Abril 14, 2025
Arimatea

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A China anunciou na manhã desta sexta-feira (11), pelo horário de Brasília, que vai aumentar as tarifas de importação de produtos que chegam dos Estados Unidos de 84% para 125%, informou o Ministério das Finanças, de acordo com a agência de notícias Reuters.

O novo percentual da tarifa entra em vigor já neste sábado (12), segundo publicação da Embaixada da China nos EUA.

A nova taxação do país asiático sobre produtos americanos é mais uma resposta às medidas impostas pelo presidente Donald Trump. Na quinta-feira (10), em mais um capítulo da guerra comercial, os EUA explicaram que as tarifas impostas ao país asiático somam 145%. (relembre o contexto mais abaixo)

"A imposição pelos EUA de tarifas anormalmente altas à China viola gravemente as regras do comércio internacional e econômico, as leis econômicas básicas e o bom senso, sendo um ato completamente unilateral de intimidação e coerção," disse o Ministério das Finanças da China, em comunicado.

Também nesta sexta, a missão da China junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) informou que apresentou uma queixa adicional ao órgão contra as tarifas impostas pelos EUA.

"Em 10 de abril, os EUA emitiram uma ordem executiva anunciando um novo aumento das chamadas 'tarifas recíprocas' sobre produtos chineses. A China apresentou uma queixa à OMC contra as mais recentes medidas tarifárias dos EUA", disse o comunicado da missão chinesa, citando um porta-voz do Ministério do Comércio.

Entenda a guerra tarifária entre China e EUA
A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou na semana passada, após o anúncio das tarifas recíprocas prometidas pelo presidente americano, Donald Trump.

No dia 2 de abril, Trump detalhou a tabela das tarifas, que vão de 10% a 50% e serão cobradas, a partir desta quarta, sobre mais de 180 países.

A China foi um dos países que foi tarifado — e com uma das maiores taxas, de 34%. Essa taxa se somou aos 20% que já eram cobrados em tarifas sobre os produtos chineses anteriormente.

Como resposta ao "tarifaço", o governo chinês impôs, na sexta passada (4), tarifas extras de também 34% sobre todas as importações americanas.

Os EUA decidiram retaliar a resposta, e Trump deu um prazo para a China: ou o país asiático retirava as tarifas até as 13h (horário de Brasília) de terça-feira (8) ou seria taxado em mais 50 pontos percentuais, levando o total das tarifas a 104%.

A China não recuou e ainda afirmou que estava preparada para "revidar até o fim".

Cumprindo a promessa de Trump, a Casa Branca confirmou a elevação em mais 50% das tarifas sobre os produtos chineses. O presidente americano disse, porém, que acreditava que a China chegaria a um acordo com os EUA para evitar mais tarifas.

A resposta chinesa veio na manhã de quarta-feira (9): o governo elevou as tarifas sobre os EUA de 34% para 84%, acompanhando o mesmo percentual de alta dos EUA.

No mesmo dia, Trump anunciou que daria uma "pausa" no tarifaço contra os mais de 180 países que foram taxados com tarifas que variam de 10% a 50%. Essa pausa é, na verdade, uma redução de todas as tarifas para 10% por um prazo de 90 dias. Tarifas específicas já em vigor, como as de 25% sobre aço e alumínio, não são afetadas pela medida — e continuam valendo.

A exceção, porém, foi a China. Trump anunciou mais uma vez a elevação de tarifas sobre os produtos chineses, para 125%. Na quinta (10), a Casa Branca explicou que as taxas de 125% foram somadas a outra tarifa de 20% já aplicada anteriormente sobre a China, resultando numa tarifa total de 145%.

Como resposta, nesta sexta os chineses elevaram as tarifas sobre os americanos para 125%.

Veja a íntegra da nota de Donald Trump sobre a pausa no tarifaço e a elevação das taxas à China:

Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato. Em algum momento, esperançosamente em um futuro próximo, a China perceberá que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis. Por outro lado, e com base no fato de que mais de 75 países convocaram representantes dos Estados Unidos, incluindo os Departamentos de Comércio, Tesouro e USTR, para negociar uma solução para os assuntos em discussão relativos a Comércio, Barreiras Comerciais, Tarifas, Manipulação Cambial e Tarifas Não Monetárias, e que esses países não retaliaram de forma alguma contra os Estados Unidos, por minha forte sugestão, autorizei uma PAUSA de 90 dias e uma Tarifa Recíproca substancialmente reduzida durante esse período, de 10%, também com efeito imediato. Obrigado pela sua atenção a este assunto!

