Donald Trump planeja emitir uma série de ordens executivas e decretos assim que for empossado como presidente dos Estados Unidos na segunda-feira (20). As medidas devem impactar áreas como imigração e energia.
Duas fontes familiarizadas com o planejamento do novo governo disseram que Trump está preparando um volume significativo de ordens executivas. Mais de 100 ações podem ser anunciadas nos primeiros dias de governo, em uma estratégia conhecida como "choque e pavor".
Assessores da transição estão preparando ordens para Trump escolher. Ainda é necessário decidir quais serão divulgadas no dia 20 de janeiro e quais serão anunciadas posteriormente.
"Tudo ainda está em fluxo", disse uma das fontes.
Veja o que se sabe sobre as medidas até agora.
Imigração
Muitas das ações que Trump planeja em seu primeiro dia como presidente têm como objetivo intensificar a fiscalização da imigração. O republicano quer cumprir a promessa de deportar um número recorde de imigrantes em situação irregular nos EUA.
As ações executivas dariam mais liberdade aos agentes de imigração federal para prender pessoas sem antecedentes criminais, enviar mais tropas para a fronteira entre os EUA e o México e retomar a construção do muro na fronteira.
É esperado que Trump declare a imigração ilegal como uma emergência nacional. Isso autorizaria a liberação de fundos militares para a construção do muro na fronteira com o México.
O presidente eleito também indicou, em uma postagem no Truth Social em novembro, que direcionaria recursos militares para apoiar planos de deportação.
Trump também planeja encerrar os programas temporários de Joe Biden, que permitiram que centenas de milhares de migrantes de alguns países entrassem legalmente por razões humanitárias e recebessem autorizações de trabalho.
Além disso, Trump prometeu acabar com a cidadania automática para pessoas nascidas nos EUA com pais em situação irregular. Assessores dizem que a do republicano equipe está trabalhando em uma ordem executiva com este objetivo.
A 14ª Emenda da Constituição dos EUA, ratificada em 1868 após a Guerra Civil, prevê a concessão de cidadania a "todas as pessoas nascidas ou naturalizadas nos Estados Unidos".
Qualquer movimento de Trump para acabar com a cidadania por nascimento enfrentaria um desafio legal.
"Temos que acabar com isso. É ridículo", disse Trump ao programa "Meet the Press" da NBC em dezembro.
Energia
Fontes ouvidas pela Reuters disseram que Trump está considerando uma série de ordens executivas no setor de energia. As medidas abrangem regulações sobre veículos elétricos e até mesmo a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris sobre o clima.
Trump já havia abandonado o acordo durante o primeiro mandato, entre 2017 e 2021. Por outro lado, Joe Biden colocou os Estados Unidos de volta ao tratado.
Os membros da equipe de transição estão recomendando mudanças significativas para cortar apoio a veículos elétricos e estações de recarga, além de fortalecer medidas que bloqueiem a importação de carros, componentes e materiais de bateria da China.
A equipe de transição também recomenda a imposição de tarifas sobre todos os materiais de bateria estrangeiros, como forma de impulsionar a produção nos EUA. Em seguida, o país negociaria isenções individuais com aliados, segundo um documento obtido pela Reuters.
As ordens executivas de Trump provavelmente também buscarão revogar as regulamentações climáticas de Biden sobre usinas de energia, acabar com a pausa nas exportações de gás natural liquefeito e revogar isenções que permitem que Califórnia e outros estados tenham regras de poluição mais rígidas.
Tarifas
Uma das medidas que Trump pode tomar em seu primeiro dia de governo é cumprir suas ameaças de aumentar as tarifas sobre bens importados dos maiores parceiros comerciais dos EUA.
Trump acredita que as tarifas ajudariam a impulsionar o crescimento econômico nos Estados Unidos, embora opositores alertem que os custos provavelmente seriam repassados aos consumidores — o que pode gerar inflação e aumento na taxa de juros.
Perdões
Trump também afirmou que tomará medidas para conceder perdões a algumas das centenas de pessoas condenadas ou acusadas de terem relação com o ataque ao Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021.
