O dólar opera em queda nesta segunda-feira (17), à espera da reunião do Federal Reserve (Banco Central dos EUA) nesta semana e monitorando novas tensões no governo, após o presidente do BNDES, Joaquim Levy, ter pedido demissão do cargo no domingo (16), um dia depois do presidente Jair Bolsonaro ter dito que ele estava com a "cabeça a prêmio".
Às 13h54, a moeda norte-americana recuava 0,2%, vendida a R$ 3,8919, após ter operado em queda na abertura. Veja mais cotações.
Na última sexta-feira, o dólar fechou em alta de 1,19%, a R$ 3,8996, maior avanço ante o real em quase um mês. Na semana passada, acumulou alta de 0,56%. Na parcial do mês, entretanto, a divisa ainda acumula queda de 0,64% ante o real. No ano, tem alta de 0,66%.
O BC realiza nesta sessão leilão de até 5,05 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de julho, no total de US$ 10,089 bilhões.
Cenário local e externo
A reforma da Previdência segue no radar de agentes financeiros como o fato mais importante da pauta econômica, mas deve ficar como coadjuvante nesta semana mais curta em razão do feriado de Corpus Christi.
Desde sexta-feira, investidores estão montando posições em preparação para a decisão de política monetária do Fed na quarta-feira (18), sob expectativa de que o banco central norte-americano dê alguma sinalização sobre a proximidade de um corte de juros, destaca a Reuters.
Também na quarta-feira, o Banco Central anuncia sua decisão de política monetária, com expectativa de que o Copom também ofereça sinalização sobre eventual corte de juros.
Na sexta-feira, o mercado embutia 22% de probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual da Selic na próxima quarta-feira.. No fim de maio, essa chance estava na casa de 8%, destaca a Reuters.
Nesta segunda-feira, pesquisa Focus do BC mostrou que os economistas veem três cortes seguidos de 0,25 ponto percentual na Selic, terminando o ano a 5,75%.
Mudança no BNDES
O substituto de Joaquim Levy no comando do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) será indicado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e deve ser da iniciativa privada, informaram integrantes da equipe econômica.
Bolsonaro disse na tarde deste sábado (15) que, se Levy não demitisse o diretor de Mercado de Capitais do BNDES, Marcos Barbosa Pinto, ele, Bolsonaro, demitiria Levy. Poucas horas depois, Marcos Pinto renunciou ao cargo.
Embora a nomeação de Marcos Pinto tenha sido a "gota d´água' para Bolsonaro, integrantes da equipe econômica afirmam que o presidente estava insatisfeito com Joaquim Levy havia três meses.
Isso porque, na avaliação desses integrantes, Levy não havia cumprido a promessa de campanha de Bolsonaro de "abrir a caixa-preta" do BNDES em relação a empréstimos para Venezuela e Cuba nem havia buscado investimento no exterior.
G1
Portal Santo André em Foco
Make sure you enter all the required information, indicated by an asterisk (*). HTML code is not allowed.