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O São Paulo empatou em 2 a 2 com o Alianza Lima nesta quinta-feira, no Morumbis, pela segunda rodada da fase de grupos da Conmebol Libertadores. O que parecia ser uma noite especial para Ferreira, autor dos dois gols do Tricolor, terminou com vaias dos torcedores. O time comandado pelo técnico Luis Zubeldía abriu 2 a 0, mas sofreu o empate no segundo tempo e somou apenas um ponto.

Primeiro tempo
O São Paulo, empurrado pela torcida nas arquibancadas do Morumbis, começou o jogo partindo para cima do Alianza Lima. No primeiro lance, já chegou ao ataque. Era um sinal do que estava por vir. Com a dupla de Ferreiras inspirada, o Tricolor chegou com perigo diversas vezes pelos dois lados do campo até abrir o placar com Ferreira. Antes que o time peruano pudesse respirar, o mesmo Ferreira, após ótima jogada de Marcos Antônio, ampliou a vantagem dos comandados por Luis Zubeldía. A melhor chance dos visitantes saiu dos pés de Barcos, que acertou o travessão. E só.

Segundo tempo
Depois de um primeiro tempo muito tranquilo, de poucos sustos e show de Ferreira, o São Paulo voltou do intervalo confiante. Criou mais chances, ficou perto de marcar o terceiro... Mas tudo foi por água abaixo muito rapidamente. A saída do autor dos dois gols do Tricolor mudou completamente o rumo da partida. O Alianza Lima, na etapa final, diminuiu a vantagem com Eryc Castillo. Depois, conseguiu o empate com Quevedo. O clima no Morumbis, que era de festa, ficou ruim: vaias e protestos principalmente contra o técnico Luis Zubeldía depois do apito final.

Marca histórica, apesar do empate
O São Paulo igualou sua maior invencibilidade na história da Conmebol Libertadores. O Tricolor está há 11 jogos sem perder na competição continental, como ocorreu em 1974. Até aqui, foram seis vitórias e cinco empates no período entre 2024 e 2025. A última derrota do Tricolor na competição foi na estreia da edição passada, contra o Talleres - 2 a 1 para os argentinos no jogo disputado em Córdoba. A eliminação ocorreu nas quartas, contra o Botafogo, nos pênaltis, após empates nos dois jogos.

Público e renda
49.938 pagantes R$ 3.385.822,50

Próximos jogos na Libertadores
O São Paulo entra em campo novamente no dia 23 de abril, para enfrentar o Libertad, líder do grupo, fora de casa, às 21h30 (de Brasília). O Alianza Lima recebe o Talleres no dia 22, às 19h, no Peru.

Classificação no Grupo D
O São Paulo, com o empate desta quinta-feira, é o segundo colocado. O time comandado pelo técnico Luis Zubeldía tem quatro pontos. O Alianza Lima é o terceiro, com apenas um ponto. O Libertad, na liderança, e o Talleres, em último, completam o grupo.

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A partida entre Colo-Colo e Fortaleza foi cancelada após mais de uma hora de paralisação devido à invasão de torcedores dentro do gramado. O jogo válido pela segunda rodada da fase de grupos terminou sem gols com a bola rolando.

DUAS MORTES
Dois torcedores do Colo-Colo morreram atropelados por uma viatura da polícia fora do estádio, o que gerou revolta de parte da torcida. Eles teriam 18 e 13 anos. Segundo o periódico La Tercera, houve uma confusão na entrada e cerca de 10 torcedores foram presos. Feridos também foram levados para centros de saúde.

NOTA DA CONMEBOL
"A CONMEBOL lamenta profundamente o falecimento de dois torcedores nas imediações do Estádio Monumental antes do início da partida entre Colo Colo e Fortaleza Esporte Clube. Expressamos nossas mais sinceras condolências às suas famílias e seres queridos. Estamos juntos neste momento difícil."

PRIMEIRO TEMPO
O Colo-Colo dominou o primeiro tempo. Desde os primeiros minutos, o time chileno teve posse de bola, espaço e obrigou João Ricardo a fazer boas intervenções. O Laion correu, correu, mas não criou nenhuma chance de impacto. Foram oito finalizações dos donos da casa, além de seis escanteios com jogadas ensaiadas.