Naquele dia, mais de 1.500 invadiram o Congresso dos Estados Unidos para tentar impedir a certificação da vitória de Joe Biden nas eleições de 2020. A grande maioria dos invasores são apoiadores de Trump.
"Estou inclinado a perdoar muitos deles", prometeu Trump diversas vezes durante a campanha. "Não posso dizer para cada um deles, porque alguns, provavelmente, perderam o controle."
Reuters
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As cotas da Copa do Nordeste de 2025 terão 5% de reajuste garantidos em cima dos valores aplicados na edição do ano passado. O percentual é um pouco maior que o índice acumulado da inflação de 2024, calculado pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A CBF, no entanto, ainda busca meios para aumentar a valorização.
A forma de distribuição das cotas, contudo, não mudou. Com a maior concentração dos recursos na fase de grupos e dividida em quatro faixas, de acordo com a colocação dos clubes no ranking da CBF de 2024.
Sendo assim, a distribuição das cotas da Copa do Nordeste 2025 ficou assim:
Fase de grupos
Mata-mata
Assim, um clube da primeira faixa somará pouco mais de R$ 7 milhões em premiação, em caso de título. Já para as equipes do segundo piso, a soma com a conquista da competição chegará a R$ 6,1 milhões, para a faixa 3, o valor total será de R$ 5,5 milhões e para os da faixa 4, de R$ 4,8 milhões.
Regulamento
Este ano, na primeira fase, os clubes se enfrentarão dentro do próprio grupo, e não os da chave oposta, como vinha ocorrendo nas últimas temporadas. Assim, o número de rodadas caiu de oito para sete.
Os grupos, sorteados na noite da terça-feira, ficaram assim. Grupo A: Sport, Fortaleza, Vitória, CRB, Ferroviário, Altos, Sousa e Moto Club. Grupo B: Ceará, Bahia, Sampaio Corrêa, CSA, Náutico, Confiança, Juazeirense e América-RN.
Os quatro melhores colocados de cada chave avançam para as quartas de final, em jogo único, quando acontece o cruzamento dos grupos, na seguinte ordem, com mando dos times de melhores campanhas.
Os vencedores se enfrentam na semifinal, também em partida única, com os que avançarem decidindo o título, em duas partidas.
ge
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, apresentará na quarta-feira (15) uma nova versão da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Segurança Pública. A ação ocorre após o ministro ouvir sugestões de governadores em relação ao texto apresentado pela pasta em 31 de outubro de 2024.
De acordo com o ministério, houve “ampla discussão sobre diversos pontos da proposta com os governadores e seus respectivos secretários de Segurança Pública. “A iniciativa tem como foco reorganizar e fortalecer o sistema de segurança brasileiro por meio da integração entre os entes federados, preservando a autonomia dos estados, do DF e dos municípios”, informou a pasta em nota.
A fim de explicar quais mudanças houve no texto, o ministro agendou para amanhã uma coletiva à imprensa. Conforme mostrou o R7, a autonomia dos governos estaduais é um dos principais embates na PEC.
Um dos principais opositores, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), já disse que a medida pretende centralizar o comando na União e criar uma relação de “subordinação” em relação ao Planalto. Na ocasião, Lewandowski garantiu que serão inseridos todos os mecanismos de “salvaguarda” para garantir a autonomia dos entes federativos.
À época, Caiado apresentou um texto alternativo à PEC. O Secretário de Segurança Pública do DF e presidente do Consesp (Conselho Nacional de Secretários de Segurança Pública, Sandro Avelar, também apresentou outro modelo de proposta com apoio de todos os secretários de segurança pública do país.
Segundo Caiado, o atual texto da PEC impediria os repasses da União aos governos locais caso eles não cumprissem com as determinações do governo federal.
Entenda a primeira versão da PEC
A PEC prevê a transformação da PRF (Polícia Rodoviária Federal) em uma polícia ostensiva federal. A ideia é que a nova força atue em rodovias, ferrovias e hidrovias federais e preste auxílio aos estados, quando solicitado.
