Mai 14, 2025
Arimatea

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O presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, se reuniu com Maurício Macri na Casa Rosada nesta segunda-feira (28) para começar o trabalho de transição de governo.

Segundo o diário "La Nación", Fernández definiu os líderes que coordenarão suas equipes de transição: Santiago Cafiero, Eduardo De Pedro, Gustavo Béliz e Vilma Ibarra. Todos eles fazem parte de um grupo de 40 líderes da Frente de Todos que se reuniram no último sábado e farão parte do processo de transferência de poder.

O presidente eleito informou Mauricio Macri que irá informando os nomes da equipe de transição na medida em que Macri for solicitando contatos para iniciar as discussões com seus ministros.

De acordo com "La Nación", Fernández deve anunciar seus futuros ministros dias antes de assumir. Ele pretende usar o tempo que resta antes da posse para consolidar sua equipe e alcançar um equilíbrio entre as diferentes forças que compõem a coalizão governamental.

Passado e futuro
Fernández propôs a Macri não falar do passado, mas do futuro, segundo apurou o jornal “La Nación”.

No entanto, eles conversaram sobre o passado recente ao falar das reservas internacionais da Argentina.

A medida de restringir a compra de dólares deveria ter sido tomada há mais tempo, logo após as prévias, teria dito Fernández a Macri, de acordo com o jornal argentino.

De acordo com Fernández, isso custou US$ 20 bilhões –Macri afirmou que metade desse valor era referente a fuga de capitais, e a outra metade, a saques de depósitos.

Recado de Cristina a Macri
Durante a comemoração da vitória de Fernández no domingo, Cristina Kirchner, a vice-presidente eleita, mandou um recado a Macri.

“Vou pedir, na minha condição de ex-presidente constitucional durante dois mandatos neste país, que, por favor, até o dia 10 de dezembro, como eu fiz até o dia 9 de dezembro quando foi o meu caso, passar o poder, que tome todas as medidas que puder para melhorar a situação dramática das finanças do país. É sua responsabilidade”, ela disse.

Fernández venceu com 48,02% dos votos. Macri teve 40,46%. O resultado garantiu a vitória para o kirchnerista porque, na Argentina, o candidato vence no primeiro turno se obtiver mais do que 45% dos votos.

G1
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O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, confirmou nesta segunda-feira (28) que o governo vai zerar a taxa de US$ 18 cobrada de passageiros que voam para fora do país. Segundo o ministro, essa é uma das medidas regulatórias que o governo planeja como forma de incentivar o setor de aviação civil e a entrada de novas empresas no mercado.

A taxa, criada em 1999, é uma cobrança adicional feita junto com a tarifa de embarque em voos internacionais nos principais aeroportos do país e equivale a US$ 18.

“Vou antecipar uma das medidas, que é a eliminação da taxa adicional de US$ 18 para voos internacionais”, afirmou Freitas após participar do Fórum de Líderes da Associação Latino-Americana de Transporte Aéreo (ALTA).

O ministério acredita que a iniciativa deve baratear as viagens internacionais e também atrair novas empresas áreas para o país.

De acordo com o ministro, o fim da taxa será feito em breve. O governo já havia anunciado ao G1 que vinha estudando a medida. O fim da taxa será feito por medida provisória.

Compensação
Atualmente, o adicional é uma das fontes de abastecimento do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC), criado em 2011 para financiar melhorias na infraestrutura aeroportuária.

Segundo o secretário nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, para excluir a taxa já em 2020 o governo ainda precisa arrumar uma fonte para compensar a renúncia da receita. A exigência está na Lei de Responsabilidade Fiscal.

O secretário destacou que o fim da taxa representará uma renúncia de R$ 704 milhões por ano. Uma das alternativas estudadas é eliminar a taxa já a partir de janeiro de 2020 para voos para a América do Sul e deixar o fim da taxa para o resto do mundo para 2021.

Ao eliminar a taxa adicional só para voos para a América do Sul o governo precisaria compensar R$ 250 milhões em 2020.

"Uma das alternativas estudadas é fasear e eliminar primeiro para a América do Sul. A taxa de US$ 18 pesa mais em passagens mais baratas", explicou Glanzmann.

