigante do continente, o Peñarol volta às semifinais depois de 13 anos. O clube uruguaio, cinco vezes campeão da Libertadores, não chegava entre as quatro melhores equipes da competição desde 2011.

Na ocasião, o Peñarol eliminou o Vélez Sarsfield e foi à final da Libertadores, na qual foi derrotado pelo Santos de Neymar e Ganso.

Atuação abaixo
Apesar do volume do Flamengo na partida, a equipe não conseguiu ameaçar o gol de Aguerre com chances tão claras. As melhores foram desperdiçadas por Plata, após ajeitada de Bruno Henrique, e por Gabigol, depois de cruzamento de Matheus Gonçalves.

No geral, o Flamengo teve mais uma atuação abaixo, com erros de passes no meio de campo. Arrascaeta e De la Cruz foram os piores na eliminação.

Agenda
Eliminado da Libertadores, o Flamengo volta as atenções às disputas do Brasileirão e da Copa do Brasil. No domingo, o clube enfrenta o Athletico-PR, no Maracanã, às 20h. Também na próxima semana, na quarta-feira, o Flamengo enfrenta o Corinthians, no Rio de Janeiro, pela partida de ida da semifinal da Copa do Brasil.

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O Racing está nas semifinais da Sul-Americana 2024. O time argentino garantiu a vaga com a goleada por 4 a 1 sobre o Athletico, nesta quinta-feira, no estádio El Cilindro, em Buenos Aires, pelo jogo de volta das quartas de final. O Furacão tinha a vantagem pelo 1 a 0 no jogo de ida, mas o time argentino abriu o placar com 17 segundos, em golaço de Almendra, e Adrián Martínez e Roger Martínez ampliaram antes do intervalo. Nikão, no início do segundo tempo, descontou para o Furacão, mas Martirena fechou a goleada.

Como fica
O Racing agora pega o Corinthians nas semifinais. O jogo de ida será na Neo Química Arena, e a volta no estádio El Cilindro, em Buenos Aires. No outro confronto, o Cruzeiro pega o Lanús.

Agenda do Athletico
O Furacão agora tem apenas o Campeonato Brasileiro pela frente, onde busca uma reação - é o 15º, três pontos acima da zona de rebaixamento. O próximo jogo será contra o Flamengo, no domingo, às 20h, no Maracanã.

1º tempo: gol relâmpago e atropelo do Racing
Com 17 segundos, Almendra acertou uma bomba no ângulo e abriu o placar para o Racing. Foi o sinal do que seria o primeiro tempo, com o time argentino dominando. O segundo gol saiu aos 22, com Adrián Martínez, que aproveitou o passe de Roger Martínez no meio da área. O Athletico pouco ameaçou, em chutes de Canobbio e Leo Godoy para fora. O Racing fez o terceiro aos 41, com Roger Martínez, após contra-ataque. Resultado que vai eliminando o Furacão nas quartas de final da Sul-Americana.

2º tempo: gol de Nikão não evita goleada
O Athletico voltou para o segundo tempo com três mudanças, e uma delas foi precisa. No primeiro toque na bola, Nikão aproveitou o lançamento de Canobbio, tirou do goleiro e descontou, com um minuto. O gol animou o Furacão, que ficou mais no ataque, porém sem levar perigo. Aos 14, Pablo chutou fraco, e Arias pegou. A reação esfriou de vez aos 31. Martirena pegou a sobra fora da área, chutou forte e fez o quarto do Racing. Nos minutos finais, Di Yorio cabeceou em cima do goleiro, e Christian teve um gol anulado por impedimento. Nada que mudasse o placar e a eliminação do Athletico.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou na quinta-feira (26) sobre o encontro que teve com as agências de risco em Nova York na segunda-feira (23) e disse que tinha “curiosidade” em saber qual critério que elas adotam para avaliar o Brasil. O chefe do Executivo afirmou que o governo não gastará o que não tem e que está “apostando” que o país chegará a 3,5% de crescimento neste ano. “Fiz reunião com empresas de rating em Nova York, aquelas empresas que medem o crescimento da nossa economia. Não é habitual um presidente da República se reunir com empresas de ‘rating’, mas eu tinha curiosidade de saber o seguinte: qual é o critério que elas adotam para avaliar o Brasil? Com quem elas conversam?”, contou o petista, em reunião no Palácio do Planalto.

