Novembro 27, 2024
Arimatea

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Três ações em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pedia indenização por danos morais a pessoas que divulgaram postagens ofensivas no Facebook sobre a morte de seu neto acabaram indeferidas pelo juiz Carlos Visconti, do Juizado Especial Cível de São Bernardo do Campo, no ABC paulista.

O magistrado não chegou a analisar o mérito das ações, apenas extinguiu os processos porque sua tramitação não caberia ao Juizado Especial Cível. A defesa do ex-presidente já ingressou com novas ações contra as mesmas pessoas, mas dessa vez na Justiça comum.

O neto de Lula, Arthur Araújo Lula da Silva, 7, morreu no dia 1º de março, vítima de infecção generalizada originada pela bactéria Staphylococcus aureus. O ex-presidente foi autorizado a deixar a prisão em Curitiba e acompanhou o velório do neto.

A decisão do juiz Visconti, proferida na última quarta (10), afirma que o Juizado Especial Cível, que julga pequenas causas, não era o foro adequado para a demanda de Lula, pois não atende pessoas presas.

Além disso, os juizados especiais são destinados a casos céleres, e a demanda de Lula, por requisitar ao Facebook que identificasse os responsáveis pelos perfis de onde partiram as ofensas, poderia ter uma tramitação demorada. Por isso, o magistrado encerrou as ações.

Os três processos haviam sido propostos entre os dias 9 e 10 de julho e pediam R$ 1.000 de indenização por danos morais a três usuários do Facebook distintos.

Após a extinção dos processos, na sexta (12), a defesa de Lula ingressou com três novas ações idênticas, que agora tramitam na Justiça comum. Não houve decisão sobre elas.

Também tramita em São Bernardo do Campo uma ação de Lula que pede R$ 50 mil em indenização por danos morais a uma blogueira que tratou a morte da criança como uma boa notícia. Essa ação foi proposta em maio passado.

A ação de Lula pede que o Facebook forneça dados cadastrais do perfil da blogueira e que exclua as postagens ofensivas —o que já foi feito pela própria autora.

Segundo os advogados que atuam no caso, o perfil da blogueira aparentemente é fake e, por isso, foi solicitado ao Facebook o IP e os dados do perfil. A rede social ainda não respondeu ao pedido.

A intenção dos advogados é que o Facebook exclua a página da blogueira.

Folha de S. Paulo
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O vice-presidente da República, general da reserva Hamilton Mourão, afirmou nesta segunda-feira, 15, que não vê “problema nenhum” se o presidente Jair Bolsonaro escolher um outro vice para montar uma chapa para tentar a reeleição em 2022. Em entrevista à Reuters, após coletiva de imprensa com jornalistas de veículos estrangeiros, Mourão afirmou que seria “ótimo” fazer parte dessa futura chapa, mas minimizou uma eventual preferência de Bolsonaro por outro nome.

“O presidente já manifestou o desejo de reeleição e se ele quiser que eu continue ao lado dele, ótimo, mas se não quiser e precisar de uma outra pessoa para fazer uma composição distinta de chapa, para mim não há problema nenhum. Estou aqui para servir ao Brasil e o governo do presidente”, disse.

Mesmo com apenas sete meses de mandato, Bolsonaro já revelou que pode se candidatar à reeleição no próximo pleito e especula-se que ele poderia negociar a vaga de companheiro de chapa com outro partido e com setores evangélicos. Bolsonaro e Mourão chegaram a divergir publicamente no começo de governo, o que teria causado um certo desgaste na relação entre eles.

‘Não temos tido atrito, eu e o presidente’, diz Mourão
O vice-presidente disse também que diminuiu suas declarações públicas e entrevistas após um pedido do presidente Jair Bolsonaro. Mourão disse que considerou o pedido como “uma coisa normal” e defendeu Bolsonaro. “Não temos tido atrito, eu e o presidente. O presidente conversou comigo um tempo atrás, ‘pô, diminui um pouco a exposição’, uma coisa normal. Eu considero isso uma coisa normal, sem problema nenhum”, comentou.

