Janeiro 23, 2025
Arimatea

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Em relatório enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal), a Polícia Federal apontou que as provas obtidas ao longo da investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado demonstram “de forma inequívoca que o então presidente da República Jair Bolsonaro planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa que queria a concretização de um golpe de Estado". Bolsonaro nega (leia a manifestação dele mais abaixo).

A PF afirma que o plano não se consumou em razão de circunstâncias alheias" à vontade do ex-presidente. “O arcabouço probatório colhido indica que o grupo investigado, liderado por Jair Bolsonaro, à época presidente da República, criou, desenvolveu e disseminou a narrativa falsa da existência de vulnerabilidade e fraude no sistema eletrônico de votação do País desde o ano de 2019, para sedimentar na população a falsa realidade de fraude eleitoral para posteriormente a narrativa atingir dois objetivos: primeiro, não ser interpretada como um possível ato casuístico em caso de derrota eleitoral e, segundo e mais relevante, ser utilizada como fundamento para os atos que se sucederam após a derrota do então candidato JAIR BOLSONARO no pleito de 2022″, diz a PF.

A corporação afirma, também, que o ex-presidente tinha “conhecimento e anuência" de uma carta elaborada por oficiais superiores do Exército ao então comandante do Exército, Freire Gomes, para pressioná-lo a aderir ao suposto golpe.

A PF chegou à constatação devido a uma conversa entre o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e o tenente-coronel Sérgio Cavaliere.

“Após Mauro Cid pedir para Sergio Cavaliere entrar em contato com o Coronel Anderson Moura, Cavaviere responde: ‘Falei com ele’. Mauro Cid diz: ‘Excelente’. Em seguida, Sergio Cavaliere faz a seguinte pergunta: ’01 sabe disso?‘. Mauro Cid responde: ’sabe...‘.“

Para a Polícia Federal, “as trocas de mensagens evidenciam que a confecção e disseminação da Carta com teor golpista, assinada por oficiais do Exército era de conhecimento e anuência do então presidente da República Jair Bolsonaro, sendo uma estratégia para incitar os militares e pressionar o Comando do Exército a aderir a ruptura institucional."

Bolsonaro: ‘Palavra golpe nunca esteve no meu dicionário’
O ex-presidente Jair Bolsonaro disse, nessa segunda-feira (25), que nunca pensou em dar um golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022.

“Vamos tirar da cabeça essa história de golpe, ninguém vai dar golpe com general da reserva e mais meia dúzia de oficiais. É um absurdo o que estão falando. Da minha parte, nunca houve discussão de golpe. Se alguém viesse discutir golpe comigo, eu falaria ‘tudo bem, e o after day? Como fica o dia seguinte? Como fica o mundo perante a nós? Todas as medidas possíveis dentro das quatro linhas, dentro da Constituição, estudei”, disse o ex-mandatário a jornalistas após desembarcar no Aeroporto de Brasília.

“A palavra golpe nunca esteve no meu dicionário. Desde 2019, eu era acusado de tentar dar um golpe”, continuou. Na quinta-feira (21), a PF entregou ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre Moraes o indiciamento de Braga Netto, de Bolsonaro e de outras 35 pessoas.

Segundo o ex-presidente, “a situação é extremamente grave”, e “as acusações, realmente, são terríveis”. “Não justifica denunciar da forma leviana como está sendo feito. Os inquéritos, ninguém tem dúvida, até pelos áudios vazados, que o processo todo é conduzido, é alterado o tempo todo. Inclusive, tem um grau de sigilo o mais alto possível para ser alterado à maneira que convém ao encarregado do inquérito”, afirmou.

PGR analisará
Mais cedo, o ministro do STF Alexandre de Moraes enviou à PGR (Procuradoria-Geral da República) o relatório do inquérito da Polícia Federal que investiga o suposto golpe de Estado. O ministro tirou o sigilo do documento, mas o manteve para a delação premiada do coronel Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A avaliação da PGR sobre denunciar ou não o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 36 indiciados pelo suposto plano de golpe de Estado ficará para fevereiro de 2025. Na ocasião, a PGR poderá arquivar o caso, apresentar denúncia ou pedir mais investigações.