O argumento do ministro da Justiça e Segurança Pública é que não há simetria entre estados e União — os entes federativos têm polícia judiciária (polícias civis) e polícia ostensiva (polícia militar), enquanto a União tem apenas a força judiciária (Polícia Federal).
Lewandowski garantiu, porém, que a nova polícia não vai impedir a atuação da PF nas rodovias, ferrovias e hidrovias federais. Segundo o ministro, a PEC não vai centralizar o uso dos sistemas nem intervir no comando das polícias estaduais.
O texto também não pretende diminuir a competência dos entes federativos no tema nem criar novos cargos públicos. Com a PEC, o governo federal quer criar uma espécie de “SUS (Sistema Único de Saúde) da segurança” e incluir as competências presentes em leis ordinárias na Constituição. A proposta do Executivo sugere alterações nos artigos 21, 22, 23, 24 e 144 do texto constitucional.
Outro ponto prevê o contingenciamento (bloqueio de recursos não obrigatórios) dos valores que compõem o Fundo Nacional de Segurança Pública e da Política Penitenciária.
De acordo com a PEC, a União vai instituir e unificar o Fundo Nacional de Segurança Pública e Política Penitenciária, com o objetivo de “garantir recursos para apoiar projetos, atividades e ações em conformidade com a política nacional de segurança pública e defesa social, sendo vedado o contingenciamento de seus recursos”.
No texto, o governo argumenta que a criação do fundo vem de uma “percepção generalizada de que a segurança pública, a qual abarca tanto a prevenção quanto a repressão às atividades criminosas, precisa de recursos em montante correspondente a esse magno desafio, sob pena de total ineficácia da ação estatal”. O sistema deve contar com a indicação das respectivas fontes de recursos.
Segundo a gestão federal, a constitucionalização tornaria os investimentos no sistema único mais estáveis.
R7
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As universidades e institutos federais da Paraíba anunciaram que em 2025 não irão mais oferecer a bonificação regional de 10% na nota do Enem para estudantes paraibanos, válida para o ingresso em cursos de graduação via Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Contudo, a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), irá manter o benefício.
A bonificação regional é um acréscimo de 10% na nota final do Enem oferecido a candidatos que:
Essa política foi adotada por diversas universidades públicas para valorizar estudantes locais, mas não é cumulativa com outras ações afirmativas, como cotas.
A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) informou ao g1 que a bonificação estava prevista para durar três anos, conforme a Resolução CONSEPE Nº 43/2021, e que a decisão de não oferecer mais o benefício seguiu a Nota Técnica nº 364/2024, emitida pelo MEC.
Já a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) afirmou que está cumprindo a determinação do STF, que invalidou a bonificação.
O Instituto Federal da Paraíba (IFPB) informou que não adotará a bonificação estadual no Sisu, assim como a UFPB e UFCG.
A decisão foi motivada por uma recomendação do Ministério da Educação (MEC), baseada em entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), com base na decisão proferida na Reclamação nº 65.976, que considera o benefício inconstitucional por discriminar candidatos com base na origem.
Por outro lado, a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) declarou que continuará aplicando a bonificação de 10% para alunos que concluíram o ensino médio na Paraíba, conforme liminar ganha no Tribunal de Justiça da Paraíba. A decisão tem como base a Lei Estadual 12.122/2021, considerando a autonomia das instituições estaduais para definir seus critérios.
O MEC reforçou que as instituições têm autonomia para decidir sobre políticas afirmativas, mas orientou contra o uso da bonificação regional no Sisu 2025. O Ministério informa vem dialogando com as instituições de ensino a fim de estruturar medidas que atendam às especificidades regionais.
g1 PB
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A isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até dois salários mínimos será mantida em 2025, disse nesta terça-feira (14) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo o ministro, essa é uma orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A mudança depende da aprovação de projeto de lei que atualiza o Orçamento de 2025, ainda não aprovado, e só será enviada após as eleições para as Mesas Diretoras da Câmara e do Senado. “Deve ter uma atualização [no Orçamento], sim. Estamos considerando essa possibilidade para manter o ritmo de mudança da faixa de isenção. É uma orientação, que nós recebemos do presidente [Luiz Inácio Lula da Silva]”, disse Haddad antes de ir para a posse do novo secretário de Comunicação, Sidônio Pereira.