SEGUNDO TEMPO
O Colo-Colo continuou firmo no ataque após o intervalo. O Fortaleza seguia acuado, sem esboçar qualquer tipo de reação. Vojvoda fez alterações e colocou Deyverson e Moisés em campo. No entanto, aos 24 minutos, houve invasão em campo. Torcedores do Colo-Colo quebraram o vidro de proteção e entraram em campo. A partida então foi paralisada.

E AGORA?
A Conmebol ainda irá avaliar o que acontecerá. Se a partida será remarcada para a disputa dos vinte minutos finais, ou se será cancelada de vez, sendo decidido o resultado final na esfera jurídica.

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Foi de tirar o fôlego! E o Inter fez valer o grande momento da equipe, junto à potência de 42 mil vozes no Beira-Rio, para fazer 3 a 0 no Atlético Nacional na noite desta quinta-feira, pela segunda rodada do Grupo F da Conmebol Libertadores. O brilho do camisa 10 Alan Patrick iluminou a festa colorada com os três gols do jogo, o famoso "hat-trick", dois deles de pênalti. O resultado coloca o time gaúcho na liderança da chave pelo saldo de gols.

Como fica
O Inter chega aos mesmos quatro pontos do Bahia, que venceu o Nacional-URU por 1 a 0. Porém, assume a liderança do Grupo F pelo saldo de gols. O Atlético Nacional fica com os três pontos da primeira rodada, na terceira posição.

Primeiro tempo
Inter e Atlético Nacional buscaram o ataque sem perder o fôlego. Um duelo de muita intensidade física, principalmente. Depois de muitos lá e cá, o Inter conseguiu pressionar e chegar a finalização perigosa com Wesley aos 17 minutos. Aos 24, outra jogada em velocidade com Wesley só não chegou no pé de Valencia porque Ospina interveio na hora certa. No rebote, Wesley tentou de novo, mas estava impedido. Aos 31, Fernando cabeceou na trave. Então, o garoto Hinestroza começou a abusar dos dribles sobre Bernabei, até que o lateral colorado recebeu cartão amarelo aos 42 pelo excesso de faltas. O goleiro Anthoni também precisou brilhar para evitar o gol colombiano.

Segundo tempo
Toda a emoção do primeiro tempo desaguou no primeiro minuto do segundo. Alan Patrick lançou Wesley em profundidade, e o atacante só parou dentro da área, em carrinho de Tesillo: pênalti. Alan Patrick converteu e fez o Beira-Rio explodir. O Atlético não se intimidou. Tanto que passou a dominar. Na velocidade de Viveros – e lentidão de Rogel –, Anthoni fez linda defesa cara a cara com o adversário. Depois, Hinestroza recebeu cruzamento da esquerda e chutou bonito, de primeiro, rente à trave. Aos 18, Alan Patrick respondeu com uma bomba de fora da área, seguida de boa defesa de Ospina. Porém, aos 23, Hinestroza, que causava alvoroço na defesa colorada, deu um carrinho por trás em Vitinho e foi expulso após revisão do árbitro chileno Felipe González. Aos 34, Vitinho protagonizou outro lance decisivo. Entrou na área pela esquerda e foi derrubado por Asprilla: o segundo pênalti da noite, o segundo convertido por Alan Patrick! E havia tempo para mais, muito mais! Alan Patrick fez o terceiro dele na partida após troca de passes pela direita entre Bruno Tabata e Aguirre. O artilheiro da noite apareceu na pequena área e só tocou para o gol. A festa estava pronta.

Próximos jogos
O Inter volta a campo para fechar o primeiro turno da Libertadores no dia 22 de abril, às 21h30, novamente em casa, contra o lanterna Nacional-URU. Dois dias depois, o Atlético Nacional, no mesmo horário, enfrenta o Bahia na Arena Fonte Nova.

Pelo Campeonato Brasileiro, o Inter enfrenta o Fortaleza no próximo domingo, às 20h, na Arena Castelão, pela terceira rodada.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou mal nesta sexta-feira (11) durante agenda no Rio Grande do Norte. De acordo com o senador Flávio Bolsonaro, o ex-chefe do Executivo está sendo medicado e será encaminhado para um hospital em Natal, capital do estado. Segundo nota do partido, o político sentiu “fortes dores abdominais” em decorrência do atentado sofrido em 2018.

