Mai 09, 2025
Arimatea

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A agitada sexta-feira do Flamengo chegou ao fim como começou: com festa. Depois de treinar pela manhã e deixar o Ninho do Urubu nos braços da torcida até o Aeroporto do Galeão, com direito a confusão da PM com torcedores, a delegação rubro-negra desembarcou já de noite em Porto Alegre com a presença de mais torcedores.

No Aeroporto Salgado Filho, os rubro-negros festejaram na grade enquanto passavam os jogadores, que desembarcaram pela pista. E no hotel, um pequeno grupo de torcedores aguardava para saudar a delegação. Na chegada, Andreas Pereira falou com a imprensa e se mostrou surpreso com a mobilização:

- Muito especial! Realmente nunca vi uma torcida assim tão fanática, com tanto carinho, amor igual hoje. Foi uma loucura, né? Mas uma loucura saudável. O carinho eu senti ali, a torcida do nosso lado. Acho que a gente ficou ainda mais motivado - afirmou o belga, que comentou a inusitada cena dos torcedores em cima do ônibus.

- Os caras apareceram em cima do ônibus, conversamos ali com eles. Falaram algumas palavras para nós com muita motivação e foi muito legal.

Na capital gaúcha, o time fará nos próximos quatro dias as "saideiras" antes da final da Libertadores:

O primeiro jogo será neste sábado, contra o Inter às 21h30 (de Brasília), no Beira-Rio. Depois, o Flamengo encara o Grêmio na terça-feira, às 21h (de Brasília), na Arena do Grêmio, em partida atrasada da segunda rodada do Brasileirão.

O Rubro-Negro seguiu para Porto Alegre com todo o elenco e finalizará na capital gaúcha a recuperação de peças importantes como Arrascaeta, Rodrigo Caio, Pedro e Bruno Henrique. A novidade nos jogos no Sul será Diego Alves. Neste período, o time de Renato Gaúcho treinará no CT do Grêmio, clube onde o treinador é o ídolo máximo.

Sexta-feira cheia
A chuva que castigou o Rio de Janeiro no início da sexta-feira não foi problema. A distância de oito dias para a partida não deixou o grito entalado. E o Flamengo iniciou sua caminhada rumo a Montevidéu com o apoio de sua torcida no Ninho do Urubu.

O elenco do Flamengo treinou pela manhã no Ninho do Urubu e tirou o início da tarde para descanso. Cada jogador teve tempo livre em suas suítes no centro de treinamento após o almoço. Enquanto isso, torcedores já se mobilizavam na frente do centro de treinamento para iniciar a festa de incentivo ao elenco que define a Libertadores contra o Palmeiras no próximo dia 27, em Montevidéu. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 3.500 torcedores estiveram na porta do CT.

Momentos antes da saída do ônibus, houve conflito entre a polícia e torcedores, com corre-corre e gás de pimenta. O veículo deixou o Ninho pouco depois das 16h e foi escoltado por centenas de torcedores pela Estrada dos Bandeirantes, em Vargem Grande.

O auge aconteceu no fim da tarde, na chegada ao Galeão, onde uma multidão ainda maior do que a da saída do CT aguardava na entrada do terminal de cargas. Muitos torcedores escalaram o ônibus e ficaram pulando com bandeirões no teto. Dois deles chegaram a falar com os jogadores pelo sistema de ventilação do veículo.

A movimentação chegou a deixar quem estava na parte de dentro preocupado, como foi possível perceber em transmissão do vice de futebol, Marcos Braz, em live no Instagram. Em determinado momento, o dirigente deixou clara sua preocupação:

- Estão em cima do vidro. Vai dar m... A polícia vai tirar!

Landim, que estava ao lado, fez coro:

- Pode afundar a estrutura inteira em cima da nossa cabeça.

As autoridades, por sua vez, conseguiram tirar os torcedores de cima do veículo sem que nenhum incidente acontecesse.

Seja pela distância para a partida, seja pela proximidade com a última final, as manifestações não foram tão grandiosas quanto em 20 de novembro de 2019 - um feriado -, quando a torcida rubro-negra invadiu as ruas do Rio de Janeiro na despedida para Lima. A mobilização, por sua vez, foi crescente no decorrer da tarde e milhares de torcedores deram demonstrações de carinho no CT e no Aeroporto do Galeão.

Após enfrentar Inter e Grêmio, o time seguirá direto para o Uruguai. A delegação tem chegada prevista em Montevidéu para a tarde de quarta-feira, após treinar ainda em Porto Alegre. As atividades na capital uruguaia estão marcadas para o estádio Campeón del Siglo, que pertence ao Peñarol.