Com o atraso da aprovação do Orçamento e do envio da reforma do Imposto de Renda, a tabela do Imposto de Renda para 2025 não mudou. A faixa de isenção continua em R$ 2.824 por mês, o equivalente a dois salários mínimos de 2024. Com a elevação para dois salários mínimos, o valor subiria para R$ 3.036, o dobro do mínimo atual de R$ 1.518.
Em relação à reforma do Imposto de Renda, Haddad declarou que o governo esperará as eleições das duas mesas e a aprovação do Orçamento para enviar a proposta. O ministro reiterou que a reforma será um pacote que abrangerá vários projetos de lei, a serem enviados em etapas.
“Existem várias distorções no nosso sistema de Imposto de Renda, e pretendemos corrigir essas distorções, tanto do ponto de vista distributivo quanto da neutralidade fiscal. Não é uma lei só que vai resolver a questão da renda, porque são várias, não é um pacote, mas as medidas vão ser encaminhadas, à medida que forem ficando prontas”, ressaltou Haddad.
O ministro também informou que Lula deverá sancionar, ainda esta semana, a regulamentação da reforma tributária do consumo, aprovada pelo Congresso em dezembro. Haddad ressaltou que haverá poucos vetos técnicos, que preservarão a essência do projeto de lei complementar aprovado pela Câmara e pelo Senado.
“Já encaminhamos tanto para a AGU [Advocacia-Geral da União] quando para a Casa Civil, as razões de veto dos artigos respectivos, mas isso não passou ainda pelo crivo do presidente. Por isso não posso adiantar [os pontos a serem vetados], mas são coisas bastante laterais e podem trazer problemas técnicos e de aplicação. A essência da reforma está mantida, mas afasta problemas que podem ocorrer a depender da interpretação dos dispositivos”, disse o ministro.
Agência Brasil
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deve retirar Cuba da lista dos países que patrocinam o terrorismo, segundo autoridades norte-americanas familiarizadas com o assunto. A medida deve ser anunciada nesta terça-feira (14).
As autoridades ouvidas pela AP não estavam autorizadas a comentar o assunto e insistiram no anonimato para discutir a medida, que ainda não foi anunciada publicamente. Autoridades do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca se recusaram a comentar o assunto.
A decisão de Biden deve ser revertida já na próxima semana, quando o presidente eleito, Donald Trump, assumir o cargo. No novo governo, o principal diplomata dos Estados Unidos será Marco Rubio, que foi indicado para o cargo de secretário de Estado.
Rubio, cuja família fugiu de Cuba na década de 1950 antes da revolução comunista que levou Fidel Castro ao poder, há muito tempo defende sanções à ilha.
O indicado para ser o próximo secretário de Estado comparecerá ao Comitê de Relações Exteriores do Senado na quarta-feira (16) para uma sabatina. Depois, os senadores votarão se aprovam a indicação de Trump ou não.
Durante o governo de Barack Obama, os Estados Unidos já haviam retirado Cuba dessa lista. À época, os dois países estavam em um processo de reaproximação. Em 2021, no entanto, Trump reverteu a medida de Obama.
Ao voltar Cuba à lista, o governo Trump citou o apoio do país ao líder da Venezuela, Nicolás Maduro, e sua recusa em extraditar rebeldes colombianos para a Colômbia, entre outras questões, incluindo o abrigo contínuo de americanos procurados pela Justiça.
Grupos de direitos humanos e ativistas, incluindo a Conferência dos Bispos Católicos dos EUA, têm pressionado a administração Biden para retirar Cuba da lista.