Chamado de “embaixador” por uma jornalista francesa, Mourão foi questionado sobre o motivo de Bolsonaro não conceder entrevistas a correspondentes internacionais, sendo que, segundo ela, a imagem do presidente não é das melhores no exterior. O vice, então, defendeu o presidente.

“Eu vou falar com o presidente para que ele também converse com vocês. Existe uma certa má vontade com a figura do presidente Bolsonaro. Foi criada uma imagem no resto do mundo como se fosse o Átila, o huno, eleito presidente aqui no Brasil. Não é isso. Ele não é, em absoluto, uma pessoa totalmente fora dos padrões com o que estamos acostumados”, afirmou Mourão.

'Nenhum problema' em indicação de Eduardo
O vice afirmou também que não vê nenhum problema na possível indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho de Jair Bolsonaro, para ser embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Mourão declarou que "decisão a gente não discute, a gente cumpre", mas, ao mesmo tempo, considerou que o presidente ainda não discutiu a questão com seus principais conselheiros.

"Ele (Eduardo) está dentro daqueles requisitos que a nossa legislação coloca para aqueles que não são da carreira diplomática", disse Mourão. "É uma decisão do presidente, que obviamente ele ainda não discutiu com a totalidade de seus conselheiros, seus principais conselheiros."

Apesar disso, o vice comentou que não vê "nenhum problema" nessa questão. "É uma decisão do presidente. Ele considera que hoje o deputado Eduardo Bolsonaro seria o melhor representante do governo brasileiro junto ao governo americano. Uma vez que é uma decisão específica dele... Eu sempre digo uma coisa: decisão a gente não discute, a gente cumpre", comentou.

Mourão: ‘Temos de buscar uma reforma desse sistema político’
O vice defendeu uma reforma política após a conclusão da Previdência. “Temos de buscar uma reforma desse sistema político, de modo que a gente diminua a fragmentação e que os partidos realmente representem a sociedade brasileira e não virem uma sopa de letras como são no atual momento”, disse Mourão, que é filiado ao PRTB, partido dirigido por Levy Fidelix.

Também afirmou que a reforma da Previdência, cuja votação ficou para o segundo semestre após ser aprovada em primeiro turno na Câmara, não é a solução para todos os males. Ressaltou, porém, que é a primeira medida a ser adotada para o País se recuperar da crise.

“O País está dentro de uma garrafa e tem um gargalo para ele sair dessa garrafa, que é a reforma da Previdência.” Depois, segundo ele, seria possível “abrir o campo, de modo que outras reformas e medidas sejam tomadas para que o País entre num novo ritmo de crescimento sustentável. Essa é a palavra-chave.”

Estadão
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Em discurso na Câmara dos Deputados, o presidente da República, Jair Bolsonaro , chamou nesta segunda-feira o chefe da Advocacia-Geral da União, André Luiz Mendonça , de "ministro terrivelmente evangélico". Na semana passada, Bolsonaro disse que indicaria um ministro com esta característica para o Supremo Tribunal Federal ( STF ).

Ao agradecer a presença de ministros na sessão de homenagem ao Comando de Operações Especiais do Exército (Copesp), Bolsonaro repetiu a expressão.

— Prezado André Mendonça, ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, um ministro terrivelmente evangélico. Assim como nós somos terrivelmente patriotas, muito obrigado por ter aceito essa missão — disse Bolsonaro.

Participaram da solenidade, além de Mendonça, os ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Jorge Oliveira (Secretaria-Geral), Fernando Azevedo e Silva (Defesa), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Tereza Cristina (Agricultura).

A promessa de indicação foi feita na última quarta-feira à Frente Parlamentar Evangélica em um culto na Câmara de Deputados, antes da retomada dos debates que culminaram na aprovação em primeiro turno da reforma da Previdência. A primeira vaga será aberta em 1º de novembro de 2020, quando o decano Celso de Mello completará 75 anos de idade. A outra só ficará disponível em julho de 2021, quando será a vez de Marco Aurélio de Mello deixar o cargo. A fala de Bolsonaro abriu uma corrida com especulações entre os que preenchem o principal pré-requisito para a cadeira de ministro do Supremo.

