Angela Merkel, a líder da Alemanha, desistiu, nesta quarta-feira (24) de um plano para impor medidas mais restritivas para combater a Covid-19 no feriado da Páscoa em seu país.
Ela pediu desculpas aos alemães depois que a proposta de tornar o confinamento mais severo foi criticada.
Merkel e os governantes dos 16 estados da Alemanha pediram, na terça-feira, para que as pessoas ficassem em casa durante cinco dias. Pela medida, as lojas seriam fechadas (inclusive as de bens essenciais).
Ela disse que “a ideia de uma paralisação na Páscoa foi traçada com a melhor das intenções, mas que não foi possível implementar as medidas com tão pouco prazo.
"O erro é só meu", ela afirmou.
Merkel diz que ainda é preciso reverter uma terceira onda da pandemia no país com urgência.
A Alemanha, com população de 83 milhões, teve 248 mortos por Covid-19 na quarta-feira (24) e cerca de 16 mil infecções.
No total, morreram pouco mais de 75 mil pessoas no país.
O número de casos por 100 mil nos últimos sete dias, que o governo tem usado como uma métrica chave para decidir sobre as etapas de bloqueio, ficou estável em 108.
Implicações políticas
A esquerda política do país pediu a convocação de uma votação de desconfiança no Parlamento. Dietmar Bartsch, líder do partido de esquerda tradicional, afirmou que há uma crise legítima de confiança na Alemanha.
Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira mostra que o apoio ao partido conservador de Angela Merkel caiu para seu ponto mais baixo em mais de um ano.
Há eleições gerais marcadas para setembro. Merkel, que governa a Alemanha desde 2005, não participará.
G1
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