Associated Press
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O publicitário Sidônio Palmeira tomou posse nesta terça-feira (14) como novo ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A cerimônia de posse no Palácio do Planalto formaliza o início da gestão de Sidônio, que nas últimas semanas fez a transição com a equipe do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que deixa a Secom após dois anos no cargo.
Em discurso ao tomar posse, Sidônio elogiou os primeiros dois anos do governo Lula – mas disse que o "bom trabalho" não está sendo visto pela população.
Sidônio afirmou que, em dois anos, Lula reorganizou o país, alcançou bons indicadores econômicos e retirou brasileiros da miséria – porém, parte da população não estaria identificando essas mudanças.
"O nosso país voltou a ser respeitado pelo mundo. Mas esse trabalho não está sendo percebido por parte da população. A informação dos serviços não chega na ponta, a população não consegue ver o governo em suas virtudes", disse.
A Secom é responsável por formular e implementar a política de comunicação do governo federal. Isso inclui gerenciar a publicidade oficial, o relacionamento com a imprensa e a divulgação de programas e ações do Executivo.
Marqueteiro de Lula na campanha de 2022, Sidônio foi escolhido para tentar melhorar a comunicação do governo. Ainda em dezembro, o presidente que faria as "correções necessárias" na área.
Lula entende que a aprovação na faixa de um terço, conforme institutos de pesquisa, está aquém dos resultados do governo, como a alta do Produto Interno Bruto (PIB) e baixa taxa de desemprego.
O presidente também espera que o novo comando da Secom consiga enfrentar a direita nas redes sociais. Sidônio e equipe já tentam nos últimos dias desmentir informações a respeito de taxação nas movimentações financeiras por meio do Pix.
Ao contrário do que circulou pelas redes sociais, a medida não implica em cobrança adicional de impostos – mas o contribuinte deve estar atento porque movimentações atípicas podem gerar problemas para quem não declara seus rendimentos de forma correta.
g1
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A safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2025 deve somar 322,6 milhões de toneladas, uma alta de 10,2% em relação a 2024, com 29,9 milhões de tonelada a mais, de acordo com o 3º prognóstico do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado hoje (14) pelo IBGE.
O acréscimo da produção deve-se à maior estimativa prevista, principalmente, para a soja (15,4% ou 22.347.519 t), para o milho 1ª safra (9,3% ou 2.124.233 t), para o milho 2ª safra (4,1% ou 3.736.047 t), para o arroz (8,1% ou 856.065 t), para o trigo (4,8% ou 360.657 t) e para o feijão 1ª safra (30,9% ou 276.071 t). O algodão herbáceo em caroço foi estimado com estabilidade na produção (0,0% ou 2.354 t), enquanto para o sorgo foi estimado um declínio de 3,2% ou -127.668 t.
Em relação à área prevista, devem ter aumentos o feijão 1ª safra (6,3%), o arroz (5,8%), a soja (2,7%), o algodão herbáceo em caroço (1,6%) e o milho 2ª safra (1,2%). Por outro lado, deve haver queda na área do milho 1ª safra (-1,6%), do sorgo (-1,0%) e do trigo (-2,8%).
A Conab também divulgou projeção nesta terça-feira. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento, os agricultores brasileiros deverão colher 322,3 milhões de toneladas de grãos na safra 2024/25. O resultado equivale a um crescimento de 8,2% frente à produção da safra anterior, ou seja, 24,5 milhões de toneladas a mais a serem colhidas. A nova estimativa mantém a previsão de recorde na produção na série histórica, caso o resultado se confirme. O bom desempenho acompanha o clima favorável registrado durante o desenvolvimento das culturas de primeira safra. Aliado a isso, a área total semeada está estimada em 81,4 milhões de hectares e deve crescer 1,8% quando comparada com o ciclo 2023/24. Os dados foram divulgados pela Companhia nesta terça-feira (14), durante o anúncio do 4º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25.