Se denunciar, o ministro Alexandre de Moraes poderá aceitar a denúncia e haverá uma ação penal. Segundo Moraes, no caso da investigação em curso, havia a necessidade de cumprimento das inúmeras diligências determinadas. Elas, em princípio, exigia a imposição de sigilo, para a realização das medidas investigativas.

No entanto, “diante da apresentação do relatório final e do cumprimento das medidas requeridas pela autoridade policial, não há necessidade de manutenção da restrição de publicidade”, escreveu.

Indiciamento de Bolsonaro pela PF
Na semana passada, a Polícia Federal decidiu indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado após o resultado das eleições presidenciais de 2022. O relatório final da investigação policial foi enviado ao STF.

Além de Bolsonaro, 36 pessoas foram indiciadas. Entre elas, estão os ex-ministros Augusto Heleno e Walter Braga Netto, e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

Bolsonaro se manifestou pelas redes sociais sobre o caso. “Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, escreveu.

O indiciamento é um ato formal realizado pela autoridade policial durante a investigação de um crime. Ele ocorre quando, com base nas provas coletadas, os investigadores identificam uma pessoa como suspeita principal da prática de um delito e formaliza essa suspeita no inquérito.

Núcleos do grupo
A investigação da Polícia Federal identificou que os investigados se estruturaram por meio de divisão de tarefas, o que permitiu a individualização das condutas e a constatação da existência de seis grupos:

  • Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral;
  • Núcleo Responsável por Incitar Militares à Aderirem ao Golpe de Estado;
  • Núcleo Jurídico;
  • Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas;
  • Núcleo de Inteligência Paralela;
  • Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas

A operação revelou um plano detalhado denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que tinha como objetivo a execução do então presidente eleito Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin, com data prevista para 15 de dezembro de 2022. O plano também mencionava a morte do ministro Alexandre de Moraes, que vinha sendo monitorado constantemente, caso a ação golpista fosse bem-sucedida.

R7
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Israel aprovou um acordo para um cessar-fogo nos bombardeios israelenses no Líbano contra o Hezbollah, anunciou nesta terça-feira (26) o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. A expectativa é que o acordo entre em vigor nesta quarta-feira (27).

O acordo vinha sendo costurado havia semanas com a intermediação dos Estados Unidos e da França.

Em pronunciamento televisionado em tom de vitoria, Netanyahu disse que impôs um retrocesso de "décadas" no Hezbollah, que os habitantes do norte de Israel irão voltar para suas casas e que o país vai voltar a atacar caso o grupo extremista não cumpra sua parte no acordo.

Não foram divulgados detalhes do cessar-fogo acordado entre as duas partes.

A proposta em discussão previa a interrupção dos ataques por dois meses e a retirada das forças israelenses da fronteira sul do Líbano, segundo disseram à agência de notícias de Reuters diplomatas envolvidos na negociação. Por outro lado, o Líbano poderia retornar suas tropas para a fronteira, e o Hezbollah levaria suas armas para o norte do país.

Entre os pontos discutidos nas negociações estava ainda a possibilidade de o Exército israelense poder realizar ataques na fronteira sul do Líbano caso ocorra algum tipo de ameaça.

Na segunda-feira (25), o site de notícias norte-americano Axios afirmou que autoridades dos EUA que participam da negociação haviam chegado a um entendimento com as duas partes. O embaixador israelense nos Estados Unidos, Michael Herzog, também disse à imprensa local que o acordo poderia sair em breve, mas disse que ainda havia pontos a serem ajustados.

Nesta terça, antes do anúncio do acordo, o Conselho de Segurança israelense se reuniu para definir os pontos do cessar-fogo.

Ordens de evacuação em Beirute
Também nesta terça, as Forças Armadas de Israel emitiram pela primeira vez ordens de evacuação para partes do centro e da região oeste de Beirute, no Líbano.

O aviso foi expedido minutos antes do início de uma nova leva de ataques.

Enquanto subúrbios no sul da capital libanesa, como Dahiyeh, são considerados reduto Hezbollah, a região central de Beirute é conhecida por reunir uma população mais diversa, com a presença de cristãos e muçulmanos sunitas.