Bolsonaro cumpriu agenda em Bom Jesus. Informações preliminares apontam também que o ex-chefe do Executivo será encaminhado para Natal, capital do estado, por meio de um helicóptero da Secretaria de Segurança Pública do RN. Não há, ainda, informações sobre qual hospital será encaminhado.

De acordo com nota oficial divulgada pelo PL, Bolsonaro sentiu fortes dores abdominais em decorrência da facada sofrida em 2018. “Ele deu entrada na emergência de um hospital em Santa Cruz e precisou ser transferido de helicóptero para a capital, Natal, onde continuará recebendo atendimento médico”, diz o comunicado.

“O Partido Liberal está profundamente consternado com o ocorrido e mantém suas orações pela plena recuperação do presidente Bolsonaro, confiando em Deus para que ele supere mais esse momento difícil”, finaliza a nota do PL.

O ex-presidente se reuniu na última quarta-feira (9) com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para discutir a proposta de anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de Janeiro de 2023. A reunião se deu em meio à mobilização do PL para coletar assinaturas e levar a matéria direto ao plenário da Casa. O requerimento depende de 257 assinaturas e, segundo o partido, o número está próximo a ser alcançado.

Mesmo com o mínimo de apoio, a análise da urgência depende de decisão de Motta. Se o pedido for analisado no plenário, e aprovado entre parlamentares, a anistia poderia pular etapas de votação e ser avaliada de forma mais rápida por deputados. A segunda fase também é definida pelo presidente da Casa. Publicamente, Motta defendeu maior diálogo em relação ao tema da anistia e que o projeto deve ser analisado com cautela dentro do Congresso.

Facada
Em 6 de setembro de 2018, Bolsonaro foi esfaqueado na região do abdômen durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG), segundo a Polícia Militar. A campanha foi interrompida após o incidente. Em investigação, a Polícia Federal concluiu que Adélio Bispo de Oliveira, autor do ataque, agiu sozinho. Posteriormente, o órgão pediu à Justiça que arquive o inquérito policial sobre o caso.

Oliveira disse que havia cometido o crime a mando de Deus. Em 2019, ele foi absolvido impropriamente pelo juiz federal Bruno Savino. A absolvição imprópria é um dispositivo que pode ser aplicado aos réus considerados inimputáveis. Neste caso, o réu não é sentenciado a uma pena, mas deve cumprir medida de segurança. O autor, então, teve a prisão preventiva convertida em internação.

R7
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O Presidente da República sancionou hoje a Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2025, que prevê as receitas e fixa as despesas da União para o exercício. A proposta aprovada pelo Congresso Nacional foi objeto de análise técnica do Ministério do Planejamento e Orçamento, que não apontou impedimentos à sanção, mas recomendou vetos específicos por contrariedade ao interesse público.

A LOA 2025 estima um superávit primário, após compensações, de R$ 14,5 bilhões, respeitando a meta de resultado primário neutro estabelecida na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2025. O orçamento sancionado também observa os limites à despesa primária previstos no Regime Fiscal Sustentável, instituído pela Lei Complementar nº 200/2023.

Ademais, o salário-mínimo em 2025 será de R$ 1.518, um aumento real (acima da inflação) de 2,5% em comparação com o valor que vigorou no ano passado. Estão previstos ainda R$ 226,4 bilhões para a educação e R$ 245,1 bilhões na saúde pública.

Para o Programa Bolsa Família, foram reservados R$ 158,6 bilhões na LOA 2025, enquanto os Benefícios de Prestação Continuada (BPC) e a Renda Mensal Vitalícia (RMV) contarão com R$ 113,6 bilhões. As dotações para custear os benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), por sua vez, que representam a maior despesa primária do orçamento da União, alcançaram R$ 972,4 bilhões.

Cabe destacar, ainda, o Programa de Aceleração do Crescimento – Novo PAC, que compreende, na LOA 2025, empreendimentos distribuídos em 16 órgãos, totalizando R$ 57,6 bilhões em recursos alocados.