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O Vasco entrou em campo apenas para cumprir tabela, mas o jogo em São Januário, nesta sexta, era de extrema importância para o Remo, que luta contra o rebaixamento para a Série C. Em noite de protestos, vaias e xingamentos por parte dos vascaínos, o time paraense saiu na frente, abriu 2 a 0 com Neto Pessoa e Lucas Siqueira, mas cedeu o empate. Léo Matos e Galarza marcaram para o time carioca.

Remo: decisão fica para a última rodada
O resultado foi ruim para o Remo, que chegou a 42 pontos, é o primeiro clube fora do Z-4, mas pode ser superado por Londrina (41) e Vitória (42) ainda nesta rodada e entrar na zona de rebaixamento. O time paraense decidirá a permanência na Série B na última rodada, contra o Confiança, em casa.

Para o Vasco, que não briga por mais nada na Série B, o empate pouco impacta na tabela. Com 49 pontos, o clube segue em nono lugar. A equipe carioca se despede dessa edição da Série B contra o Londrina, na última rodada, fora de casa.

Castan é vaiado durante 90 minutos
Os pouco mais de mil torcedores que estiveram em São Januário não pouparam o ano melancólico do Vasco. Desde antes do jogo, no aquecimento, muitas vaias e gritos de “time sem vergonha”. Nenê e Riquelme foram os únicos poupados. Por outro lado, Leandro Castan foi xingado e vaiado a cada toque na bola, durante 90 minutos. O clima está muito ruim para o capitão vascaíno.

Remo larga na frente
Diante dos protestos, o Vasco começou abatido e acuado, como tem sido em toda reta final da Série B. E o Remo soube aproveitar. O time saiu na frente com Neto Pessoa e ampliou logo depois com Lucas Siqueira. Com boa vantagem, os paraenses passaram a administrar o jogo, mas levaram um gol no fim do primeiro tempo, em cabeçada de Léo Matos, após cobrança de escanteio.

Com um a mais, Vasco empata
O Vasco voltou com duas mudanças para o segundo tempo. Gabriel Pec e Caio Lopes substituíram MT e Romulo. O time melhorou um pouco e o jogo ficou aberto, com as duas equipes criando oportunidades. Aos 24, Victor Andrade faz falta dura em Riquelme, recebeu o segundo amarelo e foi expulso. Com um a mais, o Vasco passou a pressionar, criou algumas chances e empatou com Galarza, em chute da entrada da área. O time quase virou nos minutos finais, com Caio Lopes, mas o goleiro Vinícius fez bela defesa e garantiu o empate.

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Pela primeira vez nas 19 edições da Copa do Nordeste, a Paraíba terá três representantes na competição. Na noite da última quinta-feira, o Botafogo-PB eliminou o Vitória, nos pênaltis, e se juntou a Campinense e Sousa como representantes do estado na edição 2022 da principal competição de futebol do Nordeste.

Ao lado do estado do Ceará, que terá Fortaleza, Floresta e Ceará como representantes, a Paraíba será o estado com mais equipes na fase de grupos do Nordestão do próximo ano, que dá à equipe vencedora do torneio uma vaga direta na terceira fase da Copa do Brasil.

A Copa do Nordeste, que em 2022 completa 28 anos de existência, passou por altos e baixos desde 1994, quando teve a sua primeira edição na história, conquistada pelo Sport Recife. Passando por períodos de cancelamentos e retornos nas últimas décadas, a “Lampions League”, como é carinhosamente apelidada, acontece de forma ininterrupta desde 2013, quando retornou ao calendário nacional, sendo esta, inclusive, a maior sequência do torneio desde a sua criação.

Trio paraibano no Nordestão
Para a edição de 2022 da Copa do Nordeste, apenas o Campinense garantiu vaga direta à fase de grupos, uma vez que foi o grande campeão paraibano de 2021. Na fase preliminar, que passou por reformulação nesta temporada, aumentando de oito para 24 clubes participantes, representaram o estado o Sousa, vice-campeão paraibano, o Treze e o Botafogo-PB.

O Galo da Borborema foi eliminado ainda na primeira fase, pelo Floresta, quando foi derrotado em pleno Estádio Amigão, por 3 a 1. O Sousa, por sua vez, eliminou ASA, Confiança e ABC para chegar pela segunda na vez na sua história à fase de grupos. O Botafogo-PB, por ser melhor ranqueado, teve pela frente dois duelos eliminatórios, contra Imperatriz, quando conseguiu vencer e avançar, e Vitória, onde, após dois empates, conseguiu a vaga nos pênaltis.

