O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a chamar a atenção dos ministros do governo para não criarem nenhuma portaria que possa gerar confusão para o Palácio do Planalto. Em reunião ministerial nesta segunda-feira (20), na Granja do Torto, o chefe do Executivo falou sobre as ações que ainda não foram entregues para a população.
“Daqui para frente, não podemos inventar nada. Tudo aquilo que a gente já anunciou vai aparecer agora. E vai depender do esforço de cada um de vocês”, disse Lula. “Daqui para frente, nenhum ministro vai poder fazer portaria que depois crie confusão para nós, sem que essa portaria passe pela Presidência da República através da Casa Civil. Muitas vezes a gente pensa que não é nada, mas alguém faz uma portaria, faz um negócio qualquer, daqui a pouco arrebenta e vem cair na Presidência da República”, acrescentou.
A abertura da reunião ministerial foi transmitida pela Empresa Brasil de Comunicação. Em declaração inicial, Lula afirmou que é hora da colheita. “Nós vamos ver se nesse ano de 2025, a gente pode corrigir aquilo que porventura a gente tenha feito de errado ou deixado de fazer. E vamos tentar fazer com muito mais força aquilo que nós ainda não fizemos”, disse o presidente aos ministros.
De acordo com Lula, a reunião tem o objetivo de definir as ações do Executivo para o exercício de 2025 e 2026. “Nós passamos dois anos arrumando a casa, trabalhando a terra, cultivando a terra, plantando as coisas. E agora já sabemos o que plantamos, e temos que ter certeza que vamos colher tudo aquilo que plantamos”.
Pix
Em sua declaração, Lula não mencionou qual portaria foi alvo de eventuais erros. No entanto, a última crise do governo envolveu o Pix. Recentemente, a Receita Federal editou ato normativo para prever que as instituições financeiras devem informar ao órgão as movimentações que ultrapassem os R$ 5 mil por mês no caso de pessoas físicas e de R$ 15 mil para pessoas jurídicas.
O ato da Receita foi alvo de notícias falsas e de desinformação, o que fez o governo recuar. Na última quinta-feira (16), o Executivo anunciou uma medida provisória para reforçar a gratuidade do uso do Pix e de proibir qualquer taxa adicional sobre essa modalidade de pagamento. A informação inicial era de que a proposta foi avaliada apenas no Ministério da Fazenda, sem passar pela Casa Civil.
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