Soja puxa projeções
“Esse crescimento se deve à recuperação da safra de soja, que passou por muitos problemas em 2024. Isso se soma às condições climáticas favoráveis às lavouras na maior parte do Brasil, mesmo com atraso no início do plantio. Os produtores conseguiram recuperar este atraso, utilizando-se de alta tecnologia. Tem chovido de forma satisfatória na maioria das regiões produtoras, o que beneficia as lavouras que estão em campo, como a soja e o milho de 1ª safra”, destacou Carlos Guedes, gerente de agricultura do IBGE.
Em relação ao 2º prognóstico, o crescimento foi de 2,5%, o que representou mais 7,8 milhões de toneladas.
Outras culturas também têm boa perspectiva
A Conab, igualmente, tem perspectiva positiva para a soja: uma produção de 166,33 milhões de toneladas, 18,61 milhões de toneladas acima do total produzido na safra anterior. Após um ano de quebra na safra, o atual ciclo tende a recuperar a produtividade média das lavouras. Para esta temporada, é esperado um desempenho médio de 3.509 quilos por hectare, frente a 3.201 kg/ha registrado em 2023/24. O plantio da oleaginosa ocorreu de forma concentrada, principalmente, a partir do final de outubro. Com isso, a colheita também deve ocorrer, em sua maior parte, a partir do final de janeiro. As condições climáticas, no período analisado, vêm favorecendo a cultura até o momento, mas a Conab ainda mantém as atenções para os efeitos do comportamento climático até a finalização dos trabalhos de colheita do grão.
A Conab faz previsão sobre outras culturas importantes. Com o segundo maior volume de produção, o milho deve registrar uma colheita total de 119,6 milhões de toneladas em 2024/25, 3,3% acima da temporada anterior. Para a primeira safra do cereal é esperada uma redução de 6,4% na área semeada. Por outro lado, a produtividade média deve crescer 4,8%, chegando a 6.062 quilos por hectare. As precipitações frequentes, intercaladas com períodos de sol, favoreceram o desenvolvimento da cultura nas principais regiões produtoras. Com isso, é esperada uma colheita de 22,53 milhões de toneladas. Já os plantios da segunda e terceira safras do grão têm início a partir deste mês e abril, respectivamente.
No caso do arroz, a semeadura para o ciclo 2024/25 ultrapassa 90% da área total prevista para esta safra nas principais áreas produtoras do país, estimada em 1,75 milhão de hectares, o que representa um crescimento de 8,5%. Além da maior área semeada, a Conab também espera uma recuperação nas produtividades médias das lavouras no país, saindo de 6.584 quilos por hectare para 6.869 kg/ha. Essa combinação de fatores leva a expectativa de um incremento de 13,2% na produção, estimada em 11,99 milhões de toneladas.
Importante dupla do arroz no prato dos brasileiros, a produção total de feijão também deve registrar crescimento de 4,9%, sendo estimada em 3,4 milhões de toneladas, a segunda maior safra dos últimos 15 anos, perdendo apenas para a temporada 2013/14. O resultado acompanha tanto o incremento de área como de produtividade. Apenas na primeira safra da leguminosa, a colheita tende a apresentar uma elevação de 15,5%, estimada em pouco mais de 1 milhão de toneladas. A colheita deste primeiro ciclo da cultura está em andamento, com 19,4% concluída na primeira semana de janeiro.
Para o algodão, a Conab prevê um crescimento de 3,2% na área a ser semeada, quando comparada com a última safra, sendo estimada em 2 milhões de hectares. Já a perspectiva é de uma produção de pluma em 3,7 milhões de toneladas, figurando entre as maiores já registradas na série histórica caso o resultado se confirme. Já no caso das culturas de inverno, a colheita da safra 2024 está encerrada. Para o trigo, principal produto cultivado, a produção foi estimada em 7,89 milhões de toneladas, 2,6% abaixo da colhida na safra de 2023. Essa queda foi ocasionada, principalmente, pela redução de 14,2% na área de plantio nos estados da região Sul, aliada ao comportamento climático desfavorável durante todo o ciclo da cultura no Paraná e nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.
