Durante a reunião ministerial realizada nesta segunda-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. Lula expressou votos de sucesso ao líder americano e destacou a importância da parceria histórica entre os dois países.
“Trump foi eleito para governar os Estados Unidos, e eu, como presidente do Brasil, torço para que ele tenha uma gestão profícua, que traga melhorias ao povo americano, e que os Estados Unidos continuem sendo o parceiro histórico que sempre foram para o Brasil”, declarou Lula.
“Da nossa parte, não queremos briga. Nem com a Venezuela, nem com os americanos, nem com a China, nem com a Índia e nem com a Rússia.”
“Nós queremos paz, nós queremos harmonia, nós queremos ter uma relação onde a diplomacia seja a coisa mais importante e não a desavença e não a encrenca. Esse é o país que vamos construir, esse é o país que assumimos o compromisso de construir, esse país que temos a obrigação de entregar”, completou.
Lula ainda ressaltou o papel estratégico dos Estados Unidos como principal parceiro comercial do Brasil fora da Ásia, além da relevância da cooperação bilateral em áreas como economia, segurança, tecnologia e meio ambiente.
Entenda a reunião ministerial
A reunião ministerial ocorre em meio a trocas na equipe do governo. Lula tem sido pressionado por aliados do Congresso Nacional a fazer mudanças na Esplanada dos Ministérios a partir das eleições para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado, previstas para o início de fevereiro, que podem impactar em uma eventual campanha de Lula para a reeleição em 2026.
A avaliação é que alguns políticos que hoje estão próximos a seu governo podem não querer apoiar o grupo político no próximo pleito por terem bases eleitorais que o rejeitam.
A ideia inicial era de que a reunião ministerial ocorresse no fim de 2024, mas, devido aos procedimentos cirúrgicos feitos por Lula, ele precisou adiar para 2025. As reuniões costumam ser longas, e o presidente discursa mais de uma vez e tenta ouvir todos os auxiliares. Normalmente, os encontros duram um expediente inteiro.
Mudança na comunicação
A primeira troca feita por Lula neste ano ocorreu na Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Paulo Pimenta saiu do posto, e no lugar dele assumiu o publicitário Sidônio Palmeira, que coordenou a campanha presidencial de Lula em 2022.
Pimenta estava na Secom desde o início do mandato de Lula, em janeiro de 2023 — entre maio e setembro de 2024, foi indicado para assumir o Ministério Extraordinário para Reconstrução do Rio Grande do Sul. Ainda não há definição sobre o futuro dele no governo. Ele é deputado federal pelo RS, e um eventual retorno à Câmara dos Deputados não está descartado.
A saída de Pimenta era dada como certa desde dezembro do ano passado, quando Lula criticou publicamente a comunicação do governo federal. A pasta é responsável pela divulgação das ações do Executivo. “Há um erro no governo na questão da comunicação, e sou obrigado a fazer as correções necessárias, para que a gente não reclame de que a gente não está se comunicando bem”, admitiu Lula durante seminário do PT, em Brasília.
Os ministérios da Defesa e de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços devem ficar de fora da reforma que Lula começou a fazer. A princípio, as pastas chefiadas por José Múcio e pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, respectivamente, não devem sofrer mudanças, segundo informaram ao R7 fontes do Palácio do Planalto.
R7
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