Fatos históricos
351 — Início da Revolta judaica contra Galo. Após sua chegada a Antioquia, os judeus começam uma rebelião na Palestina.
558 — Em Constantinopla, a cúpula da Hagia Sofia desmorona. A reconstrução é imediatamente ordenada por Justiniano.
1104 — Batalha de Harã: derrota das forças do Principado de Antioquia e do Condado de Edessa frente aos seljúcidas; Balduíno II de Jerusalém e Joscelino de Courtenay são aprisionados; Tancredo da Galileia torna-se regente de Edessa, com Ricardo de Salerno como governador.
1274 — Realizada na França, a primeira sessão do Segundo Concílio de Lyon para regular a eleição do Papa.
1664 — Luís XIV da França começa a construção do Palácio de Versalhes.
1824 — Estreia mundial da Nona Sinfonia de Beethoven em Viena, Áustria.
1920
1927 — Fundação em Porto Alegre da Varig, a primeira companhia aérea brasileira.
1937 — Guerra Civil Espanhola: a Legião Condor alemã, equipada com biplanos Heinkel He 51, chega à Espanha para ajudar as forças de Francisco Franco.
1945 — Segunda Guerra Mundial: o general Alfred Jodl assina os termos de rendição incondicional em Reims, na França, terminando a participação da Alemanha na guerra. O documento produz efeitos no dia seguinte.
1946 — Fundação da empresa japonesa Tokyo Tsushin Kogyo (mais tarde renomeada Sony) com cerca de 20 funcionários.
1948
1954 — Fim da Batalha de Dien Bien Phu com a vitória do Việt Minh sobre o corpo expedicionário francês no Extremo Oriente.
1960 — Guerra Fria: Incidente com avião U2: o líder soviético Nikita Khrushchov anuncia que sua nação estava com o piloto americano do U-2, Gary Powers.
1976 — Lançamento oficialmente do Honda Accord.
1992 — Lançamento do ônibus espacial Endeavour em sua primeira missão, STS-49.
1998 — A Mercedes-Benz compra a Chrysler por 40 bilhões de dólares e forma a DaimlerChrysler na maior fusão industrial da história.
1999 — Papa João Paulo II viaja para a Romênia, tornando-se o primeiro papa a visitar um país predominantemente ortodoxo desde o Grande Cisma de 1054.
2007 — Instauração do Parlamento do Mercosul.
2010 — Science publica o genoma do Neandertal, com provas de cruzamento do homem de Neandertal com humanos.
Wikipédia
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Santa Flávia Domitila - Mártir (século I)
Há muito mais tradições envolvendo a existência de Flávia Domitila do que documentos históricos comprovados. Seu nome e santidade tanto se espalharam, nos primeiros tempos do cristianismo, que sua vida se mesclou a essas tradições pela transmissão dos próprios fiéis que fixaram o seu culto.
Flávia Domitila teria sido convertida ao cristianismo por dois eunucos. Enquanto ela se preparava para o casamento com o filho de um cônsul, Nereu e Aquiles lhe falaram sobre Cristo e a beleza da virgindade, 'irmã dos Anjos'. Ela teria abandonado o casamento e se convertido imediatamente.
Contudo o próprio imperador, inconformado, tentou vencer a recusa pelo compromisso da jovem com uma tarde dançante em sua homenagem. A morte repentina do próprio noivo aconteceu em meio às danças. Segundo a tradição, Flávia Domitila morreu queimada num incêndio criminoso que destruiu sua casa, sendo provocado por um irmão do noivo.
Mas o que existe de real sobre a vida de santa Flávia Domitila é que ela era uma nobre dama romana, esposa do cônsul Flávio Clemente e sobrinha do imperador Vespasiano, pai de Domiciano. Esses dados foram encontrados em uma inscrição da época, conservada na basílica dos santos Nereu e Aquiles, que também morreram decapitados pelo testemunho em Cristo.
No primeiro século, ela enfrentou a ira da corte por não esconder sua fé em Cristo. Banida do convívio social, foi depois julgada e condenada ao exílio, sendo deportada para a ilha de Ponza.
