Mai 14, 2025
Arimatea

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Em cerimônia em defesa do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), o presidente Jair Bolsonaro subiu o tom nas críticas ao ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), disse que os Poderes devem ser respeitados, que o decreto que perdoou o parlamentar é constitucional e será cumprido, além de voltar a criticar o processo eleitoral.

"Eu gostaria de dirigir ao excelentíssimo Ministro Barroso, pessoa que fala muito bem, tem currículo invejável, que aquele inquérito, aberto em novembro de 2018 [para investigar a segurança das urnas eletrônicas], tivesse o seu deslinde, queremos o parecer. Não poderia ter eleições em 2020 sem a conclusão do inquérito, que não era sigiloso. Mente o ministro Barroso quando diz que era sigiloso. Mente. É uma vergonha", disse Bolsonaro, que é investigado pela suspeita de ter vazado documentos do inquérito.

Bolsonaro afirmou que Barroso foi irresponsável e que não teve atitudes de um democrata. "E quando se fala em interferência o que ele foi fazer na Câmara? Encontrando com líderes, trocaram integrantes da comissão para que o projeto [do voto impresso] fosse derrotado. Isso é interferência. Agora não pode falar nada sobre eles. Eles estão comandando o Brasil. Não são todos do STF, obviamente, mas tem alguns mandando e desmandando", disse o presidente. Barroso disse que não vai comentar as declarações de Bolsonaro.

Depois, o chefe do Executivo voltou a falar que as Forças Armadas foram convocadas pelo Tribunal Superior Eleitoral para participar do processo eleitoral e destacou uma das sugestões feitas pelo Ministério da Defesa.

"Não se fala em voto impresso [nas sugestões]. Não precisamos de voto impresso para garantir a lisura das eleições", disse. Bolsonaro explicou que existe uma sala secreta, com funcionários do TSE, que trabalham na contagem de votos. "Uma das sugestões é que seja feita uma ramificação, um pouco à direita, para que tenhamos um computador das Forças Armadas para contar os votos", completou.

Bolsonaro voltou a afirmar que tem jogado dentro das "quatro linhas" da Constituição Federal. Na sequência, também voltou a dizer que "poucos podem muito, mas nenhum pode tudo". "Os Poderes existem para ser respeitados. Não é para mostrar que um é mais forte que o outro."

Na cerimônia, Bolsonaro defendeu Silveira, seu aliado político. De acordo com ele, o decreto é constitucional e será cumprido. "No passado, anistia bandidos e agora anistia inocentes. Se coloque no lugar do deputado Daniel, mesmo levando-se em conta as palavras que ele proferiu, é liberdade de expressão. [...] Nove anos de cadeia, perda de mandato, inelegibilidade, multa. Que país é esse? Ao final da sessão [do STF], aplausos, como se fosse conquista", afirmou.

As declarações foram dadas por Bolsonaro durante ato pela liberdade de expressão, convocado pelas frentes parlamentares da Segurança Pública e da Evangélica e realizado no Palácio do Planalto, em Brasília.

Parlamentares
A cerimônia foi feita em defesa de Daniel Silveira (PTB-RJ), que recebeu perdão presidencial após ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal. No evento, diversos parlamentares discursaram com duras críticas ao STF.

O presidente da frente parlamentar evangélica, deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), um dos organizadores do evento, defendeu que a Câmara dos Deputados tenha a palavra final sobre o caso de Silveira e criticou a atuação da Suprema Corte.

"Saliento que em se tratando de parlamentar, cabe à respectiva Casa Legislativa, julgar interna corporis, se a fala eventualmente desproporcional ou inadequada, caracteriza-se como quebra de decoro parlamentar. Entretanto, não é o que temos assistido nos atuais tempos sombrios da democracia brasileira, onde por diversas vezes, outro poder da República usurpa competências de outros, ferindo o princípio fundamental da separação de Poderes, comprometendo seriamente o sistema de freios e contrapesos", argumentou.

Condenação de Silveira
O evento ocorreu na esteira da condenação do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) pelo STF (Supremo Tribunal Federal), por 10 votos a 1, a oito anos e nove meses de prisão, em regime inicial fechado, e também a perda do mandato e multa.

Um dia após a condenação, Bolsonaro editou decreto para perdoar quaisquer penas aplicadas contra o parlamentar, seu aliado político. Na prática, o perdão significa a absolvição das penas estabelecidas e o impedimento ao cumprimento da condenação.

