Novembro 26, 2024
Arimatea

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (12) que o secretário do Trabalho, Alexander Acosta, vai deixar o cargo em sete dias. A notícia vem depois de críticas à maneira como Acosta tratou de um acordo judicial com o bilionário Jeffrey Epstein, acusado de abusar sexualmente de dezenas de garotas menores de idade.

Acosta, que ocupa o cargo desde 2017, afirmou que deixar o posto era a decisão certa. Ele vem sendo questionado sobre o acordo judicial que fechou com Epstein, em 2007, quando era procurador federal em Miami.

"Meu ponto aqui hoje é que temos uma economia incrível e o foco precisa estar na criação de empregos", disse Acosta na sexta-feira (12). Ele afirmou não achar certo que a forma com que lidou com o caso Epstein tirasse a atenção da sua atuação como secretário do Trabalho.

"Odeio ver isso acontecer", declarou Trump, que não pediu a saída de Acosta de seu gabinete, cuja função é aconselhar o presidente.

O presidente, que havia defendido o agora ex-secretário do Trabalho, disse que olharia "muito de perto" a forma com que ele fechou o acordo feito há mais de dez anos.

O caso Epstein
Epstein, de 66 anos, chegou ao acordo para encerrar, secretamente, uma investigação federal sobre abuso sexual envolvendo pelo menos 40 adolescentes, das quais ele teria abusado desde 1999. As acusações contra ele poderiam tê-lo sentenciado a prisão perpétua, segundo a Associated Press.

O bilionário se declarou culpado por uma acusação menor, de prostituição, sob as leis da Flórida. Passou apenas 13 meses na prisão, pagou ressarcimentos a vítimas e se registrou como criminoso sexual.

Nesta segunda-feira (8), procuradores federais em Nova York fizeram novas acusações semelhantes às primeiras, o que trouxe à tona o papel de Acosta no acordo fechado em 2007. Parlamentares democratas e candidatos presidenciais exigiram a demissão dele.

Acosta tentou limpar seu nome e realizou uma coletiva de imprensa - encorajada por Trump - para defender suas ações. Em uma fala de 50 minutos, ele argumentou que tinha conseguido o melhor negócio possível na época e estava trabalhando no melhor interesse das vítimas.

"Fizemos o que fizemos porque queríamos ver Epstein ir para a cadeia", declarou, recusando-se a pedir desculpas por suas ações. "Acreditamos que procedemos adequadamente".
Questionado se tinha algum arrependimento, Acosta repetidamente sugeriu que as circunstâncias haviam mudado desde então.

"Agora temos 12 anos de conhecimento e retrospectiva e vivemos em um mundo muito diferente", disse. "O mundo de hoje trata as vítimas de maneira muito diferente".

Depois que os procuradores anunciaram as novas acusações contra Epstein esta semana, Acosta escreveu no Twitter que estava "satisfeito" com a decisão.

"Os crimes cometidos por Epstein são horríveis", tuitou Acosta. "Com as evidências que estavam disponíveis há mais de uma década, os procuradores insistiram que Epstein fosse preso, se registrasse como criminoso sexual e avisasse o mundo de que ele era um predador sexual".

"Agora que novas evidências e depoimentos adicionais estão disponíveis, a procuradoria de Nova York oferece uma importante oportunidade para levá-lo de forma mais completa à Justiça", disse.

G1
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A Rússia começou a entregar, nesta sexta-feira (12), um sistema avançado de mísseis de defesa antiaérea S-400 à Turquia, informou a agência de notícias Reuters. A medida pode trazer sanções vindas dos Estados Unidos e ameaçar a aliança militar do Ocidente, a Otan, que considera que o sistema não deveria ser usado por um membro da organização.

A entrega, anunciada pelo Ministério da Defesa turco e pelo seviço russo de cooperação militar, foi feita em uma base aérea militar perto da capital, Ankara.

Os Estados Unidos dizem que o equipamento militar fabricado na Rússia não é compatível com os sistemas da Otan, e que a aquisição pode levar à expulsão da Turquia de um programa de caça a jato F-35. Washington vem tentando evitar a negociação há meses, segundo a Reuters.

Já uma fonte anônima da Otan afirmou à agência France Presse, sob condição de anonimato, que a organização está "preocupada" com a entrega à Turquia.

"A interoperabilidade de nossas Forças Armadas é essencial na condução de nossas operações e missões", disse, instando Ankara a continuar desenvolvendo sistemas de defesa aérea com aliados da Otan.