Sua morte aconteceu de forma lenta, cruel e dolorosa, numa ilha abandonada, sem as menores condições de sobrevivência, conforme escreveu sobre ela são Jerônimo.
Comece o Dia Feliz
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O presidente Jair Bolsonaro comanda hoje (7), no Palácio do Planalto, a 11ª Reunião do Conselho de Governo. Periodicamente, o alto escalão se reúne para avaliar as ações desenvolvidas e discutir as prioridades da agenda do governo federal.
Não devem comparecer na reunião de hoje os ministros da Agricultura, Tereza Cristina, e das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Ambos estão em viagem ao exterior. Além dos ministros de Estado, o vice-presidente, Hamilton Mourão, e líderes do governo no Congresso Nacional também devem estar presentes.
Agência Brasil
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A comissão mista da Medida Provisória 868/18, que muda as regras para o setor de saneamento, pode votar nesta terça-feira (7) o parecer do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).
Na prática, a proposta transfere a competência para editar normas de regulamentação sobre o serviço de saneamento, que hoje é dos municípios, para a Agência Nacional de Águas (ANA). Além de alterar o marco legal do saneamento básico e a Lei 9.984/00, a MP também autoriza a União a participar de um fundo para financiar serviços técnicos especializados no setor.
Pelo modelo em discussão, a agência reguladora ficaria responsável pela fixação das tarifas cobradas. Já os contratos de saneamento passariam a ser estabelecidos por meio de licitações, facilitando a criação de parcerias público-privadas.
Emendas
O texto foi lido no último dia 26 na comissão e, das 500 emendas apresentadas, 33 foram acolhidas total ou parcialmente pelo relator. Tasso defendeu uma das principais mudanças estabelecidas pela MP: a inclusão, entre as competências da ANA, da edição de normas de âmbito nacional para a regulação da prestação dos serviços públicos de saneamento básico.
"Os dispositivos introduzidos pela MP têm o objetivo comum de aumentar a segurança jurídica para que se expandam os investimentos públicos e privados em saneamento básico",ressaltou o senador.
Entre as emendas acolhidas por Tasso Jereissati estão algumas que tratam do controle da perda de água, da universalização do saneamento básico, de metas de cobertura, subsídios para populações de baixa renda, infraestrutura de água e esgoto e outros temas.
O relator, no entanto, excluiu do texto a criação de um novo artigo na Lei de Saneamento Básico, que abre a possibilidade de empresas privadas celebrarem contratos com o setor público sem licitação.
Ao participar de audiência pública para discutir a medida provisória no mês passado, o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, classificou como fundamental fazer a iniciativa privada investir em saneamento básico.
À época, Canuto observou que é preciso criar meios para que o setor de saneamento básico seja atrativo para a iniciativa privada, sem a inocência de achar que só porque é privado é bom.
“Nem toda concessão é bem-sucedida, nem todo serviço público é bem prestado. Independentemente de ser privado ou público, o que garante a eficiência é o contrato, a gestão e a fiscalização. Somos defensores de um serviço que atenda bem ao cidadão”, afirmou o ministro.
Tramitação
O prazo de vigência da MP, que foi editada ainda no governo Temer, expira no dia 3 de junho. Até essa data, se aprovado o relatório na comissão mista, o texto precisa passar por votação nos plenários da Câmara e depois do Senado.
Agência Brasil
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O relator da reforma da Previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), afirmou nesta segunda-feira (6) que a proposta é um "ponto de partida", mas outras medidas são necessárias para "resolver o problema do Brasil".
Enviada pelo governo em fevereiro, a proposta já foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, atualmente, está em análise em uma comissão especial.
Segundo o governo, a reforma resultará em uma economia de R$ 1,2 trilhão em dez anos e, por isso, é a principal medida para o equilíbrio das contas públicas e a retomada do crescimento.
"Na verdade, precisa de outras medidas para revolver o problema do Brasil. Só a Previdência não resolverá, mas é a partir dela que as coisas serão resolvidas. Se nós não resolvermos a Previdência, nós estaremos fadados ao fracasso", afirmou Samuel Moreira.
"Não significa que só ela promoverá o nosso sucesso, tem outras medidas do governo, mas a Previdência é um ponto de partida, ela é fundamental, senão, nós fracassaremos", acrescentou o relator.