Tarifa mais barata
Quem compra passagem para voo internacional paga atualmente tarifa de embarque que varia de R$ 106,76 (aeroporto de Natal) a R$ 122,20 (aeroporto do Galeão).

Uma parcela desse valor é transferida para o fundo de aviação civil. Essa parcela é definida anualmente pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e corresponde, em 2019, a R$ 65,80 por passageiro.

O restante fica com a empresa que administra o aeroporto e serve para remunerá-la pelos serviços prestados aos passageiros.

Com a eliminação da taxa adicional, os passageiros passarão a pagar somente a parte devida às empresas que administram os aeroportos. Isso significa que a tarifa de embarque cairia para a metade do preço.

G1
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Pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que o percentual médio de desconto na Black Friday 2019 deve girar em torno de 24%, menor do que os 29% da pesquisa de 2018.

A pesquisa, que ouviu 1.177 empresários de todos os portes que atuam no comércio e no setor de serviços nas cinco regiões do país, mostra ainda que 21% dos entrevistados devem aderir ao dia de promoções, que neste ano será em 29 de novembro. Se as estimativas se confirmarem, haverá um crescimento de adesões, uma vez que em 2018, 16% dos empresários participaram do evento.

Para 54% dos empresários, a Black Friday não prejudica o Natal, que é a data mais lucrativa do varejo no ano. Para 33%, o evento até mesmo contribui para o Natal vender mais. Outros 8% falam em prejuízo no Natal por conta das vendas antecipadas na Black Friday.

Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, um indicativo de que as vendas da Black Friday não se sobrepõem às do Natal são as diferentes características de compras em cada uma das datas. “Na Black Friday é comum o consumidor aproveitar as ofertas para adquirir produtos para si ou para a casa, principalmente os de valor agregado, como smartphones, eletrônicos e eletrodomésticos. Já no Natal, prevalece a força da tradição de presentear familiares e amigos como força de demonstrar afeto e reforçar laços”, explica.

Considerando os empresários que vão participar da Black Friday deste ano, seis em cada dez (57%) acreditam que a data representa uma oportunidade para divulgar a loja e prospectar novos clientes e 43% veem a chance de aumentar as vendas. Há ainda um quarto (25%) de empresários que querem desovar estoques parados.

Já para os que optaram em não participar da edição, o principal argumento é o fato de não acreditar que as vendas aumentem no período (60%). Outros 17% pensam que somente grandes marcas participam da Black Friday e, por isso, avaliam que é melhor não competir com elas.

Quanto às formas de preparação, as promoções especiais (55%) serão a principal estratégia dos empresários. Há ainda 42% que vão investir na divulgação da empresa, 23% que planejam aumentar os estoques, 16% que vão apostar na variedade de produtos e serviços ofertados e 11% que irão investir na operação das vendas pela internet, alcançando um público maior.

A pesquisa aponta ainda que 43% dos empresários consultados acreditam que, durante o evento, as vendas em 2019 serão melhores do que as do ano passado, enquanto 32% falam em estabilidade. Apenas 11% projetam vendas piores.

A experiência em anos anteriores explica a razão do otimismo desses empresários. Dentre os que aderiram a Black Friday em 2018, a maioria (63%) obteve bons resultados de vendas, seja por terem vendido acima das expectativas (20%) ou obtido um resultado conforme o esperado (43%). Em contrapartida, pouco mais de um terço (34%) dos empresários registrou vendas abaixo do projetado.

G1
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O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, afirmou nesta segunda-feira (28) que apesar dos problemas enfrentados em 2019, como a saída da Avianca e redução na oferta de voos, o mercado aéreo brasileiro deve crescer de 2% a 3% no ano.

“Tivemos um ano extremamente difícil com a saída da Avianca, com o problema do Boeing 737 MAX, concentração de mercado e problemas de oferta e mesmo assim o mercado vai crescer 2% a 3% em 2019”, afirmou Freitas durante abertura do Fórum de líderes da Associação Latino-Americana de Transporte Aéreo (ALTA).

Durante o encontro o ministro destacou que a articulação política do governo conseguiu avanços importantes para o setor no Congresso Nacional como a permissão para que empresas de capital estrangeiro operem no Brasil e também a manutenção do veto à franquia de bagagens, o que permite que empresas aéreas cobrem pelo despacho de bagagens.

