Os Estados Unidos veem indícios de que o governo de Bashar al-Assad, na Síria, realizou um novo ataque com cloro na região de Idlib, no noroeste do país, neste domingo, informou o Departamento de Estado do país nesta terça (21), de acordo com as agências France Presse e Reuters. Os americanos ameaçaram uma "resposta rápida".
"Infelizmente, continuamos a ver sinais que o regime de Assad pode estar usando armas químicas mais uma vez. Ainda estamos reunindo informações sobre o incidente, mas reafirmamos nossa advertência: se o regime de Assad utilizar armas químicas, os Estados Unidos e seus aliados responderão rapidamente e de maneira apropriada", declarou Morgan Ortagus, porta-voz da diplomacia americana.
Ortagus disse que o suposto ataque foi parte de uma violenta campanha das forças do presidente sírio – que teriam violado um cessar-fogo que protegeu vários milhões de civis na área de Idlib, a cerca de 60km a sudoeste de Alepo.
"Os ataques do regime contra as comunidades do noroeste da Síria devem acabar", disse o comunicado. "Os Estados Unidos reiteram sua advertência, de setembro de 2018, de que um ataque contra Idlib seria uma escalada imprudente que ameaça desestabilizar a região".
Represálias
O governo Trump já bombardeou a Síria duas vezes, em abril de 2017 e abril de 2018, pelo suposto uso de armas químicas por Assad. Em setembro, os americanos afirmaram que havia evidências de armas químicas sendo preparadas pelas forças do governo sírio em Idlib, último bastião rebelde no país.
A declaração do Departamento de Estado acusou as forças da Rússia e de Assad de "uma campanha de desinformação contínua para criar a falsa narrativa de que outros são culpados por ataques com armas químicas".
"Os fatos, no entanto, são claros", disse o comunicado. O próprio regime de Assad conduziu quase todos os ataques verificados de armas químicas que ocorreram na Síria - uma conclusão a que as Nações Unidas chegaram repetidas vezes.
Em janeiro, o conselheiro de segurança nacional dos EUA, John Bolton, alertou o governo sírio para que não usasse armas químicas de novo.
Não houve comentários imediatos do governo sírio sobre a declaração dos EUA, diz a Reuters.
G1
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