O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou nesta quinta-feira (16) o reajuste de 40% nas bolsas de pós-graduação (veja mais abaixo). Ao anunciar os novos valores, ele afirmou que está proibido tratar como "gasto" o dinheiro investido na educação, na saúde e na ciência.
"É importante vocês saberem que a gente vai fortalecer outra vez a educação, a começar do ensino fundamental, a começar do ensino básico, da creche à universidade. É proibido neste governo tratar [como] gasto dinheiro que vai para educação, dinheiro que vai para bolsa, dinheiro que vai para cuidar da saúde" disse.
Os valores das bolsas de pesquisa estavam congelados havia 10 anos. A medida foi uma promessa de campanha de Lula nas eleições de 2022.
No encontro, o ministro da Educação, Camilo Santana, também anunciou a ampliação de 26% na oferta de bolsas de mestrado e doutorado da Capes.
Segundo o governo, serão concedidas, ao longo de 2023, mais de 10 mil novas bolsas, no país e no exterior, para atender aos cursos de pós-graduação que entraram em funcionamento em 2022 e os que melhoraram suas notas na avaliação da Capes.
A ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, também participou da cerimônia e reforçou o discurso de Lula:
"A ciência precisa de apoio permanente. Aqui não se fala em gastos, tudo é investimento."
Detalhes dos reajustes
Novos valores e o percentual do reajuste nas bolsas da Capes e do CNPq:
Críticas à Selic
No discurso, o presidente aproveitou para voltar a atacar à taxa Selic, atualmente no patamar de 13,75%, e criticou quem acha que pagar juros é investimento.
"Muitas vezes a única coisa que não incomoda ninguém do lado, sabe, do sistema financeiro, do lado dos ricos, é o pagamento da taxa de juros. Isso é a única coisa que eles acham que é investimento. Pagar juros é investimento. Dar comida pro povo é gasto. Dar educação é gasto. Dar investimento em pequena e média empresa, é gasto. Investimento em cooperativa é gasto. Neste governo, tudo o que a gente for fazer para atender a necessidade do povo brasileiro vai chamar-se investimento."
A taxa de juros subiu mais de 11 pontos percentuais entre janeiro de 2021 e agosto de 2022. De acordo com o Banco Central, a medida foi necessária para frear a inflação, agravada por eventos como a pandemia da Covid-19 e a invasão da Ucrânia pela Rússia, além de fatores internos.
Com a disparada dos preços, o BC avaliou que era necessário elevar os juros e, assim, reduzir a circulação de dinheiro na economia – mecanismo que segura a inflação.
g1
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