As áreas citadas na ordem de evacuação são ainda próximas a universidades, incluindo duas instituições norte-americanas.

Na segunda-feira, um míssil israelense destruiu um prédio num subúrbio da capital libanesa. De acordo com o exército de Israel, o local seria usado pelo grupo extremista Hezbollah.

No sábado, ataques de Israel no Centro da cidade sem aviso prévio mataram pelo menos 15 pessoas. O Ministério da Saúde do Líbano disse que 63 pessoas ficaram feridas nos ataques de sábado, que foram o quarto no Centro de Beirute em menos de uma semana.

Israel tem realizado uma ofensiva no país contra o Hezbollah desde setembro. No domingo, o grupo lançou cerca de 250 foguetes contra Israel, que disse que a maioria foi interceptada.

Os ataques israelenses já mataram mais de 3.500 pessoas no Líbano, de acordo com o Ministério da Saúde do país. Os combates deslocaram cerca de 1,2 milhão de pessoas, ou um quarto da população do Líbano. Do lado israelense, cerca de 90 soldados e quase 50 civis foram mortos em bombardeios no norte de Israel e nos combates.

g1
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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (26) o uso do bônus de Itaipu, no valor de R$ 1,3 bilhão, para reduzir as tarifas de energia.

? O bônus decorre do saldo positivo da Conta de Itaipu. O valor pode ser repassado, por meio de crédito nas faturas de energia, aos consumidores residenciais e rurais que tiveram consumo faturado inferior a 350 quilowatts-hora (kWh) em ao menos um mês de 2023.

Segundo a Aneel, mais de 78,3 milhões de residências se enquadram nas condições estabelecidas para receber o desconto do bônus de Itaipu em suas contas de luz.

O rateio do bônus é de R$ 0,01 por kWh. O quanto cada família vai receber de desconto, no entanto, depende do seu consumo em 2023 --ano de referência para o bônus de Itaipu.

A agência calculou o desconto considerando a média de consumo das mais de 78,3 milhões de famílias beneficiárias.

Em 2023, essas famílias consumiram em média 119 kWh, o que significa um desconto total de R$ 16,66 no ano para cada uma.

Bônus de R$ 1,3 bilhão
O bônus calculado leva em consideração a arrecadação de:

  • R$ 399 milhões de saldo positivo da conta de Itaipu em 2023;
  • R$ 842 milhões de devolução das distribuidoras em 2023, uma vez que os saldos de 2020 e 2021 foram utilizados para reduzir as tarifas, sendo restituídos a Itaipu em 2023;
  • R$ 65 milhões decorrentes do rendimento dos valores acima em aplicação bancária, até setembro de 2024;
  • Retirada de R$ 610 mil para repasse à Celesc, referentes a um ajuste no bônus de Itaipu em 2019.

O repasse do bônus de Itaipu é geralmente divulgado até junho de cada ano. Mas neste ano, o Ministério de Minas e Energia cogitou usar a quantia para abater a conta de luz de famílias afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul, o que suspendeu o processo na Aneel.

O tema voltou à pauta na última semana, depois que a área técnica apresentou um parecer favorável à distribuição a todos os consumidores residenciais e rurais, com consumo de até 350 kWh em ao menos um mês de 2023.

Logo depois, o ministro de Minas e Energia enviou um ofício à Aneel solicitando a distribuição.

No documento, Silveira diz que o recurso "pode ser destinado à modicidade tarifária dos consumidores de energia elétrica com reflexo na capacidade de pagamento das famílias e no controle da inflação".

g1
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A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Entidade Administradora da Faixa (EAF) anunciaram nesta terça-feira (26) a conclusão do processo de "limpeza" do sinal que será usado pelo 5G no Brasil.

?A faixa de espectro funciona como uma avenida por onde trafegam os dados. No Brasil, a faixa usada pelo 5G é a de 3,5 gigahertz (GHz), antes usada por serviços de satélites e de radiodifusão, como as antenas parabólicas.

Por causa disso, para o 5G ser ativado, foi necessário "limpar" a faixa, instalando filtros e kits para recepção do sinal de TV. Esse processo ficou sob a responsabilidade da EAF.