A ministra Rosa Weber, do STF, deu dez dias para que o presidente explique o motivo do indulto concedido. Silveira, que foi denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República), cometeu os crimes de coação no curso do processo e de ameaça de abolição do Estado democrático de Direito.

Silveira foi eleito primeiro vice-presidente da Comissão de Segurança Pública e foi confirmado como membro titular da Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante da Casa, em sessão realizada nesta quarta-feira (27). O parlamentar tem circulado sem a tornozeleira eletrônica, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes.

Questionado pelo R7 nesta quarta-feira, Silveira disse que "nem deveria ter colocado" o equipamento. O entendimento do deputado é que ele só pode ser obrigado a utilizar a tornozeleira por determinação da Câmara dos Deputados, e não do Judiciário.

R7
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Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na semana passada, o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) foi indicado pelo partido dele para ocupar vagas em cinco comissões da Câmara dos Deputados.

Silveira será membro titular da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), uma das mais cobiçadas e importantes da Casa. A CCJ é responsável por examinar se são constitucionais e se podem ser admitidas propostas que tramitam na Câmara. Todos os projetos precisam ser validados por essa comissão, que tem o poder de arquivar ou manter a tramitação das propostas.

O parlamentar também foi indicado pelo partido, e eleito pelos pares, primeiro-vice-presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. Nesse caso, foi eleito por unanimidade, com 20 votos, assim como o presidente do colegiado, Aluisio Mendes (PSC-MA), e o 2º vice-presidente, Junio Amaral (PL-MG).

Silveira será ainda membro titular das comissões de Esporte e Cultura e suplente na de Educação.

Condenado pelo STF
Daniel Silveira foi condenado a oito anos e nove meses de prisão em regime fechado por ataques antidemocráticos ao Supremo e a ministros da corte.

No dia seguinte, entretanto, o presidente Jair Bolsonaro concedeu indulto individual (perdão da pena) ao parlamentar – o que, na prática, deve impedir a execução da pena.

Os ministros da Corte também determinaram a perda do mandato e dos direitos políticos, além de multa de cerca de R$ 200 mil.

A cúpula do Congresso, porém, tem defendido que cabe o mandato do deputado só poderá ser cassado com aval da Câmara à decisão do STF

Também titular na CCJ, a deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS) criticou a indicação de Silveira para a vaga, o que ela considera uma provocação ao STF.

"O fato de ele estar na principal comissão da casa mostra que eles seguem nessa tentativa de empoderar e dar respaldo a esses inimigos das liberdades democráticas, gente que infelizmente vocifera ódio, violência, intolerância e faz apologia ao que foi pior da nossa história, que é a ditadura militar."

g1
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O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou nesta quarta-feira (27) que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre o relatório da Polícia Federal no inquérito que apura suposta interferência de Jair Bolsonaro na interferência da corporação.

"Abra-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República, para manifestação", ordenou o ministro.

Caberá à PGR avaliar se propõe o arquivamento do caso, se pede mais diligências ou se oferece denúncia, uma acusação formal à Justiça.

Em documento enviado à Corte no fim de março, a PF concluiu que não há elementos de crime na conduta do presidente no caso.

O relatório é parte do inquérito aberto em 2020 pelo Supremo a um pedido da PGR. A investigação se baseou em acusações contra Bolsonaro feitas pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro.

Quando se demitiu do cargo de ministro da Justiça, Moro disse que Bolsonaro tentou interferir em investigações da PF ao cobrar a troca do chefe da Polícia Federal no Rio de Janeiro e ao exonerar o então diretor-geral da corporação, Mauricio Valeixo, indicado pelo próprio Moro.

O relatório da PF
Segundo a PF, o presidente foi investigado pelos crimes de falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, prevaricação, obstrução de Justiça e corrupção passiva privilegiada.

No relatório, a corporação concluiu que não houve elementos suficientes para caracterizar a ocorrência das infrações e que também não houve delito na atuação do ex-ministro Sérgio Moro.

"Concluímos que, dentro dos limites da investigação traçados pelos Exmos. Ministros Relatores, no âmbito da esfera penal, não há nos autos elementos indiciários mínimos de existência de materialidade delitiva imputada ao Senhor Presidente da República Jair Messias Bolsonaro assim como também ao Senhor Sérgio Fernando Moro", afirma o documento.