Alterações realizadas pelo Congresso
Na versão aprovada pelo Congresso Nacional, houve alterações relevantes em relação ao projeto original enviado pelo Executivo. Pelo lado das receitas, verificou-se aumento de R$ 22,5 bilhões nas estimativas de ingressos de receitas primárias. O Legislativo também atuou no sentido de incorporar nas estimativas os efeitos da Desvinculação das Receitas da União (DRU), tratada pela Emenda Constitucional nº 135, de 2024, o que resultou em redução de despesas vinculadas a receitas, como as do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) e as relativas a transferências da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), bem como em incremento de reserva de contingência financeira com recursos desvinculados.

As emendas parlamentares atingiram o montante de R$ 50,4 bilhões na LOA 2025, sendo R$ 24,6 bilhões para as Emendas Individuais (RP 6), R$ 14,3 bilhões para as

Emendas de Bancadas Estaduais (RP 7) e R$ 11,5 bilhões para as Emendas de Comissão Permanente do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e de Comissão Mista Permanente do Congresso Nacional (RP 8). As despesas primárias discricionárias (RPs 2 e 3) dos órgãos do Poder Executivo, por sua vez, totalizaram R$ 170,7 bilhões.

Cabe destacar, ainda, o acréscimo de R$ 9,3 bilhões em gastos sociais obrigatórios, nomeadamente Benefícios Previdenciários, Abono Salarial, Seguro Desemprego e Benefícios de Prestação Continuada da LOAS/RMV. Os incrementos partiram de solicitação do Poder Executivo, a fim de adequar o orçamento às novas projeções para essas despesas, considerando o reajuste do salário-mínimo em montante superior ao previsto no PLOA 2025 e a atualização do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que afetam diretamente os valores dos benefícios sociais em comento.

Os quadros abaixo sintetizam os ajustes realizados pelo Congresso Nacional nas despesas orçamentárias:

Vetos presidenciais
A LOA 2025 foi sancionada com vetos pontuais. O primeiro veto, no valor de R$ 40,2 milhões, recaiu sobre novas programações orçamentárias que continham localizações específicas, incluídas por meio de emendas de modificação em despesas primárias discricionárias do Poder Executivo (RP 2), o que é vedado pelos §§ 2º e 5º, inciso II, do art. 11 da Lei Complementar nº 210, de 2024.

Também foi necessário vetar R$ 2,97 bilhões em despesas financeiras do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que seriam destinadas a financiamentos com retorno, em razão da inobservância ao limite máximo para operações reembolsáveis do Fundo estabelecido no art. 12, inciso II, alínea ‘a’, da Lei nº 11.540, de 2007, situação decorrente de alterações promovidas durante a tramitação do orçamento no Congresso.

Agência Gov
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (10) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem recomendado "muita prudência" diante das alterações de tarifas anunciadas pelo mandatário dos Estados Unidos, Donald Trump.

As declarações foram dadas na portaria do Ministério da Fazenda.

"Como as coisas mudam a cada 24 horas, não há uma diretriz clara. As pessoas estão com muita insegurança sobre o que está acontecendo com o governo dos Estados Unidos. Não é possível, com estes poucos dias transcorridos, fazer uma avaliação criteriosa", disse Haddad.

"Qualquer coisa que eu falasse aqui, poderia ser desmentida amanhã, a depender dos desdobramentos, do que acontecer. Então o que o presidente [Lula] está recomendando é muita prudência", acrescentou o ministro da Fazenda.

Segundo ele, os canais diplomáticos do Brasil com os norte-americanos seguem abertos. "As conversas com o governo dos Estados Unidos estão acontecendo, sobretudo com o secretário que cuida do comércio exterior. Estão em curso", acrescentou.

Ele lembrou que os países da América do Sul tiveram um tratamento diferenciado, sendo menos sobretaxados (somente em 10%) do que outras nações, como da Europa, por exemplo.

"Nessa semana, as coisas mudaram de novo, as tarifas mais altas só ficaram valendo para a China. Nós temos que aguardar um posicionamento final para saber como proceder. Mas o mais importante é que temos relações históricas de negociação com os Estados Unidos, e estamos na mesa há algumas semanas dialogando. Penso que, em relação ao Brasil, o que aconteceu já faz parte da atuação da boa diplomacia brasileira", concluiu.

Tarifaço dos EUA
A política comercial norte-americana tem sido marcada, nas últimas semanas, pela inconstância. Capitaneada pelo presidente Donald Trump, há idas e vindas nas decisões.