Mercado, segundo a Conab
Com a quebra de safra de soja verificada no ciclo 2023/24, as exportações da oleaginosa no ano passado atingiram 98,6 milhões de toneladas. Para o farelo, foram comercializadas no mercado externo 22,9 milhões de toneladas e para o óleo 1,35 milhão de toneladas. Já com a recuperação na colheita da soja para este ciclo, a Conab também prevê um aumento nos embarques neste ano. Para a safra 2024/25, as vendas internacionais do grão devem atingir 105,47 milhões de toneladas. As exportações de farelo foram mantidas em 22 milhões de toneladas, e as de óleo em 1,4 milhão de toneladas.
No milho, a Companhia realizou um ajuste nas exportações do cereal na safra 2023/24, agora estimadas em 38,5 milhões de toneladas. Com um consumo projetado próximo a 83,57 milhões de toneladas, a expectativa é que o estoque final do produto se estabeleça em torno de 2,5 milhões de toneladas. Para a temporada 2024/25, as vendas para o mercado externo estão estimadas em 34 milhões de toneladas, enquanto que o consumo tende a ficar em 86,4 milhões de toneladas. Com o aumento na produção, os estoques tendem a registrar recuperação e fechar em 3,5 milhões de toneladas no final do atual ciclo, garantindo o abastecimento interno, sobretudo do setor de proteína animal.
Para o arroz, o consumo foi atualizado para 10,5 milhões de toneladas, valor próximo da média de consumo dos últimos 5 anos do setor orizícola. Sobre a balança comercial do produto na safra 2023/24, com os preços internos operando acima das paridades de exportação, na maior parte do período de comercialização, aliado à menor disponibilidade interna e a recomposição produtiva norte-americana, a projeção é de redução dos volumes exportados para 1,5 milhão de toneladas pelo Brasil. Já para a safra 2024/25, em meio à projeção de recuperação produtiva e arrefecimento dos preços para o próximo ano, estima-se um aumento das exportações de arroz brasileiro para 2 milhões de toneladas. Mesmo com a alta nos volumes embarcados, o estoque final no ciclo 2024/25 deve registrar recuperação e estar próximo a 1,28 milhão de toneladas no final de fevereiro de 2026.
IBGE confirma a quebra da safra em 2024
A 12ª estimativa para a safra de 2024 revelou uma produção de 292,7 milhões de toneladas, 7,2% menor que a obtida em 2023 (315,4 milhões de toneladas), declínio de 22,7 milhões de toneladas.
A área a ser colhida foi de 79,0 milhões de hectares, apresentando crescimento de 1,6% frente a 2023, com aumento de 1,6 milhão de hectares. Em relação à estimativa de novembro, a área a ser colhida teve declínio de 68.942 hectares (-0,1%).
Para a soja, a estimativa de produção foi de 144,9 milhões de toneladas. Quanto ao milho, a estimativa foi de 114,7 milhões de toneladas (22,9 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 91,8 milhões de toneladas de milho na 2ª safra). A produção do arroz foi estimada em 10,6 milhões de toneladas; a do trigo, em 7,5 milhões de toneladas; a do algodão herbáceo (em caroço), em 8,9 milhões de toneladas; e a do sorgo, em 4,0 milhões de toneladas.
Em relação à safra de 2023, houve acréscimos de 14,6% para o algodão herbáceo (em caroço); de 3,0% para o arroz; de 5,0% para o feijão, e decréscimos de 4,6% para a soja; de 12,5% para o milho (reduções de 17,4% no milho de 1ª safra e de 11,2% no milho de 2ª safra), de 2,9% para o trigo e de 7,5% para o sorgo.
“Houve um atraso no plantio da soja por problemas climáticos, principalmente nas regiões Centro-Oeste e Sul. Houve um excesso de chuvas no Sul do país, como as enchentes no Rio Grande do Sul, que destruíram algumas lavouras de arroz, soja e milho 1ª safra. Isso sem contar as altas temperaturas e poucas chuvas na 2ª safra, afetando o milho e o trigo”, explicou Carlos Guedes.