Samuel Moreira deu as declarações após ter se reunido com o líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), para discutir o tema.
Pouco antes de o relator dar as declarações, o presidente Jair Bolsonaro a reforma é o "primeiro grande passo" para o país conseguir a "liberdade econômica".
Tramitação
Conforme o cronograma divulgado pelo presidente da comissão especial, e que ainda será analisado pelos demais integrantes do grupo, a ideia é realizar audiências públicas com especialistas neste mês e, em junho, debater e votar o parecer do relator.
A próxima reunião da comissão será na tarde desta terça (7), quando deverão ser analisados os requerimentos para definir os nomes que serão chamados para as audiências.
Em paralelo, corre o prazo para a apresentação de emendas. Os parlamentares têm até dez sessões do plenário para protocolar sugestões de mudança. Até o momento, apenas uma sessão foi realizada e, portanto, computada para o prazo.
Em busca de apoio à proposta, o governo criou um "gabinete de inteligência", com técnicos do Ministério da Economia, para tirar dúvidas de parlamentares. O gabinete começará a funcionar nesta terça.
G1
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (6) que a economia do país não tem uma alternativa à reforma da Previdência. Ele ainda chamou a reforma de "primeiro passo para a liberdade econômica".
O presidente falou com a imprensa após uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes.
De acordo com Bolsonaro, sem a reforma da Previdência o país teria que emitir mais moeda ou contrair empréstimos no exterior. Duas opções que, segundo ele, não são viáveis.
"Outra alternativa, se o Brasil continuar tendo déficit ano a ano, é imprimir moeda. Eu acho que, se for imprimir moeda, você sabe o que vem atrás, vem inflação. Outra é conseguir empréstimo aí fora. Será que querem emprestar para nós? Com que taxa de juros? Nós não temos outra alternativa. É a reforma da Previdência o primeiro grande passo para nós conseguirmos aqui a nossa liberdade econômica", afirmou o presidente.
Ao lado de Bolsonaro, Guedes também defendeu a aprovação de reformas econômicas propostas pelo governo. A da Previdência já foi enviada pelo Congresso e tramita em comissão especial da Câmara. A equipe econômica trabalha também na elaboração de uma reforma tributária.
Segundo Guedes, as reformas vão permitir ao país escapar da "armadilha do baixo crescimento".
"O Brasil está prisioneiro de uma armadilha de baixo crescimento e nós vamos escapar disso com as reformas", afirmou o ministro.
"Assim que aprovadas as reformas, o Brasil retoma o seu caminho de crescimento econômico sustentável", completou.
Também nesta segunda, pela primeira vez no ano, analistas do mercado ouvidos pelo Banco Central projetaram um crescimento do PIB abaixo de 1,5% para 2019. Guedes disse não haver surpresa na estimativa.
"Crescimento está em torno de 1,5%, mas nos últimos 10 anos o crescimento é 0,5%. Então não há novidade nenhuma nessa desaceleração econômica", concluiu Guedes.
G1
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O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), nomeou os novos secretários de Finanças e Planejamento, em publicação no Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira (7). As nomeações acontecem após as exonerações, a pedido, de Amanda Rodrigues e Waldson de Souza, respectivamente.
Mario Sérgio de Freitas, secretário executivo de Finanças, assume o cargo de secretário, cumulativamente. Quem fica a frente da secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão é o Gilmar Martins de Carvalho, que era secretário Chefe da Controladoria-Geral do Estado, função que agora passa a ser exercida por Letácio Tenório Guedes.
Exonerações
No dia 30 de abril, o governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), exonerou o procurador geral da Paraíba, Gilberto Carneiro da Gama, e o secretário de Planejamento,Orçamento e Gestão, Waldson Dias de Souza.
Conforme publicação o DOE, Waldson de Sousa, secretário de Planejamento, foi exonerado, à pedido, e quem passou a assumir provisoriamente a secretaria foi Fábio maia, secretário executivo, que acumulou agora os dois cargos.
Já no dia 4 de maio, a Amanda Rodrigues pediu exoneração da secretaria de Finanças do Estado da Paraíba. Ela estava no Governo desde 2016 e anunciou o pedido por meio de uma publicação em uma rede social. A exoneração foi publicada no Diário Oficial do Estado apenas desta terça (7).