Participaram do encontro de hoje a ministra do Planejamento, Simone Tebet, o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante, e os governadores Elmano de Freitas, do Ceará, e Eduardo Riedel, do Mato Grosso do Sul. O áudio foi disponibilizado depois da agenda pela Secretaria de Comunicação Social da presidência.

Lula contou que pediu que as agências de risco contassem com quem conversam para avaliar o Brasil: “Se vão na Faria Lima apenas, se leem editoriais dos jornais, se vão ao Banco Central” disse. “Porque eu nunca fui perguntado por ninguém sobre o Brasil, nem em pesquisa eleitoral, muito menos em pesquisa de avaliação político-econômica do Brasil.”

O chefe do Executivo, então, disse que as agências de risco “têm que prestar atenção” que o governo está entregando promessas que fizeram desde o início da gestão, como o arcabouço e a reforma tributária. “Não é uma coisa de agora”, afirmou.

“As coisas estão desenhadas e nós agora estamos vendo a economia surpreender não a mim, mas os famosos analistas, alguns muito pessimistas de que o Brasil ia crescer apenas 0,8% no primeiro ano, surpreendemos crescendo 3%, e agora diziam que a gente ia crescer 1,5%. Estou fazendo uma aposta de que vamos chegar a 3 5%”, comentou.

Lula voltou a destacar que é importante o dinheiro circular para a economia do país crescer. “Aqui, a gente aprendeu que a gente não gasta o que não tem. Se a gente tiver que fazer uma dívida, tem que ser de algum ativo novo que possa nos dar lucro e aumentar o nosso patrimônio”, declarou.

Na fala, o petista disse que quer que os bancos sejam os “principais incentivadores” para o crescimento econômico. “Com muito crédito, não para indústria apenas, mas para prefeituras e governo de Estado para que as obras aconteçam”, citou.

R7 com Estadão Conteúdo
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do anúncio de dois contratos de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) — um com o governo do Mato Grosso do Sul, no valor de R$ 2,3 bilhões, e outro com o Estado do Ceará, de R$ 1 bilhão. Os acordos são realizados no âmbito do Novo PAC.

“Quando nós resolvemos fazer o PAC, a primeira coisa que nós fizemos foi chamar os governadores aqui para que eles dissessem quais as obras prioritárias em cada estado, para que a gente não ficasse inventando obras aqui de Brasília”, destacou o presidente durante a cerimônia nesta quinta-feria (26/9) no Palácio do Planalto.

Lula enfatizou a importância da definição das obras do Novo PAC, o que permite facilitar e agilizar a obtenção de recursos para os projetos. “Os estados que têm um pouco mais de recursos fazem financiamento. Os estados mais pobres, a gente, dentro das limitações orçamentárias, vai colocando o dinheiro do orçamento”, disse.

“É muito bom a gente lembrar, quando a gente vê o BNDES fazendo financiamento, que não é em todo governo que o BNDES faz financiamento", observou.

O BNDES foi criado para ser um banco de desenvolvimento, para fortalecer a indústria brasileira, mas não só. Também para ajudar os estados e as cidades brasileiras, quando os estados e as cidades tiverem capacidade de financiamento e pagamento. E o dinheiro está lá, é para atender os interesses de melhorar a vida do povo brasileiro”, acrescentou Lula.

O presidente comentou, ainda, que o Governo Federal conseguiu fazer um acordo com o Tribunal de Contas da União no valor de R$ 60 bilhões, referente a obras que estavam paralisadas e que foram liberadas para construção. “Além disso, nós já fizemos o sexto leilão de estrada. Hoje fizemos um em Goiás, numa demonstração de que, se você for analisar o que foi investido em infraestrutura nos últimos quatro anos antes da nossa chegada, nós, em dois anos, já fizemos uma vez e meia mais de tudo o que foi feito em quatro anos. E a tendência natural é daqui para frente continuar crescendo”, indicou.

Logística rodoviária
No Mato Grosso do Sul, os investimentos do BNDES serão empregados na pavimentação de 540 quilômetros (km) e na restauração de outros 250 km em vias estaduais. Isso vai mudar a realidade do estado, que dispõe atualmente de apenas um terço de sua malha estadual pavimentada — o que é considerado insuficiente, principalmente diante das necessidades de escoamento da produção do agronegócio.