A Turquia assinou um contrato de fornecimento dos mísseis com a Rússia em abril de 2017, embora ainda não tenha anunciado quando terminará a instalação deles nem quando estarão operacionais.

"A entrega de peças pertencentes ao sistema continuará nos próximos dias", disse o diretório da Indústria de Defesa da Turquia. “Uma vez que o sistema esteja completamente pronto, ele começará a ser usado de maneira determinada pelas autoridades competentes.”

A Turquia insiste que está no seu direito de adquirir o material necessário para garantir sua segurança, e que a compra do sistema russo foi decidido após o fracasso da tentativa de adquirir os Patriot dos EUA, diante da urgência de ter um sistema de defesa antiaérea.

Os investidores no país, entretanto, ficaram incomodados com o acordo, o que se refletiu na desvalorização da lira, a moeda turca, nesta sexta (12). Também há preocupações sobre o impacto de possíveis sanções americanas sobre a economia turca, que entrou em recessão depois de uma crise monetária no ano passado.

Acordos entre Trump e Erdogan
A Turquia diz que o sistema é uma exigência estratégica de defesa, particularmente para garantir a segurança de suas fronteiras ao sul, com a Síria e o Iraque. O país afirma que, quando fez o acordo com a Rússia para os S-400, os Estados Unidos e a Europa não apresentaram uma alternativa viável.

Depois de se encontrar com o presidente americano, Donald Trump, na cúpula do G20 em junho, o presidente turco, Tayyip Erdogan, afirmou que os Estados Unidos não planejavam impor sanções a Ankara pela compra dos S-400.

Trump disse que a Turquia não foi tratada de maneira justa, mas não descartou as sanções. Autoridades americanas disseram, na semana passada, que o governo ainda planeja impor sanções ao país, que variam desde a proibição de vistos até as opções mais duras, de bloqueio de transações com o sistema financeiro dos EUA e a negação de licenças de exportação.

A aquisição dos S-400 é uma das várias questões que afetaram os dois aliados, incluindo uma disputa pela estratégia na Síria a leste do rio Eufrates — onde os Estados Unidos são aliados das forças curdas, que a Turquia considera adversárias.

A detenção da equipe consular dos EUA na Turquia também estremeceu as relações, juntamente com divergências sobre as políticas do Irã, Venezuela e Oriente Médio. A Turquia há muito exige que Washington entregue um clérigo muçulmano que Ankara responsabiliza por uma tentativa de golpe em 2016.

France Presse
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O balanço da colisão entre dois trens na região central do Paquistão aumentou para 23 mortos e 73 feridos, anunciaram as autoridades locais. O acidente aconteceu na quinta-feira (11), no distrito de Rahim Yar Khan, na província de Punjab.

Um trem de passageiros vindo da cidade de Lahore bateu em uma composição de transporte de carga que estava estacionada.

O porta-voz do Ministério das Ferrovias, Ali Nawaz Malik, afirmou que o acidente foi provocado pela "negligência humana" e por "falha na sinalização".

Acidentes de trens são frequentes no Paquistão, país que herdou da época da colonização britânica sua rede ferroviária, atualmente em péssimas condições, após décadas de gestão inadequada, falta de investimentos e casos de corrupção.

O primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, pediu ao ministro a adoção de "medidas de emergência para contra-atacar décadas de negligência da infraestrutura ferroviária", ao mesmo tempo que expressou pêsames aos parentes das vítimas.

France Presse
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O volume de crédito rural contratado na safra 2018/2019 teve alta de 4% sobre a anterior, informou a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura nesta quinta-feira (11).

De julho de 2018 a junho passado foram financiados R$ 176 bilhões para custeio, industrialização, comercialização e investimento. No período anterior, foram R$ 169,5 bilhões.

O volume de 2018/19 equivale a 81% do que foi disponibilizado pelos programas no Plano Safra (R$ 217,7 bilhões, em valores atualizados em janeiro).

As contratações para custeio somaram R$ 99 bilhões (alta de 7%), dos quais R$ 19,9 bilhões (24% a mais) foram realizados por médios produtores (Pronamp). Os pequenos produtores contrataram R$ 12 bilhões ou 2,5% a mais do que na safra anterior.

Para os investimentos, os desembolsos alcançaram R$ 43,63 bilhões, alta de 9%, com destaque para os programas de investimentos realizados pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) com incremento de 18%, ou seja, R$ 15 bilhões aplicados.