"No decorrer dos quase dois anos de investigação, dezoito pessoas foram ouvidas, perícias foram realizadas, análises de dados e afastamentos de sigilos telemáticos implementados. Nenhuma prova consistente para a subsunção penal foi encontrada. Muito pelo contrário, todas testemunhas ouvidas foram assertivas em dizer que não receberam orientação ou qualquer pedido, mesmo que velado, para interferir ou influenciar investigações conduzidas na Polícia Federal", diz o relatório da PF.

Para a PF, a conduta do ex-ministro da Justiça também não fere a lei penal, já que Moro não teria imputado ao presidente a prática de um crime.

"Não há elementos indiciários que demonstrem a falsa imputação de crime pelo noticiante, o que enseja igual arquivamento".

Em relação a Bolsonaro, a corporação concluiu que não há indícios de que os atos relativos à nomeação de Alexandre Ramagem para a direção da PF foram praticados com objetivos pessoais.

"Não há elementos mínimos suficientes para afirmar que os atos de exoneração e nomeação do Diretor-Geral da PF foram praticados para atender interesses pessoais ou políticos do Presidente da República ou de seus filhos e políticos aliados", diz o texto da PF.

De acordo com o relatório, "mesmo na hipótese de que o ato de exoneração do DPF [diretor-geral da Polícia Federal] Valeixo para a nomeação do DPF Ramagem tenha infringido princípios da administração pública, sobretudo o princípio da impessoalidade, não há nos autos indícios consistentes que corroborem com essa tese".

Segundo o documento, uma fotografia divulgada na imprensa que mostra Ramagem e integrantes da equipe de segurança do então candidato Jair Bolsonaro ao lado de um dos filhos do presidente "não é o bastante para afirmar, com convicção, qualquer relação estreitamente pessoal que atentaria contra o princípio da impessoalidade na nomeação do delegado de Polícia Federal".

g1
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O exército ucraniano afirmou que bombardeou posições russas na Ilha das Serpentes, no mar Negro, transformada em um símbolo da resistência ucraniana desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro.

"Nossas forças bombardearam posições do inimigo na Ilha das Serpentes", afirmou na última terça-feira (26) à noite, no Facebook, o comando sul do exército ucraniano.

O exército ucraniano afirmou que o bombardeio atingiu um "posto de controle" e destruiu um sistema de defesa antiaéreo, e indicou que estava tentando determinar "as baixas" sofridas pelas forças russas.

A Rússia, que tomou o controle da Ilha das Serpentes no primeiro dia da ofensiva militar, não confirmou até o momento ter sido alvo de um bombardeio nesse lugar.

A pequena Ilha das Serpentes se tornou um símbolo da resistência ucraniana depois que um grupo de guardas de fronteira ucranianos rejeitou a intimação de se render lançada pelo navio russo "Moskva", com uma mensagem de rádio xingando os militares russos que viralizou nas redes sociais.

Pouco depois, o "Moskva" bombardeou a ilha e os militares russos que desembarcaram nela capturaram integrantes do exército ucraniano, que foram trocados posteriormente por prisioneiros russos, segundo as autoridades ucranianas.

O "Moskva", principal navio da frota russa no mar Negro, afundou em meados de abril após ser atingido por dois mísseis ucranianos. A Rússia reconheceu que um marinheiro morreu e 27 estão desaparecidos, mas alega que o navio afundou devido a um incêndio provocado por uma explosão a bordo.

AFP
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O presidente russo Vladimir Putin advertiu, nesta quarta-feira (27), que qualquer intervenção externa na operação militar lançada pela Rússia na Ucrânia receberá uma "resposta fulminante".

"Se alguém tem a intenção de intervir do exterior nos atuais acontecimentos [na Ucrânia], criando inaceitáveis ameaças de caráter estratégico para nós, deve saber que nossa resposta [...] será fulminante", disse Putin diante do Parlamento russo.

O governo russo, acrescentou o presidente, não vacilará em recorrer ao seu mais moderno armamento.

"Dispomos das ferramentas para isso, as quais ninguém mais pode ostentar. Nós não faremos alarde, [mas] as usaremos, em caso de necessidade. E quero que todos saibam", prosseguiu o mandatário russo.

"Já adotamos todas as decisões a respeito", destacou.