G1 PB
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O presidente Jair Bolsonaro publicou em seu Twitter uma nota nesta terça, 7, em que exalta o escritor Olavo de Carvalho e diz esperar que os desentendimentos públicos entre ele e os militares do governo sejam "uma página virada".
Bolsonaro afirma que a obra de Olavo foi determinante para sua eleição presidencial em 2018 e que reconhece trabalho contra a esquerda. Capitão reformado, ele também cita sua admiração pelos militares por sua formação. No início do ano, ele
"Cheguei na Câmara em 1991 e encontrei-a tomada pela esquerda num clima hostil às Forças Armadas e contrário às nossas tradições judaico-cristã", escreve Bolsonaro. "Aos poucos, outros nomes foram se somando na causa que ele defendia, entre eles Olavo de Carvalho. Olavo, sozinho, rapidamente tornou-se um ícone. Seu trabalho contra a ideologia insana que matou milhões no mundo e reiterou a liberdade de outras centenas de milhões é reconhecida por mim. Sua obra em muito contribuiu para que eu chegasse no Governo, sem a qual o PT teria retornado ao Poder. Sempre o terei nesse conceito."
"Quanto aos desentendimentos ora públicos contra militares, aos quais devo minha formação e admiração, espero que seja uma página virada por ambas as partes", completou.
Minutos após a publicação de Bolsonaro, Olavo respondeu: "Eu também quero isso, presidente, mas não vou dar moleza aos inimigos da despetização."
Considerado "guru" bolsonarista, Olavo tem feito duras críticas ao general Santos Cruz, da Secretaria de Governo, dese o fim da semana. O ministro falou em entrevista ao Estado sobre a necessidade de se aprimorar a legislação que trata das redes sociais. Em postagem no sábado, 4, Olavo comparou o ministro a Ciro Gomes (PDT), candidato derrotado à Presidência, e disse que Santos Cruz "fofoca e difama pelas costas". O ministro retrucou e, em entrevista, chamou Olavo de "um desocupado esquizofrênico".
Na segunda, um dos nomes mais respeitados nas Forças Armadas, o ex-comandante do Exército general Eduardo Villas Bôas, chamou Olavo de "Trótski de direita", em referência ao revolucinário bolchevique, figura central da guerra civil russa. Sem citar Villas Bôas, Olavo reagiu e, na madrugada desta terça, escreveu: "Nem o (ex-presidente) Lula seria vil e porco o bastante para, fugindo a argumentos sem resposta, se esconder por trás de um doente preso a uma cadeira de rodas. Mas os nossos heróicos generais são".
Em entrevista ao 'Estado' publicada nesta terça, Villas Bôas diz que Olavo presta um "enorme desserviço" para o País e que os ataques do escritor, que costuma colocar outros nomes, entre eles o vice-presidente Hamilton Mourão, como alvo, "passaram do ponto".
Olavo tem negado que queira "tirar" Santos Cruz do cargo. "Não sou um agente político, sou um escritor e professor. Não quero tirar o Santos Cruz da porra de ministério que ele ocupa. Quero apenas despertar sua inteligência e seu senso moral para que ele corrija o imenso mal que está fazendo. Fique com o cargo, mas tome jeito", disse na segunda. Reforçou nesta terça: "Nunca propus tirar ninguém de ministério nenhum. Só o que quero tirar são idéias de jerico de algumas cabeças".
Bolsonaro tem boa relação com Villas Bôas. Após deixar o comando do Exército, virou consultor do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, órgão comandado pelo general Augusto Heleno. Em janeiro, o presidente recém-empossado disse que Villas Bôas era "um dos responsáveis" por sua eleição - fala similar à desta terça, sobre Olavo. Villas Bôas disse que Bolsonaro resgatou Brasil de "amarra ideológica".