“É um investimento muito grande e com uma inovação muito importante, que a gente quer introduzir em todos os contratos rodoviários: as medidas de prevenção a incêndios nas rodovias. Porque uma parte desse recurso é para gestão do sistema de tráfego, modernização para a inteligência do transporte no estado Mato Grosso do Sul. É um projeto muito bonito e a gente introduziu essa dimensão como obrigatória em todos os contratos daqui para frente. Não apenas incêndios mas também, em algumas regiões, inundações”, ressaltou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

No âmbito do Novo PAC, os recursos para o desenvolvimento da logística rodoviária no estado têm como objetivo aprimorar a integração da rede, melhorar a conexão entre municípios, áreas rurais e urbanas, além de fortalecer as cadeias produtivas e a economia regional. O financiamento atenderá em particular as rodovias com média de 50 km.

O governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, sinalizou que o financiamento do banco vai ser de vital importância para a pavimentação das rodovias estaduais. “São 561 km absolutamente necessários para poder dar competitividade para mais de 80 mil novos trabalhadores em toda essa região, com aporte de investimentos que nós estamos tendo”, disse, referindo-se aos novos investimentos que diversas empresas privadas estão fazendo no estado.

MONITORAMENTO E CONTROLE — Além das obras de pavimentação e restauração, há ainda a previsão de implantação de um sistema de monitoramento e controle da malha rodoviária do estado (que faz fronteira com o Paraguai e a Bolívia). A parceria também visa fortalecer a gestão do setor de logística de transportes, por meio da contratação de consultoria e assistência técnica, aquisição de equipamentos e capacitação de servidores estaduais.

SANEAMENTO E ABASTECIMENTO — No caso do Ceará, o banco vai destinar R$ 1 bilhão para investimentos em abastecimento de água e esgotamento sanitário. Atualmente, 152 entre os 184 municípios cearenses são atendidos pela companhia estadual e a cobertura do sistema de esgoto é de apenas 48%. A expectativa é de que a expansão dos serviços beneficie 39 cidades e 1,5 milhão de habitantes.

Do valor contratado, R$ 500 milhões são voltados para projetos de reposição da infraestrutura de saneamento existente no Ceará, atualmente considerada insuficiente pelo desgaste dos equipamentos e pelo aumento da demanda acima do suportado pelo sistema. A falta de reposição gera desperdício na distribuição de água e paralisação da coleta de esgoto.

Entre os investimentos previstos com o objetivo de garantir a segurança hídrica da região, está a duplicação do Eixão das Águas — que leva água do açude Castanhão até a Região Metropolitana de Fortaleza. Os outros R$ 500 milhões do contrato firmado são destinados ao aporte de capital na Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), o que contribuirá para o alcance da meta de universalização de esgotamento sanitário até 2033.

O governador do Ceará, Elmano de Freitas, salientou a relevância dos investimentos para o estado, que tem períodos recorrentes de seca. “Foi o presidente Lula que garantiu a obra que garante a água que vai do Castanhão, que é um reservatório que temos no Ceará de 6,7 bilhões de metros cúbicos, e garante a segurança hídrica para a região metropolitana de Fortaleza. E, agora, o senhor está garantindo dobrar. Nós vamos fazer o Eixão das Águas, dobrando a capacidade de transferência desse reservatório para a região metropolitana de Fortaleza”, assinalou.

Além do contrato assinado, a Área de Desenvolvimento Social e Gestão Pública do BNDES e o governo do Ceará negociam uma nova operação, no valor de R$ 600 milhões, para obras associadas à mitigação e adaptação às mudanças climáticas, igualmente realizadas dentro das ações do novo PAC.

Invest impacto
Os acordos com os governos de Mato Grosso do Sul e Ceará foram viabilizados por meio do BNDES Invest Impacto. Lançado em 2023, o programa contribui para a retomada do investimento público como indutor do crescimento e desenvolvimento estadual, principalmente para reduzir vulnerabilidades socioeconômicas e combater as mudanças climáticas.