Putin destacou em várias ocasiões a modernização do armamento russo, com arsenais de mísseis hipersônicos e com o míssil balístico intercontinental Sarmat, que foi testado com sucesso no início do mês.

AFP
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O prefeito de Mariupol, Vadym Boychenko, fez um apelo nesta quarta-feira (27) para ter ajuda financeira da Europa para reconstruir a cidade da Ucrânia que foi, praticamente, destruída pelos bombardeios das tropas da Rússia e onde aconteceu grande ataque contra a siderúrgica de Azovstal.

"A vitória da Ucrânia, que estará garantida, infelizmente não será o fim da história da resistência. A seguinte etapa é a reconstrução das cidades ucranianas, que ficaram reduzidas a cinza por mísseis russos", disse o chefe do governo local, durante discurso no Comitê Europeu das Regiões.

"Após nossa vitória, o apoio dos países europeus será fundamental para nós. Suplicamos a vocês, nos dirigimos a toda a comunidade europeia para que se unam, em nome da paz e do desenvolvimento, em nome da reconstrução da Ucrânia e, em meu caso, pelo bem de Mariupol, completou Boychenko.

O prefeito pediu o auxílio de especialistas europeus nos trabalhos de reconstrução de uma cidade que está diante da destruição de mais de 90% de suas infraestruturas.

Além disso, Boychenko lamentou que mais de 20 mil habitantes "se tornaram vítimas desta atrocidade", número duas vezes maior do que o registrado quando Mariupol foi ocupada na Segunda Guerra Mundial.

No Comitê Europeu das Regiões, também discursou o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, que voltou a defender a importância para a Ucrânia de se tornar integrante da União Europeia (UE).

O desejo das autoridades ucranianas, segundo o líder político da capital, é a razão pela qual a Rússia iniciou a invasão ao país, em 24 de fevereiro.

"O desejo de formar parte da família europeia é a razão desta guerra", afirmou Klitschko, que denunciou o desejo de Putin de "reconstruir o império soviético".

EFE
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O pior acidente nuclear da história, na usina de Chernobyl, completou 36 anos na última terça-feira (26) em meio aos grandes riscos causados pela invasão russa da Ucrânia e aos alertas feitos pela União Europeia sobre o risco de uma nova catástrofe nuclear devido à guerra.

Após semanas de ocupação pelo Exército russo, o local que abriga o sarcófago que cobre os restos do reator acidentado da usina nuclear voltou para o controle ucraniano.

Na estrada de Kiev para Chernobyl, perto da fronteira com Belarus, soldados armados com fuzis de assalto guardam postos de controle.

A preocupação com as instalações nucleares na Ucrânia é palpável, à medida que a invasão russa, iniciada em 24 de fevereiro, continua.

Na última segunda-feira, as autoridades ucranianas disseram que mísseis atingiram a usina nuclear de Zaporizhzhia, no sul do país.

A equipe de Chernobyl "continuou seu trabalho, apesar de todas as dificuldades (...) estabilizaram a situação, por assim dizer, no sentido de que o pior foi evitado", declarou o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, que visitou a central.

"Ainda não temos paz, então temos que continuar. A situação não é estável. Devemos permanecer vigilantes", acrescentou, advertindo que a invasão é "muito, muito perigosa".

Tomada pelas tropas russas no primeiro dia de sua invasão, a central sofreu uma queda de energia e de comunicações que levantou temores de uma nova calamidade.

Em 26 de abril de 1986, o reator número 4 da usina de Chernobyl, então localizada na União Soviética, explodiu. O acidente nuclear matou centenas de pessoas e espalhou detritos radioativos por grande parte da Europa.

"Lembranças do turismo"
O edifício do reator 4 está coberto por um duplo sarcófago para limitar a radioatividade. A chamada "zona de exclusão", em um raio de 30 quilômetros ao redor da central, está quase desabitada, segundo as autoridades nucleares.

A estrada que leva à usina está repleta de prédios abandonados. É possível ver, no entanto, alguns apartamentos com cortinas, plantas em algumas janelas, e um quiosque com uma placa que dá as boas-vindas às pessoas a caminho da usina.

Na geladeira do quiosque, uma placa da época em que os turistas eram bem-vindos oferece "sorvete de Chernobyl", com o desenho de uma casquinha de sorvete de baunilha ao lado do símbolo de alerta de radiação.

