Em setembro, o partido de esquerda Movimento ao Socioalismo (MAS), da Bolívia, fez uma reunião na qual o ex-presidente Evo Morales foi escolhido o candidato à presidência em 2025. O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) da Bolívia anulou, na terça-feira (31), os efeitos daquele encontro e determinou que o MAS deve convocar uma nova assembleia.
No encontro de setembro, os participantes proclamaram Morales candidato à presidência e expulsaram o atual chefe de Estado, Luis Arce, da legenda.
Morales e Arce, que já foram aliados, romperam as relações. Agora, os dois disputam a nomeação como candidato do partido governista em 2025.
O TSE afirmou em um relatório que o evento do MAS terminou um dia antes do previsto e que vários líderes do movimento, incluindo Morales, "não apresentaram certificado de militância" emitido pela entidade eleitoral.
Morales afirmou que o governo Arce está por trás da resolução. "Ao lado da nossa militância nos defenderemos legal, jurídica e politicamente ante as instâncias correspondentes até derrotar esta manobra de um tribunal eleitoral abertamente submetido ao governo", escreveu o ex-presidente na rede social X.
Evo versus Arce
A rivalidade que quebrou a unidade do MAS aumentou nos últimos meses, após as críticas de Morales ao governo por suposta traição, corrupção e tolerância com o narcotráfico.
As divergências surgiram apesar de Morales ter estimulado a candidatura de Arce nas eleições de 2020, que ele venceu com 54% dos votos. O presidente não anunciou oficialmente que pretende concorrer à reeleição.
France Presse
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