No último dia 2 de abril, o norte-americano anunciou taxas de importação sobre 180 países de todo o mundo. De lá para cá, ouve retaliações de parte a parte, subindo tarifas de importação.

A maior sobretaxa foi aplicada sobre produtos chineses, chegando a uma tarifa extra de 104%, que entraria em vigor nesta quarta. Em resposta, o Ministério das Finanças da China anunciou que subiria tarifas para 84% sobre os produtos americanos.

"Em um futuro próximo, a China perceberá que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis", reagiu o presidente americano.

Nesta quarta-feira, em um novo revés, Trump anunciou que irá pausar por 90 dias o programa de tarifas recíprocas e reduzirá para 10% as tarifas de importação contra países, exceto a China.

Segundo o presidente dos EUA, as taxas contra os chineses aumentarão para 145%, devido às retaliações anunciadas por Pequim nesta semana.

Agência Gov
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A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) recebeu, nesta quarta-feira (9), representantes da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) para uma rodada de articulação visando à capitalização de novos recursos para o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). A expectativa é captar € 100 milhões — o equivalente a aproximadamente R$ 630 milhões — para reforçar o financiamento de projetos estratégicos que estimulem o crescimento do setor produtivo regional.

O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, destacou a importância da aproximação com a agência internacional. "Estamos falando de uma parceria bilateral de quem acredita no potencial do Nordeste. Aqui há um conjunto expressivo de oportunidades. O Nordeste vive um momento de reposicionamento promovido pelo Governo Federal, que entende a Região como um território estratégico. Isso nos leva a identificar o que há de interesse comum entre Sudene e AFD para impulsionar o desenvolvimento regional", afirmou.

Durante a reunião, o diretor de Fundos, Incentivos e de Atração de Investimentos da Sudene, Heitor Freire, reforçou o papel da instituição como promotora do diálogo e do desenvolvimento: “Somos um órgão que escuta, dialoga e oferece instrumentos para transformar potencial em realidade”, pontuou. A preocupação estratégica da Sudene com a nova agenda mundial de desenvolvimento foi destacada pelo coordenador de fundos de desenvolvimento e de financiamento da Autarquia, Wandemberg Almeida."A Sudene é plural e atuamos fortemente baseados em dados e estudos. Atuar desta maneira reforça o fato de que a economia mudou e que precisamos acompanhar esse movimento, direcionando recursos para projetos que dialogam com essa nova agenda de sustentabilidade", explicou.

Representando a AFD, o especialista financeiro Alexandro Barreneche Garcia, sublinhou a sintonia entre as agendas das duas instituições: “Estamos testemunhando a consolidação de um novo momento do desenvolvimento regional no Brasil, alinhadas às estratégias que priorizam investimentos focados no Nordeste”, declarou.

A visita da AFD consolida o interesse da agência em fortalecer sua atuação no Brasil, em especial na região Nordeste. Em 2023, a instituição investiu 13 bilhões de euros em mais de cinco mil projetos distribuídos em 150 países — sendo 2,2 bilhões de euros destinados à América Latina. A AFD tem como foco projetos alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), promovendo iniciativas voltadas à proteção da biodiversidade, resiliência às mudanças climáticas e desenvolvimento urbano e rural de baixo carbono. A instituição francesa aposta em uma estratégia focada em três eixos principais: cooperação técnica, mentos soberanos (governos) e não soberanos (empresas públicas, privadas e bancos).

No Nordeste brasileiro, a Agência Francesa de Desenvolvimento já possui uma carteira de projetos em estados como Maranhão (saneamento), Paraíba (mobilidade e saneamento), Pernambuco (inovação urbana), Piauí (saneamento) e Bahia (água, saneamento e saúde). A instituição também mantém parceria com o Banco do Nordeste (BNB) para fortalecimento de recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE).

O próximo passo da negociação prevê a aprovação do aporte até outubro de 2025, com a previsão de liberação dos recursos no início de 2026. Com o reforço no funding do FDNE, a expectativa da Sudene é ampliar o apoio a projetos estruturantes e impulsionar ainda mais a dinâmica econômica regional. Desde 2016, os fundos regionais não recebiam novos aportes para ampliação de recursos.