Entre os programas de investimentos estão o Moderfrota, para aquisição de máquinas e implementos agrícolas (R$ 8,8 bilhões); Moderagro, para projetos de modernização e expansão da produtividade nos setores agropecuários (R$ 857 milhões); PCA, para a construção e ampliação de armazéns (R$1,1 bilhão); e o Prodecoop, para as cooperativas investirem na modernização dos sistemas produtivos e de comercialização (R$ 1,36 bilhão).

G1
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A produção industrial recuou em oito dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na passagem de abril para maio deste ano, acompanhando o recuo de 0,2% da indústria nacional no período. Segundo a Pesquisa Industrial Mensal, divulgada hoje (12), a maior queda foi observada no Espírito Santo (-2,2%).

Outros estados com queda na produção foram Rio Grande do Sul (-1,4%), Santa Catarina (-1,3%), Minas Gerais (-1%), Ceará (-0,9%), Mato Grosso (-0,7%) e Pernambuco (-0,6%) a seguir. A Região Nordeste, que tem a produção industrial de seus nove estados calculada em conjunto, recuou 0,9%.

Sete estados tiveram aumento na taxa, com destaque para o Pará, que teve uma alta recorde de 59,1%, devido à retomada do setor extrativo mineral no estado. Outros locais com alta foram o Rio de Janeiro (8,8%), Goiás (1,6%), o Amazonas (1,2%), a Bahia (1,1%), o Paraná (0,7%) e São Paulo (0,1%).

Outras comparações
Na comparação com maio do ano passado, 12 dos 15 locais pesquisados tiveram alta, com destaques para os três estados do Sul: Paraná (27,8%), Rio Grande do Sul (19,9%) e Santa Catarina (19,3%). Entre os três locais com queda, o recuo mais intenso foi no Espírito Santo (-17,4%).

No acumulado do ano, oito locais tiveram alta, com destaque também para os três estados do Sul: Paraná (10,4%), Rio Grande do Sul (8,8%) e Santa Catarina (6,1%). Sete locais tiveram queda, a maior delas no Espírito Santo (-11,8%).

No acumulado de 12 meses, oito locais pesquisados tiveram altas, com destaque, mais uma vez para Rio Grande do Sul (9,2%), Paraná (6,3%) e Santa Catarina (5%). Dos sete locais em queda, o maior recuo foi observado no Espírito Santo (-4,1%).

Agencia Brasil
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O governo reduziu a expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019, de 1,6% para 0,81%. A revisão foi anunciada nesta sexta-feira (12) pelo Ministério da Economia.

Esse foi o terceiro corte nas previsões do governo para crescimento da economia. O orçamento desse ano foi elaborado prevendo que a economia cresceria 2,5%. Em março essa previsão caiu para 2,2% e em maio para 1,6%.

Para 2020, a previsão de crescimento do PIB caiu de 2,5% para 2,2%. Já a previsão de inflação para 2019 foi revisada de 4,1% para 3,8%.

A meta central deste ano para a inflação é de 4,25%, e o intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.

As previsões divulgadas ficaram próximas as do último relatório Focus divulgado pelo Banco Central (BC). O relatório, feito com base em informações de analistas do mercado financeiro, prevê um crescimento de 0,82% para o PIB de 2019 e uma inflação de 3,8%.

Segundo o documento divulgado pelo Ministério da Economia, indicadores mensais disponíveis para o segundo trimestre de 2019 indicam que a recuperação econômica continua lenta. Esses indicadores mais fracos de atividade econômica levaram à revisão da previsão de crescimento da economia.

Previsão de PIB

  • Brasil: 0,8%
  • Agropecuária: 0,5%
  • Indústria: -0,1%
  • Serviços: 1%

Reforma da Previdência
O documento aponta, ainda, que a aprovação da reforma da Previdência terá um papel protagonista para a retomada do crescimento econômico.

"A retomada do crescimento da economia brasileira deverá passar necessariamente por um conjunto de reformas de reequilíbrio fiscal, onde a nova Previdência assume papel de protagonismo, bem como reformas pró-mercado", informa o documento.

O subsecretário de política macroeconômica, Vladimir Kuhl Teles, afirmou durante a coletiva que a não aprovação da reforma da Previdência teriam um impacto catastrófico em termos de crescimento do PIB e que o governo teria que reduzir brutalmente a projeção de crescimento, o que levaria a uma recessão.

“Você pode até não aumentar a sua projeção de crescimento, mas se não aprovar você teria que reduzir de forma brutal a previsão de crescimento, inclusive para o ano corrente e o ano que vem. Provavelmente você entraria em uma recessão”, disse.