Paraibanos na final da Copa do Nordeste
Das 18 edições já realizadas do principal torneio de clubes do futebol nordestino, a Paraíba já esteve em três finais e conquistou um título. Em 2013, ano que marcou o retorno da Copa do Nordeste ao calendário esportivo brasileiro após duas temporadas de ausência, o Campinense, comandado à época pelo técnico Oliveira Canindé, chegou à decisão contra o ASA de Arapiraca e, após vencer os dois duelos contra os alagoanos, tornou-se o primeiro clube do interior a conquistar a taça.

Três anos mais tarde, em 2016, a Raposa chegou mais uma vez à decisão do Nordestão, tendo como adversário o Santa Cruz, que àquele ano disputava a Série A do Campeonato Brasileiro. Após vitória pernambucana por 2 a 1 no jogo de ida, o Campinense precisava de uma vitória simples por 1 a 0 para sagrar-se campeão. Porém, minutos após abrir o marcador, com gol do atacante Rodrigão, sofreu o empate em pleno Amigão e viu o bicampeonato regional ficar com o Tricolor do Arruda.

Em 2019, o protagonista da decisão foi o clube paraibano com mais participações na competição. O Botafogo-PB, após ótima campanha, chegou à grande final para medir forças com o Fortaleza, equipe que, à época, comemorava o seu retorno à elite do futebol brasileiro. O Belo, no entanto, não foi páreo para o ímpeto do Leão do Pici e ficou com o vice-campeonato após duas derrotas para os cearenses.

Paraibanos com mais participações na Copa do Nordeste
Desde a criação do Nordestão, em 1994, o Botafogo-PB é, de longe, a equipe com mais participações na competição. Na 19ª edição do torneio (a de 2022), o Belo de João Pessoa completará 18 participações, tendo ficado fora apenas em 2013, quando Campinense e Sousa foram os representantes do estado no certame. O Alvinegro da Estrela Vermelha está indo, aliás, para a sua nona edição seguida da competição.

Na segunda posição do ranking, está o Treze. O Galo da Borborema participou, até o momento, de nove edições da Copa do Nordeste, com destaque para a edição de 2010, quando fez a sua melhor campanha até o momento no campeonato, chegando às semifinais.

Apesar de ser o único clube paraibano a conquistar o título, o Campinense, que vai para a sua sexta participação até o momento, é apenas o terceiro time do estado com mais participações no torneio. Fato curioso é que em 2013, quando ergueu a taça de campeão nordestino, a Raposa disputava apenas pela segunda vez o Nordestão.

Na quarta posição, com duas participações cada, estão Santa Cruz-PB e Sousa. A equipe de Santa Rita, cidade da região metropolitana de João Pessoa, figurou, junto ao Belo, nas primeiras duas edições do torneio, em 1994 e 1997, anos em que o Tricolor Canavieiro chegou ao certame detendo o título de campeão estadual. O Dinossauro sertanejo, por sua vez, participou da edição de 2013, quando não passou da primeira fase, e está confirmado na edição de 2022.

Participações da Paraíba na Copa do Nordeste desde 1994

  • 1994: Botafogo-PB e Santa Cruz-PB
  • 1995: não disputada
  • 1996: não disputada
  • 1997: Botafogo-PB e Santa Cruz-PB
  • 1998: Botafogo-PB e Treze
  • 1999: Botafogo-PB e Campinense
  • 2000: Botafogo-PB e Treze
  • 2001: Botafogo-PB e Treze
  • 2002: Botafogo-PB e Treze
  • 2003: Botafogo-PB e Treze
  • 2004: não disputada
  • 2005: não disputada
  • 2006: não disputada
  • 2007: não disputada
  • 2008: não disputada
  • 2009: não disputada
  • 2010: Botafogo-PB e Treze
  • 2011: não disputada
  • 2012: não disputada
  • 2013: Campinense e Sousa
  • 2014: Botafogo-PB e Treze
  • 2015: Botafogo-PB e Campinense
  • 2016: Botafogo-PB e Campinense
  • 2017: Botafogo-PB e Campinense
  • 2018: Botafogo-PB e Treze
  • 2019: Botafogo-PB
  • 2020: Botafogo-PB
  • 2021: Botafogo-PB e Treze
  • 2022: Botafogo-PB, Campinense e Sousa

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Após anunciar a filiação ao Podemos, o ex-juiz Sergio Moro está em intensa articulação de alianças com outros partidos. Nessas conversas há espaço para ex-aliados do presidente Jair Bolsonaro. Só nesta semana, Moro se encontrou com deputados do PSL e com Ovasco Resende e Eurípides Junior, presidentes do Patriotas e do Pros, respectivamente.

