Às vésperas do julgamento da prisão após condenação em segunda instância, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) informou que, numa eventual mudança da atual jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, 4.895 detentos poderiam ser beneficiados e sair da cadeia. São os que cumprem prisão após condenação em segundo grau.
No entanto, o benefÃcio não será concedido automaticamente. Em cada caso, o juiz responsável deverá avaliar se há necessidade de manter o condenado preso, determinando uma prisão cautelar com base no Código de Processo Penal.
O Supremo vai analisar nesta quinta-feira (17) três Ações Declaratórias de Constitucionalidade que pedem para que prevaleça o trânsito em julgado, ou seja, que um réu possa responder em liberdade até que sejam esgotadas todas as possibilidades de recursos na Justiça.
O Ministério Público defende a manutenção da regra em vigor atualmente, por considerar que ela foi importante para o combate à corrupção no paÃs. Sem ela, a avaliação dos procuradores é que voltará a reinar a situação em que réus recorriam indefinidamente, com a possibilidade até de prescrição dos crimes. Em vários paÃses desenvolvidos é possÃvel a prisão após condenação em primeira ou segunda instância.
Uma ala do STF defende o contrário, argumentando que a Constituição determina que é preciso aguardar o trânsito em julgado para executar uma prisão, com exceção de casos, por exemplo, em que a liberdade do condenado represente risco para a sociedade.
G1
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