Segundo ele, a aprovação da reforma não deve ter um impacto grande nesse ano, mas impactará mais a previsão de crescimento a partir do próximo ano. “É possível que tenha impacto este ano, mas não substancial”, disse.

Já com relação a 2020, a Secretaria de Política Econômica avalia que a redução da previsão de crescimento se deve "substancialmente ao efeito base, ou seja, o menor patamar do PIB neste ano afetará o desempenho do PIB em 2020".

Durante a coletiva para apresentar as novas previsões, o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, afirmou que a aprovação da reforma da Previdência tem potencial para aumentar em 0,5 ponto percentual por ano o crescimento anual do PIB.

Ou seja, se o PIB fosse crescer 1% no ano, a aprovação da nova Previdência tem potencial para elevar esse crescimento para 1,5%.

Políticas econômicas
O secretário de políticas macroeconômicas do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, afirmou que o país paga hoje por políticas econômicas erradas feitas durante os anos de 2006 a 2016.

Sachsida afirmou ainda que a aprovação de reformas pró-mercado é essencial para que o país tenha crescimento sustentável e de longo prazo. “Não existe mágica. Equilíbrio fiscal e reformas, esse é o caminho de um crescimento econômico sustentável e de longo prazo”, disse.

G1
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O dólar opera em queda na tarde desta sexta-feira (12), com os investidores acompanhando o andamento da votação da reforma da Previdência na Câmara e atentos às mudanças ao texto principal.

Às 15h32, a moeda norte-americana caía 0,52%, vendida a R$ 3,7308. Na mínima do dia, a cotação chegou a R$ 3,7303 e, na máxima, a R$ 3,7633.

No dia anterior, a moeda norte-americana recuou 0,16%, vendida a R$ 3,7503 – menor patamar de fechamento desde 27 de fevereiro (R$ 3,7295).

Em julho, o dólar acumula queda de 2,32%. No acumulado do ano, o recuo é de 3,20%.

Investidores continuam monitorando o andamento do texto da reforma da Previdência na Câmara. Os deputados iniciam nesta sexta o quarto dia de análise em plenário. A "maratona" dos deputados começou na última terça (9).

Após a aprovação do texto-base da proposta de emenda à Constituição (PEC) na última quarta-feira (10), foram aprovadas três mudanças na proposta entre esta quinta e sexta-feira. Outros oito itens que podem modificar a matéria ainda precisam ser votados.

As PECs precisam ser aprovadas em pelo menos quatro votações, duas na Câmara e duas no Senado, com o apoio de pelo menos 60% dos parlamentares em cada Casa.

Exterior
A queda do dólar nesta sessão se deve em parte também às evidências de que o chair do Federal Reserve (o Fed, banco central norte-americano), Jerome Powell, deve adotar uma política monetária mais frouxa, destaca a Reuters. As posições mais recentes de Powell têm respaldado apostas de corte de juros nos Estados Unidos, movimento que poderia atrair capital ao país.

Porém, analistas ainda citam riscos relacionados à guerra comercial entre EUA e China e à desaceleração econômica global. Por isso, alguns preferem operar real contra outras moedas, aponta a agência.

G1
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O Plano de Desligamento Voluntário (PDV) aberto pelos Correios em maio deste ano teve a adesão de 4.881 empregados. A previsão da estatal era em torno de 7.300 funcionários. Dos cargos atingidos pelo PDV, 95% das adesões foram de atendentes comerciais e operadores de triagem e transbordo.

Os desligamentos priorizaram os funcionários com maior idade, maior tempo de serviço e maior tempo de aposentadoria.

Além das verbas rescisórias, a empresa concedeu um incentivo financeiro que variou entre R$ 25 mil e R$ 350 mil. No entanto, o empregado que aderiu ao PDV não teve direito a receber a multa rescisória de 40% do saldo do FGTS nem ao seguro-desemprego, por se tratar de desligamento voluntário.

A empresa pública está tentando enxugar sua estrutura administrativa em meio à crise financeira – entre 2015 e 2016, a estatal acumulou prejuízos de R$ 4 bilhões. A estatal só voltou a ter resultado positivo em 2017, com lucro de R$ 667 milhões. Já no ano passado, o lucro foi menor, de R$ 161 milhões.

Uma das medidas tem sido fechar agências no país. Em 2017, foram 250 unidades localizadas em municípios com mais de 50 mil habitantes. No ano passado, foram 41 agências fechadas. E, em maio deste ano, foram anunciadas 161 agências com atividades encerradas.