"Ainda há áreas com altos níveis de radiação, mas a contaminação foi deslocada, devido às ações dos ocupantes russos usando veículos militares pesados", informou o ministro ucraniano do Interior, Denys Monastyrsky, a repórteres que visitaram o local.

O sarcófago original, dos tempos soviéticos, deteriorou-se ao longo dos anos. Então, um novo sarcófago foi construído em cima dele, concluído em 2019.

Para alguns moradores, o risco faz parte da vida. "Se eles (os russos) tivessem a intenção de explodir, poderiam ter feito isso quando fugiram", afirmou Valeriy Slutsky, de 75 anos, que diz ter testemunhado o desastre da usina em 1986. "Talvez eu esteja acostumado (com a radiação)", acrescentou.

AFP
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O preço ao consumidor da gasolina comum subiu pela segunda semana seguida e atingiu o valor médio no país de R$7,270 o litro, o mais alto já registrado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O recorde anterior foi verificado na semana de 13 a 19 de março, quando o combustível estava sendo vendido a R$ 7,267, a primeira vez acima de R$ 7.

Dados do Sistema de Levantamento de Preços (SLP) da ANP indicam que, na semana entre 17 e 23 de abril, a média por região foi menor no Sul, com R$ 7,109, e maior no Centro-Oeste, com R$ 7,440. O maior valor encontrado para a gasolina foi R$ 8,559 e o menor, R$ 6,190. A pesquisa envolveu 5.235 postos de abastecimento.

Na semana anterior, o preço médio do litro da gasolina no país estava em R$ 7,219 e, na semana de 3 a 9 de abril, em R$ 7,192. O aumento verificado da segunda para a terceira semana de abril foi de 0,7%. Na semana anterior, o crescimento havia sido de 0,37%.

A escalada do preço da gasolina se acentuou no ano passado. A primeira vez que o litro da gasolina comum passou de R$ 5 foi em março do ano passado, quando os postos do país cobraram, em média R$ 5,484 pelo litro do combustível. Em setembro do ano passado, o valor atingiu R$ 6,078.

A política de Preço de Paridade Internacional (PPI) da Petrobras foi adotada em outubro de 2016, fazendo com que o preço dos derivados de petróleo no país fossem calculados com base nas variações no mercado internacional. O valor passou, então, a ser fortemente influenciado pelas mudanças no preço do dólar e do barril de petróleo e sujeito a reajustes mais frequentes, que chegaram a ser diários.

Agência Brasil
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse hoje (27) que a pandemia e a guerra entre Rússia e Ucrânia podem representar oportunidades para o Brasil, uma vez que as rupturas de cadeias produtivas abriram espaço para “relocalizações industriais”, que têm por base dois alicerces: proximidade logística e confiabilidade decorrente de segurança institucional.

“É uma oportunidade histórica a que o Brasil tem agora, como consequência de duas crises absolutamente inesperadas. Precisamos compreender isso para nos posicionarmos corretamente. Essa ruptura de cadeias produtivas e a consequente relocalização industrial; essa reconfiguração das cadeias produtivas globais terá dois alicerces. Um é a proximidade logística, e o Brasil está bem próximo da civilização ocidental, sejam Estados Unidos ou Europa”, disse o ministro no Seminário de Diagnóstico do Contencioso Tributário Administrativo, em Brasília.

De acordo com Guedes, essa “relocalização industrial” e a reconfiguração das cadeias produtivas serão "baseadas em confiabilidade e em segurança institucional”. “É basicamente em cima da confiança. Querem alguém que siga as regras do jogo, que não mude regras e não tome medidas unilaterais agressivas e geopoliticamente instáveis. Querem que sejam previsíveis. O Brasil está perto e é confiável”, disse, reiterando a defesa que sempre faz da simplificação de impostos e do sistema tributário.

O ministro destacou algumas propostas do governo visando a modernização de marcos regulatórios que, segundo ele, podem aumentar o interesse externo em investir no país. Ele disse que o governo pretende reduzir “excessos arrecadatórios, em face do controle de gastos”, ao mesmo tempo em que criticou o fato de que “quem tem lobby em Brasília e capacidade de acumular influência" consegue isenção de impostos.