Estadão
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Alçado a senador depois da renúncia do titular Rodrigo Rollemberg (PSB) para assumir o governo do Distrito Federal em 2015, Hélio José (PROS) recebeu, em 2018, apenas 16 mil votos em sua tentativa mal-sucedida de se tornar deputado federal. Perdeu, mas sua despedida do Senado, em janeiro deste ano, foi em grande estilo: ficou 20 dias fora de Brasília naquele que foi o seu último mês de mandato, passando por Suíça, Colômbia e Peru.
Hélio José faz parte de um grupo de parlamentares que, mesmo após a derrota nas urnas em outubro, usou dinheiro público para custear viagens internacionais no apagar das luzes do mandato. Entre novembro de 2018 e janeiro, foram gastos, entre passagens e diárias, R$ 633,3 mil pelo Senado. Quase 80% desse valor (R$ 501,6 mil) foram pagos em missões de parlamentares que não foram reeleitos.
Com destinos que incluem América Latina, Europa e Ásia, eles foram responsáveis por 38 das 45 notas de pagamentos de diárias nos três meses. Também em clima de despedida da Casa entre novembro e janeiro, Lindbergh Farias (PT-RJ), João Capiberibe (PSB-AP), Pedro Chaves (PRB-MS), Roberto Requião (MDB-PR), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Jorge Viana (PT-AC) e Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), entre outros, fizeram parte de missões oficiais.
Na Câmara, de novembro a janeiro, foram gastos R$ 469 mil com diárias de deputados que não foram reeleitos, 53% do valor total (R$ 877 mil). Só uma viagem de seis deputados, dois não reeleitos, custou R$ 54,8 mil em diárias e gastos em passagens desconhecidos. O grupo foi à 21ª Reunião Extraordinária da Comissão para Conservação do Atum do Atlântico, na Croácia, de 10 a 18 de novembro. Os relatórios abordaram a importância do atum para o Brasil.
Senadores e deputados não têm a obrigação de prestar contas de seus gastos com hospedagem e alimentação. A diária internacional no Senado está em torno de R$ 1,6 mil; na Câmara, R$ 1,8 mil. Não há necessidade de reembolsar o que sobra. Na Câmara dos Deputados, sequer são divulgados os valores das passagens aéreas. A assessoria solicitou que o dado fosse requerido via Lei de Acesso à Informação.
Em Bogotá, acompanhado da mulher
Na reta final de seu mandato, Hélio José voou para Bogotá em 6 de janeiro, a título de “conhecer as possibilidades de cooperação internacional voltadas para o segmento de transporte, tratamento de resíduos e energias renováveis”. Além da capital, ele conheceu Medelín. Na visita, segundo relatório entregue pelo ex-senador, houve um compromisso por dia, em geral encontros com servidores públicos colombianos. Para a missão, levou a mulher.
Da Colômbia, foram ao Peru em 17 de janeiro. Além de Lima, passaram por Cusco, no Vale Sagrado dos Incas, de onde saem as excursões para um dos principais pontos turísticos: Machu Picchu. Lá, encontraram a autoridade responsável pelo turismo. Voltaram em 19 de janeiro.
Dois dias depois, Hélio José partiu para a Suíça, onde participaria do Fórum Econômico Mundial, em Davos. Mas o ex-parlamentar não integrava a comitiva brasileira no evento. No relatório enviado à Casa, depois da missão, ele informou que “não conseguiu participar dos eventos”, sem explicar os motivos.
Em 24 de janeiro, três dias depois de viajar, finalmente, conseguiu assistir a palestras. Na ata, Hélio José não faz comentários sobre o que ouviu, apenas comemora ter encontrado uma autoridade brasileira pelo caminho: “Arrisquei ir ao espaço do fórum fechado e lá encontrei o governador de São Paulo, João Doria, e conversamos bastante sobre os eventos”. Hélio José foi procurado, mas não respondeu à reportagem.
Lindbergh Farias, João Capiberibe, Jorge Viana e Antonio Carlos Valadares também foram contatados e não se manifestaram sobre a reportagem. Roberto Requião, Vanessa Grazziotin e Pedro Chaves não foram encontrados para comentar.
O Globo
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O Brasil é o país da América Latina que mais gasta com aposentadoria e onde essas despesas têm trajetória mais explosiva. De acordo com dados que serão divulgados hoje pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a Previdência consumiu 12,5% do PIB em 2015, último ano com dados disponíveis. Em 2065, se não houver reforma no sistema, esse número saltará para 50,1%. Esse volume representaria 138% da projeção de gastos em 2065 - a conta não fecha.