A liberação da faixa anunciada nesta terça-feira (26) significa que há não há risco de interferência no sinal 5G. Dessa forma, caso queiram, as operadoras já podem ativar o 5G em qualquer cidade do país. A decisão, contudo, depende da empresa.

➡️ Ou seja, apesar de a faixa estar liberada, isso não significa que o 5G será imediatamente ativado em todas as cidades.

“A liberação da faixa de 3,5 GHz é o primeiro passo necessário para a chegada do 5G. O edital do 5G fixou um cronograma de instalação da nova tecnologia, que tem sido cumprido e mesmo antecipado pelas operadoras", afirmou o presidente-executivo da Conexis Brasil Digital, que representa as operadoras, Marcos Ferrari.

?O edital do leilão do 5G, que foi realizado em 2021, estabelece que as empresas devem ativar a tecnologia em todas as cidades até o fim de 2029.

Segundo o conselheiro substituto da Anatel, Vinicius Caram, a liberação da faixa do 5G foi concluída pela EAF com 14 meses de antecedência.

Faltavam apenas 190 municípios no estado da Bahia, que foram liberados para receber o 5G em reunião do grupo de acompanhamento da tecnologia nesta terça-feira (26). Nessas cidades, a faixa do 5G estará liberada a partir de segunda-feira (2)

Já a instalação dos kits para recepção do sinal da TV digital, no lugar das parabólicas, deve ser concluída até meados de 2025. A EAF é responsável por distribuir os kits para famílias que cadastradas no Cadastro Único, o CadÚnico.

A princípio, o governo calculava a necessidade de instalar kits em 10,5 milhões de domicílios com antena parabólica. Esse número foi reduzido para cerca de 5 milhões, depois de um novo levantamento. Até o momento, 4,4 milhões de kits foram instalados.

No entanto, Caram ressalta que as transmissões de sinal de TV na faixa usada pelo 5G já foram interrompidas pelas emissoras, o que impede interferência.

"Nós não deixamos ninguém para trás, ou seja, uma pessoa que entra em contato conosco, um beneficiário do Cadastro Único, vai ser atendido independente do endereço em que reside", declarou o presidente da EAF, Leandro Guerra.

Também conhecida por Siga Antenado, a EAF é a entidade criada pelas principais vencedoras do leilão do 5G, em 2021, para fazer a chamada "limpeza da faixa" usada pela tecnologia.

?A "limpeza da faixa" é o processo de migração das parabólicas e instalação de filtros para evitar interferência de outros serviços no sinal do 5G.

Para beneficiários de programas sociais do governo, é possível agendar a instalação do kit gratuito por meio do telefone 0800 729 2404 ou aqui pelo site da EAF.

g1
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O Banco Central (BC) informou nesta terça-feira (26) que identificou o vazamento de dados pessoais de clientes da Cronos Instituição de Pagamento.

Esse é o décimo sétimo vazamento de dados do PIX, sistema instantâneo de pagamentos, que opera 24 horas por dia, sete dias por semana, lançado em novembro de 2020.

Segundo a instituição, a falha de segurança afetou dados cadastrais vinculados a 1.378 chaves Pix, como nome do usuário, CPF, instituição de relacionamento, agência e número da conta.

"Não foram expostos dados sensíveis, tais como senhas, informações de movimentações ou saldos financeiros em contas transacionais, ou quaisquer outras informações sob sigilo bancário. As informações obtidas são de natureza cadastral, que não permitem movimentação de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras", acrescentou o BC.

Segundo o BC, as pessoas que tiveram seus dados cadastrais obtidos a partir do incidente serão notificadas exclusivamente por meio do aplicativo ou pelo internet banking de sua instituição de relacionamento.

"Nem o BC nem as instituições participantes usarão quaisquer outros meios de comunicação aos usuários afetados, tais como aplicativos de mensagens, chamadas telefônicas, SMS ou e-mail", acrescentou a instituição.

O Banco Central informou, ainda, que foram adotadas as "ações necessárias para a apuração detalhada do caso e serão aplicadas as medidas sancionadoras previstas na regulação vigente".

