Mai 15, 2025
Arimatea

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O presidente Jair Bolsonaro criticou, nesta sexta-feira (15), o acordo feito entre o Tribunal Superior Eleitoral e o WhatsApp para que mudanças no aplicativo, como a possibilidade de enviar mensagens para milhares de pessoas de grupos diferentes, só comecem a valer no Brasil após as eleições deste ano. Ele afirmou que a medida é "inadmissível, inaceitável e que não será cumprida", sem dar explicações.

"E já adianto que isso que o WhatsApp está fazendo no mundo todo, sem problema. Agora abrir uma excepcionalidade no Brasil, isso é inadmissível e inaceitável. E não vai ser cumprido esse acordo que porventura eles realmente tenham feito com o Brasil, com informações que eu tenho até este momento", afirmou Bolsonaro.

O WhatsApp anunciou, nesta quinta-feira (14), uma nova funcionalidade na plataforma. O recurso, chamado de Comunidades, vai permitir que os administradores enviem mensagens a diferentes grupos ao mesmo tempo. O lançamento no Brasil, porém, só ocorrerá após as eleições deste ano.

Na prática, a novidade permite disparos em massa para diversos grupos de interesses comuns. Isso acende um alerta quanto ao envio de informações falsas em ano de eleição, mas a empresa ressaltou que nenhum recurso novo será implementado antes do pleito de 2022.

"É importante ressaltar que, como já previamente informado em uma reunião entre o então presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, e o CEO do WhatsApp, Will Cathcart, o WhatsApp não implementará nenhuma mudança significativa do produto no Brasil antes das eleições", divulgou a empresa.

Após o período eleitoral, o aplicativo vai promover uma série de novidades, além da implementação das Comunidades. Entre elas estão as reações com emojis a mensagens, a exclusão de mensagens em grupos pelo administrador, o aumento da capacidade de envio de arquivos grandes para até 2 gigabytes e chamadas de voz com apenas um toque para até 32 pessoas.

A declaração foi dada por Bolsonaro durante motociata em São Paulo. Os participantes saíram do Sambódromo do Anhembi, na zona norte da capital paulista, e foram em direção a Americana, no interior do estado. De acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública), o evento custou R$ 1 milhão aos cofres públicos para o reforço da segurança, com mais de 1.900 policiais trabalhando.

R7
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O ex-juiz Sergio Moro pediu clareza na definição de pré-candidatos à República de outros partidos. No primeiro pronunciamento após o União Brasil definir Luciano Bivar para disputa da presidência, Moro disse que segue como “soldado da democracia estimulando a composição”, mas não definiu o cargo que vai disputar nas eleições nem parabenizou o partido pela escolha.

“O União Brasil escolheu o seu pré-candidato à Presidência, Luciano Bivar. Espera-se que os demais partidos também possam definir, com clareza, os seus pré-candidatos. Sigo como um soldado da democracia, estimulando a composição para romper a polarização política”, publicou nas redes sociais.

No fim de março, Moro trocou o Podemos pelo União Brasil na expectativa de concorrer no pleito presidencial e chegou a dizer que nunca pensou em participar das eleições para a Câmara dos Deputados. Contudo, o nome dele nunca foi unanimidade dentro da sigla para disputar o Palácio do Planalto.

A Comissão Executiva Nacional do partido de Moro aprovou, nesta quinta-feira (14), por unanimidade, a indicação do presidente nacional do partido, o deputado federal Luciano Bivar (PE), como pré-candidato à Presidência da República nas eleições deste ano.

Em nota, a legenda informou que “tem trabalhado incansavelmente na tentativa de construir uma candidatura que ofereça esperança de um futuro melhor para todos os brasileiros. A partir de agora, o União Brasil se reunirá com os demais partidos que compartilham os mesmos ideais e projetos em busca de um nome de consenso”.

R7
Portal Santo André em Foco

O Whatsapp anunciou nesta quinta-feira (14) um novo recurso de criação de comunidades. Essa funcionalidade permitirá grupos com mais pessoas do que o limite atual, de 256 usuários da plataforma.