“Com uma relação ruim aprovamos o capital estrangeiro, mantivemos o veto a franquia de bagagens e aprovamos a reforma da Previdência, imagina se fossemos bons de articulação política”, disse o ministro em respostas a críticas sobre a relação do governo com o Congresso.

Segundo Freitas, a mudança na franquia de bagagens e do capital estrangeiro atraiu a atenção de várias empresas para o Brasil. “Quem não quer um mercado com 200 milhões de consumidores?”.

De acordo com o ministro, a meta é superar 200 milhões de passageiros por ano e aumentar para 200 o número de localidades atendidas pelo transporte aéreo. De acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em 2018 o mercado brasileiro transportou 117,6 milhões de passageiros.

Nomeação para a Anac
Freitas também confirmou que o governo enviará em breve a indicação do atual superintendente de Acompanhamento de Serviços Aéreos da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Ricardo Catanant, e do secretário de transportes do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Thiago Costa Caldeira, para as vagas abertas na diretoria da Anac.

Os dois nomes já haviam sido indicados para a diretoria da Anac, mas no dia seguinte as indicações foram retiradas.

Atualmente estão abertas as vagas deixadas pelos ex-diretores Ricardo Fenelon, que saiu da agência em junho, e por Hélio Paes de Barros Júnior, que deixou a diretoria em janeiro após ter sido indicado para a presidência da Infraero.

Outras duas serão abertas na diretoria da agência em março de 2020, quando terminam os mandados do atual presidente da Anac, José Ricardo Botelho, e do diretor Ricardo Bezerra.

Depois de serem publicadas, as indicações precisam ser aprovadas pela Comissão de Infraestrutura e pelo plenário do Senado. A diretoria da Anac é formada por cinco diretores. Atualmente, está com três.

G1
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O dólar opera em queda nesta segunda-feira (28), em semana marcada por reuniões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, com agentes do mercado de olho na vizinha Argentina depois da vitória de Alberto Fernández nas eleições gerais.

Às 15h09, a moeda norte-americana caía 0,53%, vendida a R$ 3,9865. Na mínima, o dólar chegou a R$ 3,9729.

Na sexta-feira, a moeda norte-americana recuou 0,90%, vendida a R$ 4,0079 - menor patamar de fechamento desde 16 de agosto (R$ 4,0026). Na semana passada, a moeda norte-americana caiu 2,69%. Em outubro, acumula queda de 3,54%. No ano, no entanto, tem alta de 3,45%.

Cenário externo
"Temos uma série de fatores positivos acontecendo, aliás, tudo o que está acontecendo geopoliticamente é positivo. Um fator de atenção seria a eleição na Argentina, mas isso tende a ser um fator muito local e não deve ter força para afetar o dólar individualmente", afirmou Jefferson Laatus, sócio fundador do Grupo Laatus, à Reuters.

Os peronistas voltaram ao poder na Argentina, no domingo, com a vitória do candidato Alberto Fernández sobre o presidente neoliberal Mauricio Macri com uma vantagem confortável, em uma eleição que desloca a terceira maior economia da América Latina para a esquerda depois de sofrer uma profunda crise econômica.

Segundo Laatus, grande parte do otimismo no mercado nesta segunda também se deve em parte a expectativas de cortes de juros nos EUA nesta semana. Os juros futuros dos EUA indicavam que operadores veem 86,1% de chance de o Federal Reserve cortar os juros para um intervalo entre 1,50% e 1,75% em sua próxima reunião, de acordo com a ferramenta Fedwatch do CME Group.

Cenário local
Na cena doméstica, a expectativa também é de mais cortes na Selic, com apostas de que o Banco Central reduza a taxa de juros para uma mínima recorde de 5% na quarta-feira, de acordo com a visão unânime em pesquisa da Reuters com economistas.

No entanto, Laatus afirma que o cenário não é muito promissor para que o dólar continue operando abaixo do nível de R$ 4 no curto prazo.

"Não temos grandes motivos para continuar abaixo de 4 reais. A tendência na semana é que tudo fique oscilando próximo da estabilidade, mas acima de 4 por dólar."