Resposta da Cronos
A Cronos Instituição de Pagamento informou ter constatado que as consultas de Chaves Pix foram realizadas exclusivamente por um único correntista "no intervalo de alguns dias, em razão de falha pontual de monitoramento".

"O referido correntista foi notificado e teve a sua conta encerrada. Em razão dos protocolos de segurança mantidos pela empresa, esse cliente não teve acesso a senhas, dados de movimentações financeiras ou quaisquer outras informações sob sigilo bancário", acrescentou.

A instituição financeira informou, ainda, que prezando sempre pela segurança de nossos clientes e parceiros, já implementou melhorias nos seus processos de monitoramento e restrições nas consultas. "Ademais, os respectivos titulares envolvidos já estão sendo comunicados sobre o ocorrido", declarou.

"Importante mencionar que, para abordar e prevenir incidentes dessa natureza, diversas melhorias na segurança no sistema da empresa já haviam sido implementadas ao longo dos últimos dois anos, inclusive a contratação de equipe interdisciplinar altamente especializada em segurança cibernética", concluiu a Cronos.

g1
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes retirou nesta terça-feira (26) o sigilo do relatório da Polícia Federal sobre o "inquérito do golpe", que apura a tentativa de um golpe de Estado em 2022, no fim do governo Jair Bolsonaro.

Na decisão, Moraes mantém o sigilo sobre a delação premiada do coronel Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

No mesmo despacho, Moraes também determina o envio do material para a Procuradoria-Geral da República (PGR) – a quem cabe analisar se apresentará denúncia contra os indiciados.

Integrantes da PGR já afirmaram ao g1 que essa decisão sobre denunciar os citados só deve acontecer de fato a partir de fevereiro de 2025, em razão do tamanho do relatório e do recesso de fim de ano.

O relatório da Polícia Federal foi enviado ao Supremo na última quinta-feira (21) e indicia 37 pessoas por envolvimento na suposta tentativa de golpe.

A lista inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), dois ex-ministros e dezenas de integrantes da mesma gestão federal.

Investigação começou em 2023
Desde o ano passado, a PF investiga a tentativa de golpe de Estado e iniciativas nesse sentido que ameaçaram o país entre 2022 e 2023, após Lula ter sido eleito — vencendo Bolsonaro nas urnas — e até pouco depois de ele ter tomado posse.

A investigação remonta aos discursos de altas autoridades do governo Bolsonaro para descreditar a urna eletrônica e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e se estende até o fim de 2022.

Passa, portanto, pelas "minutas do golpe" encontradas na casa do ex-ministro Anderson Torres, no celular de Mauro Cid e na sede do PL em Brasília; e pelo plano, revelado pela operação Contragolpe na última terça (19), que previa inclusive o assassinato de autoridades.

Os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, embora também se relacionem a uma tentativa de derrubar Lula da Presidência da República, são investigados em um inquérito separado.

g1
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta terça-feira (26), que não faltará crédito para que os empresários da construção civil invistam em empreendimentos residenciais para a população brasileira. Durante a abertura do 99° Encontro Nacional da Indústria de Construção, na sede da Confederação Nacional da Indústria, em Brasília, Lula ainda voltou a defender a importância de incluir a classe média no Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).

“A gente começou construindo casas para as pessoas mais pobres, depois a gente foi evoluindo", relatou Lula.. "É justo com uma pessoa que ganha R$ 8 mil, R$ 9 mil, R$ 10 mil ser atendida por um programa do governo porque essas pessoas trabalham. Essas pessoas são bancários, metalúrgicos, químicos, gráficos, são pessoas que trabalham por conta própria, são pequenos empreendedores e nós temos que atender essa gente”, concluiu.

“Vão dizer que ‘o Lula só pensa no pobre’, ‘tem que ser muito pobre pro Lula cuidar’, não! Nós queremos cuidar do povo brasileiro. Só que tem uma parte do povo que precisa da mão do Estado e tem outra que não precisa. E essa que não precisa a gente também tem que cuidar facilitando a vida dos empresários. Por isso, quero dizer uma coisa: não faltará crédito para a gente fazer as casas nesse país”, afirmou Lula.