A ferramenta permitirá a criação de comunidades e de grupos desses universos. Administradores terão novos recursos, como envio de mensagens a todas as comunidades e gestão da participação nos grupos.

A funcionalidade será disponibilizada após as eleições. Essa decisão ocorreu após a possibilidade ter enfrentado receio e críticas do potencial para a disseminação de desinformação no pleito deste ano.

Pesquisas mostraram como o Whatsapp foi um canal de difusão de conteúdos falsos nas eleições de 2018. Esse fenômeno gerou preocupações da Justiça Eleitoral naquela disputa.

Uma denúncia de disparo em massa na plataforma ensejou um inquérito no Tribunal Superior Eleitoral, que terminou por não encontrar evidências da prática. Diante da preocupação da Justiça Eleitoral, o Whatsapp informou que não lançaria a nova ferramenta antes do processo eleitoral.

Grupos
Também foram anunciadas mudanças nos grupos já existentes. Uma ferramenta de reações, como no Facebook, será inserida para que pessoas possam se posicionar sobre mensagens. Administradores poderão apagar mensagens.

Além disso, será possível compartilhar arquivos com até 2 GB. Será possível fazer salas de conversa em áudio com até 32 pessoas.

Segundo mensagem institucional no site do Whatsapp, apesar da criação do recurso a comunidades serão “naturalmente privadas”. Por essa razão, a criptografia ponta-a-ponta seguirá sendo assegurada no aplicativo.

Agência Brasil
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Mais de 4,7 milhões de refugiados fugiram da Ucrânia nos 50 dias desde o início da invasão ordenada pelo presidente russo, Vladimir Putin, em 24 de fevereiro, segundo dados do Acnur (Alto-Comissariado da ONU para Refugiados).

O Acnur registrou 4.736.471 refugiados nesta quinta-feira (14), 79.962 a mais do que a contagem do dia anterior.

A Europa não via uma onda de refugiados dessa magnitude desde a Segunda Guerra Mundial.

Cerca de 90% das pessoas que fugiram da Ucrânia são mulheres e crianças, já que as autoridades ucranianas não permitem que homens em idade de combater saiam do país.

De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), cerca de 215 mil não ucranianos também fugiram, às vezes encontrando dificuldades para retornar ao seu país de origem.

A OIM estima que cerca de 7,1 milhões de pessoas foram deslocadas dentro de seu próprio país.

No total, a guerra obrigou 12 milhões de pessoas a fugir de suas casas, em um país que antes do conflito tinha 37 milhões de habitantes nos territórios controlados por Kiev, que exclui a península da Crimeia, anexada pela Rússia, e as áreas orientais controladas pelos separatistas pró-russos.

AFP
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O presidente da Tesla, Elon Musk, que recentemente adquiriu 9,2% do capital do Twitter, propôs comprar toda a empresa por 43,4 bilhões de dólares (R$ 203,5 bilhões), contra os 37 bilhões (R$ 173,5 bilhões) avaliados, além de retirá-la de Wall Street.

Em documento transmitido nesta quarta-feira (14) à autoridade supervisora ​​do mercado de ações dos EUA, Musk especifica que é "sua melhor e última oferta" e ameaça, em caso de rejeição, "reexaminar sua posição como acionista" da rede social.

Após esse anúncio, as ações do Twitter subiram 11,34%, para 51,05 dólares (R$ 239,23) em negociações eletrônicas antes da abertura de Wall Street.

"Desde que fiz meu investimento, agora percebo que a empresa não prosperará nem atenderá a esse imperativo social em sua forma atual. O Twitter precisa ser transformado em uma empresa privada", disse Musk em carta ao presidente do Twitter, Bret Taylor.

No início desta semana, ele disse que havia abandonado o plano de ingressar no conselho da empresa, assim que seu mandato estava prestes a começar. Assumir a cadeira o teria impedido de uma possível aquisição.

Musk acumulou mais de 80 milhões de seguidores desde que ingressou na rede social em 2009 e usou a plataforma para fazer vários anúncios.

R7
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Submarinos russos dispararam mísseis durante manobras no mar do Japão, anunciou o Ministério da Defesa nesta quinta-feira (14), em meio à tensão entre Moscou e Tóquio sobre a Ucrânia.