“No outro extremo, têm aqueles que também têm poder econômico mas, sem poder político, procrastinam o pagamento e enfrentam a Receita, apelando para todas instâncias da Justiça. Eles vão empurrando as dívidas e ficam até 20 anos sem pagá-las”, acrescentou.

O ministro classificou como “absurdamente elevado” o contencioso tributário administrativo do país.

O tema foi abordado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux. Tendo por base levantamentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Fux disse que o contencioso tributário atual é caracterizado pelo grande número de processos tributários administrativos e judiciários ainda pendentes de julgamento.

“Segundo dados do relatório Justiça em Números 2021, ano-base 2020, os processos de execução fiscal representam o maior fator de morosidade do poder Judiciário. A classe processual corresponde a 39,6% do total dos casos pendentes, e a 70,68% das execuções pendentes, com taxa de congestionamento de 87%”, disse o ministro do STF.

Segundo ele, isso significa dizer que, em um universo de 100 processos em execução fiscal, apenas 13 foram baixados em 2020.

“O relatório aponta também que o tempo médio de tramitação do processo de execução fiscal baixado no poder Judiciário é de 8 anos e 1 mês, o que conduz à conclusão de que a capacidade julgadora na seara tributária, tanto no âmbito judicial como no administrativo, parece revelar dificuldade intransponível na aplicação do princípio constitucional da razoável duração do processo, hoje constante como direito fundamental do cidadão”, disse.

Diante desse contexto, Fux defendeu que “é mais que necessário aprimorar o contencioso tributário, a partir de um diálogo colaborativo entre representantes de órgãos do sistema de justiça, da administração tributária, das procuradorias e de especialistas da academia e dos contribuintes”.

Agência Brasil
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Os investimentos em títulos do Tesouro Direto somaram R$ 4,13 bilhões em março, enquanto os resgates atingirtam R$ 2,02 bilhões. Dessa forma, houve emissão líquida de R$ 2,11 bilhões, segundo informou hoje (27), em Brasília, a Secretaria do Tesouro Nacional.

Em março, o total de investidores ativos no Tesouro Direto, aqueles que atualmente estão com saldo em aplicações no programa, teve um aumento de 37.993 investidores, atingindo a marca de 1.900.778 pessoas, a maior da série histórica iniciada em 2002.

O número de investidores cadastrados no programa aumentou em 521.402, crescimento de 73,94% em relação a março de 2021, chegando a 17.891.025 pessoas.

Operações de Investimento
As aplicações de até R$ 1 mil representaram 58,43% das operações de investimento no mês. O valor médio por operação foi de R$ 7.105,91. O título mais demandado pelos investidores foi o indexado à taxa Selic (Tesouro Selic) que totalizou, em vendas, R$ 2,40 bilhões e correspondeu a 57,97% do total.

Os títulos indexados à inflação (Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais) somaram R$ 1,30 bilhão e corresponderam a 31,50% das vendas, enquanto os títulos prefixados (Tesouro Prefixado e Tesouro Prefixado com Juros Semestrais) totalizaram R$ 435,11 milhões em vendas, ou 10,53% do total.

Resgates antecipados
Segundo o Tesouro Nacional, nas recompras (resgates antecipados), predominaram os títulos indexados à taxa Selic, que somaram R$ 1,04 bilhão (51,46%).

Os títulos remunerados por índices de preços (Tesouro IPCA+, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais e Tesouro IGPM+ com Juros Semestrais) totalizaram R$ 586,88 milhões (29,01%), os prefixados, R$ 395,04 milhões (19,53%).

Prazo
Quanto ao prazo, a maior parcela de vendas se concentrou nos títulos com vencimento entre um e cinco anos, que alcançaram 81, 25% do total. As aplicações em títulos com vencimento acima de 10 anos representaram 17,09%, enquanto os títulos com vencimento de cinco a 10 anos corresponderam 1,66% do total.

Estoque
Em março de 2022, o estoque do programa fechou em R$ 86,41 bilhões, aumento de 3,87% em relação ao mês anterior (R$ 83,19 bilhões).

Os títulos remunerados por índices de preços se mantêm como os mais representativos do estoque somando R$ 47,29 bilhões, ou 54,72% do total. Na sequência, vêm os títulos indexados à taxa Selic, totalizando R$ 24,87 bilhões (28,78%), e os títulos prefixados, que somaram R$ 14,25 bilhões, com 16,49% do total.

Agência Brasil
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