Na quinta-feira da semana passada, ao ser perguntado se o chefe da AGU seria um bom nome ao Supremo, Bolsonaro não quis adiantar a escolha.

— Olha, primeiro, da minha boca não saiu isso. Eu sei que ele é terrivelmente evangélico, isso eu posso garantir para você. Tem muitos bons nomes para o STF, (...) Supremo Tribunal, têm muitos bons nomes para lá. E o André Luiz é um nome que, com toda certeza, está entre uma lista aí, com muito apoio por parte do presidente — disse Bolsonaro.

No Planalto, atualmente, a torcida é para que André Luiz Mendonça fique com o posto. Pastor da Igreja Presbiteriana, em Brasília, o ministro tem 46 anos (a idade mínima é de 35) e tem sido elogiado por sua atuação considerada técnica. Outra vantagem, segundo um aliado do presidente, é que Mendonça, apesar de evangélico, não tem a “bênção” de um líder religioso específico. Deste modo, criaria menos resistência na Corte.

'Uma das opções'
Questionado sobre a sinalização do presidente em relação a Mendonça, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, afirmou que o advogado-geral da União se destacaria em "qualquer posição a que ele for indicado". Ele, no entanto, disse não ver a fala de Bolsonaro como uma "clara manifestação" e sim que ele vê o ministro como uma das opções, "dentre vários nomes que nós temos no país".

— O André, antes de tudo, é uma pessoa extremamente íntegra, uma pessoa de uma capacidade enorme, brilhante em todos os sentidos. [Tem] conhecimento técnico, uma biografia excepcional dentro da carreira dele, é uma pessoa sem vaidades, uma pessoa muito ponderada, perfil conciliador. Qualquer posição que o ministro André ocupe, ele vai ser destacado. As pessoas que trabalham com ele, as pessoas que têm, como eu, a oportunidade de conversar e de trabalhar junto, a gente sabe o valor dele.

Sobre a necessidade de se indicar um ministro evangélico para o STF, Oliveira disse interpretar o compromisso de Bolsonaro como uma busca por valores.

— Os evangélicos, em geral, têm perfil conservador, de valorizar a família, sobretudo. E a religião traz esse mote de observância de princípios, que a sociedade vem perdendo ao longo dos anos. Eu não sou evangélico, sou católico, cristão, sei que a pauta não é pelo fato de ele ser evangélico. Mas pelos valores que ele tem, pela postura dele sobretudo pelo conhecimento. O ministro André Mendonça, tenho certeza, assim como é um excelente advogado da União, seria um excelente ministro do Supremo, ou do STJ [Superior Tribunal de Justiça], qualquer posição dentro do Estado brasileiro.

Questionado se não há um receio de "fritar" o ministro ao cogitá-lo explicitamente para um cargo que só deverá ficar vago em novembro no que vem, o ministro disse que Bolsonaro é "muito sincero e direto nas palavras e não faz essa medida política das coisas". Ele disse ainda não ver por que o ministro do AGU seria desgastado, mas ressaltou que a vaga não está aberta e que há respeito pelos atuais integrantes do STF.

O Globo
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Ao todo, o Ministério da Economia, por meio da Secretaria de Política Públicas de Emprego, liberou R$ 393.404,74 para investimento nas sedes do Sistema Nacional de Emprego (Sine) estadual, de João Pessoa e de Campina Grande. A portaria com a liberação dos recursos foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (15).

Os valores devem ser utilizados com manutenção, modernização e ampliação da rede de atendimento do Programa Seguro-Desemprego e para o cofinanciamento do bloco de serviços de gestão e manutenção da rede de atendimento.

Para o Sine Estadual, o Governo Federal liberou um total de R$ 293.015,22. Já para o Sine de Campina Grande, o valor investido foi de R$ 45.338,12. Para o Sine João Pessoa os recursos somam R$ 55.051,40.

G1 PB
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Pouco conhecido entre a população em geral, o câncer de olho pode provocar danos permanentes ao paciente se não for tratado.

A doença se manifesta de diferentes formas em três locais: pálpebra, conjuntiva (membrana sobre a parte branca do olho) ou dentro do globo ocular.