"Submarinos da Frota do Pacífico dispararam mísseis de cruzeiro Kalibr contra navios inimigos fictícios", disse o ministério russo em comunicado.

Mais de 15 navios participaram dessas manobras, incluindo dois submarinos, o Petropavlovsk-Kamchatsky e o Volkov, que "dispararam mísseis de cruzeiro de uma posição submersa no mar do Japão e alcançaram com sucesso seu alvo", acrescentaram as mesmas fontes.

O ministério divulgou um vídeo que mostra os mísseis sendo lançados para fora da água e subindo para o céu.

Essas manobras produzem um clima de tensão entre a Rússia e o Japão, que declarou um embargo ao carvão russo em reação à intervenção militar de Moscou na Ucrânia.

O Japão, aliado dos Estados Unidos, mantém relações complexas com a Rússia, com a qual não assinou um tratado de paz após a Segunda Guerra Mundial, devido ao conflito por quatro pequenas ilhas do arquipélago das Curilhas.

Essas ilhas foram tomadas pelo Exército soviético nos últimos dias da guerra e nunca foram devolvidas ao Japão, que as chama de "territórios do norte" e as considera suas.

R7
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O naufrágio do famoso navio Titanic completa 110 anos nesta quinta-feira (14). O navio considerado “inafundável” pelos engenheiros da época foi objeto de muitos estudos pelo mundo, assunto de vários documentários e inspiração para o filme de James Cameron, vencedor do Oscar de 1998. O R7 separou sete curiosidades sobre o naufrágio da embarcação.

1 - Recorde de velocidade e prêmio “Fita Azul”
O Titanic foi construído em 1909 para ser o navio mais seguro de sua época. Além disso, havia um grande interesse da companhia britânica White Star Line de vencer o prêmio “Fita Azul”, que contemplava o navio de passageiros que fizesse em menor tempo o trajeto entre a Europa e os Estados Unidos.

Em 10 de abril de 1912, o Titanic partiu do porto de Southampton, na Inglaterra, com destino a Nova York, nos Estados Unidos, levando cerca de 2.200 passageiros.

O professor Alexandre Alho, do Departamento de Engenharia Naval e Oceânica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, explica que havia uma grande disputa entre as companhias marítimas da época, e de nações como Inglaterra e Alemanha, para projetar uma embarcação que fosse referência para a engenharia em uma época em que os primeiros aviões tinham feito apenas voos de teste e de curtas distâncias.

“Naquele momento, os navios de passageiros representavam a maior obra de engenharia da humanidade”, conta o engenheiro.

2 - A viagem
Em meio ao grande fluxo migratório entre a Europa e os Estados Unidos no início do século 20, as pessoas se interessavam em viajar em um navio rápido e grandioso, o que atribuía um aspecto comercial e social à embarcação moderna.

“Era a viagem de uma vida, em que as pessoas não tinham passagem de volta e queriam que a travessia fosse memorável”, ressalta Alho.

Os aposentos dos passageiros a bordo eram divididos em três classes: a primeira, com representantes da alta sociedade; a segunda, composta de passageiros em emergência econômica; a terceira em sua maioria levava imigrantes e trabalhadores.

3 - O iceberg
Para conseguir concretizar o objetivo de conquistar a “Fita Azul”, o navio deveria chegar aos Estados Unidos em uma velocidade recorde, portanto no menor tempo possível. Segundo o professor da UFRJ, esse aspecto foi um dos principais para o naufrágio da embarcação.

As autoridades da época ligadas à companhia britânica White Star Line não autorizaram o comandante Edward Smith a diminuir a velocidade quando receberam a notícia de que um grande iceberg estava próximo.

“Um navio em alta velocidade enfrenta grande dificuldade para conseguir desviar de um obstáculo. Quando viram o iceberg era tarde demais”, explica Alho.

A colisão provocou um rasgo de mais de 100 metros no casco da estrutura, que demorou menos de três horas para afundar completamente.

