Dez ex-secretários de Defesa dos Estados Unidos escreveram uma carta aberta dizendo que a eleição presidencial do país já terminou e defendendo a legitimidade do processo. São eles: Ashton Carter, Dick Cheney, William Cohen, Mark Esper, Robert Gates, Chuck Hagel, James Mattis, Leon Panetta, William Perry e Donald Rumsfeld.
O grupo assina a carta na editoria de Opinião do "The Washington Post" neste domingo (3), mesmo dia em que vazou um telefonema de Donald Trump pressionando o secretário de estado da Geórgia para "encontrar" 11.780 votos, ameaçando e pedindo ajuda para obter resultado favorável no estado.
Eles são todos os ex-secretários de Defesa ainda vivos e dizem que conhecem suas obrigações: "Cada um de nós fez um juramento para apoiar e defender a Constituição contra todos os inimigos, estrangeiros ou domésticos. Não juramos isso a um indivíduo ou a um partido". Além disso, dizem que interferência militar nas eleições poderia levar a um "território perigoso, ilegal e inconstitucional".
"Nossas eleições ocorreram. Recontagens de votos e auditorias foram realizadas. Questionamentos apropriados foram resolvidos pelos tribunais. Os governadores certificaram os resultados. E o colégios eleitorais votaram. O tempo de questionar os resultados já passou", escreveram.
Desde o resultado das eleições, Donald Trump tem levantado suspeitas sem comprovação e divulgado informações falsas a respeito da contagem dos votos. Neste domingo, chegou a escrever que o número de votos recebido por ele em estados-pêndulo é enorme e "apenas alguns democratas e republicanos seriam capazes de contestar". Nenhuma das afirmações do presidente americano foi comprovada.
Transição sem transparência
Na segunda-feira (28), o presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, acusou as autoridades do atual governo de bloquearem as informações essenciais sobre segurança nacional.
Biden se reuniu em Wilmington, Delaware, com conselheiros e integrantes da equipe de transição. Segundo o democrata, que toma posse em 20 de janeiro, representantes do novo governo dos EUA não receberam todos os dados e relatórios necessários.
"Não é nada menos, para mim, do que irresponsabilidade", criticou Biden.
Segundo o presidente eleito, faltam dados importantes do orçamento do Departamento de Defesa, que, para ele, estão obstruídos pela "liderança política" da instituição.
O Departamento de Defesa, sediado no Pentágono, define as estratégias dos Estados Unidos tanto em relação a países com quem detém relações conflituosas como em questões nacionais, incluindo as políticas de combate ao coronavírus.
Para Biden, os danos aos órgãos oficiais feitos pelo governo de Donald Trump, que ainda se recusa a aceitar a derrota nas eleições, foram enormes.
"Muitos tiveram as equipes, a capacidade e a moral danificadas. Isso torna mais difícil para nosso governo proteger o povo americano", disse Biden.
G1
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