Nesta segunda-feira, o BC vendeu todos os 525 milhões em moeda spot ofertados, além de todos os 10.500 contratos de swap reverso (de oferta de 10.500 contratos). Adicionalmente, a autarquia também realizará leilão de rolagem de até US$ 1,5 bilhão em linha de moeda estrangeira com compromisso de recompra.

G1 
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Uma adolescente de 16 anos foi esfaqueada na madrugada do domingo (27), em Pombal, no Sertão paraibano. De acordo com a Polícia Civil, a vítima estava próximo a um bar da cidade quando um homem chegou ao local e a golpeou com 22 facadas. O principal suspeito do crime é o ex-namorado da vítima, que, segundo relato de testemunhas, não aceitava o fim do relacionamento.

O caso aconteceu por volta das 3h, próximo a uma bar na saída da cidade. Conforme a polícia, a vítima estava comemorando o aniversário de 16 anos, quando o homem chegou ao local. Após esfaquear a adolescente, o suspeito fugiu. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e socorreu a vítima até o Hospital Regional de Pombal.

Na manhã desta segunda-feira, a polícia informou que, segundo o hospital, a adolescente passou por cirurgia e permanece internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), mas, até as 9h, o hospital não havia divulgado o estado de saúde da vítima. O suspeito do crime também não havia sido localizado.

G1 PB
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Um policial militar que trabalhava em Alagoas foi morto a tiros após ter sido confundido com um assaltante no domingo (27) em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. De acordo com o Batalhão Integrado Especializado de Policiamento (Biesp), William da Silva de Farias, de 25 anos, estava dentro de um carro de transporte alternativo com destino a Campina Grande, na Paraíba, quando o caso aconteceu.

O motorista do carro de transporte alternativo faz ponto na frente da Rodoviária de Caruaru e compartilha viagens através de aplicativos do gênero, conforme informou a polícia.

Ainda segundo o Biesp, um soldado da Polícia Militar de Caruaru, que mora em Campina Grande, foi quem efetuou os disparos de arma de fogo. Ele informou que suspeitou que a vítima fosse um assaltante e, por isso, atirou.

Ao Biesp, o soldado contou que William "apresentava uma atitude desconfiada, procurando observar tudo em sua volta e que estava trajando um casaco de frio num dia ensolarado, e de temperatura alta".

Após perceber que a vítima estava com uma arma de fogo, o soldado atirou, conforme informou o Biesp. Em seguida, William conseguiu se identificar como policial militar e disse que havia pego a arma para ajeitá-la na cintura.

Como o caso ocorreu próximo ao Hospital Mestre Vitalino, a vítima foi levada para a unidade de saúde, mas não resistiu aos ferimentos. Por meio de nota, o HMV destacou que foi realizado o atendimento emergencial e o paciente chegou a ser levado para o bloco cirúrgico.

O soldado que atirou se apresentou voluntariamente, prestou socorro e acionou o Biesp. Por meio de nota, a PMPE esclareceu que "disponibilizou assistência psicológica e de hospedagem à família do PM alagoano e instaurou, por parte do comando do 1º Biesp, um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar os fatos".

O velório de William vai acontecer em São Sebastião de Lagoa de Roça, no Agreste da Paraíba.

G1 PB
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Um homem foi preso na manhã desta segunda-feira (28) suspeito de furtar residências no bairro do José Américo, em João Pessoa. Ele foi detido em flagrante pela polícia.

A Políca Militar foi acionada porque os moradores perceberam a presença de um homem pulando os muros das casas e cometendo furtos. Quando a polícia chegou até lá, encontraram o homem descendo o muro de uma das casas.

O homem foi encontrado com objetos roubados de uma das casas. Ele foi conduzido para a Central de Polícia Civil. De acordo com a Polícia Militar, o suspeito é reincidente do crime de roubo.

G1 PB
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Um sargento da Polícia Militar morreu após se envolver em um acidente na noite deste sábado (26), no viaduto Elpídio de Almeida, no Centro de Campina Grande. De acordo com informações da polícia, o PM, que dirigia o carro, perdeu o controle do veículo e bateu em um dos pilares do viaduto.

O sargento Fernando Moura ainda foi atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado para o Hospital de Trauma de Campina Grande, onde passou por uma cirurgia.

De acordo com o hospital, o PM não resistiu aos ferimentos e faleceu na manhã deste domingo (27).