4 - Tecnologia
O especialista explica que o Titanic foi construído com uma tecnologia de compartimentos, entretanto a inovação foi feita de forma incompleta, já que não estava presente em toda a estrutura. Os engenheiros fizeram um projeto para que se a água entrasse no casco, não fosse capaz de passar para as divisões seguintes e provocar o naufrágio.

“A premissa errada foi imaginar que se a água entrasse, atingiria poucos compartimentos, mas na realidade o rasgo no casco foi tão grande que atingiu vários. Com a grande entrada de água, a embarcação perde espaço de flutuação e afunda.”

Para ele, mesmo se a tecnologia estivesse presente em todo o navio, poderia não conseguir conter a gravidade dos danos causados no casco.

Além das questões relacionadas à construção do navio, a tecnologia da época era muito limitada em relação à que temos atualmente. Com a ajuda de radares, o iceberg seria detectado com bastante antecedência. Os navios modernos são muito mais preparados para situações de risco, assim como a tripulação recebe treinamento intenso.

5 - Botes
Outro aspecto importante em relação ao naufrágio é o número de botes no navio. De acordo com a Reagan Library Education, o Titanic tinha apenas 20 botes salva-vidas, número insuficiente para salvar todos os passageiros. Havia cerca de 2.200 pessoas na viagem, mas os botes tinham espaço para apenas 1.178 pessoas.

Além de terem espaço insuficiente, essas embarcações adicionais foram lançadas ao mar com poucos passageiros, um deles com 20 pessoas, sendo que a capacidade era de 65. Entre os passageiros, 706 conseguiram sobreviver ao naufrágio.

“A grande tecnologia do navio fez com que as autoridades da época reduzissem a quantidade necessária de botes salva-vidas, o que foi um grande erro. As pessoas que estavam fora dos botes morreram de hipotermia, já que a temperatura da água do mar estava muito baixa.”

6 - Navio não afundou verticalmente
A cena do filme de James Cameron em que vários passageiros se seguram na proa do navio quando a embarcação está afundando verticalmente se tornou um clássico do cinema. Entretanto, o professor afirma que o acontecimento não é possível.

Alho acredita que a proa do Titanic pode ter levantado um pouco acima do nível do mar, mas logo depois se romperia. Além disso, a proa foi encontrada muito longe da popa, o que comprova que o naufrágio vertical não ocorreu.

7 - Navio permanece no mar
Os destroços do navio foram procurados por várias décadas até serem encontrados em 1º de setembro de 1985, a 3.843 metros de profundidade. A estrutura nunca foi retirada do mar e permanece a sudoeste da ilha de Terra Nova, no Canadá.

“Não é possível retirar o Titanic do mar, porque ele está em uma profundidade muito grande. Além disso, sua estrutura não resistiria à remoção e iria se desmanchar. Nos últimos dez anos a deterioração foi muito grande, a corrosão que a água do mar causa aos metais fará o navio desaparecer em alguns anos. Muitas partes que encontraram em 1985 já viraram pó.”

R7
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A proposta da Rússia de constituir um sistema de pagamentos específico para o Brics – bloco composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – não tem o apoio do governo brasileiro, disse hoje (14) o secretário de Assuntos Econômicos Internacionais do Ministério da Economia, Erivaldo Alfredo Gomes. A sugestão foi apresentada há algumas semanas pelo ministro das Finanças russo, Anton Siluanov.

“Este não é um tema de trabalho, não está na agenda do Brasil”, disse o secretário em entrevista à imprensa. Ele informou que a sugestão foi apresentada pela Rússia em reunião recente do Brics, mas não é consenso entre os países do grupo.

De acordo com o secretário do Ministério da Economia, o Brasil defende um sistema mais ágil que a plataforma Swift, usada há cerca de 40 anos. Segundo Gomes, o governo brasileiro entende que a elaboração de um novo sistema de pagamentos, que permita a compensação de transações internacionais no mesmo dia, deve ser discutida de forma global, sem ser restrita a um grupo de países.

“Faz sentido a gente ter uma discussão sobre como estabelecer uma nova plataforma. O Brasil entende que isso deve ser em âmbito multilateral, global. Não uma solução específica de alguns países. Até para evitar a fragmentação”, justificou o secretário.