Para o deputado Júnior Bozzella (PSL-SP), que se encontrou esta semana com Moro em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro abdicou dos compromissos eleitorais de 2018. "A baixa popularidade [do presidente] é um estrato das políticas públicas a que ele sucumbiu. São compromissos caros às nossas convicções. O Moro tem se apresentado com as pautas de anticorrupção e a gente tem essa sinergia e por isso estamos próximos", conta o parlamentar.

O deputado conta que, nos últimos 50 dias, vem mantendo diálogos com o ex-ministro. De acordo com o parlamentar, Moro teria pedido a ele que acompanhasse os movimentos do MBL na intenção de "avaliar quem são os nossos, para que possa buscar a unidade lá na frente". Bozzela também avalia que o nome do ex-ministro é o que tem mais chances de deslanchar na terceira via.

O colega de legenda, Delegado Waldir (GO), afirma que, ainda que tenha admiração por Jair Bolsonaro, a identificação com Sergio Moro é maior. "Eu tenho um grande carinho e respeito por Bolsonaro, estivemos juntos em 2018. Mas antes do Bolsonaro, eu sou muito fã do Moro. Me identifico com as pautas", conta. "O doutor Sergio Moro é que é para nós um mito, uma pessoa diferenciada e que conseguiu colocar na cadeia condenados por corrupção. Ele está começando a construir um bom projeto", elogia.

O deputado afirma que não rompeu com Bolsonaro. Quando as candidaturas estiverem firmadas, apoiará qualquer um dos candidatos. "Fui eu que trouxe o Bolsonaro para Goiás e convidei o Moro para vir lançar seu livro em Goiânia. Vamos ver o que vai para frente, mas com certeza um dos dois será meu presidente", adianta Delegado Waldir.

Na avaliação de Carlos Pereira, professor da FGV EBAPE, o ex-juiz assimilou o jogo político. "Moro entende que o sistema político brasileiro é multipartidário e que muito dificilmente o presidente [Bolsonaro] terá cadeiras no Parlamento", comenta. "O fato de Moro, logo após sua filiação, começar a conversar com esses partidos, é sinal de maturidade e compreensão. Mostra que ele é competitivo ao ponto de ex-aliados ou pessoas próximas ao presidente já o considerarem como presidenciável", acrescenta.

De acordo com Cristiano Noronha, cientista político da Arko Advice, Moro tem feito movimentos para conquistar o eleitorado que está descontente com o presidente e faz alguns gestos ao eleitorado de centro. "Moro sabe que, para ele crescer nas pesquisas, tem que conquistar grupos importantes do eleitorado. Ao mesmo tempo que acena para essas pessoas, sabe que precisa mandar sinalização forte para o mercado, por isso revelou Affonso Celso Pastore [ex-presidente do Banco Central]. Em seu discurso, Moro passeia por diversos tipos de eleitorado. Mostra que vai ter que falar de outra coisa que não seja apenas de corrupção e Lava-Jato. Adota uma estratégia correta nesse momento, mas não sei se será suficiente", analisa.

CB
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O deputado Elias Vaz (PSB-GO) afirmou, nesta sexta-feira (19), que vai entrar com uma representação no MPF (Ministério Público Federal) pedindo que o ministro da Economia, Paulo Guedes, seja investigado por usar dinheiro público para bancar a ida a um evento privado, em 2019, organizado pela filha dele, Paula Drumond Guedes, no Rio de Janeiro, como revelou o R7.

Dados do Portal da Transparência levantados pela reportagem mostraram que os cofres públicos garantiram R$ 15.739,27 para passagem e hospedagem de Paulo Guedes e outros três assessores do ministério, entre eles Igor Manhaes Nazareth, subsecretário de Inovação, para que participassem do evento Origem 2030, promovido pela organização IFL Dialogues, que foi fundada por Paula Drumond.

Segundo Vaz, o episódio mostra que "Paulo Guedes não tem compromisso com o dinheiro público". De acordo com o parlamentar, o ministro pode ter incorrido em crime de improbidade administrativa. "Na nossa opinião, está caracterizada a possibilidade clara de improbidade administrativa, na medida em que ele [Guedes] faz uma confusão entre o público e o privado", frisa o deputado.