Agência Gov
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O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, disse, nesta terça-feira (14), que no pós-guerra a Faixa de Gaza deve estar sob controle da Autoridade Palestina, que deve atuar junto a aliados estrangeiros e a ONU.
"Acreditamos que a Autoridade Palestina deve convidar aliados internacionais a ajudar a estabelecer e dirigir uma administração provisória com responsabilidade sobre setores civis cruciais em Gaza", afirmou Blinken, secretário de Estado dos EUA.
Uma nova trégua, que pode ser duradoura, no conflito entre Israel e grupo terrorista Hamas está "mais próxima do que nunca", segundo governo do Catar, que comanda as negociações junto com EUA e Egito. Na mesma linha, Blinken afirmou que as negociações "estão à beira" do sucesso em coletiva nesta terça-feira.
Segundo a agência de notícias Associated Press, o Hamas já aceitou os termos de uma proposta final de cessar-fogo que envolve troca de reféns e retirada das tropas israelenses de Gaza, mas Israel afirmou que, apesar dos avanços, "ainda não chegamos lá".
Blinken cobrou ambos os lados pelo aceite dos termos da trégua, porque os palestinos precisam e merecem um horizonte claro para . Afirmou que está nas mãos do Hamas fechar o acordo e que Israel precisa "abandonar o mito de que poderiam de fato anexar" Gaza a seu território.
O secretário norte-americano afirmou ter um plano para Gaza no pós-guerra, e o apresentou em mais uma rodada de negociações na manhã desta manhã. Com o governo Biden chegando ao fim na segunda-feira (20), esse plano ficará nas mãos do governo Trump, segundo Blinken.
"Israel terá que aceitar Gaza e Cisjordânia unidos sob a liderança de uma Autoridade Palestina reformada", afirmou Blinken.
A guerra em Gaza começou após os ataques terroristas de 7 de outubro de 2023, quando terroristas do Hamas invadiram o sul de Israel e mataram cerca de 1.200 pessoas e levaram cerca de 250 reféns israelenses para o território palestino. Cerca de 100 reféns ainda estão em cativeiro.
O conflito deixou pelo menos 46.645 palestinos mortos e mais de 110 mil feridos —a maioria deles civis, mulheres e crianças—, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
France Presse
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Uma operação de resgate que está sendo realizada desde esta segunda-feira (13) já conseguiu tirar 118 - 82 sobreviventes e 36 corpos - dos homens que estavam presos em uma mina ilegal perto de Stilfontein, na África do Sul, informou a polícia local em comunicado divulgado nesta terça-feira (14).
O anúncio do resgate, feito através de uma grande gaiola, segundo a polícia, ocorre dias após a divulgação de um vídeo da situação dos homens presos chocar o mundo: as imagens gravadas por um dos mineiros mostram que eles estavam vivendo em meio a corpos em decomposição.
Não se sabe quantas pessoas ainda estão na mina de ouro, que tem quase dois quilômetros de profundidade, mas a polícia afirma que ainda pode haver várias centenas e que todos enfrentarão acusações de mineração ilegal e imigração.
De acordo com as organizações pró-mineiros que divulgaram o vídeo, mais de 100 mortos foram reportados no local, onde os homens estão presos. Nas imagens, eles dão um testemunho sombrio sobre o agravamento da saúde de todos.
Cartas enviadas à superfície na semana passada afirmam que os alimentos enviados para baixo são insuficientes para alimentar todos.
A polícia começou a sitiar a mina em agosto e cortou o fornecimento de comida e água na tentativa de forçar os mineiros a subirem à superfície para que pudessem ser presos como parte da repressão à mineração ilegal.
O governo sul-africano disse que o cerco à mina Stilfontein foi necessário para combater a mineração ilegal, que o Ministro da Mineração, Gwede Mantashe, descreveu como "uma guerra contra a economia". Ele estimou que o comércio ilícito de metais preciosos valeu 60 bilhões de rands (US$ 3,17 bilhões) no ano passado.
g1
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