De acordo com Gomes, a existência de vários sistemas de pagamentos simultâneos levaria à ineficiência em escala internacional. “Já imaginou fazer um Pix para a mãe e usar outro sistema de pagamentos para transferir dinheiro para o irmão? Essa fragmentação não é boa”, explicou.

Na avaliação do secretário, os países devem discutir a modernização dos sistemas internacionais de pagamento, para reduzir o tempo das transações em meio ao avanço da economia digital. “A gente observa que um pagamento no Swift às vezes leva dois ou três dias para chegar ao sujeito do outro país. É um processo caro, burocrático, demorado, que não é compatível com as demandas da economia de hoje”, disse.

Gomes defendeu que o novo sistema de pagamento seja gerido pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS), instituição sediada na Suíça que reúne os bancos centrais do planeta.

Independência financeira
No início do mês, o ministro das Finanças russo, Anton Siluanov, defendeu a criação de um sistema próprio de pagamentos entre os países do Brics. Ele justificou a proposta com base na deterioração da situação econômica da Rússia com as sanções internacionais impostas após o início da guerra com a Ucrânia.

Na avaliação do governo russo, o novo sistema traria mais independência financeira aos países emergentes, com a ampliação do uso de moedas nacionais. Para Siluanov, existe a necessidade de acelerar a integração de sistemas de pagamentos e de cartões e de criar um sistema próprio de intermediação entre os membros do Brics.

Agência Brasil
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O consumo nos lares brasileiros cresceu 2,26% no primeiro bimestre de 2022 na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (AbrasMercado).

Na comparação com fevereiro de 2021, o crescimento foi de 3,98%. Em relação a janeiro, o indicador recuou 0,90%. De acordo com a Abras, a queda é explicada pelo efeito calendário, ou seja, um menor número de dias em fevereiro quando comparado ao mês anterior.

Segundo a Abras, após o início do ano com crescimento positivo, mas em ritmo moderado, o indicador de consumo das famílias corresponde a estimativa do setor supermercadista, que prevê alta de 2,80% para 2022. “O consumo nos lares foi positivo neste primeiro bimestre, ainda que diante de uma inflação elevada e da alta taxa de desemprego”, destacou o vice-presidente Institucional da ABRAS, Marcio Milan.

Um dos fatores que, segundo Milan, tem contribuído para a manutenção do consumo das famílias é a consolidação de transferência de renda via programas sociais, como o Auxílio Brasil. Ele lembrou que o cenário no primeiro bimestre do ano passado era instável e o consumidor vivia na incerteza do recebimento do auxílio emergencial, com o fim do pagamento do benefício decretado em dezembro de 2020 e a retomada somente a partir de abril de 2021.

“Neste ano, desde fevereiro, o pagamento benefício extraordinário, o Auxílio Brasil, é certo para ao menos 18 milhões de famílias em todo o país até o final do ano. Esse dinheiro em mão traz certa segurança para o consumidor”, analisou.

A Abras estima que o Saque Extraordinário do Fundo de Garantia (FGTS), cuja previsão é a de liberação de R$ 30 bilhões para 42 milhões de pessoas pode contribuir para o aumento de consumo.

AbrasMercado
O AbrasMercado (cesta de 35 produtos de largo consumo) registrou alta de 1,33% em fevereiro na comparação com o mês anterior. Assim, o preço na média nacional passou de R$ 709,63 em janeiro para R$ 719,06 em fevereiro. No acumulado de 12 meses, a cesta nacional registra alta de 13,53%.

Segundo a Abras, as maiores altas em fevereiro foram puxadas pela batata (23,49%), feijão (4,77%), cebola (3,26%), ovo (2,79%) e farinha de trigo (2,76%). No sentido contrário, apresentaram queda o pernil (-3,01%), o frango congelado (-2,29%), o queijo prato (-0,15%), o sabão em pó (-0,14%), o leite em pó integral (-0,05%) e o refrigerante pet (-0,05%).