O oftalmologista Rubens Belfort Neto, especializado em oncologia ocular e professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), explica que os tumores na região da pálpebra normalmente são carcinomas (pequenas lesões com aparência de feridas, ásperas, com descamação).

"Esses cânceres estão relacionados à exposição ultravioleta, assim como o câncer de pele. Os sintomas são perda de cílios e pequenos caroços indolores", observa. O tratamento é feito com cirurgia, que remove a área afetada.

"Esse tipo de carcinoma, como regra, não se espalha", acrescenta o médico.

A conjuntiva é outro local onde as células cancerígenas podem se desenvolver. Nesses casos, diz o oftalmologista, a pessoa pode sentir um incômodo ao piscar, "ou percebe uma alteração visual na superfície [do olho]".

É mais frequente em pessoas que passam longos períodos expostas à luz do sol, como quem trabalha ao ar livre e esportistas, por exemplo.

No caso de câncer de olho que esteja na conjuntiva, a cirurgia é uma opção, mas colírios quimioterápicos têm sido usados com sucesso e sem os efeitos colaterais de uma quimioterapia intravenosa.

Belfort Neto ressalta que, se não tratado, o câncer na conjuntiva pode provocar perda de visão. "Mas não espalha pelo corpo."

Os dois casos, de pálpebra e de conjuntiva têm relação com algumas condições: cor da pele (brancos, principalmente loiros e ruivos têm mais chances); imunodeficiência (pacientes transplantados, com doenças reumatológicas, etc.); e pessoas que vivem em regiões próximas à linha do Equador, onde a exposição aos raios ultravioleta é maior.

Além disso, a doença é mais comum em indivíduos mais velhos (a partir dos 40 anos) e com muitas pintas na pele.

O tipo mais agressivo de câncer no olho é o chamado de intraocular e depende basicamente de um fator: a genética. "A queixa é visual, porque causa piora da visão", observa o oftalmologista.

A American Cancer Society (organização de combate ao câncer) descreve o melanoma intraocular como "o tipo mais comum de câncer que se desenvolve no globo ocular em adultos, mas ainda é bastante raro". São cerca de 5 a 7 casos a cada 1 milhão de pessoas por ano.

Os melanomas na pele são muito mais comuns do que no olho. Esses tumores se desenvolvem a partir de células produtoras de pigmento (melanina) chamadas melanócitos.

Como é um tipo de câncer que provoca metástase, nesses casos a única opção médica pode ser a remoção completa do globo ocular. "O tumor dentro do olho, como o melanoma de pele, é muito difícil de ser destruído", explica o médico.

Belfort Neto conta que estudos mostram que o melanoma ocular tem 50% de chance de provocar metástase no fígado.

Apesar de amplamente difundido em países desenvolvidos, o oftalmologista afirma que o tratamento mais recomendado e eficaz para o câncer intraocular não está disponível para a maioria dos pacientes no Brasil.

Trata-se de um procedimento chamado braquiterapia, em que uma pequena placa radioativa (com iodo radioativo) é colocada no olho e mantida por alguns dias, com o paciente internado. Esse tratamento praticamente não tem efeitos colaterais, mas está acessível apenas em hospitais de ponta, como o Albert Einstein, em São Paulo.

R7
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O câncer de pulmão mais frequente no país, o subtipo não pequenas células metastático não escamoso, que representa 85% dos casos da doença, ganhou um tratamento combinado, então inédito no Brasil, que aumenta a sobrevida dos pacientes em 20%, segundo o oncologista torácico William Nassib William, diretor médico da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

A associação de três métodos - quimioterapia, imunoterapia e medicamentos antiangiogênicos - foi aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) esta semana e já está disponível para uso na rede privada.

"Essas drogas já estavam aprovadas, mas não para serem administradas juntas. Trata-se de um conceito inovador de tratar o câncer de pulmão. O tratamento age na doença por vários ângulos", explica o oncologista.