Além disso, os Correios reduziram sua parte nos custos do plano de saúde dos funcionários e anunciaram a implantação de unidades compactas dentro de estabelecimentos comerciais.

Troca de comando e privatização
No mês passado, o general da reserva do Exército Floriano Peixoto assumiu o comando dos Correios no lugar de Juarez Cunha, que foi demitido acusado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, de agir como um "sindicalista".

Cunha assumiu a presidência dos Correios em novembro do ano passado, durante o governo do ex-presidente Michel Temer e foi mantido no cargo após a posse de Bolsonaro. Ele defendia a manutenção dos Correios como empresa pública e estudava abrir o capital da estatal.

Já Bolsonaro defende a privatização da estatal, mas, segundo ele, não há prazo para isso acontecer, uma vez que a ação depende de aval do Congresso Nacional. "Não temos prazo, há uma intenção, sim, está no radar esta questão", disse.

Segundo Bolsonaro, a "missão" de Floriano Peixoto nos Correios é "fazer o melhor possível" para a estatal. Deu como exemplo de missão quase "impossível" cumprir a recuperação das perdas do fundo de pensão dos funcionários dos Correios, o Postalis, alvo de investigações.

Receita é maior nas encomendas
Atualmente, o segmento de encomendas é responsável por 55% da receita total dos Correios, superando a receita proveniente do segmento no qual a estatal detém monopólio (cartas, correspondências agrupadas e telegramas).

Os Correios são a única empresa do país que entrega cartas e encomendas para todas as cidades do Brasil devido à obrigatoriedade da universalização. Por isso, a estatal afirma que seus concorrentes no segmento de encomendas utilizam seus serviços em algum momento de sua cadeia logística, tanto as que vendem diretamente aos consumidores finais quanto as que realizam vendas por meio de marketplaces.

No segmento de encomendas, apesar de ser concorrencial, as empresas privadas atuam principalmente nos grandes centros onde há viabilidade econômico-financeira, sendo que nas 5.570 cidades, apenas os Correios atuam regularmente.

Outros PDVs
Levantamento feito pelo G1 em maio aponta que o número de desligamentos no ano nas estatais poderá passar de 25 mil.

Além dos Correios, estão na lista a Caixa Econômica Federal, Petrobras, Infraero, Serpro e Embrapa, entre outras. Na Caixa, a previsão é de 3,5 mil desligamentos. Na Petrobras, é de 4,3 mil.

Confirmada a expectativa de mais de 25 mil cortes neste ano, o quadro de funcionários nas estatais irá recuar para o menor patamar em ao menos 10 anos.

Somente no ano passado, houve uma redução de 13.434 pessoas no quadro das estatais através deste mecanismo. As principais reduções foram na Caixa Econômica Federal (2.728), Correios (2.648) e Banco do Brasil (2.195), segundo os dados oficiais.

Atualmente, a estatal com o maior número de funcionários é os Correios, com 105 mil trabalhadores. Na sequência, estão Banco do Brasil (101 mil), Caixa (84,9 mil) e Petrobras (62 mil).

G1
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A Polícia Civil da Paraíba anunciou nesta sexta-feira (12) que vai abrir um inquérito para investigar o desabamento do prédio de cinco andares em construção no bairro da Torre, em João Pessoa. O objetivo do procedimento é apurar as causas do colapso da estrutura e a responsabilidade da queda. A investigação foi iniciada na quinta-feira (11), após o prédio ter desabado na noite de quarta-feira (10).

O delegado Alberto do Egito, titular da Delegacia Seccional da Região Norte de João Pessoa, esteve na sede do Conselho Regional de Engenharia da Paraíba (Crea/PB), para tratar do caso. O delegado se reuniu com membros do Conselho e coletou informações e documentos que irão subsidiar as investigações.

"Iremos determinar que seja instaurado um inquérito policial para apurar as circunstâncias do acidente, bem como os responsáveis. Ainda é prematuro fazer qualquer avaliação do ocorrido”, explicou Alberto do Egito.

O local do acidente também será submetido a perícias para auxiliar nas investigações. O trabalho de apuração do caso ficará sob a responsabilidade da 3ª Delegacia Distrital de João Pessoa. De acordo com o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Paraíba (Crea-PB), Antônio Carlos de Aragão, após o inquérito ser instaurado pela Polícia Civil, a entidade vai indicar profissionais especializados para que sejam feitas as perícias e análises em busca das causas do desabamento.