G1 PB
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O Ministério Público Federal formalizou, na manhã desta segunda-feira (28), no Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), um recurso da ação coletiva, ajuizada no dia 18 de outubro, para que o governo federal adote um plano de emergência sobre a situação das manchas de óleo em todos os nove estados da Região Nordeste, onde 249 locais já foram atingidos.

Segundo o MPF, o Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo (PNC), que prepara o país para casos como o que afeta o litoral, não foi acionado e nem está em execução, conforme os termos da legislação.

“Não nos interessa o embate com a União. Já nos é penoso o desastre ambiental. Não podemos correr o risco desse desastre se tornar ainda mais grave”, disse o procurador da República em Sergipe Ramiro Rockenbach.
Ele ressaltou, ainda, a falta de transparência diante do que está sendo realizado, e a necessidade de seguir o que é cumprido no Plano.

Para a procuradora Lívia Tinôco, o derramamento de óleo está sendo tratado de forma improvisada. “O plano tem um modelo de atuação de crise. Para lidar com a crise não podemos nem devemos lidar com o improviso, quando na verdade o Plano foi estudando e elaborado durante anos, e se chegou a ele como a melhor forma de se lidar com crise de derramamento de óleo em águas brasileiras. A crise chegou e se instalou e é por isso, que precisa se estruturar o Plano de Contingência", disse.

Segundo ela, o Comitê de Suporte deveria estar em atuação. "Deveríamos ter o Comitê de Suporte, que reuniria pessoas com expertise nas áreas pública e privada. É previsto que cada estado tenha um representante nesse comitê, que não foi formado. Nós não temos um nome de quem estaria nesse comitê”, completou.

Entre os deveres de quem seria o coordenador operacional do PNC e que, de acordo com o MPF, não estão sendo cumpridos, estão:

1 - Garantir, em ordem de prioridade, a segurança da vida humana, a proteção do meio ambiente e a integridade das propriedades e instalações ameaçadas ou atingidas pela descarga de óleo;

2 - Assegurar:

- O apoio logístico e as condições de trabalho adequadas para o pessoal envolvido nas ações de limpeza ambiental a proteção das áreas ecologicamente sensíveis;

- O resgate da fauna por pessoal treinado e seu transporte para centros de recuperação especializados; a adequação da coleta, do armazenamento, do transporte e da disposição dos resíduos gerados no incidente de poluição por óleo;

- O emprego das tecnologias e metodologias de resposta, em conformidade com a legislação;

3 - Efetuar relatório das ações de comunicação social e institucional realizadas, que conterá os registros de comunicação ao poluidor, às autoridades, às comunidades envolvidas e ao público em geral, sobre o andamento das operações e desdobramentos do incidente, e as ações de recuperação previstas para a área atingida.

O recurso é referente a uma ação ajuizada na Justiça Federal no último dia 18 de outubro. Para o MPF, a União está sendo omissa ao protelar medidas protetivas e não atuar de forma articulada no Nordeste, dada a gravidade do acidente e dos danos causados ao meio ambiente.

O documento destaca a responsabilidade, diretrizes e procedimentos para o governo responder a vazamentos de petróleo como foco em "minimizar danos ambientais e evitar prejuízos para a saúde pública". A multa diária pedida, em caso de descumprimento, é de R$ 1 milhão.

A ação foi assinada pelos procuradores Ramiro Rockenbach e Lívia Tinôco (Sergipe), Raquel de Melo Teixeira (Alagoas), Vanessa Cristina Gomes Previtera Vicente (Bahia), Nilce Cunha Rodrigues (Ceará), Hilton Araújo de Melo (Maranhão), Antônio Edílio Magalhães Teixeira (Paraíba), Edson Virgínio Cavalcante Júnior (Pernambuco), Saulo Linhares da Rocha (Piauí) e Victor Mariz (Rio Grande do Norte).

O que diz a Advocacia-Geral da União (AGU)
O Plano Nacional de Contingência já está instaurado e os órgãos e unidades responsáveis pelo controle marinho e do meio ambiente, como Marinha e Ibama, entre outros, estão engajados nas atividades de limpeza, contenção e monitoramento das manchas de óleo.