O superintendente Danilo Cabral ressaltou que há negociações em andamento para a captação de recursos junto ao New Development Bank (NDB), conhecido como Banco dos Brics, e ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para o FDNE. No primeiro caso, a assinatura do contrato deve ocorrer nos próximos dias, injetando mais 300 milhões de dólares – cerca de R$ 1,7 bilhão – para o financiamento de projetos nos nove estados do Nordeste e norte de Minas Gerais e Espírito Santo.

Pela Sudene, também acompanharam a reunião os diretores Álvaro Ribeiro (Planejamento), José Lindoso (Adminstração) e técnicos da equipe de gestão dos fundos regionais. O encontro também contou com a participação do coordenador-geral de Políticas e Normas dos Fundos de Desenvolvimento Regional e dos Benefícios e Incentivos Fiscais do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, Gessé Santana Borges.

Agência Gov
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva agradeceu nesta quinta-feira (10) a presidente de Honduras, Iris Xiomara Castro de Zelaya, pelo comando da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), “num ano especialmente desafiador”.

Em mensagem publicada nas redes sociais, o brasileiro saudou ainda o presidente do Uruguai, Yamandú Orsi, por assumir a chefia do bloco em 2026. Neste ano, o grupo é comandado pelo colombiano Gustavo Petro.

“Agradeço a companheira Xiomara Castro por liderar a CELAC num ano especialmente desafiador. Desejo ao companheiro Gustavo Petro muito sucesso na condução da CELAC daqui para frente. E saúdo também meu amigo Yamandú Orsi pela decisão de assumir a presidência da CELAC em 2026. Contem com o Brasil para seguir construindo nossa Pátria Grande”, escreveu Lula.

O brasileiro participou, na última quarta-feira (9), da 9ª Cúpula de Líderes da Cleac, realizada em Tegucigalpa, capital de Honduras. Na ocasião, Lula defendeu que os países da América Latina e do Caribe usem moedas locais nas transações comerciais internas. O petista também afirmou ter interesse em colocar o Brasil novamente em um convênio de pagamentos recíprocos da Aladi (Associação Latino-Americana de Integração), do qual o país abandonou em 2019.

“Para ampliar nosso intercâmbio, meu governo está determinado a reativar o Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos da Aladi e a expandir o Sistema de Pagamentos em Moeda Local. Integrar redes de transporte, energia e telecomunicações reduz distâncias, diminui custos e incentiva sinergias entre cadeias produtivas. O Brasil vem impulsionando cinco Rotas de Integração Sul-Americana, que vão unir o Caribe, o Atlântico e o Pacífico”, afirmou Lula na ocasião.

O Sistema de Pagamentos em Moeda Local é administrado pelo Banco Central brasileiro em parceria com os bancos centrais argentino, uruguaio e paraguaio. O mecanismo permite que exportadores e importadores dos países membros façam as operações comerciais nas moedas locais, sem necessidade de recorrer a um terceiro câmbio — normalmente, o dólar. O sistema fica responsável por efetivar a conversão, por meio de uma taxa própria.

O objetivo do mecanismo é ampliar a integração financeira e econômica dos países. Com o modelo, o exportador pode determinar os preços na moeda do próprio país, sem ficar exposto a variações nas taxas de câmbio. Assim, há a certeza de que vai receber o valor negociado na sua moeda.

Além disso, Lula declarou que nenhum país sozinho é capaz de negociar com os Estados Unidos em condições de igualdade. Ao defender o multilateralismo e o livre comércio, o petista criticou as recentes medidas protecionistas do presidente dos EUA, Donald Trump. O brasileiro afirmou que a intenção do republicano é “tentar fazer negociações individuais” e chamou as medidas do norte-americano de unilaterais.

“O que está por detrás disso é colocar fim ao multilateralismo e tentar fazer negociações individuais. Mas negociação individual, nenhum país tem condições de negociar com o EUA, será um acordo leonino, de um gigante com um pequeno. É preciso que o multilateralismo seja a base da nossa ação. O que precisamos é aprimorar nossa relação, conversar mais, tentar ver onde a gente pode estabelecer mais acordos, comercial, politico, cultural, entre nossas universidades”, declarou Lula.