O presidente contou sobre a criação do MCMV, em seu segundo mandato, em 2010, e das negociações, ao longo do tempo, por melhorias nos projetos, como aumento da área útil, qualidade dos acabamentos, infraestrutura social, de lazer e cultura, e adequações nas residências construídas na área rural. Lula cobrou, ainda, que as entidades do setor da construção também fiscalizem os processos de licitação de obras públicas e que as empresas respeitem os resultados para evitar a judicialização dos projetos e atrasos nas obras. "O governo ele pode ser indutor, mas o construtor é quem sabe construir, quem tem essa experiência”, disse.

“E nós temos que fazer as coisas decentes porque se tem uma coisa que a gente precisa tratar é as pessoas mais humildes com respeito. Ele já sofre por ser pobre, ele já sofre por não ter acesso às grandes coisas que outros pequenos grupos têm. Então é preciso que a gente demonstre para ele, no mínimo, respeito”, acrescentou o presidente.

Agência Brasil
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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu a aprovação do projeto que trata da reciprocidade de medidas de proteção ambiental em relações comerciais entre os países. Em evento promovido pela Frente Parlamentar da Agropecuária nesta terça-feira, Lira afirmou que é necessário um marco legal forte para que os produtores brasileiros não sejam prejudicados, sobretudo, em razão de desinformações, como no caso do CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard.

O executivo divulgou na semana passada um comunicado dizendo que o grupo francês não comercializaria mais carnes provenientes do Mercosul , por não atenderem a exigências e normas sanitárias da União Europeia. Hoje, divulgou uma carta se retratando.

Retratação fraca
Em entrevista após o evento da frente agropecuária, Lira disse que a resposta do executivo do Carrefour foi "fraca". O presidente cobrou uma desculpa formal, reconhecendo a qualidade dos produtos brasileiros. “Não podemos minimizar o que aconteceu. É uma escalada de narrativas que não são verdadeiras sobre a produção brasileira”, criticou.  Ontem, Lira já havia protestado contra o protecionismo europeu e dito que a Câmara ia dar uma resposta à declaração.

Lira afirmou que o estrago na imagem e a repercussão em outros mercados em razão da declaração de Bompard são preocupantes. Lira criticou a difamação da cadeia produtiva brasileira. “Você pode comprar de onde quiser, mas não denigra a imagem de quem se esforça em produzir sem subsídios com muita luta”, afirmou.

Tratativas diplomáticas
O presidente afirmou que a Câmara pode convocar o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para dizer aos parlamentares quais tratativas estão sendo feitas com a França, “para que as empresas francesas tenham responsabilidade com as informações que estão dando”, disse Lira.

Em relação ao projeto, Lira disse que o texto será negociado com o Senado, já que lá também tramita um texto semelhante. Segundo ele, a proposta vai ser discutida com critério, para não comprometer as relações comerciais brasileiras. Arthur Lira também ressaltou a legislação ambiental brasileira.

Comparações
“É importante que a gente aproveite este momento para tirar lições do que vamos sofrer de pressões na COP 30. É importante que todos os parlamentares brasileiros não se preocupem só com a recepção, estadia, mas se preocupem com o Brasil real que existe, já que temos a lei mais dura e mais protetiva do meio ambiente do mundo. É importante comparar quantas reserva indígenas, quilombolas, nós temos percentualmente a mais que os franceses. Temos que comparar quanto os franceses protegem e quanto os brasileiros protegem”, disse o presidente.

Agência Câmara
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A Comissão de Educação (CE) aprovou nesta terça-feira (26), em caráter terminativo, o projeto de lei que reconhece a cultura cristã e os eventos a ela relacionados como manifestação da cultura nacional. O PL 2.939/2024, do senador Lucas Barreto (PSD-AP), recebeu voto favorável do senador Laércio Oliveira (PP-SE). Se não houver recurso para votação em Plenário, o texto segue para a Câmara dos Deputados.

O projeto original fazia referência à cultura gospel, termo de origem estrangeira mais relacionado a algumas expressões da religião cristã. Lucas Barreto apresentou emenda, acatada por Laércio, para substituir em todo o texto a palavra “gospel” por “cristã” ou “cristão”, conforme o caso, a fim de dar maior abrangência ao projeto.