Paula Drumond
Recentemente, Paula Drumond virou alvo de outra representação ao MPF, também elaborada por Vaz, porque Guedes omitiu que a filha é diretora de uma offshore que ele mantém nas Ilhas Virgens Britânicas. A defesa do ministro diz que a participação de Paula Drumond na empresa "se deve a questões meramente burocráticas de representação junto aos gestores e administradores terceirizados".

Na opinião de Vaz, contudo, a atuação de Paula Drumond na organização do Origem 2030 mostra que ela é "bastante atuante no mercado financeiro", pois o evento foi “estritamente para convidados”, como diz a página oficial. Para participar sem o convite, o interessado deveria preencher um formulário em que indicaria de qual empresa era fundador e responderia se era investidor de VC (venture capital), um meio de investimento do fomento de negócios e empreendimentos de alto risco.

"O comportamento dela mostra que ela tem uma atuação ativa no mercado financeiro, o que nos leva, cada vez mais, a ter a convicção de que essa offshore teve, sim, informações privilegiadas e precisa ser investigada a fundo essa situação", ponderou o deputado.

R7
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A Câmara dos Deputados pode votar, a partir de terça-feira (23), a medida provisória que criou o programa de renda Auxílio Brasil (MP 1061/21). Também na pauta estão emendas do Senado ao Projeto de Lei Complementar (PLP) 134/19, sobre certificação de entidades beneficentes. A sessão do Plenário de terça está marcada para as 13h55.

A MP 1061/21 troca o programa de distribuição de renda Bolsa Família pelo Auxílio Brasil, mudando alguns critérios para recebimento e criando incentivos adicionais ligados ao esporte, desempenho no estudo e inserção produtiva.

Os recursos para o pagamento do valor pretendido pelo governo (R$ 400,00 em 2022) dependem da aprovação da PEC dos Precatórios (Proposta de Emenda à Constituição 23/21), em tramitação no Senado. O auxílio começou a ser pago neste mês de novembro com valor médio de R$ 217,18.

O texto da MP remete a um regulamento a definição do valor e de outros aspectos, como a forma de cumprimento das condições para receber os benefícios, os valores para enquadramento nas situações de pobreza e extrema pobreza, regras sobre a inserção produtiva incentivada e demais detalhes.

Por outro lado, são mantidas as principais condições para recebimento do benefício previstas no Bolsa Família, como a realização de pré-natal, o cumprimento do calendário nacional de vacinação, o acompanhamento do estado nutricional e a frequência escolar mínima, sem referência ao acompanhamento da saúde.

Entidades filantrópicas
Quanto às emendas dos senadores para o PLP 134/19, que reformula algumas regras para a certificação de entidades beneficentes, a principal mudança é a reinserção das comunidades terapêuticas entre as beneficiadas com a certificação, que garante imunidade tributária. Essas entidades haviam sido excluídas quando da primeira votação na Câmara.

De autoria do deputado Bibo Nunes (PSL-RS), o texto aprovado pela Câmara é um substitutivo do deputado Antonio Brito (PSD-BA). Apesar das reformulações, permanecem iguais as principais normas sobre como essas entidades devem oferecer serviços gratuitos para contarem com a isenção dessas contribuições.

A apresentação do projeto decorre de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que considerou inconstitucionais vários artigos da Lei 12.101/09, que trata do tema. Segundo o STF, a regulamentação dessa imunidade deve ser feita por meio de lei complementar.

Devido à decisão do STF, que resultou na dispensa do cumprimento de certas contrapartidas para contar com a imunidade tributária, o texto extingue os créditos exigidos pela União relativos a contribuições sociais e previdenciárias de instituições sem fins lucrativos que atuam nas áreas de saúde, educação ou assistência social.

Lei de Informática
Outra matéria na pauta é a PEC 10/21, que mantém incentivos e benefícios fiscais e tributários para empresas de tecnologia da informação e comunicação (TICs) e de semicondutores. Na prática, a medida exclui esses setores da política gradual de desonerações instituída pela Emenda Constitucional 109, em vigor desde março.

O primeiro signatário da proposta é o deputado Rodrigo de Castro (PSDB-MG). O relator do texto, deputado Vitor Lippi (PSDB-SP), ressalta que 504 empresas acessam hoje os incentivos da Lei de Informática e 19 empresas estão habilitadas junto ao Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria e Semicondutores (Padis), com fábricas instaladas em 137 municípios de 16 estados.

Álcool combustível
Também na pauta está a Medida Provisória 1063/21, que autoriza os postos de combustíveis a comprarem álcool combustível (etanol hidratado) diretamente de produtores e importadores, além de permitir a venda de combustíveis de outros fornecedores diferentes do vinculado à bandeira.