A Região Sudeste teve a maior variação no preço médio da cesta, com alta de 1,58%, passando de R$ 689,11 em janeiro para R$ 700,00 em fevereiro. A segunda maior variação ocorreu na Região Centro-Oeste, de 1,57%, passando de R$ 651,78 em janeiro para R$ 661,99 em fevereiro. Nas outras regiões, as maiores variações mensais no preço da cesta foram respectivamente: Sul (1,21%), Nordeste (1,18%), Norte (1,15%).

Agência Brasil
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As despesas com consumo final de bens e serviços de saúde no Brasil corresponderam a 9,6% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e produtos fabricados no país) em 2019, sendo 3,8% gastos do governo e 5,8% despesas das famílias e de instituições sem fins lucrativos a serviço das famílias (IFSL), totalizando R$ 711,4 bilhões. As despesas de consumo do governo com saúde somaram R$ 283,61 bilhões, enquanto as famílias e as IFSL ficaram com R$ 427,8 bilhões.

A maior despesa por parte do governo foi identificada na saúde pública (3,1%), enquanto da parte das famílias o maior gasto ficou com a saúde privada (3,8%). Os dados são da pesquisa Conta-Satélite de Saúde, divulgada hoje (14), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2010, o consumo final de bens e serviços de saúde representava 8% do PIB, sendo 4,4% de participação das famílias e 3,6% do governo. Desde 2015, a participação do setor saúde no PIB nacional se mantém em nível superior a 9% ao ano.

Em comparação a 13 países selecionados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil é o único que apresenta maior percentual do consumo em saúde no PIB proveniente das famílias e o segundo que detém a menor participação da despesa com saúde do governo como proporção do PIB, depois do México (2,7%). As maiores despesas do governo com saúde no PIB são mostradas pela Alemanha (9,9%), França e Japão (9,3%, cada), Reino Unido (8%), Canadá (7,6%) e Suíça (7,5%).

Segundo o estudo, a despesa per capita do governo com consumo de bens e serviços de saúde alcançou R$ 1.349,60, em 2019, enquanto a despesa per capita das famílias e IFSL com saúde foi de R$ 2.035,60. Nas duas abordagens, foi registrado crescimento ao longo do tempo, desde 2010, quando o gasto público por habitante era de R$ 716,9 e das famílias era de R$ 870,9.

O principal gasto das famílias com saúde foi com serviços de saúde privada, que incluem despesas com médicos e planos de saúde. Essa despesa respondeu por 67,5% do total das despesas de consumo final de saúde das famílias em 2019.

Extensão
A Conta-Satélite de Saúde é uma das extensões do Sistema de Contas Nacionais que permite a elaboração de análises sobre o perfil e a evolução do setor de saúde, de forma comparável ao total da economia medido pelas Contas Nacionais. A pesquisa resulta de esforços interinstitucionais desenvolvidos com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e o Ministério da Saúde.

No consumo final das famílias em 2019, o destaque foi para saúde privada (R$ 282,67 bilhões) e medicamentos para uso humano (R$ 122,74 bilhões), o que correspondeu a 29,3% das despesas com saúde das famílias naquele ano. Do lado do governo, o produto de maior despesa foi a saúde pública, com R$ 225,89 bilhões. Os gastos com medicamentos distribuídos pelo governo totalizaram R$ 9,3 bilhões (3,3% da despesa de consumo final com saúde do governo), em 2019, aponta a pesquisa.

Os técnicos do IBGE observaram, contudo, que a despesa de consumo do governo não inclui os subsídios do Programa Farmácia Popular, cujo objetivo é fornecer à população medicamentos a um custo menor que o de mercado. Em 2019, esse programa totalizou despesas de R$ 2,3 bilhões, o que significa queda nominal de 17,2% em relação às mesmas despesas efetuadas em 2017, quando atingiram o valor nominal máximo na série de R$ 2,8 bilhões.

Oscilação
Em 2019, a participação das atividades de saúde no total das remunerações alcançava 9,8%, contra 8,3% em 2010; a participação das atividades de saúde no total de ocupações somou 7,4%, em 2019, mostrando expansão ante os 5,3% registrados em 2010.

