O ataque realizado no domingo (1º) contra uma penitenciária de Ciudad Juárez, no norte do México, deixou 26 mortos e 25 detentos foragidos — informou o governo em um novo balanço divulgado nesta terça-feira (3).
Dois agentes da Promotoria do estado de Chihuahua e cinco supostos detentos morreram ontem em confrontos em dois pontos de Ciudad Juárez (norte), quando as autoridades faziam operações para localizar fugitivos após o assalto ao presídio cometido no domingo.
De acordo com um comunicado da Secretaria de Segurança Pública de Chihuahua, dois agentes da Promotoria ficaram feridos nesses confrontos, e armas longas foram apreendidas.
O secretário da Defesa, Luis Cresencio Sandoval, informou que cinco detentos foram capturados.
Entre os foragidos, está o chefe de um grupo aliado do cartel de Juárez em sua guerra contra o de Sinaloa, anteriormente liderado por Joaquín "El Chapo" Guzmán, condenado à pena perpétua nos Estados Unidos.
Trata-se de Ernesto Alfredo Piñón, "líder do grupo conhecido como 'El Neto'", acrescentou a secretária de Segurança, Rosa Icela Rodríguez, na mesma coletiva.
Piñón estava preso desde 2009 e, no ano seguinte, foi condenando a mais de 200 anos de pena por sequestro e homicídio, segundo informações do Ministério Público do estado de Chihuahua (norte).
Quando seria transferido após sua captura, um grupo de tentou libertar "El Neto", mas não teve sucesso e ele ficou ferido.
Segundo Sandoval, apesar do perigo, o infrator não havia sido transferido para um presídio federal de alta segurança porque as autoridades de Chihuahua não o solicitaram.
O presídio atacado, onde estão detidos vários pistoleiros e traficantes, é de responsabilidade do estado.
O ataque aconteceu ao amanhecer de domingo, quando familiares dos detentos estavam em fila para a visita de Ano Novo, e o esquadrão, que chegou em veículos blindados, abriu fogo contra os guardas.
Nesta segunda, as forças da ordem continuavam mobilizadas em busca dos foragidos e dos outros integrantes do comando armado.
Ciudad Juárez fica próxima da fronteira com os Estados Unidos e é estratégica para o tráfico de drogas.
Com capacidade para 3.135 detentos, mas ocupado atualmente por 3.901, o presídio atacado já foi cenário de diversas disputas entre grupos rivais e rebeliões, entre elas uma que deixou 20 mortos em março de 2009.
AFP com R7
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