O gasto excessivo com Previdência no Brasil, aponta o estudo, revela um desequilíbrio que compromete as gerações futuras. De acordo com o levantamento, o país gasta com a população mais velha sete vezes o que destina aos mais jovens, que demandam despesas como educação.
— A primeira e mais óbvia recomendação é a reforma da Previdência — pontua Alejandro Izquierdo, assessor Sênior do Departamento de Pesquisa do BID e um dos autores do estudo.
— É preciso pensar no futuro gastando mais com crianças do que com os mais velhos. Na América Latina, países gastam, em média, quatro vezes com os idosos, em relação ao que gastam com crianças. No Brasil, são sete vezes. Você não está investindo no futuro. Acho que isso é uma das mensagens-chave deste relatório — explica ele.
Na média da América Latina, os gastos com idosos correspondem a quatro vezes as despesas com jovens.
Argentina é o segundo
O relatório do BID mostra que, sem reforma, as despesas com Previdência devem crescer bem mais que em outros países da região. No ranking com 19 nações da América Latina e do Caribe, a Argentina aparece em segundo lugar. Nos vizinhos, os gastos com aposentadoria saltarão de 11,4% para 21% nos próximos cinquenta anos. A situação é menos crítica em países que passaram por reformas.
No Chile, frequentemente citado pela equipe econômica como referência local, o sistema previdenciário consome 3,5% do PIB, número que saltará para 6,2% até 2065.
De acordo com o estudo, a idade média de aposentadoria ajuda a explicar os altos gastos com o sistema no Brasil. O documento pontua que o quadro está relacionado ao “elevado gradiente de envelhecimento, bem como ao fato de que a maioria das pessoas se aposenta antes dos 60 ou 65 anos e recebe pelo menos o salário mínimo como aposentado”.
A realidade também é observada no resto da América Latina, onde o envelhecimento da população puxou esses gastos. O BID diz que governos precisam preservar gastos com os mais jovens, que tendem a ser esmagados com demandas cada vez maiores por parte da população mais velha.
“Sem reformas, o gasto público com o envelhecimento na região deverá aumentar de 16% para 27,6% do PIB de 2015 a 2065. Os custos das aposentadorias deverão contribuir mais para o aumento do gasto relacionado com idade, aumentando 8 pontos percentuais. O gasto público com saúde deverá aumentar 5,2 pontos percentuais até 2065, enquanto o gasto com educação deverá diminuir 1,6 ponto percentual, já que os gastos por estudante permanecem estáveis no nível de 2015”, alerta o documento.
A reforma da Previdência faz parte de uma série de recomendações feitas pelo BID para que os países da América Latina, inclusive o Brasil, direcionem melhor os gastos públicos.
Gastos com servidores
Além do sistema de aposentadorias, o estudo destaca que é preciso diminuir o peso dos gastos com servidores. Para isso, a principal medida seria reduzir a diferença entre salários nos setores público e privado. No governo federal, servidores chegam a ganhar 67% mais que seus pares no setor privado. Na América Latina, esse gap é de 23%.
Para corrigir essas distorções, o estudo sugere ações como eliminação de cargos públicos em áreas superlotadas e freio nas contratações de servidores — duas medidas que já foram tomadas pelo Ministério da Economia por meio de dois decretos editados nos últimos meses. O relatório recomenda ainda o congelamento temporário de salários, com reajustes que cubram apenas a inflação, mas a avaliação dos autores é que a medida não seria necessária especificamente no Brasil.
- Precisamos rever os diferenciais, usando como referência salários do setor privado. Congelamentos temporários são para casos muito específicos. Não estamos recomendando para o Brasil - afirma Carola Pessino, especialista em gestão fiscal que também assina o relatório.
Os autores destacam ainda que, ao reduzir gastos obrigatórios, o país conseguirá direcionar recursos para investimentos — o que não ocorreu nos últimos anos. De 1993 a 2015, as chamadas despesas de capital no Brasil recuaram de 29,5% do total do gasto primário para 5,7%.
O Globo
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