Com o BNDES Invest Impacto, além de apoiar financeiramente, o banco auxilia os estados a qualificarem seus investimentos, fomentando ações alinhadas às políticas públicas federais que contribuam para a redução de desigualdades e o enfrentamento da crise ambiental e climática.

Estruturado para apoiar planos setoriais ou multissetoriais, o BNDES Invest Impacto busca agilizar o processo de contratação e dar mais previsibilidade aos estados no planejamento de seus investimentos. Isso contribuiu para o uso qualificado do espaço fiscal aprovado anualmente pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) para cada ente federativo. A solução possibilita que governos apresentem um conjunto de investimentos e submetam o detalhamento técnico dos projetos individuais para aprovação do Banco.

Agência Gov
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O Senado Federal melhorou seu desempenho no Índice de Governança e Sustentabilidade (iESGo), feito pelo Tribunal de Contas da União (TCU), ao alcançar o percentual de 74,80%. Na versão 2024, a Casa se destaca nos novos critérios socioambientais, obtendo um resultado de 95,50% no Índice Integrado de Sustentabilidade Ambiental e Social (iES).

O levantamento “Governança, Sustentabilidade e Gestão nas organizações públicas federais” do TCU é uma espécie de espelho da situação da administração pública federal quanto às práticas de governança, integradas às práticas socioambientais. O trabalho avaliou 387 organizações federais do Executivo, Legislativo e Judiciário.

A proposta do Tribunal é, a partir dos dados, obter e sistematizar informações sobre a situação de governança pública e gestão nessas organizações federais: “o TCU passa a contar com um instrumento capaz de medir a adesão de organizações públicas a práticas que vão além de governança e gestão, mas alcançam a sustentabilidade ambiental e a responsabilidade social”.

A adoção das práticas de governança e sustentabilidade leva as organizações públicas a se tornarem mais eficientes, já que a expectativa é de que haja redução de custos, de acordo com o tribunal. “Além disso, tais práticas conferem legitimidade à gestão das organizações. Sendo assim, ao medir suas próprias práticas com base no questionário do Índice de Governança e Sustentabilidade (iESGo), gestores têm mais condições de investir nas áreas mais vulneráveis apontadas no levantamento”, aponta o relatório do TCU.

As organizações se autoavaliam sob orientação do TCU (existem formulários e critérios) e os resultados são conferidos pelo tribunal quando da realização de auditoria, segundo o chefe da Diretoria-Executiva de Gestão, Márcio Tancredi.

— Os nossos esforços para melhorar governança e gestão são antigos, mas demoram para dar fruto. Esse trabalho já tem um tempo, faz quase uma década que entramos na linha de melhorar esses mecanismos internos. Finalmente conseguimos dar um estirão, por conta da maturidade que conseguimos dentro da instituição em gestão e governança. Nosso índice é o maior entre as “cabeças” de Poderes — afirma Tancredi.

O índice é muito amplo e avalia praticamente todas as disciplinas de gestão dentro da Casa (gestão de pessoas, TI, segurança da informação, contratações, orçamento, impacto ambiental e social). Em todas elas, afirma o chefe da Direg, é preciso adotar novos padrões, fazer melhorias.

— A exigência cresce de índice para índice, as perguntas mudam, os graus de exigência mudam. A nota de 2021 foi relativa a um conjunto mais singelo de exigências. Então, esse aumento é em cima de uma base ainda mais apertada. Não é esforço de um órgão da Casa. Pelas áreas abrangidas, é um esforço bastante horizontal. Muita gente é responsável — afirma o diretor.

Para Tancredi, “esse esforço [...] dá credibilidade para a administração do Senado e transmite para a sociedade a maneira como tratamos com seriedade as questões de gestão e governança”.

— Ainda temos muito para melhorar, mas nosso nível de maturidade é muito bom. Nos coloca no nível 'aperfeiçoado' de gestão e governança — avalia o diretor.

Práticas socioambientais
O Senado obteve um percentual de 74,80% no iESGo que, pela primeira vez, reuniu indicadores de governança associados com as práticas sustentáveis socioambientais. Para isso, foram considerados os indicadores de liderança, estratégia, controle, o Índice Integrado de Sustentabilidade Ambiental e Social (iES) e o Índice de Gestão Pública (iGest). Nessa avaliação geral, a Casa aparece na 92ª posição entre as organizações avaliadas.