A pesquisa mostra que o consumo final de bens e serviços de saúde em termos de volume não vem se mantendo ao longo do conjunto de anos analisado, oscilando para cima ou para baixo em anos de crise econômica: em 2011, o consumo com saúde cresceu 3,6%, contra 4,3% do consumo não saúde (todos os demais bens e serviços da economia).

Em 2019, os aumentos foram de 1% e 2%, respectivamente. Considerando a variação em volume do consumo em saúde das famílias, os números obtidos em 2011 foram expansão de 4,4%, para bens e serviços de saúde, e de 5,1% para bens e serviços não saúde. Em 2019, a evolução foi de 0,8% e 2,8%, respectivamente.

A análise do lado do governo, por sua vez, mostra que o aumento do consumo com saúde foi de 2,7% para bens e serviços de saúde e de 2% para bens e serviços não saúde, em 2011. Em 2019, houve variação positiva de 1,3% para bens e serviços de saúde e queda de 0,9% para bens e serviços não saúde.

Os pesquisadores do IBGE chamaram a atenção que, na média, para o período 2011/2019, as variações ao ano alcançaram 1,7% e 1,2% para bens e serviços de saúde e bens e serviços não saúde, respectivamente.

Importação
A pesquisa revela que os produtos relacionados à saúde tiveram baixa participação no comércio exterior de bens e serviços, correspondendo a apenas 0,8% da demanda total de exportação e a 5,3% das importações, em 2019. Nesse ano, a importação de medicamentos para uso humano foi de R$ 28,3 bilhões, ou o equivalente a 26,8% da oferta total desses produtos.

As importações de farmoquímicos (princípios ativos usados na produção de medicamentos) representaram 88,1% da oferta total em 2019, totalizando R$ 9,2 bilhões. Outro grupo com participação importante das importações na oferta total foram outros materiais para uso médico, odontológico e óptico, inclusive próteses, com 31,2%, em 2019 (R$ 5,7 bilhões).

Em 2010, o valor adicionado pelas atividades de saúde foi de R$ 202,3 bilhões, correspondendo a 6,1% do valor adicionado bruto (VAB) total da economia. Em 2019, o valor adicionado bruto (VAB) das atividades de saúde foi de R$ 497,1 bilhões, ou o equivalente a 7,8% do total da economia. O VAB é uma medida de geração de renda em cada atividade econômica, em um determinado período. O maior aumento de participação foi registrado pela atividade saúde privada, que passou de 2,1% do VAB total da economia, em 2010, para 3,2%, em 2019. Já a atividade saúde pública manteve média de participação de 2,2% no VAB total da economia.

Ocupações
Em termos de ocupações, as atividades relacionadas à saúde, englobando fabricação de produtos farmacêuticos, fabricação de instrumentos e material médico, odontológico e óptico, e comércio de produtos farmacêuticos, perfumaria e médico-odontológicos, tiveram expansão de 49,2% entre 2010 e 2019, enquanto na saúde privada o aumento foi de 62,9%. Já os postos de trabalho das atividades não saúde apresentaram evolução de 5,7%.

Entre 2011 e 2019, o crescimento acumulado das atividades de saúde foi de 15,1%, contra o aumento de 4,8% registrado para o restante da economia (atividades não saúde). A diferença de taxas de crescimento entre o setor saúde e o restante da economia fica muito evidente a partir de 2014, avaliaram os técnicos do IBGE. As atividades relacionadas à saúde ganharam participação no total de postos de trabalho no Brasil, passando de 5,3% das ocupações, em 2010, para 7,4%, em 2019.

Segundo a sondagem do IBGE, entre 2014 e 2016, houve queda de 5,8% nos postos de trabalho de atividades não saúde, enquanto as ocupações de saúde cresceram 9,5%. “A partir de 2017, a queda dos postos de trabalho não saúde foi revertida. Ainda assim, o crescimento das ocupações em atividades não saúde (5,1% de 2016 a 2019) foi inferior ao das atividades relacionadas à saúde (12,5% no mesmo período)”, relatou a pesquisa. Em 2019, as remunerações do setor saúde totalizaram R$ 316,3 bilhões e corresponderam a 9,8% do total de remunerações da economia.

Agência Brasil
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