Enquanto a quimioterapia ataca as células cancerígenas, o antiangiogênico reduz o crescimento de vasos sanguíneos no tumor e a imunoterapia bloqueia o PD-L1, uma proteína encontrada no tumor que impede a ação do sistema imunológico contra ele. Os medicamentos são aplicados pela veia uma vez a cada três semanas.

Um estudo publicado na revista científica The New England Journal of Medicine mostrou que a resposta ao tratamento, com redução do tumor, com a nova combinação, foi de 63,5% e o risco de morte diminuiu 22%.

O oncologista ressalta ainda a eficácia do uso da combinação em pacientes com turmores com mutações EGFR e ALK, mais comum em não fumantes (50%), quando o tratamento com medicação via oral falha, prolongando também a vida dessas pessoas.

"O tratamento via oral tem alta chance de controlar a doença por um período. Quando essa terapia perde a eficácia, agora a opção é esse novo tratamento combinado", afirma.

Segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil, ficando atrás do câncer de pele não melanoma. É o primeiro em todo o mundo tanto em incidência quanto em mortalidade.

“Esse novo tratamento é um arsenal em um único tratamento contra o câncer. Sem dúvida um grande avanço para esses pacientes que não tinham opção altamente eficaz", finaliza Nassib.

R7
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O ministro da Educação, Abraham Weintraub, negou nesta segunda-feira (15) que o governo de Jair Bolsonaro pretende cobrar mensalidades de estudantes das universidades federais. “O governo do presidente Jair Messias Bolsonaro não vai cobrar, nunca saiu daqui, isso é fake news, não vai cobrar, do estudante de graduação das unidades federais, mensalidade alguma”, afirmou ele durante agenda oficial em Florianópolis (SC).

Na noite de domingo (14), Weintraub usou seu perfil em uma rede social para afastar rumores de que pretende privatizar a rede federal de ensino superior. “Não há privatização alguma! Teremos um modelo moderno, que nos aproximará da Europa, Canadá, Israel, Austrália, EUA etc. A adesão das universidades será voluntária, permitindo separar o joio do trigo... as que quiserem ficar no atual modelo, poderão ficar...”, escreveu ele.

Nesta segunda, o ministro atribuiu os rumores a pessoas da “oposição”.

“O governo do presidente Jair Bolsonaro não pretende cobrar. O que a gente vai fazer: eficiência”, disse Weintraub, citando o fato de que, mais de dois meses depois do contingenciamento aplicado pelo MEC nas universidades federais, as instituições continuam funcionando. “Passado 70 dias não tem uma universidade federal fechada. Não tem uma universidade sem luz. Não tem um refeitório, estudantes sem alimentação no bandejão. O que foi feito? Foi feito gestão”, disse ele.

Algumas universidades, porém, afirmam que, após o contingenciamento, não conseguem pagar contas e tiveram que reduzir as áreas dos campi que terão serviço de limpeza. Na Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a nova reitora, Denise Pires de Carvalho, afirmou que a universidade não paga a conta de luz desde janeiro. Já a Federal da Bahia (UFBA) disse que precisou reduzir o horário de funcionamento durante o recesso do semestre letivo.

Educação superior x educação básica
Em Santa Catarina, Weintraub diz que a redução de verbas para o ensino superior é uma aposta do MEC para aumentar o orçamento para a educação básica. “A gente vai priorizar eficiência e a primeira infância. São os países que deram certo que fizeram isso”.

A ideia existe desde a campanha presidencial de Jair Bolsonaro, que usou dados do Orçamento Cidadão para mostrar que o Brasil gasta mais com ensino superior do que com a educação básica, e defendeu “inverter essa pirâmide”.

O documento, porém, só leva em conta informações preliminares relacionadas ao governo federal que, de fato, gasta em média dois terços de sua verba educacional com o ensino superior. Porém, o motivo disso é uma determinação da Constituição Federal, que diz que o ensino básico deve ser prioridade dos estados e municípios. Um levantamento feito pelo G1 com os gastos globais em educação mostra que, em média, a cada R$ 1 gasto no Brasil em educação, apenas R$ 0,18 é destinado ao ensino superior, e o resto fica na educação básica.