A intenção do governo é aumentar a competição no setor, eliminando a obrigatoriedade de compra de etanol apenas dos distribuidores e de gasolina e diesel apenas dos fornecedores da bandeira do posto.

Os distribuidores poderão continuar atuando, mas o posto poderá comprar o etanol diretamente dos produtores nacionais (maiores fornecedores) ou do importador. Outro agente que poderá vender esse combustível aos postos é o transportador-revendedor-retalhista (TRR).

Atualmente, as empresas de TRR estão autorizadas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a revender apenas óleo diesel, lubrificantes e graxas. Elas atuam comprando esses produtos a granel para armazenamento e venda fracionada a empresas e indústrias que os usam, por exemplo, para abastecer tanques de geradores ou como combustível. Com a mudança, elas poderão fazer o mesmo com o etanol.

Agência Câmara
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O governador João Azevêdo esteve, nesta sexta-feira (19), em São Bento, no Sertão da Paraíba, ocasião em que inaugurou as obras de restauração da rodovia PB-293, que compreende trechos da BR-427, Paulista, São Bento até o entroncamento da PB-323. No município, ele também inspecionou as obras de conclusão do Hospital Regional, além de investimentos em esgotamento sanitário e na recuperação da ponte sobre o Rio Piranhas.

A visita técnica foi iniciada nas obras de esgotamento sanitário onde são realizados serviços que contemplam a rede coletora, ligações domiciliares, estação elevatória, estação de tratamento de esgoto e emissário de recalque, totalizando investimentos de R$ 7,5 milhões. “Esta obra está associada à saúde. A cada real investido na área de saneamento é gerada uma economia na saúde e o que nós queremos é trazer desenvolvimento sustentável para o município que tem um enorme potencial de crescimento”, disse o governador.

Em seguida, o chefe do Executivo estadual inspecionou as obras do Hospital Regional. Com investimentos de R$ 6,8 milhões, os serviços, que foram retomados após 20 anos de paralisação, estão em ritmo avançado. A intervenção no local abrange salas de administração (arquivo, Seguro Social, secretaria, recepção/espera, portaria, almoxarifado, casa de lixo, garagem, registro), urgência, consultórios, sala de gesso, sala de raio-X, interpretação de laudos, observação pediátrica, estabilização adulto e pediátrica, posto de enfermagem, enfermarias, triagem, inalação, imunização, aplicação de medicamento, hidratação de pacientes, fraldário, repouso clínico, centro cirúrgico e setor de nutrição.

“Esse prédio esteva completamente abandonado, com vazamentos na estrutura de laje e nessa visita técnica que fizemos hoje, acompanhamos o andamento da obra e eu espero que possamos entregá-la até o início de março porque esse é um sonho de que a população tem há 20 anos”, comentou o gestor estadual.

Em São Bento, ele também entregou a restauração da PB-293 onde foram investidos mais de R$ 15,6 milhões de recursos do tesouro estadual. A obra contemplou um trecho de 51,1 km de extensão, beneficiando, diretamente, 110 mil habitantes da região. A iniciativa da gestão estadual teve o objetivo de reduzir o custo dos transportes; facilitar o escoamento da produção econômica local; e modernizar a infraestrutura rodoviária estadual.

O prefeito de São Bento, Jarques Lúcio, comemorou os investimentos do Governo do Estado em ações estruturantes. “O município está sendo contemplado com grandes obras, como o esgotamento sanitário, com o novo hospital que beneficiará toda a região, uma obra que começou em 2001, mas que vai ser entregue agora graças ao esforço da gestão estadual em parceria com o município, e a ponte do Rio Piranhas que é a maior do estado com cerca de 400 metros e foram mais de 50 anos sem ter tido uma única revitalização após ser inaugurada em 1970. É o Sertão sendo abraçado pela gestão estadual com muito trabalho”, comentou.

Por fim, João Azevêdo vistoriou as obras de recuperação da ponte sobre o Rio Piranhas onde são injetados recursos próprios do estado de R$ 5,7 milhões e contemplará também localidades de Paulista, Brejo do Cruz, Belém do Brejo do Cruz, São José do Brejo do Cruz e Catolé do Rocha.

O governador fez uma avaliação positiva da visita ao município e a satisfação de honrar os compromissos assumidos com a população. “A nossa gestão fiscal eficiente tem nos dado a capacidade de fazer investimentos e de levar desenvolvimento para todas as regiões do estado que recebem obras importantes como as que visitamos hoje em São Bento que fortalecem o potencial econômico da cidade e melhoram a qualidade de vida das pessoas”, concluiu.