América Latina e Caribe
A pauta regional é uma das principais bandeiras do governo do presidente — o retorno do Brasil à Celac foi o primeiro ato de política externa de Lula na volta à Presidência da República, em 2023. Em janeiro de 2020, o então presidente Jair Bolsonaro anunciou a saída brasileira do grupo. À época, o ex-presidente alegou a participação de ditaduras no bloco. Os países da Celac reúnem 670 milhões de habitantes, em uma área de mais de 22 milhões de km².

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O "gold card", nome dado pelo governo de Donald Trump a um programa que "venderá" vistos dos EUA por US$ 5 milhões, passará a funcionar a partir da semana que vem, afirmou nesta quinta-feira (10) o secretário de Comércio norte-americano, Howard Lutnick.

O "cartão ouro" é o visto de residência que Trump anunciou em março para cidadãos estrangeiros que pagarem US$ 5 milhões (cerca de R$ 28 milhões) ao Tesouro norte-americano em troca da cidadania norte-americana. O programa foi anunciado pelo presidente norte-americano em paralelo à sua política de deportação de imigrantes em situação irregular no país.

Lutnick anunciou o prazo em reunião de Trump com seu alto escalão nesta quinta. O secretário não especificou o dia em que o novo visto entrará em vigor, mas disse que vai disponibilizar as inscrições para quem quiser obter a autorização no site da Secretária de Comércio dos EUA.

Quem se candidatar ao programa passará por uma avaliação do governo norte-americano e, no caso da aprovação, receberá o visto ainda em seu país de origem.

Desta forma, quem receber o "gold visa" estará autorizado a entrar e residir nos EUA de forma legal, ainda de acordo com Washington. Uma vez dentro do país, os portadores do novo visto poderão ainda pedir a cidadania norte-americana.

Versão física
Um cartão todo dourado com o rosto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, diante de uma imagem da Estátua da Liberdade e uma águia, animal símbolo do país, ao lado do numeral 5.000.000 e da assinatura de Trump. Adornada por um arco de estrelinhas, a inscrição: "O cartão Trump".

Assim é a versão fisica do "cartão ouro". O protótipo do cartão foi apresentado por Trump na semana passada a jornalistas a bordo do Air Force One, o avião presidencial dos Estados Unidos. O presidente norte-americano disse que o visto começará a funcionar oficialmente em duas semanas.

Ele afirmou que o "cartão Trump" será entregue a empresários estrangeiros que se inscrevam e sejam aprovados no programa de cidadania. E disse ter sido o primeiro comprador.

"Sou o primeiro comprador", declarou. "Muito emocionante, não?".

Trump disse ainda que o novo visto, uma versão mais cara do tradicional "green card", atrairá criadores de empregos e ajudará a reduzir o déficit nacional do país.Ele afirmou que o "cartão Trump" será entregue a empresários estrangeiros que se inscrevam e sejam aprovados no programa de cidadania. E disse ter sido o primeiro comprador.

"Sou o primeiro comprador", declarou. "Muito emocionante, não?".
Trump disse ainda que o novo visto, uma versão mais cara do tradicional "green card", atrairá criadores de empregos e ajudará a reduzir o déficit nacional do país.

Nesta sexta (4), o presidente norte-americano disse que, para quem investe nos Estados Unidos, "esta é a hora de ficar mais rico que nunca".

Em fevereiro, quando Trump anunciou o programa, o secretário do Comércio dos EUA explicou que o "gold card" deve substituir o atual programa para investidores, conhecido como EB-5 (referência que o governo usa para esse tipo de visto).

Atualmente, estrangeiros que investem em empreendimentos nos EUA ou criam pelo menos 10 empregos para trabalhadores americanos podem solicitar residência permanente.

Lutnick destacou que todos os interessados no novo visto devem apresentar uma solicitação ao governo e passarão por uma análise. Segundo ele, empresas norte-americanas também poderão usar o programa para contratar trabalhadores qualificados.

Programas semelhantes já foram adotados por outros países. Países europeus criaram programas conhecidos como "Visto Gold" para fornecer residência a investidores. Para ser beneficiado, era necessário a compra de imóveis caros ou a manutenção de ativos financeiros no país.

Em 2022, a Comissão Europeia pediu para que os países encerrassem programas do tipo por motivos de segurança. Desde então, países como Reino Unido e Portugal deixaram de oferecer os vistos ou restringiram o benefício.

Trump disse que espera vender "talvez um milhão" de vistos do tipo e não descartou que os oligarcas russos possam adquirir o "cartão Trump".

g1
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