O governo dos Estados Unidos está preocupado com a situação da Covid-19 no Brasil, disse nesta quarta-feira (24) o coordenador da força-tarefa da Casa Branca no combate à pandemia, Andy Slavitt.
Em entrevista coletiva, o especialista em assistência médica afirmou – sem dar mais detalhes – que os EUA mantém conversas diárias com "colegas brasileiros" sobre o tema.
"Nós estamos conversando com nossos colegas brasileiros frequentemente, diariamente, sobre o que está acontecendo por lá. Eu não darei mais detalhes além de que nós estamos profundamente comprometidos com isso", disse Slavitt.
No entanto, ele ponderou que a maior preocupação do governo americano neste momento é cuidar do seu próprio paÃs, uma vez que os EUA – com mais de 540 mil mortos pela Covid-19 – são o que mais registrou mortes no mundo.
No encontro transmitido virtualmente, Anthony Fauci, epidemiologista e conselheiro-chefe desta força-tarefa, disse também sem dar detalhes que pretende discutir formas de contribuir com o Brasil no enfrentamento da pandemia.
"Nós estamos bastante preocupados com a difÃcil situação no Brasil, e nós vamos discutir de que forma podemos ajudar o Brasil", disse Fauci.
O especialista reforçou o investimento americano de US$ 4 bilhões (cerca de R$ 23 bilhões) no consórcio mundial de vacinas Covax Facility, dirigida pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
"Voltamos a ter uma posição de liderança global, o que é muito importante. Assim que cuidarmos da nossa difÃcil situação (...) teremos excedente de vacinas e certamente consideramos torná-las disponÃveis a paÃses que necessitarem", afirmou o conselheiro-chefe.
3 mil mortos em 1 dia
O Brasil bateu mais uma triste marca na pandemia nesta terça-feira (23), registrando mais de 3 mil mortes por Covid em um dia pela primeira vez. Foram 3.158 mortes pela doença nas últimas 24 horas, totalizando 298.843 óbitos desde o inÃcio da pandemia.
Com isso, a média móvel de mortes no paÃs nos últimos 7 dias chegou a 2.349, mais um recorde no Ãndice. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +43%, indicando tendência de alta nos óbitos pela doença.
Importação de vacinas dos EUA
O Ministério das Relações Exteriores informou no sábado (20) que o governo brasileiro negociava a importação de vacinas contra a Covid-19 "do excedente disponÃvel" nos EUA.
O comunicado, feito por meio de uma rede social, disse que essa negociação, que envolve também a embaixada do Brasil em Washington D.C. e o Ministério da Saúde, começou no dia 13 de março.
A informação foi divulgada pelo Itamaraty um dia depois de o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), anunciar que enviou carta à vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, que também é presidente do Senado americano, para pedir que o Brasil seja autorizado a comprar doses de vacina contra a Covid-19 que estão estocadas no paÃs mas que ainda não têm aval para uso interno.
A carta enviada por Pacheco se refere a doses da vacina da Oxford/AstraZeneca que ainda não foi aprovada para uso nos Estados Unidos. O paÃs possui milhões de doses do imunizante armazenadas e discute a possibilidade de enviá-las a outros paÃses. O Brasil é um dos que podem ser beneficiados.
G1
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