O deputado federal Efraim Filho, os deputados estaduais Jullys Roberto e Júnior Araújo, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e auxiliares da gestão estadual estiveram presentes.

GOVERNO DA PARAÍBA
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Para aprovar a PEC dos Precatórios ainda este mês e viabilizar o incremento do Auxílio Brasil para R$ 400 antes do Natal, a liderança do governo no Senado admite alterações no texto e articula incorporar emendas que garantam apoio, sobretudo, das bancadas do MDB e do PSD. Na mesa, a mudança que possui maior consenso é tornar o benefício social permanente, alternativa que também agrada à oposição.

A proposta, atualmente, não tem votos suficientes para ser aprovada. O governo percebeu que, sem alteração, não conseguirá passar a PEC dos Precatórios. A base tem pressa para decidir sobre o assunto e aprovar o incremento do Auxílio Brasil neste ano. Por isso, surge a possibilidade de fatiar a PEC. Emendas que exigissem o retorno à Câmara para apreciação seriam incorporadas a uma proposta secundária. Já o que tiver consenso dentro do texto já aprovado pelos deputados continuaria na PEC dos Precatórios seguiria para promulgação o quanto antes.

No texto principal, ficariam os limites para o pagamento de precatórios e a mudança no cálculo do teto de gastos para as pendências da União. O restante da dívida seria postergada ou quitada por meio de outros acordos judiciais, como troca por ativos. Com essa mudança, o governo espera abrir um espaço fiscal de R$ 91,6 bilhões para 2022. A ideia é aprovar a PEC em 30 de novembro.

Auxílio Brasil como moeda de troca
No Palácio do Planalto, já há consenso para, como moeda de troca, garantir a permanência do Auxílio Brasil, com pagamento de R$ 400 mensais por família. Mas a proposta precisaria do aval da Câmara e, por isso, entraria nesta PEC alternativa, assim como todas as emendas que caracterizarem mudança no texto original. A previsão de deliberação é para meados de dezembro.

A PEC alternativa é uma proposta nova e começou a ser articulada entre os presidentes da Câmara e do Senado, deputado Arthur Lira (PP-AL) e senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o líder do governo no Senado e relator da matéria na CCJ (Comissão de Consituição e Justiça), Fernando Bezerra (MDB-PE), conforme apurou o R7.

A ideia inicial de Bezerra, no entanto, era articular um texto consensual que não precisasse voltar para a Câmara e que passasse no Senado com um placar tranquilo. Essa não é a realidade, ainda que, pelos cálculos do parlamentar, 51 senadores estariam dispostos a passar a PEC, dois votos a mais que o necessário para aprovar a matéria. Levantamento feito pelo R7 na última semana mostra, entretanto, que somente 18 senadores declaram apoio à PEC – 28 já se dizem contra a proposta.

Propostas de alteração
Fatiar a PEC dos Precatórios é uma medida que encontrará barreiras por parte da oposição. "Acho isso impossível, uma teoria que não funciona. Não vejo como fatiar uma PEC", adiantou, ao R7, o senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR).

Junto aos senadores José Aníbal (PSDB-SP) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Oriovisto propôs uma proposta substitutiva que prevê a retirada dos precatórios do teto, mas exige o pagamento integral das chamadas RPVs (requisições de pequeno valor) em 2022. Assim, na avaliação do trio, haveria abertura fiscal para bancar o incremento do auxílio social, além de permitir a quitação das dívidas menores.

"Entregamos a proposta e vamos conversar na terça ou quarta. Dependendo do que Bezerra proponha, pode haver negociação", afirmou Oriovisto. A proposta dos três senadores, no entanto, não tem apoio do MDB, maior bancada do Senado. O governo busca apoio dos emedebistas e do PSD, as duas maiores bancadas da Casa que, juntas, têm 27 votos.

Há consenso apenas sobre tornar o auxílio permanente e, por isso, a expectativa é que o subtitutivo não ganhe apoio. A bancada do MDB tem uma série de alternativas que serão apresentadas durante a semana. Avaliar as emendas somente em uma proposta paralela ainda é uma medida que precisa ser bem trabalhada com as bancadas do MDB e do PSD.

O MDB sugere, além do auxílio social como política de Estado, a criação de uma comissão mista para auditar os precatórios e criar uma trava para os aumentos das dívidas ano a ano. A bancada quer criar um limite anual no valor dos precatórios a serem pagos, conforme apurou o R7 junto ao gabinete do vice-líder da bancada, senador Marcelo Castro (PI).