G1
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O Programa Universidade Para Todos (Prouni) do 2º semestre de 2019 abriu nesta segunda-feira (15) o período para os candidatos manifestarem interesse na lista de espera. O prazo se encerra na terça (16).

O programa foi criado em 2004 e oferece bolsas de estudo integrais ou parciais para graduação em instituições privadas de ensino. Para concorrer à bolsa integral, o candidato deve comprovar renda familiar bruta mensal de até um salário mínimo e meio por pessoa. Para a bolsa parcial (50%), a renda familiar bruta mensal deve ser de até três salários mínimos por pessoa.

O candidato precisa ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2018 e não pode ter um diploma do ensino superior.

De acordo com o site do programa, o estudante que não foi pré-selecionado na primeira chamada terá a chance de concorrer mais uma vez.

Para participar, é necessário entrar na página do Prouni (http://www.siteprouni.mec.gov.br/) e se cadastrar.

De acordo com as regras do programa, o candidato que poderá participar da lista de espera:

1ª opção de curso:

  • Aqueles que não foram pré-selecionado nas chamadas regulares;
  • Os que foram pré-selecionados na segunda opção de curso, mas reprovados por não formação de turma.

2ª opção de curso:

  • Aqueles que não foram pré-selecionados nas chamadas regulares, na hipótese de não ter ocorrido formação de turma na primeira opção de curso;
  • Aqueles que não foram pré-selecionados nas chamadas regulares, na hipótese de não haver bolsas disponíveis na primeira opção de curso;
  • Aqueles pré-selecionados na primeira opção de curso, mas reprovados por não formação de turma.

A relação dos candidatos participantes da lista de espera será divulgada na quinta-feira (18).

De acordo com o edital, todos os candidatos participantes da lista de espera terão que comparecer às instituições de ensino entre os dias 19 e 22 de julho para apresentar a documentação e comprovar as informações prestadas na inscrição.

Calendário do Prouni do segundo semestre

  • Inscrição para lista de espera: 15 e 16 de julho
  • Resultado da lista de espera: 18 de julho
  • Comprovação da documentação: 19 a 22 de julho

G1
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O número de pessoas atingidas pela fome na América Latina e no Caribe cresceu em 2018 pelo terceiro ano consecutivo e já afeta 42,5 milhões de pessoas, em parte pela desaceleração econômica e pela situação na Venezuela, segundo destacou a ONU em relatório divulgado nesta segunda-feira (15).

A porcentagem de pessoas que passam fome na região aumentou de 6,2% da população em 2015 para 6,5% em 2017, nível que se manteve em 2018, de acordo com o documento sobre o estado mundial da segurança alimentar e da nutrição apresentado por cinco agências da ONU.

A principal razão para o aumento está na América do Sul, onde vive a maioria das pessoas desnutridas da região e onde a prevalência de subalimentação subiu de 4,6% em 2013 para 5,5% em 2017.

Governos não têm dinheiro para garantir segurança alimentar
O arrefecimento e a recessão observadas entre 2012 e 2016 nas economias da região estão associados ao declive dos preços internacionais das matérias-primas que exportam em um contexto de frágil recuperação da crise financeira global.

O diretor-adjunto de Economia do Desenvolvimento Agrícola da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Marco Sánchez Cantillo, afirmou à Agência Efe que, em vista da desaceleração e da dependência do comércio desses produtos, "as receitas com impostos diminuíram fortemente".

"A tendência a implementar programas sociais, que vinham incidindo na redução da fome há até três anos, foi altamente afetada."
O desemprego aumentou, as receitas familiares caíram e o número de pobres passou de 166 milhões para 175 milhões entre 2013 e 2015 após anos de queda na região, segundo o relatório.

A crise na Venezuela também explica o aumento da fome na América do Sul, pois a proporção de pessoas que não têm o que comer quase multiplicou por quatro, de 6,2% entre 2012 e 2014 para 21,2% entre 2016 e 2018, chegando a 6,8 milhões de venezuelanos.

Em nível sub-regional, os maiores índices da fome ocorreram no Caribe, onde esse problema afetou no ano passado 18,4% da população (7,8 milhões de indivíduos), e na América Central, com 6,1% (11 milhões no total), embora ambas as taxas tenham caído com relação a 2010.