Ainda de acordo com o Antônio Carlos de Aragão, o Crea não pode produzir o laudo técnico porque é justamente o órgão que vai julgar administrativa e disciplinarmente o desabamento. “Acredito que paralelamente ao processo administrativo, um inquérito civil vai acabar gerando um processo na esfera cível. Como não houve mortos ou feridos, não existe processo criminal”, comentou o presidente do Crea da Paraíba.

O coordenador da Defesa Civil de João Pessoa, Noé Estrela, explicou que na quinta-feira os responsáveis pela construção que desabou foram até a coordenadoria e entregaram toda a documentação necessária para prosseguir com a investigação. “Foram entregues os contratos com as fornecedoras de material, o projeto, os documentos do responsáveis pela obra, os proprietários se mostraram disponíveis a colaborar”, comentou Noé.

Após conclusão do laudo técnico, caberá ao Crea-PB julgar o resultado das perícias e decidir quais as punições administrativas e disciplinares possíveis ao caso. “Podemos aplicar a pena que vai desde uma advertência, chegando até uma multa ou na perda do registro por parte do engenheiro responsável”, explicou Antônio Carlos de Aragão. Não existe prazo para conclusão do procedimento.

Conforme o Crea-PB, após requisição por parte da Polícia Civil, a estrutura que ruiu vai ser levada para uma área específica onde os técnicos responsáveis pela perícia vão examinar o material usado. A Defesa Civil informou também que o solo do local também vai ser analisado.

Desabamento
O prédio de cinco andares, que estava em construção no bairro da Torre, em João Pessoa, desabou na noite desta quarta-feira (10). De acordo com o Corpo de Bombeiros, carros com até 50 metros de distância do local foram atingidos por pedras. A obra estava ao lado de um hospital Samaritano, mas não pertencia ao hospital, de acordo nota informada pela instituição. O colapso da estrutura não deixou feridos.

G1 PB
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Ao menos 60 presos que cumprem pena em regime semiaberto receberam tornozeleiras eletrônicas nesta sexta-feira (12). Com os equipamentos, os presos não precisam mais se apresentar para dormir no presídio. A decisão foi tomada pelos magistrados Philippe Guimarães Padilha e Vladimir José Nobre, da Vara de Execução Penal da Comarca de Campina Grande. Ao todo 270 presos vão receber a tornozeleira.

O Sistema de Monitoramento Eletrônico está sendo adotado para os presos da Penitenciária Jurista Agnelo Amorim, conhecida como Presídio do Monte Santo. O equipamento foi colocado durante audiência, na manhã desta sexta-feira (12), na unidade prisional. O anúncio da medida já havia sido feito há um mês.

Conforme explicou o juiz Philippe Guimarães, o Monte Santo possui, no regime semiaberto, 247 apenados do sexo masculino e 23 do sexo feminino. Todos receberão o equipamento. “Serão colocadas 60 tornozeleiras a cada sexta-feira. A previsão do término é de quatro semanas. Após a conclusão dessa etapa, passaremos para os apenados do regime aberto”, explicou o magistrado.

Já o juiz Vladimir José Nobre informou que esse monitoramento é importante, porque vai diminuir a população carcerária do Presídio do Monte Santo, que passará por reformas, abrindo vagas para receber os presos de menor periculosidade do Complexo Penitenciário do Serrotão. “A intenção é aumentar o número de vagas para o regimento fechado, evitando a superpopulação carcerária no Serrotão”, disse.

Segundo Philippe Guimarães, além de desafogar o sistema prisional do Monte Santo, a utilização da tornozeleira eletrônica possibilita um controle mais efetivo da população carcerária. “Colocando esse pessoal em monitoramento eletrônico, daremos mais segurança à população, pois saberemos, em tempo real, onde os presos se encontram”, afirmou.

Projeto de ressocialização
O magistrado destacou, ainda, que com as vagas que surgirão no Monte Santo, poderá ser implementado um projeto-piloto, que está em andamento, voltado à reinserção dos apenados por meio do trabalho na unidade prisional.

“A ideia é ressocializar os apenados, colocando todos para trabalhar de forma remunerada e formal, em parceria com instituições e o Governo do Estado. Essa iniciativa é voltada aos presos de menor periculosidade e que tenham um comprometimento maior com a execução da pena, para que possam, não apenas desenvolver uma profissão mas também serem introduzidos no mercado de trabalho e terem suas penas reduzidas com as atividades”, ressaltou.

G1 PB
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