O objetivo é procurar uma solução a fim de que os pagamentos parem de gerar uma bola de neve de pendências para a União. "Precatório era uma coisa insignificante dentro do Orçamento e está cada dia mais ganhando espaço. Precisamos botar um freio", afirmou Castro na última quinta-feira (18).

A bancada também quer priorizar o pagamento de precatórios relacionados ao antigo Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério). Em suma, as emendas procuram definir para onde deve ser destinado o espaço fiscal, limitando o governo a gastar com políticas sociais e evitando, por exemplo, bancar um aumento salarial de servidores, medida que já foi rebatida pelo próprio líder do governo.

"Acho que o cobertor está muito curto e que todo o esforço que estamos fazendo agora não é para atender reajuste de servidor. É para atender aos mais pobres do Brasil", disse Bezerra, na quarta-feira (17). A verba também poderia ser aplicada para reajuste pela inflação de despesas obrigatórias na área da previdência social.

Na segunda-feira (22), o Senado promoverá uma sessão temática para debater a PEC dos Precatórios. O objetivo é alinhar todas essas alternativas colocadas na mesa e angariar apoio, sobretudo do MDB e do PSD para garantir uma aprovação menos apertada.

R7
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O presidente Jair Bolsonaro minimizou a boa repercussão da visita do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Europa. Ao comentar sobre o petista ter sido aplaudido no Parlamento Europeu, na semana passada, o chefe do Executivo comentou: "Tem maluco em todo lugar".

"Tinham uns 20 deputados do Psol deles, o equivalente, num universo de 600 parlamentares [do Parlamento Europeu], tinham uns 20, 30 presentes. Lógico que o pessoal bate palma, tem maluco em todo lugar. Aí a mídia tradicional diz que ele foi aplaudido pelo Parlamento Europeu. Agora, [Lula] não pode ir na esquina tomar uma branquinha, que é vaiado", disse Bolsonaro.

O presidente criticou o seu possível adversário na eleição de 2022 durante a live semanal, realizada excepcionalmente nesta sexta-feira (19/11).

CB
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Em mais uma capítulo de uma guerra interna na Polícia Federal, o ex-superintendente da PF no Amazonas Alexandre Saraiva pediu à Corregedoria da corporação investigar o delegado-geral da PF, Paulo Maiurino.

O pedido foi apresentado nesta sexta-feira (19). Saraiva argumenta que Maiurino omitiu do currículo ter sido assessor especial do ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. Diz ainda que o atual diretor-geral ocupou simultaneamente, em 2019, cinco cargos públicos: delegado da PF, secretário-executivo do Conselho de Segurança Pública, assessor especial de Witzel, membro do conselho de administração da Cedae e secretário de Segurança do Supremo Tribunal Federal.

"(...) Caso verdadeiras as informações, em tese, houve acumulação dos cargos públicos. Assim, em teoria, a situação pode configurar enriquecimento ilícito e improbidade administrativa, especialmente se foi ultrapassado o teto, constitucionalmente previsto, para os vencimentos dos servidores públicos", diz Saraiva em ofício para João Vianey Xavier Filho, corregedor-geral da PF.

Saraiva foi afastado do cargo de superintendente da PF em abril deste ano, após ter apresentado notícia-crime contra o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele foi transferido para a delegacia PF em Volta Redonda (RJ).

Para Saraiva, Salles e Mota fizeram um acordo com o setor madeireiro "no intento de causar obstáculos à investigação de crimes ambientais e de buscar patrocínio de interesses privados e ilegítimos perante a Administração Pública".

Em julho, o ministro Alexandre de Moraes determinou o envio da investigação para a Justiça Federal do Pará.

Guerra interna
Outros dois episódios apontam para uma disputa interna na Polícia Federal.

Em 10 de novembro, o governo federal exonerou a diretora do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, a delegada da PF Silvia Amélia Fonseca de Oliveira. O Departamento de Recuperação de Ativos faz parte da estrutura do Ministério da Justiça. É onde tramita o processo de extradição do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos. Santos segue foragido, nos Estados Unidos, da Justiça brasileira.

Em outubro, o diretor-geral da PF decidiu trocar o superintendente no Distrito Federal, delegado Hugo de Barros Correia. É na superintendência do DF que está o inquérito sobre Jair Renan, o filho mais novo do presidente Jair Bolsonaro. O inquérito foi aberto a pedido do Ministério Público após denúncia de possível tráfico de influência e lavagem de dinheiro feita contra Jair Renan por parlamentares de oposição ao governo.

R7
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