Cantillo ressaltou que nessa última região há fatores variados como a seca no Corredor Seco, outros impactos climáticos e a migração.

Em relação ao futuro, o especialista advertiu que a perspectiva econômica em nível global "não é a melhor" e é agravada pelas tensões comerciais, o que pode refletir na América Central e no Caribe pelos seus vínculos com América do Norte.

Obesidade também cresceu
Por outro lado, o relatório indica que a obesidade na América Latina e no Caribe cresceu de 21,7% da população adulta em 2012 para 24,1% em 2016, até 104,7 milhões de pessoas, em linha com as altas registradas em nível global.

No total, 821,6 milhões de pessoas ainda passavam fome em 2018 no mundo, um número que aumentou pelo terceiro ano consecutivo em parte pela frágil recuperação da última grande crise econômica, segundo a ONU.

Dos 77 países que experimentaram um aumento da desnutrição entre 2011 e 2017, 65 sofreram uma desaceleração ou uma contração de suas economias de maneira simultânea e, entre estes, 52 dependiam altamente do comércio de produtos básicos e do vaivém dos preços.

Os choques econômicos agravaram, além disso, o impacto de conflitos climáticos extremos e eventos como a seca em metade dos países afetados por crises agudas de alimentos, afetando 96 milhões de pessoas em 2018.

Das mais de 820 milhões de pessoas com fome, 513,9 milhões estão na Ásia (11,3% da população), 256 milhões na África (19,9%) e 42,5 milhões (6,5%) na América Latina e no Caribe.

A situação mais alarmante está na África, onde a subalimentação cresceu em quase todas as regiões, enquanto em países do Oriente Médio, como Síria e Iêmen, não para de aumentar desde 2010.

EFE
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O governo de Donald Trump impôs nesta segunda-feira (15) uma regra interina, sem aprovação do Parlamento, para tornar mais difícil o processo de asilo nos Estados Unidos.

Pela regra, os estrangeiros que tentam entrar na nação pela fronteira sul do país precisam ter tentado asilo em um outro país, no caminho, que não os EUA.

Por exemplo, um imigrante que saiu do Haiti, passou pela Guatemala e México antes de chegar à fronteira precisará ter pedido proteção em ao menos um desses dois países para poder tentar obter o benefício nos EUA.

No texto da regra, há a justificativa de que houve um aumento dramático do número de imigrantes ilegais encontrados perto da fronteira com o México, e que, na mesma proporção, cresceram os pedidos de proteção de perseguição ou tortura em outros países.

Há dez anos, o órgão dos EUA responsável por analisar pedidos de asilo recebia 5% dos imigrantes que entravam nos EUA, e hoje, essa porcentagem está em cerca de 40%, de acordo com o texto da regra.

"O alto número de pedidos de asilo sem mérito representa um esforço extraordinário no sistema de imigração do país, torpedeia muitos dos propósitos humanitários do asilo, exacerbou a crise de tráfico de pessoas e afeta as negociações diplomáticas dos EUA com outros países."

Operações foi 'sucesso', diz Trump
Trump também disse nesta segunda-feira que as operações para deter imigrantes clandestinos foram "muito bem sucedidas". No entanto, não há dados de quantas pessoas as autoridades migratórias norte-americanas detiveram.

"Muitos, muitos foram detidos no domingo, vocês só não sabiam disso. Foi um dia muito bem sucedido, mas vocês não viram muito", afirmou Trump a jornalistas na Casa Branca.

Veículos de comunicação locais, como CNN e Fox News, indicaram por volta do meio-dia que agentes do Serviço de Imigração e Controle Alfandegário (ICE, sigla em inglês) estavam atuando de acordo com o previsto, citando fontes não identificadas desta força. Mas não houve notícias de nenhuma operação significativa nas ruas.

Foi anunciado que cerca de 2 mil imigrantes sem documentos seriam detidos em pelo menos uma dezena de cidades. Ativistas patrulharam várias cidades no domingo para documentar qualquer prisão e oferecer assistência aos possíveis detidos.

G1
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