O texto lista expressões culturais como música, artes cênicas, vestuário, literatura, arte visual, dança e outras manifestações que tenham a vida cristã como base. E estabelece que os templos religiosos que promovem a cultura cristã serão reconhecidos como “pontos de cultura”, de acordo com a lei que cria a Política Nacional de Cultura Viva (Lei 13.018, de 2014). Segundo o autor, isso permitirá que os espaços sejam beneficiados por programas de fomento e de incentivo, com a ampliação do acesso a recursos e parcerias. 

O projeto determina, ainda, que o poder público promoverá a preservação, valorização e difusão da cultura cristã por meio da criação de espaços adequados para apresentações, exposições e outras atividades. Também estabelece que o reconhecimento e a valorização da cultura cristã sejam considerados nos Conselhos de Política Cultural e nas Conferências de Cultura.

De acordo com o relator, a inclusão da cultura cristã na agenda dos Conselhos de Política Cultural e nas Conferências de Cultura é meritória, já que a medida deve assegurar a participação de representantes desse segmento cultural nos processos decisórios de políticas públicas. O texto também altera a Lei Rouanet para reconhecer como manifestação cultural a música cristã e os eventos a ela relacionados promovidos por igrejas.

Agência Senado
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As Forças de Defesa de Israel emitiram pela primeira vez nesta terça-feira (26) ordens de evacuação para partes do Centro e da região Oeste de Beirute, no Líbano. O país tem realizado bombardeios aéreos constantes contra o país vizinho, sob a justificativa de atacar alvos do grupo extremista Hezbollah.

O aviso, expedido minutos antes do início de uma nova leva de ataques, é emitido dias depois de supostos avanços nas negociações de um cessar-fogo entre as duas partes, que está sendo costurado com intermediação de Estados Unidos e França.

Enquanto subúrbios no sul da capital libanesa, como Dahiyeh, são considerados reduto Hezbollah, a região central de Beirute é conhecida por reunir uma população mais diversa, com a presença de cristãos e muçulmanos sunitas. Apesar disso, Israel tem expandido a área de seus ataques aéreos.

As áreas citadas na ordem de evacuação são próximas a universidades, incluindo duas instituições norte-americanas.

Na segunda-feira, um míssil israelense destruiu um prédio num subúrbio da capital libanesa. De acordo com o exército de Israel, o local seria usado pelo grupo extremista Hezbollah.

No sábado, ataques de Israel no Centro da cidade sem aviso prévio mataram pelo menos 15 pessoas. O Ministério da Saúde do Líbano disse que 63 pessoas ficaram feridas nos ataques de sábado, que foram o quarto no Centro de Beirute em menos de uma semana.

Israel tem realizado uma ofensiva no país contra o Hezbollah desde setembro. No domingo, o grupo lançou cerca de 250 foguetes contra Israel, que disse que a maioria foi interceptada.

Os ataques israelenses já mataram mais de 3.500 pessoas no Líbano, de acordo com o Ministério da Saúde do país. Os combates deslocaram cerca de 1,2 milhão de pessoas, ou um quarto da população do Líbano. Do lado israelense, cerca de 90 soldados e quase 50 civis foram mortos em bombardeios no norte de Israel e nos combates.

Negociações de paz
Segundo o embaixador israelense nos Estados Unidos, Michael Herzog, o acordo pode ser concluído nos próximos dias, mas ainda há pontos a serem ajustados. Uma reunião do Conselho de Segurança israelense, marcada para esta terça-feira (26), pode definir os acordos de cessar-fogo.

A proposta em discussão prevê a interrupção dos ataques por dois meses e a retirada das forças israelenses da fronteira sul do Líbano. Por outro lado, o Líbano poderia retornar suas tropas para a fronteira e o Hezbollah levaria suas armas para o norte do país. Entre os pontos que estão sendo acertados está a possibilidade do exército israelense de poder realizar ataques na fronteira sul do Líbano caso ocorra algum tipo de ameaça.

France Presse
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