Um dos melhores desempenhos do Senado foi medido no iES, com 95,50% dos 100% possíveis. Para medir a governança e gestão na área ambiental, foi averiguado, por exemplo, se o desempenho da gestão de sustentabilidade ambiental é monitorado, se relatórios de monitoramento estão disponíveis para a liderança da organização e se, no caso de não alcançar as metas, a organização registra os motivos e propõe medidas de tratamento. No índice ambiental, o Senado obteve o percentual de 92,40%.

Já no de sustentabilidade social — que monitora, por exemplo, a definição de um modelo de gestão com o estabelecimento de responsabilidades, objetivos, indicadores e metas — a Casa alcançou o maior de todos os percentuais: 98%.

— O Senado se saiu muito bem nos novos critérios ambiental e social. Vanguarda entre as instituições públicas. O pior desempenho global das organizações foi nesses critérios. O Senado já tem uma ação muito antiga nessas áreas, já tínhamos desempenho muito bom, o índice é que não enxergava — diz Tancredi.

Já no Índice Integrado de Governança e Gestão Pública (IGG) — que sintetiza as práticas de governança organizacional e gestão públicas, excetuando as de sustentabilidade — o Senado passou do percentual de 49,30%, em 2021, para 71,10% no levantamento deste ano, o que representa uma evolução de mais de 44%.

Agência Senado
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A rede social X pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (26) que a plataforma volte a ser liberada para uso no Brasil.

Representantes do X entregaram ao tribunal os documentos adicionais pedidos pelo ministro Alexandre de Moraes. E disseram que cumpriram todas as exigências determinadas pelo STF:

  1. indicação de um representante legal no Brasil;
  2. bloqueio de perfis de nove investigados no STF;
  3. pagamento de multas impostas por descumprimento de ordens judiciais – o Supremo bloqueou R$ 18 milhões do X e Starlink.

Os advogados afirmam que "o X adotou todas as providências indicadas por Vossa Excelência como necessárias ao reestabelecimento do funcionamento da plataforma no Brasil".

O pedido para que a rede social volte a operar no país é assinado por advogados de três escritórios: Fabiano Robalinho Cavalcanti e Caetano Berenguer (Bermudes Advogados); André Zonaro Giacchetta e Daniela Seadi Kessler (Pinheiro Neto Advogados) e Sérgio Rosenthal (Rosenthal Advogados Associados).

No fim de agosto, Moraes suspendeu o X em todo o território nacional após a rede social descumprir uma série de decisões judiciais (veja detalhes abaixo). A decisão foi confirmada em seguida pela Primeira Turma do STF, em votação unânime.

No último fim de semana, Moraes havia pedido ao X e a órgãos públicos dados adicionais sobre:

  • a situação cadastral da empresa no Brasil;
  • a validade da indicação da advogada Rachel Villa Nova Conceição como representante legal da firma no país;
  • o cumprimento efetivo das decisões judiciais – incluindo a derrubada de contas que divulgaram mensagens antidemocráticas e criminosas.

Alguns órgãos públicos também já responderam os pedidos de Moraes – que, após receber todo o material, deve decidir sobre uma eventual liberação da rede social no país.

Não há prazo para que Moraes decida, e o ministro pode pedir mais documentos ou posicionamentos antes de decidir.

Moraes ainda deve decidir, também, sobre a multa de R$ 5 milhões diários aplicada ao X por uma suposta tentativa de burlar o bloqueio, na última semana. O valor a ser pago efetivamente ainda não foi definido.

PF investiga quem driblou bloqueio
A Polícia Federal informou ao STF que já começou a investigar quais usuários continuaram publicando no X mesmo durante a ordem de bloqueio.

O foco da investigação é apurar quem está fraudando à decisão e publicando discurso de ódio e divulgação de desinformação ou Fake News, especialmente com possível impacto nas eleições. E saber como isso está sendo feito – se há o uso de VPNs para camuflar a origem dos posts, por exemplo.

Segundo a PGR, a PF deve monitorar esses casos e, após identificar o usuário, fazer uma notificação. Caso o usuário insista na conduta, pode ser multado e responsabilizado.

g1
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