A AGU acompanha todas as demandas judiciais envolvendo a questão, dando o suporte jurídico aos órgãos federais envolvidos.

Primeira ação do MPF sobre as manchas
Essa é a segunda ação pelo MPF no caso das manchas. Na primeira, ajuizada pela procuradoria em Sergipe na sexta-feira (11), o pedido era que que o Governo Federal tomasse medidas efetivas de proteção no litoral de Sergipe, em até 24 horas. No dia seguinte, um juiz federal substituto decidiu dar 48h para a União proteger a região, porém, a juíza titular, Telma Maria Santos Machado suspendeu a ação quatro dias depois e determinou novo prazo para comprovação de eficácia de barreiras contra óleo. Relatórios foram entregues à Justiça nesta quinta-feira (17) por órgãos ambientais.

Após análise do relatório técnico dos órgãos envolvidos no combate ao avanço das manchas de óleo no litoral sergipano, a juíza federal Telma Maria Santos Machado determinou, nesta sexta-feira (18), que a União e o Ibama devem ampliar o quantitativo de pessoal para limpeza das áreas afetadas. E que a utilização das barreiras será determinada de acordo com o comando dos órgãos que atuam no desastre ambiental.

Ficou determinado ainda, que a cada cinco dias seja apresentado a Justiça Federal a evolução do estudo e providências adotadas, para que o juízo possa avaliar ou não a aplicação de medidas impositivas. Além da manutenção do efetivo de pelo menos 120 pessoas para o monitoramento e limpeza dos locais, onde forem registradas as manchas. [O efetivo pode contar com 60 pessoas fixas e outras 60 que podem ser remanejadas para estados onde a situação seja mais grave].

Situação em Sergipe
Todas as 17 praias sergipanas foram afetadas e também apresentaram reaparecimento das manchas após serem limpas. O estado decretou situação de emergência no dia 5 de outubro, reconhecida pelo governo federal na segunda-feira (14) e publicada nesta terça-feira (15) no Diário Oficial da União (DOU).

Também na quinta-feira, o Departamento Estadual de Proteção e Defesa Civil da Secretaria de Estado da Inclusão Social (Depec/SEIT), encaminhou o Plano Detalhado de Resposta à Secretaria Nacional de Defesa Civil solicitando R$ 22 milhões para restabelecer a costa sergipana. O governo liberou R$ 2,5 milhões.

Reforço da contenção
Entre as medidas definidas nos relatórios pelos órgãos ambientais na quinta-feira, está a instalação de mil metros de boias em locais que ainda estão sendo analisados como prioridade. O material que deverá ser instalado em pontos estratégicos de Sergipe foi disponibilizado pela Petrobras. Um outro ponto discutido durante a reunião foi o risco da colocação de boias para a navegação nos rios do estado.

Polêmica sobre as barreiras
No último sábado (12), o governo sergipano iniciou, no rio Vaza-Barris, a instalação de barreiras alugadas pelo valor de quase R$ 7 mil por dia. A administração estadual esperava que a Petrobras pudesse enviar equipamento de proteção para conter a mancha, mas as barreiras de proteção não chegaram.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que veio a Aracaju no dia 7 de outubro para avaliar a situação, afirmou, na segunda-feira (14) que iria cumprir a determinação da Justiça Federal e colocar as barreiras de contenção em rios de Sergipe, mas alegou que elas não seriam eficientes para conter as manchas de óleo. O Ibama seguiu a afirmação. Já a Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), disse que a escolha pelo material ocorreu com avaliação técnica e que a eficácia é comprovada.

Análise das manchas
Na quarta-feira (16), Ricardo Salles, esteve no campus da Universidade Federal de Sergipe (UFS), no município de São Cristóvão (SE) onde se reuniu com o professor do Departamento de Química e coordenador do laboratório de Petróleo e Biomassa, Alberto Wisniewski Jr., responsável pela análise do óleo coletado nas praias do litoral sergipano.

"A opinião do que nós vimos aqui é a hipótese de que esse óleo dos barris tenha relação com o óleo encontrado nas diversas manchas encontradas no litoral. E que, portanto, dão mais um elemento para a investigação que está sendo muito bem feita pela Marinha do Brasil, sobre a origem desse fato que é o derramamento de óleo no litoral”, disse o ministro.

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